abrigos em movimento: - Instituto Fazendo História
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vivência Familiar e Comunitária), por ex<strong>em</strong>plo, traz<strong>em</strong> novas possibilidades e direcionamentos<br />
para o abrigo.<br />
O abrigo mostra ganhar no seu trabalho outra dignidade, um papel político,<br />
socialeducacional verdadeiro. Mostra a pr<strong>em</strong>ência de ser altamente profissionalizado,<br />
s<strong>em</strong> perder o ideal, a esperança e a humanização. Mostra a necessidade de ter<br />
uma abordag<strong>em</strong> de profundidade no atendimento à criança e à família, e ser um<br />
importante articulador a serviço da criança com os outros operadores de direito<br />
e serviços.<br />
No entanto, vale apontarmos alguns importantes desafios. De modo geral, é<br />
necessário que a sociedade e o Poder Público olh<strong>em</strong> com atenção para o abrigo e as<br />
famílias. S<strong>em</strong> políticas públicas de moradia, saúde, educação, as famílias ficam desamparadas<br />
e o abrigo se torna o depositário do abandono. A ausência de recursos<br />
financeiros para o abrigo, por sua vez, cria uma tensão constante, ameaçando-o de<br />
permanecer no lugar de pobre, excluído, e impedindo-o de realizar um trabalho<br />
mais profissionalizado.<br />
Ao mesmo t<strong>em</strong>po, permanece a necessidade de reflexões aprofundadas sobre<br />
formas de atendimento no abrigo que ger<strong>em</strong> padrões de qualidade. Nesse sentido,<br />
esperamos que as experiências aqui relatadas contribuam com novos aprendizados<br />
e façam aumentar esse <strong>movimento</strong>.<br />
Maria Lucia Carr Ribeiro Gulassa<br />
Coordenadora de formação do Programa Abrigar<br />
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