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abrigos em movimento: - Instituto Fazendo História

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Os <strong>abrigos</strong> precisam se recriar, se reinventar, criando modelos de novas comunidades.<br />

É necessário construir novas relações que assumam o papel de transformação<br />

social – com objetivos clarificados, metas definidas, estruturas humanizantes,<br />

profissionais qualificados, reflexivos, competentes, capacitação contínua,<br />

recursos financeiros condizentes, relações de igualdade e cooperação com os outros<br />

protagonistas do sist<strong>em</strong>a de garantia de direitos da criança/do adolescente e<br />

da família. O abrigo, como proposta, t<strong>em</strong> a missão de ser o lugar de inclusão. Para<br />

tanto, ele precisa criar esta possibilidade para si próprio como instituição. É esse<br />

<strong>movimento</strong> dos <strong>abrigos</strong> que descrev<strong>em</strong>os nesta publicação.<br />

Programa Abrigar: metodologia de formação<br />

O Programa Abrigar começou a acontecer nos <strong>abrigos</strong> da Grande São Paulo <strong>em</strong><br />

meados de 2003. Financiado pelo <strong>Instituto</strong> Camargo Corrêa, envolveu, <strong>em</strong> seu<br />

primeiro ano, 24 <strong>abrigos</strong> indicados pela Vara da Infância e Juventude, Secretaria<br />

Municipal da Assistência Social de São Paulo e Federação das Obras Sociais de<br />

Campinas. Ao todo, 12 eram da capital e 12 da região metropolitana de Campinas,<br />

incluindo Valinhos, Campo Limpo Paulista e Mogi-Mirim.<br />

Este primeiro grupo de <strong>abrigos</strong> pertenceu ao chamado Ciclo 1. Na sequência,<br />

aconteceram os Ciclos 2 e 3. Ao todo, 47 <strong>abrigos</strong> participaram do processo<br />

de formação, que aconteceu entre os anos de 2003 e 2007. De cada abrigo, foram<br />

convidados três profissionais: um coordenador, um técnico e um educador.<br />

Também participaram dos diversos ciclos profissionais da Vara da Infância e da<br />

Adolescência, da Secretaria Municipal da Assistência Social de São Paulo e da<br />

Associação de Assistentes Sociais e Psicólogos do Tribunal de Justiça do Estado<br />

de São Paulo.<br />

O Programa Abrigar teve como eixo central a capacitação dos profissionais.<br />

E a reflexão principal desta capacitação focou a identidade da instituição e de sua<br />

população. Que instituição é essa? O que é o abrigo? Qu<strong>em</strong> são essas crianças?<br />

Qu<strong>em</strong> são essas famílias? Que contexto é esse?<br />

No decorrer dos encontros, <strong>em</strong> um ambiente intencionalmente receptivo e<br />

propício para pensar e aprender, os profissionais puderam trazer suas questões,<br />

crenças, experiências, conquistas e dificuldades. Diante de muitas provocações,<br />

os assuntos puderam ser debatidos; especialistas trouxeram questionamentos e<br />

reflexões, e muitas práticas foram revistas.<br />

Debate aquecido, <strong>em</strong> um segundo momento, os <strong>abrigos</strong> foram convidados<br />

a elaborar um projeto propondo mudanças inovadoras no seu trabalho. Todos<br />

os profissionais acompanharam e debateram os projetos uns dos outros. Todos<br />

aprenderam mutuamente e puderam perceber o que seria um abrigo projetado no<br />

futuro, com as suas diferentes d<strong>em</strong>andas.<br />

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