Problemas e Soluções de Protecção Costeira – Um Caso de Estudo
Problemas e Soluções de Protecção Costeira – Um Caso de Estudo Problemas e Soluções de Protecção Costeira – Um Caso de Estudo
PProblemas bl e soluções l õ de d protecção costeira Um caso de estudo iinternacional t i l Filipa S. B. F. Oliveira Núcleo de Estuários e Zonas Costeiras Departamento de Hidráulica e Ambiente
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P<strong>Problemas</strong> bl e soluções l õ <strong>de</strong> d<br />
protecção costeira<br />
<strong>Um</strong> caso <strong>de</strong> estudo<br />
iinternacional t i l<br />
Filipa S. B. F. Oliveira<br />
Núcleo <strong>de</strong> Estuários e Zonas <strong>Costeira</strong>s<br />
Departamento <strong>de</strong> Hidráulica e Ambiente
Plano da apresentação<br />
> <strong>Problemas</strong> e soluções <strong>de</strong> protecção costeira<br />
• Dinâmica natural da zona costeira<br />
• Alterações dos agentes dinâmicos naturais previstas<br />
• <strong>Problemas</strong> costeiros <strong>de</strong>correntes das alterações<br />
climáticas<br />
• <strong>Soluções</strong> <strong>de</strong> protecção costeira<br />
> <strong>Caso</strong> <strong>de</strong> estudo internacional
Dinâmica natural da zona costeira<br />
> Agentes dinâmicos naturais: agitação marítima, marítima maré, maré vento, vento caudal<br />
fluvial<br />
> Fontes sedimentares naturais: caudal sólido litoral, arribas em erosão,<br />
caudal sólido fluvial<br />
> Sumidoros sedimentares naturais: transporte eólico para sistemas<br />
dunares, canhões submarinos<br />
Balanço sedimentar
Alterações dos agentes dinâmicos naturais<br />
previstas p<br />
> Subida do nível médio do mar<br />
> Alteração do regime <strong>de</strong> ventos e agitação marítima í<br />
Fonte: IPCC
<strong>Problemas</strong> costeiros <strong>de</strong>correntes<br />
(ou agravados) das alterações climáticas<br />
> Redução da largura <strong>de</strong> praia<br />
> Erosão <strong>de</strong> dunas e falésias<br />
> Erosão e galgamento <strong>de</strong> estruturas<br />
> IInundação d ã <strong>de</strong> d zonas costeiras t i baixas b i<br />
> Assoreamento <strong>de</strong> embocaduras<br />
> Redução <strong>de</strong> fontes sedimentares <strong>de</strong>vido ao<br />
controlo <strong>de</strong> bacias hidrográficas (construção <strong>de</strong><br />
barragens, extracção <strong>de</strong> inertes, dragagem <strong>de</strong><br />
canais <strong>de</strong> navegação, regularização do leito <strong>de</strong><br />
rios)<br />
> Alteração da qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> águas superficiais e<br />
subterrâneas / <strong>de</strong>struição <strong>de</strong> fauna e flora<br />
Embocadura do Murray<br />
Estoril<br />
Lagoa Rodrigo <strong>de</strong> Freitas<br />
Costa <strong>de</strong> Caparica (Foto: F. Sancho)<br />
Figueira da Foz (Foto: P. Freire)<br />
Estuário do Rio Ave (Foto: P. Freire)
<strong>Soluções</strong> <strong>de</strong> protecção costeira<br />
> Convencionais<br />
•Defesas longitudinais a<strong>de</strong>rentes<br />
•Esporões Esporões<br />
•Quebra-mares <strong>de</strong>stacados<br />
•Alimentação artificial<br />
> Não convencionais<br />
•Sacos <strong>de</strong> polipropileno cheios <strong>de</strong> areia<br />
•Gabions G b<br />
•Geotexteis<br />
•Recifes artificiais<br />
> <strong>Soluções</strong> para embocadura<br />
•Obras fixas<br />
•Outras
DDefesas f llongitudinais it di i a<strong>de</strong>rentes d t<br />
>Utilização<br />
Usadas geralmente em situações <strong>de</strong><br />
emergência g em qque<br />
é necessário<br />
proteger a todo o custo património em<br />
risco ou em obras <strong>de</strong> carácter<br />
<strong>de</strong>finitivo para protecção costeira,<br />
contra a erosão ou inundação.<br />
>Desvantagens<br />
Originam reflexões que po<strong>de</strong>m induzir<br />
efeitos erosivos na orla arenosa<br />
subjacente e nas zonas contíguas<br />
adjacentes.<br />
Praia <strong>de</strong> Castro Urdiales<br />
(Espanha)
Esporões<br />
>Vantagens:<br />
Quando existe um <strong>de</strong>sequilíbrio<br />
significativo do balanço aluvionar,<br />
po<strong>de</strong>m permitir uma reorientação da<br />
costa, reduzindo a intensida<strong>de</strong> do<br />
transporte e reequilibrando o balanço<br />
aluvionar<br />
>Desvantagens:<br />
Po<strong>de</strong>m favorecer o transporte para o<br />
largo<br />
>Utilização:<br />
Usados na estabilização da costa costa, em<br />
alguns casos conjuntamente com<br />
alimentação artificial<br />
Restinga do Lobito (Angola)<br />
Costa <strong>de</strong> Caparica (Portugal)
Quebra-mares <strong>de</strong>stacados<br />
>Vantagens<br />
Têm capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> dissipar energia e<br />
<strong>de</strong> proporcionar condições <strong>de</strong><br />
<strong>de</strong>posição das areias entre a linha <strong>de</strong><br />
costa e a estrutura.<br />
Modificam o transporte longitudinal e<br />
transversal, permitindo controlar e<br />
corrigir situações <strong>de</strong> erosão erosão.<br />
>Utilização<br />
Aplicados em zonas on<strong>de</strong> a energia<br />
da agitação marítima e as amplitu<strong>de</strong>s<br />
<strong>de</strong> maré são mo<strong>de</strong>radas ou reduzidas reduzidas.<br />
Praia <strong>de</strong> O Palo (Espanha)
Ali Alimentação t ã artificial tifi i l<br />
>Vantagens<br />
a própria praia é usada para dissipar a energia das ondas.<br />
>Utilização<br />
indicada para alargamentos <strong>de</strong> praias, criação <strong>de</strong> praias artificiais ou<br />
em algumas situações em que o défice aluvionar é baixo baixo.<br />
Vale do Lobo (Portugal)
<strong>Soluções</strong> ç não convencionais<br />
>Sacos <strong>de</strong> polipropileno cheios<br />
d<strong>de</strong> areia i<br />
>Gabions<br />
>Geotexteis G t t i<br />
>Recifes artificiais<br />
Módulos recifais para a Nazaré (Portugal)<br />
Sacos <strong>de</strong> polipropileno na<br />
Lagoa <strong>de</strong> Óbidos (Portugal)<br />
Gabions na<br />
Praia <strong>de</strong> Caiobá (Brasil)
<strong>Soluções</strong> para o assoreamento <strong>de</strong><br />
embocaduras Imagem: Fundação Rio-Águas<br />
> <strong>Soluções</strong> baseadas em obras fixas<br />
Fixação da embocadura por<br />
quebra-mares<br />
quebra mares<br />
Quebra-mares a<strong>de</strong>rentes<br />
Diques <strong>de</strong> guiamento<br />
2000<br />
2002<br />
Lagoa <strong>de</strong> Óbidos<br />
Fi Fish h Pass, P E.U.A. E U A (Davies (D i e Zarillo, Z ill 2003
<strong>Soluções</strong> para o assoreamento <strong>de</strong><br />
embocaduras<br />
>Outras soluções<br />
Dragagens<br />
Sistemas <strong>de</strong> transposição <strong>de</strong><br />
areias<br />
Proposta <strong>de</strong> dragagens na Lagoa <strong>de</strong> Óbidos<br />
Sistema <strong>de</strong> transposição na embocadura do rio Tweed<br />
Austrália
Escolha das soluções<br />
>A solução mais apropriada <strong>de</strong>pen<strong>de</strong> <strong>de</strong> vários factores:<br />
trânsito sedimentar<br />
clima <strong>de</strong> agitação marítima<br />
regime <strong>de</strong> marés<br />
morfologia e geologia da costa<br />
configuração do perfil arenoso<br />
características das areias<br />
disponibilida<strong>de</strong> d spo b da<strong>de</strong> <strong>de</strong> reservas ese as <strong>de</strong> aareias e as<br />
experiência <strong>de</strong> anteriores obras <strong>de</strong> protecção
<strong>Caso</strong> <strong>de</strong> estudo internacional<br />
> Reabilitação da praia <strong>de</strong> Hac-Sá (Macau, Républica<br />
Popular da China)
Reabilitação da praia <strong>de</strong> Hac-Sá, Macau<br />
> Problema:<br />
Surto erosivo no sector sul da<br />
praia<br />
> CConsequências: ê i<br />
Redução da largura da praia<br />
Rebaixamento da berma e face da<br />
praia<br />
Destruição <strong>de</strong> infra-estruturas (<strong>de</strong><br />
apoio balnear e outras) no topo da<br />
praia<br />
> Acção <strong>de</strong> emergência:<br />
Colocação <strong>de</strong> enrocamento no<br />
topo da praia/base <strong>de</strong> infraestruturas<br />
<strong>Protecção</strong> <strong>de</strong><br />
emergência
Dinâmica sedimentar<br />
> Dinâmica longitudinal:<br />
Linha <strong>de</strong> costa com gran<strong>de</strong>s<br />
oscilações sazonais<br />
Transporte líquido anual médio<br />
nulo (praia encaixada)<br />
Transporte total anual médio<br />
120x10 3 m 3<br />
Zona activa da praia <strong>de</strong>s<strong>de</strong> a<br />
face até 2,8m abaixo NMM<br />
> Dinâmica transversal:<br />
Tempesta<strong>de</strong>s médias (curto<br />
6<br />
prazo) provocam recuo do perfil<br />
5<br />
<strong>de</strong> praia ~ 10m ao NMM 4<br />
(m)<br />
Depth D<br />
relative to CD<br />
3<br />
2<br />
1<br />
0<br />
-1<br />
-2<br />
Initial<br />
Final<br />
Change in z<br />
Evolução do perfil sob tempesta<strong>de</strong><br />
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100<br />
Cross-shore distance (m)
Recentes alterações morfológicas<br />
> Contorno terrestre<br />
Alargamento dos promontórios<br />
(aterros)<br />
Construção <strong>de</strong> infra-estruturas<br />
no topo da praia (sector sul)<br />
> Fundo marítimo<br />
Assoreamento generalizado (2-3 (2 3<br />
cm.ano-1 ) <strong>de</strong>ntro e em frente à<br />
baía. Causa: efeito <strong>de</strong> abrigo<br />
causado pela construção do<br />
aeroporto<br />
Formação <strong>de</strong> banco <strong>de</strong> areia em<br />
frente à praia (<strong>de</strong>pósito <strong>de</strong><br />
dragados)
Causas da erosão<br />
> Principais<br />
Alteração da propagação<br />
das ondas<br />
Avanço das construções<br />
> Secundária<br />
Dragagem <strong>de</strong> manutenção<br />
Dragagem <strong>de</strong> manutenção<br />
do canal <strong>de</strong> acesso ao<br />
Clube Náutico
<strong>Soluções</strong> <strong>de</strong> reabilitação<br />
> Analisadas<br />
a) Alimentação <strong>de</strong> areia<br />
b) Estrutura transversal + alimentação <strong>de</strong><br />
areia<br />
c) QQuebra-mar b submerso b + alimentação li t ã <strong>de</strong> d<br />
areia<br />
> Recomendada: solução a)<br />
Maior estabilida<strong>de</strong> (ausência <strong>de</strong> oscilações<br />
da linha <strong>de</strong> costa na parte central)<br />
Manutenção comprimento original (mais<br />
ffavorável á l ao uso recreativo) i )<br />
Solução não estrutural ⇒ manutenção da<br />
dinâmica natural<br />
Evita <strong>de</strong>posição <strong>de</strong> lodo no extremo sul<br />
Evita <strong>de</strong>posição <strong>de</strong> lodo no extremo sul<br />
Menor custo
Intervenções complementares<br />
> Demarcação do canal <strong>de</strong><br />
acesso ao clube náutico (evita<br />
fuga <strong>de</strong> areia da praia após<br />
dragagem)<br />
> Desvio da drenagem <strong>de</strong> águas<br />
pluviais e remoção das saídas<br />
para a praia<br />
> Controlo do avanço <strong>de</strong> infraestruturas<br />
sobre a praia<br />
> Fim do <strong>de</strong>spejo <strong>de</strong> dragados<br />
em frente à praia
Obrigado pela atenção…