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ECO, Umberto. Como se faz uma tese (livro - Sociologia e Política

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mula. O resultado de <strong>uma</strong> investigação ainda <strong>se</strong>creta), <strong>se</strong>ria acon<strong>se</strong>lhável<br />

pôr em apêndice à te<strong>se</strong> <strong>uma</strong> cópia da carta de autorização. Na<br />

condição, evidentemente, de o autor da informação <strong>se</strong>r <strong>uma</strong> conhecida<br />

autoridade científica e nào um fulano qualquer.<br />

Regras <strong>se</strong>cundárias — Se qui<strong>se</strong>rmos <strong>se</strong>r exaeios, ao in<strong>se</strong>rir um<br />

sinal de elip<strong>se</strong> (reticências com ou <strong>se</strong>m parênte<strong>se</strong>s rectos). procedamos<br />

do <strong>se</strong>guinte modo com a pontuação:<br />

Sc omitirmos <strong>uma</strong> parle pouco importante,.. .a elip<strong>se</strong> deve <strong>se</strong>guir-<strong>se</strong> à pontuação<br />

da parle completa. Se omitirmos <strong>uma</strong> pane central..., a elip<strong>se</strong> precede a vírgula.<br />

Quando <strong>se</strong> citarem versos, devem <strong>se</strong>guir-<strong>se</strong> os usos da literatura<br />

crítiea a que nos referimos. Km qualquer caso, só um verso pode<br />

vir citado no texto assim: «Ia donzelletta vien dalla campagna». Dois<br />

versos ptxlem <strong>se</strong>r citados no texto <strong>se</strong>parados por <strong>uma</strong> barra: «I cipressi<br />

che a Bolgheri alti e schietti/van da San Cuido In duplice filar». Sc.<br />

pelo coitirário, <strong>se</strong> tratar de um trecho poético mais longo, é melhor<br />

recorrer ao sistema de um espaço e recolhido:<br />

H quando saremo sposati,<br />

saro ben felice con le.<br />

Amo tanio la mia Kosie 0'Grady<br />

c la mia Rosie 0'Grady ama me.<br />

Procederíamos do mesmo modo penuite um verso só, que fos<strong>se</strong> o<br />

objecto de <strong>uma</strong> longa análi<strong>se</strong> sub<strong>se</strong>quente, como no caso cm que <strong>se</strong> qui<strong>se</strong>s<strong>se</strong>m<br />

extrair os elementos fundamentais da poética de Verlaine do verso<br />

Dc la musique avant loute cho<strong>se</strong>.<br />

Nestes casos, direi que não é necessário sublinhar o verso, embora<br />

este <strong>se</strong>ja em língua estrangeira. Sobretudo <strong>se</strong> a te<strong>se</strong> for sobre Verlaine:<br />

de outro modo. teríeis centenas de páginas todas sublinhadas. Mas<br />

escrever-<strong>se</strong>-á<br />

De la musique avant toute cho<strong>se</strong><br />

Cf pour vela prefere l 'impair<br />

ptus vague ct plus soluble dans l'air.<br />

sans rien en lni qui pe<strong>se</strong> et qui po<strong>se</strong>.,.<br />

especificando «sublinhado nosso», <strong>se</strong> o fulcro da análi<strong>se</strong> for a noção<br />

de «disparidade»,<br />

178<br />

QUADRO 15<br />

nXTíMPLO DE ANALISE CWHNUADA<br />

DF UM .MESMO TEXTO<br />

O lexto do 1'ariralt è rico destes momentos de êxta<strong>se</strong> que já em Stephèn Hero<br />

tinham sido definidos corno epifânícos:<br />

Cintilando e uenieluzindo trcmclurindo c alastrando, luz que rompia, flor que desabrochava.<br />

a visão desdobrou-<strong>se</strong> nu MA incessante sucessãn dc si mesma rompendo uuni carmesim<br />

vivo. alastrando e- desvanecefido-SC no rosa mais pálido, pétala a pétala, onda a<br />

onda A: luz, inundando todo o finiiameiito com 05 <strong>se</strong>us doces fulgorcs. cada fuliror mais<br />

intenso que o primeiro {p. 219).<br />

Todavia, vê-<strong>se</strong> imcdiatamenle que também a visão «submarina» sc transforma<br />

imediatamente ern visão de chama, onde predominam lonalklades rubras e <strong>se</strong>nsações<br />

de fulgor. Talvez o texto original expres<strong>se</strong> ainda melhor esta passagem<br />

com expressões como «a hrakin light» ou «wave of light by wave oi' light» e<br />

«soíl flashes».<br />

Ora, sabemos que no Porimit as metáforas do fogo reaparecem com freqüência:<br />

a palavra «fire» aparece pelo menos 59 vezes e as diversas variações dc<br />

«flame» aparecem 35 vezes (I). Diremos então que a experiência da epifania<br />

sc associa à do fogo, o que nos fornece <strong>uma</strong> chave para procurar relações entre<br />

o jovem Joyce c o D*Annunzio de tf fuoco. Veja-sc então este trecho:<br />

Ou era porque, <strong>se</strong>ndo ele tão fraco de vista como tímido dc espírito, <strong>se</strong>ntia menos prazer<br />

na refracção do ardente mundo <strong>se</strong>nsível através do prisma dc <strong>uma</strong> língua mullicolor<br />

e rieamenie ilustrada... (p. 2111.<br />

onde é desconccnantc a evocação de um trecho do Fuoco d"annunziuno que diz:<br />

auaída para aquela atmosfera ardente como a ambiente n'e. <strong>uma</strong> forja.<br />

1 L- Hancock, A Word Iinlt'\ 10 J. Joyee's Portrait of tke Ártist, Carboudalc,<br />

Southcm Illinois University Press. 19~ó.<br />

V.3.2. Cilação, paráfra<strong>se</strong> e plágio<br />

Quando fizeram a ficha de leitura, resumiram em vários pontos<br />

o autor que vos inieressa: isto é, fizeram paráfra<strong>se</strong>s e repetiram com<br />

palavras o pensamento do autor. Noutros casos, transcreveram trechos<br />

inteiros entre aspas.

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