ECO, Umberto. Como se faz uma tese (livro - Sociologia e Política
ECO, Umberto. Como se faz uma tese (livro - Sociologia e Política
ECO, Umberto. Como se faz uma tese (livro - Sociologia e Política
You also want an ePaper? Increase the reach of your titles
YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.
IV. 1.1. Parãp.rafos - Repete-<strong>se</strong> aqui o título do subparãgrafo pata mostrar un<br />
outro sistema: o título <strong>faz</strong> parte do corpo do parágrafo e c sublinhado. Estç<br />
aistcma ê perfeitamente possível, mas impede-vos de utilizar o mesmo artifi<br />
cio pata uaa ulterior subdivisão dos subparãgrafos, o que por vezes ter. a<br />
sua utilidade veremos oeste mesmo capítulo).<br />
Poderia usar-<strong>se</strong> um sisteaa de numeração <strong>se</strong>m títulos. Vejamos uaa maneira<br />
como o subparágrafo que estão a ler poderia ter sido introduzido:<br />
XV.1.1,. 0 texto teria começado imediatamente a <strong>se</strong>guir eos números e toda a<br />
linha ficaria <strong>se</strong>parada por duas linhas do parágrafo anterior. Todavia, a pre<br />
<strong>se</strong>nça de títulos nao só ajuda o leitor, mas poo una exigência de cocrcnci*<br />
ao autor, porque o obriga a definir com um titulo (e, portanto, a justificar<br />
com a relevância de uaa questão es<strong>se</strong>ncial) o parágrafo ea causa. 0 título<br />
mostra que o parágrafo tinha uaa razão de <strong>se</strong>r enquanto parágrafo.<br />
Com títulos ou <strong>se</strong>a eles, os números que assinalam os capítulos e paragrs-<br />
fos podea <strong>se</strong>r de catureza diversa. Remetemo-los ao parágrafo VI.4., "0 Índi<br />
co"» onde encontrarão alguns modelos de numeração. Semetemo-los para o índi<br />
ce porque a organização do índice dtve reflectir com exactidão a organira;i»<br />
do texto c vice-versa.<br />
VI.1.4. Aspas e outros sinais<br />
As aspas utilizam-<strong>se</strong> nos <strong>se</strong>guintes casos:<br />
a) citação de fra<strong>se</strong> ou curto período de outro autor no corpo do parágrafo,<br />
como faremos agora, recordando que, <strong>se</strong>gundo Campbell e Bailou, "as eiti"<br />
ções directas que não ultrapassarem as três linhas dactilografadas são *£<br />
cerradas entre aspas c aparecem no texto"*;<br />
1. tf.C. Campbell e S.V. Bailou, Form and Style - The<strong>se</strong>s, Rgports. Tem<br />
pers. 4 a ed., Boston, Koughton Milflin, 1974, p.40.<br />
20A<br />
) citações de palavras isoladas de outros autores, como estamos a <strong>faz</strong>er ago<br />
ra ao recordar que <strong>se</strong>gundo oa citados Campbell e Bailou, as nossas aspas<br />
chamam-<strong>se</strong> "quotation marks" (mas como <strong>se</strong> trata de um termo estrangeiro po<br />
deremos também escrever "quotation marks"). Evidentemente, sc aceitar<br />
mos a terminologia dos nossos autores e adoptaraos este termo técnico, já<br />
não escreveremos "quotation marks", mas quotation marks, ou mesmo, num<br />
tratado sobre os costumes tipográficos anglo-saxónicos, QUOTATION MARKS<br />
(dado que <strong>se</strong> trata aqui de um termo técnico que constitui <strong>uma</strong> das catego<br />
rias do nosso estudo);<br />
) termos de uso comum ou de outros autores a quem queiramos atribuir a cono<br />
taçao de "assim chamado". Ou <strong>se</strong>ja, escreveremos que aquilo que a estética<br />
idealista chamava "poesia" nao tinha a mesma extensão que o termo técnico<br />
POESIA assume no catalogo de <strong>uma</strong> casa editora, enquanto oposto a TROSA<br />
e EKSAlSTICA. Da mesma maneira diremos que a noção bjelmslevíana, dc FUNÇÃO<br />
SlCSICA pÕe ea causa a noção corrente de "signo". Não acon<strong>se</strong>lhamos a usar<br />
aspss para dar ênfa<strong>se</strong> a um termo, como alguns pretendem, porque nes<strong>se</strong> ca<br />
so recorre-<strong>se</strong> ao sublinhado ou às aspas 'simples*.<br />
> citações dc falas dc obras dc teatro. £ certo que <strong>se</strong> pode dizer que Hamlet<br />
pronuncia a fala "Ser ou não <strong>se</strong>r? Eis a questão"» aas eu acon<strong>se</strong>lharia, ao<br />
transcrever um trecho teatral, a dispo-lo do <strong>se</strong>guinte sodo:<br />
Hamlet - Ser ou não sar? Eis a questão,<br />
a menos que a literatura crítica específica a que <strong>se</strong> recorre nao u<strong>se</strong> tra<br />
dicionalmente outros sistemas.<br />
Coco <strong>faz</strong>er para citar, num texto aibeio entre aspas, om outro texto coe as<br />
s? Usam-<strong>se</strong> as aspas simples, como quando <strong>se</strong> diz que, <strong>se</strong>gundo Smith, "» ce-<br />
re fala '<strong>se</strong>r ou nao <strong>se</strong>r' constituiu o cavalo de batalha de todos os intír<br />
tes shakespeareonos".<br />
207