Saúde Bucal de Gestantes: uma Abordagem de Gênero
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serviços, o percentual do sexo feminino foi ligeiramente maior que o do masculino; e<br />
além disso, mais homens que mulheres relataram nunca terem ido ao <strong>de</strong>ntista. Aos 12<br />
anos <strong>de</strong> ida<strong>de</strong>, as meninas apresentaram índices CPO-D maiores que os meninos,<br />
diferença esta relacionada a altos números <strong>de</strong> <strong>de</strong>ntes cariados e restaurados. Dos 13<br />
aos 44 anos, as mulheres apresentaram, para todas as ida<strong>de</strong>s, médias do CPO e O<br />
(componente obturado/restaurado) maiores que as dos homens. Com relação ao<br />
número <strong>de</strong> <strong>de</strong>ntes perdidos, embora alto para os dois sexos, foi consistentemente maior<br />
para as mulheres após os 19 anos. O percentual <strong>de</strong> mulheres usando prótese total (<br />
<strong>de</strong>ntadura) foi consistentemente maior que o dos homens para todas as faixas etárias,<br />
sendo a diferença cada vez maior com o aumento da ida<strong>de</strong>. Também com relação ao<br />
uso <strong>de</strong> prótese parcial, as mulheres apresentaram um percentual ligeiramente superior<br />
ao dos homens, para as faixas <strong>de</strong> 19-34 e 65 ou mais anos; sendo que para as outras<br />
duas faixas etárias <strong>de</strong> 35-44 e <strong>de</strong> 45-64 anos, a distribuição foi a mesma para homens<br />
e mulheres. O sexo masculino apresentou maiores necessida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> tratamento que<br />
mulheres. Ainda segundo o autor, têm sido relatadas correlações positivas entre sexo<br />
e cárie <strong>de</strong>ntal, com maior prevalência no feminino (Poletto, 1993, p.2).<br />
Os dados <strong>de</strong> Poletto (1993) <strong>de</strong>monstram que, embora as mulheres<br />
freqüentem mais o <strong>de</strong>ntista, apresentam maior prevalência <strong>de</strong> cárie que os homens e,<br />
justamente porque freqüentam mais o <strong>de</strong>ntista apresentam mais <strong>de</strong>ntes restaurados e<br />
extraídos que os homens. Também o uso <strong>de</strong> próteses foi maior nas mulheres.<br />
Aqui é oportuno o resgate <strong>de</strong> alguns autores que relatam diferenças <strong>de</strong><br />
erupção <strong>de</strong>ntária entre meninas e meninos. De acordo com McDonald (1977), os<br />
resultados da maior parte dos estudos clínicos indicam que a <strong>de</strong>ntição nas meninas<br />
irrompe ligeiramente mais cedo que nos meninos (p. 65). Gue<strong>de</strong>s-Pinto (1993)<br />
corrobora tais dados e acrescenta que Na <strong>de</strong>ntição permanente é sabido por todos,<br />
que a erupção nas meninas é mais precoce que nos meninos, havendo em alguns<br />
casos diferenças acentuadas (p.33). Além disso, este autor ainda atribui tal fenômeno<br />
à precocida<strong>de</strong> do <strong>de</strong>senvolvimento biológico das meninas em relação aos meninos. Na<br />
verda<strong>de</strong>, esta precocida<strong>de</strong> na erupção gera também <strong>uma</strong> precocida<strong>de</strong> na exposição dos<br />
<strong>de</strong>ntes aos fatores <strong>de</strong> risco para o aparecimento da doença cárie. Em parte isto po<strong>de</strong><br />
explicar a maior prevalência da cárie nas mulheres. Mas apenas em parte, pois com<br />
relação aos hábitos <strong>de</strong> higiene bucal, que conforme se propaga são capazes <strong>de</strong>