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Saúde Bucal de Gestantes: uma Abordagem de Gênero

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através <strong>de</strong> aplicações tópicas, <strong>de</strong>ntifrícios fluoretados e controle do açúcar, entre outras<br />

ativida<strong>de</strong>s; e também em outros níveis <strong>de</strong> prevenção, mais ligados à atenção à<br />

doença.<br />

Mesmo os eventuais serviços <strong>de</strong> atendimento odontológico à gestante têm<br />

tratado do assunto como a <strong>Saú<strong>de</strong></strong>, <strong>de</strong> <strong>uma</strong> forma geral, trata: <strong>uma</strong> forma precoce <strong>de</strong><br />

atenção à saú<strong>de</strong> da futura criança. Assim, mulheres, parte <strong>de</strong>ssa população adulta,<br />

encontram nesse momento oportunida<strong>de</strong>s, porém também restritas, <strong>de</strong> que sejam<br />

atendidas suas necessida<strong>de</strong>s em saú<strong>de</strong> bucal, somente em função da gestação, o que<br />

está profundamente arraigado à sua condição <strong>de</strong> mulher <strong>de</strong>ntro da socieda<strong>de</strong>. Fala-se<br />

<strong>de</strong>ssas oportunida<strong>de</strong>s como também restritas porque, <strong>de</strong> fato, poucas são as gestantes<br />

que conseguem ter acesso a tal atendimento.<br />

Todos este fatos se somam aos mitos , crenças e medos ( Cozzupoli, 1981;<br />

Scavuzzi et al., 1998; Oliveira & Oliveira, 1999) em torno da atenção odontológica<br />

durante a gestação, que fazem parte do universo cultural da população (da qual não se<br />

excluem os profissionais da saú<strong>de</strong>) no Brasil .<br />

Segundo estudo realizado por Cozzupoli (1981) com 170 gestantes do<br />

Amparo Maternal, na Capital do Estado <strong>de</strong> São Paulo: o medo do tratamento <strong>de</strong>ntário,<br />

na gravi<strong>de</strong>z, manifestou-se pela quase totalida<strong>de</strong> da amostra pesquisada; o medo <strong>de</strong><br />

mais da meta<strong>de</strong> das entrevistadas relacionava-se a per<strong>de</strong>r o bebê em <strong>de</strong>corrência <strong>de</strong><br />

hemorragia genital provocada pelo tratamento odontológico; as gestantes que venceram<br />

o temor e procuraram o profissional durante a gestação, encontraram resistência por<br />

parte do mesmo; entre as gestantes <strong>de</strong> camada sócio-econômica e nível <strong>de</strong><br />

escolarida<strong>de</strong> mais baixos, a proporção <strong>de</strong> <strong>de</strong>ntes em bom estado foi, <strong>de</strong> modo geral,<br />

maior do que em geral é pressuposto; e, além <strong>de</strong>stas e outras conclusões, a autora<br />

encontrou que, no universo pesquisado, a importância do tratamento odontológico foi<br />

reconhecida.<br />

Em um estudo feito na cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Bauru- SP, através <strong>de</strong> entrevista com 150<br />

gestantes, entre 13 a 44 anos, Menino & Bijella (1995) concluíram que: 1) as grávidas<br />

entrevistadas tinham noção sobre cárie e os meios para prevení-la; 2) existe <strong>uma</strong> certa<br />

valorização da saú<strong>de</strong> bucal, pois a perda dos <strong>de</strong>ntes não é <strong>uma</strong> situação inevitável se<br />

as pessoas tiverem os <strong>de</strong>vidos cuidados e tratamento; 3) a procura do tratamento

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