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Saúde Bucal de Gestantes: uma Abordagem de Gênero

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e não simplesmente resultado das diferenças biológicas entre ambos.<br />

As gestantes entrevistadas ratificaram o dito popular que diz que ser mãe<br />

é pa<strong>de</strong>cer no paraíso , já <strong>de</strong>s<strong>de</strong> o período da espera da chegada do bebê, ao<br />

consi<strong>de</strong>rarem em sua maioria, sua saú<strong>de</strong> como excelente, muito boa, boa ou razoável.<br />

Pois mesmo sofrendo com seus pa<strong>de</strong>cimentos gestacionais dores, enjôos, vômitos,<br />

tonturas, alterações na pressão arterial, alergias, falta <strong>de</strong> ar, problemas na boca, etc.<br />

assumiram-nos como parte das provas necessárias rumo ao ( ainda existente) troféu<br />

social <strong>de</strong> mãe-maravilha, perfeita, corajosa, mãe por natureza. . . Ou seja, o único<br />

padrão consi<strong>de</strong>rado, aceito pela socieda<strong>de</strong>. Além <strong>de</strong>ste dado verificou-se que para a<br />

saú<strong>de</strong> geral o conceito <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> como ausência <strong>de</strong> doença é bastante forte <strong>uma</strong> vez<br />

que as gestantes revelaram não consi<strong>de</strong>rar ser necessário ir ao médico quando não<br />

estão sentindo dores. Também a preocupação com a saú<strong>de</strong> do bebê está em primeiro<br />

lugar quando se visita o médico durante os exames pré-natais. Os dados revelaram que<br />

a prática da automedicação das dores antece<strong>de</strong> a visita ao médico e as práticas<br />

anticoncepcionais ainda encontram-se envoltas n<strong>uma</strong> nuvem <strong>de</strong> tabus e preconceitos,<br />

que acabam gerando a gravi<strong>de</strong>z in<strong>de</strong>sejada. Apesar da dificulda<strong>de</strong> na marcação <strong>de</strong><br />

consultas, do atendimento nem sempre acontecer como se gostaria, as entrevistadas<br />

<strong>de</strong>monstraram estar satisfeitas com as consultas do período pré-natal, embora tenham<br />

revelado também que a solução <strong>de</strong> suas dúvidas só acontece se perguntarem ao<br />

médico. E este perguntar ao médico, ou seja <strong>uma</strong> certa liberda<strong>de</strong> para expor suas<br />

dúvidas e ansieda<strong>de</strong>s só acontece quando há <strong>uma</strong> boa relação com ele, o que fica<br />

facilitado diante da rotina <strong>de</strong> consultas com um mesmo profissional. Os dados<br />

revelaram que 56,79% das gestantes estavam realizando as consultas pré-natais com<br />

o mesmo médico, enquanto 43,21% não o estavam fazendo.<br />

A busca dos conhecimentos construídos sobre saú<strong>de</strong> bucal pelas<br />

entrevistadas revela <strong>uma</strong> vasta possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> <strong>de</strong>scobertas contida no discurso<br />

<strong>de</strong>ssas mulheres. Demonstraram estar, em sua maioria, insatisfeitas com sua saú<strong>de</strong><br />

bucal, apontando como principais motivos para essa insatisfação dores, quedas <strong>de</strong><br />

restaurações, impossibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> visitar o <strong>de</strong>ntista em virtu<strong>de</strong> da gestação, entre outros.<br />

Além disso, as gestantes também i<strong>de</strong>ntificaram a boca como importante para se<br />

alimentar, falar, e até xingar. Reconheceram a importância do tratamento <strong>de</strong>ntário,<br />

principalmente para evitar problemas com dores, tendo sido i<strong>de</strong>ntificada como solução<br />

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