Manejo da Irrigação para o Trigo no Sistema - Embrapa Arroz e Feijão
Manejo da Irrigação para o Trigo no Sistema - Embrapa Arroz e Feijão
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Lâmina aplica<strong>da</strong> (mm)<br />
24<br />
23<br />
22<br />
21<br />
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10<br />
9<br />
8<br />
7<br />
6<br />
5<br />
4<br />
3<br />
2<br />
120<br />
Vão entre torres<br />
1 2 3 4 5 6 7 8 9 11 1012131415<br />
VELOCIDADE = 58,20 m/h<br />
LÂMINA MÉDIA = 12,5 mm<br />
240 360<br />
Distância do ponto-pivô (m)<br />
420 540<br />
480 600<br />
Fig. 4. Perfil <strong>da</strong> precipitação ao longo <strong>da</strong> linha lateral, <strong>para</strong><br />
sistema operando com 40% <strong>da</strong> veloci<strong>da</strong>de máxima, com CUC<br />
= 89,8% e CUD = 72,2%.<br />
Fonte: A<strong>da</strong>pta<strong>da</strong> de Bridi (1984).<br />
A coleta <strong>da</strong> precipitação em um pivô central deve ser realiza<strong>da</strong><br />
utilizando recipientes coletores instalados em duas linhas<br />
radiais com ângulo de 3º aproxima<strong>da</strong>mente entre elas,<br />
conforme Projeto de Norma 12:02.08-005 <strong>da</strong> ABNT. Outros<br />
autores (Merrian & Keller, 1979; Silveira & Stone, 1994)<br />
propõem colocar os recipientes coletores em quatro raios do<br />
círculo irrigado, sendo dois <strong>no</strong> sentido <strong>da</strong> maior declivi<strong>da</strong>de do<br />
terre<strong>no</strong> e os outros dois, em nível. A altura do bordo superior<br />
dos coletores (desde a superfície do terre<strong>no</strong>) deve ser aproxima<strong>da</strong>mente<br />
a mesma e ficar em tor<strong>no</strong> de 30 cm acima <strong>da</strong>s<br />
plantas existentes na área do ensaio. Os coletores devem ser<br />
numerados, em ordem crescente, a partir do centro do pivô, e<br />
igualmente afastados entre si de 3 a 10 m, tomando-se a<br />
precaução de evitar o caminho percorrido pelas ro<strong>da</strong>s. O<br />
primeiro coletor deve ser colocado afastado do centro do pivô<br />
de uma distância igual a metade do espaçamento estabelecido.<br />
Como ca<strong>da</strong> coletor representa uma área maior, à medi<strong>da</strong> que<br />
se afasta do centro do pivô, deve-se ponderar os valores<br />
coletados. A ponderação é feita considerando como peso as<br />
frações de área representa<strong>da</strong> por ca<strong>da</strong> coletor (f i ):<br />
f i = 2πe 2 (i–0,5).......................................................(5)<br />
onde: e = espaçamento entre coletores, em m; i =<br />
número de ordem do coletor.<br />
Uma vez fixado o espaçamento entre os coletores, o<br />
termo 2πe 2 é constante; portanto, na ponderação, considera-se<br />
(i – 0,5).<br />
A precipitação média pondera<strong>da</strong> (X), em milímetros, é igual a:<br />
<strong>Manejo</strong> <strong>da</strong> irrigação <strong>para</strong> o trigo...<br />
X=Σn i=1 (i– 0,5) X / Σn (i – 0,5)........................... (6)<br />
i i=1<br />
onde: X i = precipitação observa<strong>da</strong> <strong>no</strong> coletor de ordem i.<br />
Para efeito do cálculo, devem ser utiliza<strong>da</strong>s as médias<br />
aritméticas dos volumes captados <strong>no</strong>s coletores do mesmo<br />
número de posição.<br />
Os volumes de água, coletados após a passagem do pivô<br />
pelo local do ensaio, devem ser medidos com a maior<br />
rapidez possível <strong>para</strong> minimizar as per<strong>da</strong>s por evaporação.<br />
Eles são medidos com uma proveta gradua<strong>da</strong> e, posteriormente,<br />
convertidos em altura de água (lâmina), pela<br />
consideração <strong>da</strong> área <strong>da</strong> boca do coletor. Deve-se medir as<br />
per<strong>da</strong>s por evaporação durante o ensaio. Para isto, deverão<br />
ser feitas, <strong>no</strong> mínimo, duas determinações <strong>da</strong> evaporação,<br />
uma na metade e outra <strong>no</strong> final do ensaio, utilizando-se<br />
dois ou mais coletores, que contenham uma lâmina de<br />
água aproxima<strong>da</strong>mente igual à que se espera seja aplica<strong>da</strong><br />
durante o ensaio. Caso o teste seja demorado e a deman<strong>da</strong><br />
evaporativa <strong>da</strong> atmosfera seja eleva<strong>da</strong>, o volume evaporado<br />
deve ser acrescido às leituras dos coletores, proporcionalmente<br />
ao tempo despendido <strong>para</strong> fazê-las.<br />
Com a finali<strong>da</strong>de de evitar um tempo de ensaio muito<br />
longo, pode-se deixar de instalar os coletores situados até<br />
aproxima<strong>da</strong>mente um oitavo do raio do círculo irrigado a<br />
partir do ponto do pivô. Os números de posições que<br />
corresponderiam a estes coletores não instalados deverão<br />
ser contados quando forem determinados os números de<br />
posição dos coletores.<br />
Com a precipitação média pondera<strong>da</strong> e as lâminas coleta<strong>da</strong>s é<br />
possível calcular o coeficiente de uniformi<strong>da</strong>de de Christiansen<br />
(CUC), segundo Heermann & Hein (1968) e o coeficiente de<br />
uniformi<strong>da</strong>de de distribuição (CUD), em porcentagem:<br />
CUC=100[1 – (Σn i=1 (i – 0,5) |X - X | / (Σn<br />
i i=1 (i – 0,5) X )].. (7)<br />
i<br />
CUD=100[Σq i=p (i – 0,5) X / X Σq (i – 0,5)]............... (8)<br />
i i=p<br />
onde: p = primeiro elemento <strong>da</strong> série crescente de lâminas<br />
coleta<strong>da</strong>s; q = elemento <strong>da</strong> série crescente de lâminas<br />
coleta<strong>da</strong>s que torna Σq (i – 0,5) aproxima<strong>da</strong>mente igual<br />
i=p<br />
a 25% <strong>da</strong> soma total dos números de ordem dos coletores<br />
[(Σn (i – 0,5)]. O CUC expressa quanto as precipitações<br />
i=1<br />
coleta<strong>da</strong>s se aproximam <strong>da</strong> precipitação média. O CUD é<br />
uma medi<strong>da</strong> <strong>da</strong> distribuição de água que utiliza a quarta<br />
parte <strong>da</strong> área irriga<strong>da</strong> total que recebe me<strong>no</strong>s água como<br />
uni<strong>da</strong>de de análise. Ele expressa quanto a precipitação<br />
média desta área me<strong>no</strong>s irriga<strong>da</strong> se aproxima <strong>da</strong> precipitação<br />
média total. Alguns autores (Bernardo, 1989; Silveira<br />
& Stone, 1994) têm considerado na determinação do CUD<br />
<strong>para</strong> pivô central 25% dos coletores com me<strong>no</strong>r precipitação.<br />
Isto não permite a interpretação anterior pois pode<br />
não haver correspondência com 25% <strong>da</strong> área total.<br />
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