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Ensino Bíblico – Banco do Brasil Ag. 0300-X C/c 35.720-0<br />

Em resposta à pergunta “O que é eleição?”, Thiessen diz que, no seu sentido redentivo, eleição é “o ato<br />

soberano de Deus, pela graça, através da qual Ele escolheu em Cristo Jesus, para salvação, todos aqueles que previu<br />

que o aceitariam”.19 Sobre presciência, acentua:<br />

Devemos distinguir claramente entre a presciência de Deus e a sua predestinação. Não é certo dizer que Deus<br />

previu todas as coisas porque arbitrariamente decidiu fazer com que elas ocorressem. Deus, em sua presciência, vê os<br />

eventos futuros praticamente como vemos os passados […] Os que foram escolhidos são aqueles que estavam em<br />

Cristo, pela sua presciência, Deus já os viu ali quando fez a escolha […] Ele não determinou quem deveria achar-se ali,<br />

mas simplesmente os viu ali em Cristo ao elegê-los […] Em ponto algum a Bíblia ensina que alguns são predestinados<br />

à condenação. Isto seria desnecessário, desde que todos são pecadores e estão a caminho da condenação eterna (cf.<br />

Ef 2.1-3; 12).20<br />

Diante da controvérsia, Myer Pearlman propõe um equilíbrio na análise do assunto. Ele afirma que:<br />

As respectivas posições fundamentais, tanto do calvinismo, como do arminianismo, são ensinadas nas<br />

escrituras. O calvinismo exalta a graça de Deus como a única fonte de salvação ¾ e assim faz a Bíblia; o arminianismo<br />

acentua a livre vontade e responsabilidade do homem ¾ e assim o faz a Bíblia. A solução prática consiste em evitar os<br />

extremos anti-bíblicos de um e de outro ponto de vista, e em evitar colocar uma idéia em aberto antagonismo com a<br />

outra […] dar ênfase demasiada à soberania da graça de Deus na salvação pode conduzir a uma vida descuidada,<br />

porque se a pessoa é ensinada a crer que conduta e atitude nada têm a ver com sua salvação, pode tornar-se<br />

negligente. Por outra parte, ênfase demasiada sobre a livre vontade e responsabilidade do homem, como reação ao<br />

calvinismo, pode trazer as pessoas sob o jugo do legalismo e despojá-las de toda a confiança de sua salvação.21<br />

De fato, o crente fiel não cai da graça de Deus, como dizem os calvinistas, mas “se” perseverar em obediência<br />

e santidade (Hb 3.12-14;12.14); o homem é depravado, mas, se aceitar a Cristo, é nova criatura (2 Co 5.17). A “eleição<br />

incondicional” só pode ser uma interpretação equivocada, mesmo baseando-se em textos bíblico, pois Deus não faz<br />

acepção de pessoas. O problema é que os calvinistas não admitem o livre arbítrio. Mas, sem essa condição, o homem<br />

não poderia ser imagem e semelhança de Deus.<br />

Quanto ao arminianos, seus pontos fundamentais são aceitáveis, mas não podem ser levados ao extremo. Não<br />

é somente pelo livre-arbítrio ou pela responsabilidade pessoal que alguém pode ser salvo. Entendemos que as duas<br />

interpretações podem servir de subsídio para a doutrina da salvação, mas sem as afirmações dogmáticas, levadas ao<br />

extremo. Na salvação, tem-se a mão de Deus, por intermédio de Cristo, vindo ao encontro do homem pecador, por seu<br />

amor e sua misericórdia. Quando o homem perdido reconhece seus pecados, e sua condição de miserável espiritual, e<br />

aceita a mão de Deus em seu favor, é salvo. No entanto, quando o perdido prefere rejeitar a mão de Deus, e opta pela<br />

mão do Diabo, está perdido, e assim ficará até à morte.<br />

Corroborando esse entendimento, vemos o que diz o Senhor, por meio do profeta Ezequiel: “Quando eu<br />

também disser ao ímpio: Certamente morrerás; se ele se converter do seu pecado e fizer juízo e justiça, restituindo<br />

esse ímpio o penhor, pagando o furtado, andando nos estatutos da vida e não praticando iniqüidade, certamente viverá,<br />

não morrerá. De todos os seus pecados com que pecou não se fará memória contra ele; juízo e justiça fez, certamente<br />

viverá” (Ez 33.14-16; grifos meus). Aí, nesse texto tão incisivo, vê-se que “o ímpio”, ou seja, o perdido, o depravado, o<br />

miserável pecador, quando ouve a advertência de Deus, por meio de sua Palavra, do evangelho de Cristo, na Nova<br />

Aliança, e se arrepende, (”e se converter”, passando a andar “nos estatutos da vida”, que é a Palavra de Deus), diz o<br />

Senhor: “Certamente viverá”, isto é, será salvo. Não se pode inferir do texto qualquer conotação de que esse “ímpio”<br />

seria um “eleito”, ou “predestinado”. É ímpio mesmo! Note-se também que não é Deus quem o converte, por sua “graça<br />

irresistível”, mas é ele próprio quem, advertido por Deus, deve “se converter do seu pecado”, e passar a andar “nos<br />

estatutos da vida”. Fazendo ele isso “certamente viverá”.<br />

Segundo Horton se a graça de Deus é irresistível, como enfatizou Calvino,<br />

os incrédulos pereceriam, não por não quererem corresponder, mas por não poderem. A graça de Deus não<br />

seria eficaz para eles. Nesse caso, Deus pareceria mais um soberano caprichoso que brinca com seus súditos que um<br />

Deus de amor e graça. Sua promessa: “todo aquele que quer” seria uma brincadeira de inigualável crueldade, pois Ele<br />

é quem estaria brincando. Mas o Deus e Pai de Nosso Senhor Jesus Cristo não brinca conosco22 (grifos meus).<br />

“Entendemos que a interpretação arminiana é a mais consentânea com o caráter de Deus, que é ao mesmo<br />

tempo justo, soberano, bom, e que não faz acepção de pessoas”.23<br />

É indiscutível, à luz da Bíblia, a soberania de Deus. Por outro lado, também é indiscutível à luz das Escrituras,<br />

que o homem recebeu de Deus o livre-arbítrio, para que seja responsabilizado por seus atos. Ao longo da História,<br />

observa-se que a maioria das pessoas não querem encurvar-se ante a soberania de Deus. Muitos vêem Deus como<br />

um ser distante, que criou todas as coisas, mas não se importa com suas criaturas. São os deístas. Outros, guiados<br />

pela cegueira espiritual, desacreditam na existência de Deus. São os ateístas. Por fim, há os que, em minoria, aceitam<br />

as verdades emanadas da Palavra de Deus, e não somente crêem nEle, como o adoram, e o servem “em espírito e em<br />

verdade” (Jo 4.24). São os teístas. A crença em Deus, pelos méritos de Jesus Cristo, é o único meio para que o ser<br />

humano chegue à eternidade, com a bênção da salvação. Os que o aceitam, são salvos. Os que o rejeitam, estão<br />

condenados (Jo 3.18,19). Deus não faz acepção de pessoas. Sua salvação é oferecida a todos (Jo 3.16), mas só é<br />

alcançada pelos que crêem em Jesus Cristo e o aceitam como salvador.<br />

Notas<br />

7 HORTON, Stanley M. Teologia Sistemática, p.153.<br />

8 BANCROFT, E.H. Teologia Elementar, p. 82.<br />

9 STRONG, Augustus H. Teologia Sistemática, p.525.<br />

Portal Escola Dominical – www.portalebd.org.br Página 15

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