29.04.2013 Views

Para ler o artigo completo - CLIQUE AQUI

Para ler o artigo completo - CLIQUE AQUI

Para ler o artigo completo - CLIQUE AQUI

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

Ajude a manter este trabalho – Deposite qualquer valor em nome de: Associação para promoção do<br />

Ensino Bíblico – Banco do Brasil Ag. 0300-X C/c 35.720-0<br />

2.2. ARMINIANISMO - A PREDESTINAÇÃO RELATIVA<br />

Doutrina pregada por Jacobus Arminius (1560-1609). Foi sucessor de Calvino, e concluiu que o teólogo francês<br />

se equivocara. Sua doutrina também pode ser resumida em cinco pontos:<br />

(1) A predestinação de Deus é condicional (e não absoluta). “Deus escolheu baseado em sua presciência.<br />

Qualquer pessoa que crê pode ser salva” (Dt 30.19; Jo 5.40; Tg 1.14; 1 Pe 1.2; Ap 3.20).<br />

Em todos os livros da Bíblia, percebe-se que o relacionamento de Deus com o homem exige condições; se o<br />

homem as cumpre, é abençoado; se não as cumpre, é penalizado. Se uns nascessem predestinados para a vida<br />

eterna, não adiantaria pregar o evangelho, conforme a Grande Comissão (Mc 16.15,16);<br />

(2) A expiação é universal. “O sacrifício de Jesus foi a benefício de todos os pecadores. Mas só os que crêem nEle<br />

serão salvos” (cf. Jo 3.16; 12.32; 17.21; 1 Tm 2.3,4; 1 Jo 2.2);<br />

Os textos bíblicos referenciados são de uma clareza cristalina, quando se referem à expiação; esta é tão<br />

profunda que tem efeito presente e até retroativo (Hb 9.15). Diz Paulo sobre Jesus: “Ao qual Deus propôs para<br />

propiciação pela fé no seu sangue, para demonstrar a sua justiça pela remissão dos pecados dantes cometidos, sob a<br />

paciência de Deus” (Rm 3.25; grifos meus).<br />

(3) Livre-arbítrio. “O pecado passou a todos os homens, mas as pessoas podem crer, arrepender-se e a aceitar<br />

a Cristo como Salvador” (Is 55.7; Mt 25.41,46; Mc 9.47,48; Rm 14.10,12; 2 Co 5.10).<br />

Como já foi exposto neste capítulo, o livre-arbítrio é condição indispensável para que seja real o fato de o<br />

homem ter sido criado conforme a imagem e a semelhança de Deus, pois um ser teleguiado, manipulado por cordões<br />

espirituais, não passaria de uma marionete do Criador.<br />

(4) O pecador pode eficazmente rejeitar a graça de Deus. “Deus deseja salvar o pecador, e tudo provê para<br />

que ele alcance a salvação. Mas, sendo ele livre, pode rejeitar os apelos da graça” (Lc 18.23; 19.41,42; Ef 4.30; 1 Ts<br />

5.19). Se não houver essa condição, não existe livre-arbítrio, característica fundamental do ser criado por Deus,<br />

conforme comentário no item (3).<br />

(5) Os crentes em Jesus podem cair da graça. Se o crente, uma vez salvo, não vigiar e orar (Mt 26.41), e não<br />

buscar a santificação (Hb 12.14; 1 Pe 1.15), poderá cair da graça e perder-se eternamente, se não tiver oportunidade<br />

de reconciliar-se com Deus. Por isso, Jesus disse que quem “perseverar até ao fim será salvo” (Mt 10.22; ver também<br />

Lc 21.36; Gl 5.4; Hb 6.6; 10.26,27; 2 Pe 2.20-22).<br />

A doutrina arminiana nos parece coerente com o plano de Deus para os homens, como seres livres. Podem<br />

aceitar, ou podem rejeitar a graça de Deus. Só sendo livres, é que se justifica a semelhança moral do homem com seu<br />

Criador. É também, a única interpretação que se coaduna com o Ser de Deus, e seu caráter, revelado na Bíblia<br />

Sagrada. Deus dá liberdade ao homem, dentro dos limites estabelecidos em seu plano divino para toda a humanidade.<br />

A soberania de Deus impõe os limites. O livre-arbítrio concedido por Deus implica em responsabilidade do homem<br />

perante o Criador. Do contrário, Deus seria um tirano. E o homem seria seu títere.10<br />

3. ELEIÇÃO E PREDESTINAÇÃO - UMA ABORDAGEM COMPREENSIVA<br />

Eleição significa “Ato de eleger; escolha, opção, preferência, predileção”.11 A doutrina calvinista entende que<br />

Deus elegeu somente um grupo de pessoas, e predestinou-as para serem salvas. É a visão da eleição e da<br />

predestinação absolutas. Os arminianos entendem que existe eleição e predestinação, sim, mas no sentido relativo.<br />

Esta visão parece-nos mais consentânea com a maneira pela qual Deus exerce sua soberania, ao mesmo tempo em<br />

que assegura a liberdade do homem.<br />

A predestinação absoluta esbarra em sério conflito doutrinário e moral. Deus não faz acepção de pessoas, e o<br />

Deus que não faz acepção de pessoas também reprova quem o faz: “Meus irmãos, não tenhais a fé de nosso Senhor<br />

Jesus Cristo, Senhor da glória, em acepção de pessoas” (Tg 2.1; grifos meus). “Mas, se fazeis acepção de pessoas,<br />

cometeis pecado e sois redargüidos pela lei como transgressores” (Tg 2.9; grifos meus); “E vós, senhores, fazei o<br />

mesmo para com eles, deixando as ameaças, sabendo também que o Senhor deles e vosso está no céu e que para<br />

com ele não há acepção de pessoas” (Ef 6.9; grifos meus). Assim, se Deus não faz acepção de pessoas, não podemos<br />

aceitar que alguns já nasçam predestinados para a perdição, e outros, eleitos, já nasçam predestinados para a<br />

salvação. Tal idéia contradiz o caráter de Deus, revelado nas Escrituras.<br />

3.3. O SIGNIFICADO DA ELEIÇÃO (gr.eklegoe)<br />

Há diversos e variados pontos de vista sobre o tema da eleição. No entanto, evitando as abordagens que levam<br />

às contradições entre a soberania de Deus e a liberdade do homem, entendemos que eleição é a “escolha por Deus<br />

daqueles que crêem em Cristo”. Diz a Bíblia: “Porque os que dantes conheceu, também os predestinou para serem<br />

conformes à imagem de seu Filho, a fim de que ele seja o primogênito entre muitos irmãos. E aos que predestinou, a<br />

esses também chamou; e aos que chamou, a esses também justificou; e aos que justificou, a esses também glorificou”<br />

(Rm 8.29,30; 9.6-27; 11.5,7,28; Cl 3.12).<br />

Isso nos leva às seguintes conclusões:<br />

(1) Os eleitos, segundo a presciência de Deus, o são na união com Cristo. Deus “nos elegeu nele” (Ef 1.4).<br />

Antes de alguém aceitar a Cristo, a eleição não tem qualquer sentido, ou efeito;<br />

(2) Deus nos predestinou para sermos “à imagem de seu Filho”, conhecendo-nos, como eleitos, “dantes”, isto é<br />

“antes da fundação do mundo” (Ef 1.4). Essa eleição tem sentido “profético”, só se tornando real, a partir da união com<br />

Cristo.<br />

Portal Escola Dominical – www.portalebd.org.br Página 13

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!