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Ensino Bíblico – Banco do Brasil Ag. 0300-X C/c 35.720-0<br />
PORTAL ESCOLA DOMINICAL<br />
4º Trimestre de 2012 - CPAD<br />
Os Doze Profetas Menores - advertências e consolações para a santificação da<br />
Igreja de Cristo<br />
Comentários da revista da CPAD: Esequias Soares da Silva<br />
Consultor Doutrinário e Teológico da CPAD: Pr. Antonio Gilberto<br />
Complementos, ilustrações, questionários e vídeos: Ev. Luiz Henrique de<br />
Almeida Silva<br />
LIÇÃO 5, OBADIAS, O PRINCÍPIO DA RETRIBUIÇÃO<br />
TEXTO ÁUREO<br />
"Porque o dia do SENHOR está perto, sobre todas as nações; como tu fizeste, assim se fará contigo; a tua maldade<br />
cairá sobre a tua cabeça" (Ob 1.15).<br />
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VERDADE PRÁTICA<br />
Obadias mostra que a lei da semeadura e o princípio da retribuição constituem uma realidade da qual ninguém<br />
escapará.<br />
LEITURA DIÁRIA<br />
Segunda - Gn 25.22,23A inimizade desde a gestação<br />
Terça - Sl 137.7O clamor pela punição de Edom<br />
Quarta - Os 8.7Quem semeia vento colhe tempestade<br />
Quinta - Na 1.3Deus não terá o culpado por inocente<br />
Sexta - Gl 6.7A lei da semeadura e o princípio da retribuição<br />
Sábado - Hb 2.2A desobediência receberá justa retribuição<br />
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE- Obadias 1.1-4,15-18<br />
1Visão de Obadias: Assim diz o Senhor JEOVÁ a respeito de Edom: Temos ouvido a pregação do SENHOR, e<br />
foi enviado às nações um embaixador, dizendo: Levantai-vos, e levantemo-nos contra ela para a guerra.2Eis que te fiz<br />
pequeno entre as nações; tu és mui desprezado.3A soberba do teu coração te enganou, como o que habita nas fendas<br />
das rochas, na sua alta morada, que diz no seu coração: Quem me derribará em terra?4Se te elevares como águia e<br />
puseres o teu ninho entre as estrelas, dali te derribarei, diz o SENHOR.<br />
15 Porque o dia do SENHOR está perto, sobre todas as nações; como tu fizeste, assim se fará contigo; a tua<br />
maldade cairá sobre a tua cabeça.16 Porque, como vós bebestes no monte da minha santidade, assim beberão de<br />
contínuo todas as nações; beberão, e engolirão, e serão como se nunca tivessem sido.17 Mas, no monte Sião, haverá<br />
livramento; e ele será santo; e os da casa de Jacó possuirão as suas herdades.18 E a casa de Jacó será fogo; e a casa<br />
de José, chama; e a casa de Esaú, palha; e se acenderão contra eles e os consumirão; e ninguém mais restará da<br />
casa de Esaú, porque o SENHOR o disse.<br />
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A RESPEITO DE EDOM. Os edomitas, vizinhos de Judá ao sul da fronteira, eram descendentes de Esaú<br />
(v. 6), irmão de Jacó. Assim sendo, tinham parentesco com Israel (v. 10). Apesar disso, Edom se tornara<br />
ferrenho inimigo do povo de DEUS, e frequentemente ajudava os exércitos que atacavam Israel. Devido a<br />
prolongada hostilidade de Edom, aliada ao ódio contra os israelitas, a ira divina viria sobre eles.<br />
Por que o nome Edom? Edom significa vermelho e veio da cor do gusado que Esaú comeu quando<br />
trocou seu direito de bênçãos de primogênito por um prato de lentilhas vermelhas com seu irmão sabido, Jacó.<br />
E disse Esaú a Jacó: Deixa-me, peço-te, comer desse guisado vermelho, porque estou cansado. Por isso se chamou<br />
Edom<br />
Gênesis 25:30<br />
E disse Esaú a Jacó: Deixa-me, peço-te, comer desse guisado vermelho, porque estou cansado. Por isso se chamou<br />
Edom<br />
Gênesis 25:30<br />
E disse Esaú a Jacó: Deixa-me, peço-te, comer desse guisado vermelho, porque estou cansado. Por isso se chamou<br />
Edom<br />
Gênesis 25:30<br />
Gênesis 25:30 E disse Esaú a Jacó: Deixa-me, peço-te, comer desse guisado vermelho, porque estou cansado. Por<br />
isso se chamou Edom.<br />
Por que era para haver paz e amor entre os descendentes de Esaú (Amom) e Jacó (Monte Sião, ou Judá ou<br />
Judeus ou casa de Jacó)? Porque os dois fizeram as pazes e eram irmãos que se amavam e se perdoaram<br />
pelos desafetos do passado.<br />
Gênesis 33:4 Então Esaú correu-lhe ao encontro, e abraçou-o, e lançou-se sobre o seu pescoço, e beijou-o; e<br />
choraram.<br />
Por que DEUS restituiu a Edom o mau que causara e que desejara a Israel?<br />
Embora leiamos em Gênesis a respeito da reconciliação entre ambos os irmãos (Gn 33), o ódio entre seus<br />
descendentes irrompia frequentemente em guerras no decurso da história bíblica (cf. Nm 20.14-21; 1 Sm 14.47; 2 Sm<br />
8.14; 1 Rs 11.14-22). Em consonância com suas hostilidades, os edomitas regozijaram-se com as adversidades de<br />
Jerusalém.<br />
Zacarias 2:8 Porque assim diz o SENHOR dos Exércitos: Depois da glória ele me enviou às nações que vos<br />
despojaram; porque aquele que tocar em vós toca na menina do seu olho.<br />
Obadias 1.15 Porque o dia do SENHOR está perto, sobre todas as nações; como tu fizeste, assim se fará<br />
contigo; a tua maldade cairá sobre a tua cabeça<br />
Obadias - BEP - CPAD<br />
Esboço<br />
I. O Juízo de Edom (1-14)<br />
A. A Destruição Que Virá sobre Edom (1-4)<br />
B. A Devastação Será Completa (5-9)<br />
C. Motivo: A Alegria de Edom pelas Aflições de Judá (10-14)<br />
II. O Dia do Senhor (15-21)<br />
A. Julgamento de Edom e Outras Nações (15,16)<br />
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B. O Lugar de Israel no “Dia do Senhor” (17-21)<br />
1. Salvação para Israel (17,18a)<br />
2. Destruição para Edom (18b)<br />
3. As Fronteiras de Israel Alargadas Como Parte do Reino de DEUS (19-21)<br />
Autor: Obadias<br />
Tema: O Juízo de Edom<br />
Data: Cerca de 840 a.C.; (podendo chegar a ser até 586 a.C.)<br />
Considerações Preliminares<br />
O autor deste breve livro é um profeta chamado Obadias. No livro, não é mencionada a sua genealogia, nem<br />
outro pormenor a seu respeito. Obadias é um nome bastante comum, e significa “servo do Senhor”. Doze ou treze<br />
pessoas com tal nome são mencionadas na Bíblia (e.g., 1 Rs 18.3-16; 2 Cr 17.7; 34.12,13). Dependemos da data desta<br />
profecia para sabermos se o Obadias que escreveu este livro é citado noutra parte do AT. Como nenhum rei é<br />
mencionado, não sabemos com certeza a data em que foi escrito. A única alusão histórica diz respeito a uma ocasião<br />
em que os edomitas regozijaram-se com a invasão de Jerusalém, e até mesmo tomaram parte na divisão dos despojos<br />
(vv. 11-14). Não fica claro, porém, qual invasão Obadias tinha em mente. Houve cinco invasões de monta contra a<br />
cidade santa durante os tempos do AT: (1) a de Sisaque, rei do Egito, em 926 a.C., durante o reinado de Roboão (1 Rs<br />
14.25,26); (2) a dos filisteus e árabes no reinado de Jorão, entre 848 e 841 a.C. (ver 2 Cr 21.16,17); (3) a do rei Jeoás<br />
de Israel no reinado de Amazias, em 790 a.C. (2 Rs 14.13,14); (4) a de Senaqueribe, rei da Assíria, no reinado de<br />
Ezequias, em 701 a.C. (2 Rs 18.13); e (5) a dos babilônios entre 605 e 586 a.C. (2 Rs 24;25). Acredita-se que Obadias<br />
tenha profetizado em conexão com a segunda ou quinta invasão. A destruição de Jerusalém por Nabucodonosor<br />
parece a menos provável, porque não há nenhum indício, no livro, da destruição completa de Jerusalém ou da<br />
deportação de seus habitantes. Os profetas que se referem à destruição de Jerusalém identificam sempre o inimigo<br />
como sendo Nabucodonosor, e não simplesmente “forasteiros” e “estranhos” (v. 11). Sendo assim, a ocasião da<br />
profecia de Obadias é mais provavelmente a segunda das cinco invasões, quando filisteus e árabes reuniram-se para<br />
pilhar a cidade. Por essa época, os edomitas, que se achavam sob o controle de Jerusalém, já haviam consolidado sua<br />
liberdade (2 Cr 21.8-10). Seu júbilo, motivado pela queda de Jerusalém, fica bem patente e compreensível. Levando-se<br />
em conta que o período do reinado de Jorão vai de 848 a 841 a.C., e que a pilhagem de Jerusalém já era realidade,<br />
considera-se 840 a.C. uma data provável à composição da profecia. Parte do contexto da profecia relembra Gn 25.19-<br />
34; 27.1—28.9, i.e., a longa rivalidade entre Esaú (pai dos edomitas) e Jacó (pai dos israelitas). Embora leiamos em<br />
Gênesis a respeito da reconciliação entre ambos os irmãos (Gn 33), o ódio entre seus descendentes irrompia<br />
frequentemente em guerras no decurso da história bíblica (cf. Nm 20.14-21; 1 Sm 14.47; 2 Sm 8.14; 1 Rs 11.14-22).<br />
Em consonância com suas hostilidades, os edomitas regozijaram-se com as adversidades de Jerusalém.<br />
Propósito<br />
Este livro foi escrito: (1) para revelar a intensa ira de DEUS contra os edomitas por terem se regozijado com o<br />
sofrimento de Judá; e (2) para entregar a palavra do juízo divino contra Edom. Obadias profetiza o resultado final da<br />
atuação de DEUS: para os edomitas — destruição; para Israel, o povo de DEUS — livramento no futuro dia do Senhor.<br />
Visão Panorâmica<br />
O livro de Obadias possui duas seções principais. Na primeira (vv. 1-14), DEUS expressa, através do profeta,<br />
sua ardente ira contra Edom, e exige deste uma prestação de contas por sua soberba originada de sua segurança<br />
geográfica, e por ter-se regozijado com a derrota de Judá. O juízo divino vem sobre eles; não há nenhuma esperança<br />
da comutação da pena; nenhum convite lhes é feito para se arrependerem e voltarem ao Senhor. Serão exterminados<br />
para sempre! (v. 10). A segunda seção (vv. 15-21) refere-se ao dia do Senhor, quando Edom será destruído juntamente<br />
com todos os inimigos de DEUS, ao passo que o povo escolhido será salvo, e seu reino triunfará.<br />
Características Especiais<br />
Quatro aspectos básicos caracterizam a profecia de Obadias. (1) É o livro mais breve do AT. (2) É um dos três<br />
profetas vocacionados por DEUS a dirigirem sua mensagem quase que, exclusivamente, a uma nação gentia (os<br />
outros dois são Jonas e Naum). (3) Há muita semelhança entre Obadias e Jeremias 49.7-22. (4) O livro não é citado<br />
nem aludido no NT.<br />
O Livro de Obadias ante o NT<br />
Embora o NT não se refira diretamente a Obadias, a inimizade tradicional entre Esaú e Jacó, que subjaz a este<br />
livro, também é mencionada no NT. Paulo refere-se à inimizade entre Esaú e Jacó em Rm 9.10-13, mas passa a<br />
lembrar da mensagem de esperança que DEUS nos dá: todos os que se arrependerem de seus pecados, tanto judeus<br />
quanto gentios, e invocarem o nome do Senhor, serão salvos (Rm 10.9-13; 15.7-12).<br />
ESTUDO-VIDA DE AMÓS - © Witness Lee (http://www.4shared.com/folder/wEsS2Vl8/ESTUDO-VIDA.html)<br />
Conteúdo<br />
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Mens. 1 - Sobre Amós (1) A Palavra Introdutória, os Julgamentos do Senhor sobre as Nações Circunvizinhas, e<br />
Seus Julgamentos sobre Judá e Israel.<br />
Mens. 2 - Sobre Amós (2) O Senhor Contende com a Casa de Jacó (1).<br />
Mens. 3 - Sobre Amós (3) O Senhor Contende com a Casa de Jacó (2) e a Restauração da Casa de Israel com<br />
a Reconstrução do Tabernáculo Caído de Davi para o Reino de Cristo.<br />
ESTUDO-VIDA DE AMÓS<br />
MENSAGEM UM<br />
A PALAVRA INTRODUTÓRIA, OS JULGAMENTOS DO SENHOR SOBRE AS NAÇÕES CIRCUNVIZINHAS E<br />
OS SEUS JULGAMENTOS SOBRE JUDÁ E ISRAEL<br />
Leitura bíblica: Amós 1:1-2:16<br />
O livro de Amós, como um dos Profetas Menores, também aborda a correção de Israel e o castigo sobre as<br />
nações para trazer a manifestação de Cristo, resultando na restauração, que se consumará na Nova Jerusalém no<br />
novo céu e nova terra.<br />
Nesta mensagem abordaremos três assuntos: a palavra intro-Du, os julgamentos do Senhor sobre as nações<br />
circunvizinhas e os Seus julgamentos sobre Judá e Israel.<br />
I. A PALAVRA INTRODUTÓRIA<br />
A palavra introdutória está em 1:1-2.<br />
A. O Significado do Nome Amós<br />
Amós em hebraico significa “carregador de fardo.”<br />
B. O Tempo do Ministério de Amós<br />
A época do ministério de Amós foi aproximadamente por volta de 787 a.C. (1:1a).<br />
C. O Tema do Seu Ministério<br />
O tema do seu ministério era o reino do norte de Israel (1:1b).<br />
D. O Lugar do Seu Ministério<br />
O lugar do seu ministério era Betel no reino do norte de Israel.<br />
E. O Tema<br />
Os temas do livro de Amós são os julgamentos do Senhor sobre Israel e as nações circunvizinhas, com a<br />
finalidade de restauração.<br />
F. O Pensamento Central<br />
O pensamento central da profecia de Amós é quase igual ao de Oséias e Joel, é que o Senhor castiga as<br />
nações, tomando Israel como o centro, para que a era de restauração (Mt 19:28) pode ser trazido para o reino de<br />
Davi—o reino de Cristo (Ap 11:15).<br />
G. A Revelação Concernente à Cristo<br />
No livro de Amós a revelação concernente à Cristo está implicada no tabernáculo de Davi, o reino de Davi, que<br />
é um tipo do reino de Cristo (Am 9:11-12; cf. At 15:16-17).<br />
H. As Seções<br />
O livro de Amós tem cinco seções: a palavra introdutória (1:1-2); os julgamentos do Senhor sobre as nações<br />
circunvizinhas (1:3-2:3); os julgamentos do Senhor sobre Judá e Israel (2:4-16); a contenda do Senhor com a casa de<br />
Jacó (3:1-9:10), incluindo as três reprovações do Senhor a Israel (3:1-5:27) e as pragas dos cinco sinais vistos por<br />
Amós (6:1-9:10); e a restauração da casa de Israel, com a reconstrução do tabernáculo caído de Davi para o reino de<br />
Cristo (9:11-15).<br />
II. OS JULGAMENTOS DO SENHOR SOBRE AS NAÇÕES CIRCUNVIZINHAS<br />
Em 1:3-2:3 temos os julgamentos do Senhor sobre as nações circunvizinhas.<br />
A. Sobre Damasco<br />
Em 1:3-5 o profeta fala a respeito de Damasco.<br />
1. Suas Repetidas Transgressões<br />
As palavras “por três transgressões de Damasco” e “por quatro” indicam repetidas transgressões (v. 3a).<br />
Damasco era para ser julgado por suas repetidas transgressões—porque trilharam Gileade com trilhos de ferro (v. 3b).<br />
2. O Castigo do Senhor<br />
O Senhor enviará fogo sobre a casa e os palácios do rei. Também, Ele quebrará o ferrolho de Damasco e<br />
eliminará o habitante de Biqueate-Aven e aquele que está no poder, e porá o povo em cativeiro (vv. 4-5).<br />
B. Sobre Gaza<br />
Nos versículos de 6 a 8 vemos o julgamento do Senhor sobre Gaza.<br />
1. Suas Repetidas Transgressões<br />
Gaza seria julgada por suas repetidas transgressões. Gaza levou cativo todo o povo para entregá-los a Edom,<br />
um sinônimo de Esaú (v. 6).<br />
2. O Castigo do Senhor<br />
O pecado de Gaza ofendeu Deus ao máximo. Os versículos 7 e 8 dizem que Ele enviaria fogo à cidade de<br />
Gaza para devorar seus palácios e que eliminaria o habitante e aquele que estava no poder e faria o restante dos<br />
filisteus perecer.<br />
C. Sobre Tiro<br />
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Nos versículos 9 e 10 o profeta continua falando a respeito de Tiro.<br />
1. Suas Repetidas Transgressões<br />
Tiro também seria julgado por suas repetidas transgressões por levar Israel cativo à Edom e não se lembrando<br />
da aliança entre os irmãos, a aliança entre Esaú e Jacó (v. 9).<br />
2. O Castigo do Senhor<br />
Em Seu castigo sobre a cidade de Tiro, o Senhor enviaria fogo à cidade, e consumiria seus palácios (v. 10).<br />
D. Sobre Edom<br />
Nos versículos 11 e 12 temos o julgamento do Senhor sobre Edom.<br />
1. Suas Repetidas Transgressões<br />
As repetidas transgressões de Edom estavam relacionadas à procura do seu irmão (Jacó) com a espada,<br />
banindo toda a misericórdia, fazendo com que sua ira não cessasse de despedaçar, e retendo sua indignação para<br />
sempre (v. 11).<br />
2. O Castigo do Senhor<br />
Em Seu castigo sobre Edom, o Senhor enviaria fogo sobre ele e consumiria os palácios da sua capital (v. 12).<br />
E. Sobre Amom<br />
Os versículos de 13 a 15 tratam com o julgamento do Senhor sobre Amom.<br />
1. Suas Repetidas Transgressões<br />
Amom (um filho de Ló através de incesto) rasgou o ventre das mulheres grávidas de Gileade para dilatar os<br />
seus próprios termos (v. 13).<br />
2. O Castigo do Senhor<br />
O Senhor acenderia um fogo sobre a capital, e consumiria seus palácios com alarido no dia da batalha e um<br />
turbilhão no dia tempestade (v. 14). Também, o rei e os príncipes dele iriam para o cativeiro (v. 15).<br />
F. Sobre Moabe<br />
Em 2:1-3 nós temos uma palavra a respeito de Moabe.<br />
1. Suas Repetidas Transgressões<br />
Moabe (também filho de Ló através de incesto) queimou os ossos do rei de Edom, até os reduzir a cal (v. 1).<br />
2. O Castigo do Senhor<br />
O Senhor enviaria fogo sobre Moabe e consumiria os palácios da sua capital. Ele faria Moabe morrer entre<br />
grande estrondo, alarido e som de trombeta. Além disso, Ele eliminaria seu juiz e mataria todos os seus príncipes com<br />
ele (vv. 2-3).<br />
III. OS JULGAMENTOS DO Senhor SOBRE JUDÁ E ISRAEL<br />
Amós 2:4-16 é um registro dos julgamentos do Senhor sobre Judá (vv. 4-5) e Israel (vv. 6-16).<br />
A. Sobre Judá<br />
1. Suas Repetidas Transgressões<br />
O julgamento do Senhor sobre Judá foi devido ao rejeitarem a lei do Senhor e não guardarem Seus estatutos e<br />
devido a seguirem seus pais para mentir (v. 4). As mentiras de Judá os fizeram transgredir.<br />
2. O Castigo do Senhor<br />
O castigo do Senhor sobre Judá era para enviar fogo sobre Judá, um fogo que consumiria os palácios de<br />
Jerusalém (v. 5).<br />
B. Sobre Israel<br />
1. Suas Repetidas Transgressões<br />
O julgamento do Senhor sobre Israel foi devido a eles terem vendido o justo por dinheiro e condenando o<br />
necessitado por um par de sandálias (v. 6), suspirando pelo pó da terra sobre a cabeça dos pobres (v. 7a), e<br />
pervertendo o caminho dos mansos (v. 7b). Israel também transgrediu em que um homem e seu pai coabitassem com<br />
a mesma jovem e, assim profanando o nome santo do Senhor (v. 7c). Sobre roupas penhoradas, Israel se deitava ao<br />
pé de qualquer altar (v. 8a). Os pobres estavam tão destituídos ao pedir dinheiro emprestado que eles davam suas<br />
roupas de cama como penhor. A pessoa que tomava o penhor espalhava então, as roupas de cama ao redor de um<br />
altar quando ela adorava ídolos. Isso era mau aos olhos de Deus. Além disso, na casa (o templo) do seu Deus, Israel<br />
bebia o vinho daqueles que tinham sido mutilados (v. 8b). Eles também fizeram os nazireus beberem vinho e<br />
ordenaram aos profetas que não profetizassem (vv. 9-12). Os profetas e os nazireus eram as pessoas santas<br />
levantadas por Deus, mas essas pessoas santas foram estragadas porque Israel encarregou os profetas de não<br />
profetizarem e seduziu os nazireus a beberem vinho.<br />
2. O Castigo do Senhor<br />
Em Seu castigo, o Senhor pressionaria sobre Israel como um carro que está cheio de feixes (v. 13). De nada<br />
va<strong>ler</strong>á a fuga ao ágil, o forte não usará a sua força, nem o valente salvará a sua vida. O que maneja o arco não<br />
resistirá, nem o ligeiro de pés se livrará, nem tampouco o que vai montado a cavalo salvará a sua vida (vv. 14-15). Por<br />
fim, o Senhor declarou que aquele que era o mais corajoso entre os valentes fugiria nu naquele dia (v. 16). Como estes<br />
versículos deixam claro, quando Deus vier para julgar, não haverá maneira de escapar.<br />
ESTUDO-VIDA DE AMÓS<br />
MENSAGEM DOIS<br />
O Senhor CONTENDE COM A CASA DE JACÓ<br />
(1) Leitura bíblica: Amós 3-5<br />
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Nesta mensagem começaremos a considerar a contenda do Senhor com a casa de Jacó.<br />
I. AS TRÊS REPROVAÇÕES DO Senhor A ISRAEL<br />
O conteúdo de 3:1-5:27 são as três reprovações do Senhor a Israel.<br />
A. A Primeira Reprovação<br />
A primeira reprovação está registrada no capítulo três.<br />
1. A Palavra do Senhor contra Toda a Família de Israel<br />
Amós 3:1 indica que a palavra nesse capítulo é a palavra do Senhor contra toda a família de Israel, que Ele<br />
trouxe do Egito.<br />
2. Israel É a Única Família da Terra Que o Senhor Conheceu<br />
O versículo 2 diz que desde que Israel era a única família da terra a quem o Senhor conheceu, Ele os visitaria<br />
(para julgá-los) todas as suas iniquidades.<br />
3. A Causa da Visitação do Senhor<br />
Os versículos de 3 a 8 indicam que a causa da visitação do Senhor (correção) era que Israel não era mais um<br />
com Deus. Eles tinham suas próprias intenções, metas e propósitos, e Deus tinha as Suas. Mas Deus revelou todos os<br />
Seus segredos aos Seus profetas. Portanto, Israel deveria ter ouvido os profetas.<br />
4. As Opressões, Violências e Devastação em Samaria e a Visitação do Senhor<br />
Os versículos de 9 a 12 continua a falar das opressões, violências e devastação em Samaria e a visitação do<br />
Senhor.<br />
5. As Transgressões de Israel nos Altares de Betel e a Visitação do Senhor<br />
Nos versículos de 13 a 15 temos as transgressões de Israel nos altares de Betel e a visitação do Senhor. Betel<br />
tinha se tornado um lugar para a adoração de ídolos. A casa de inverno e a casa de verão no versículo 15 eram casas<br />
luxuosas de refugio. Aqui, tais casas e a adoração de ídolos são consideradas como uma só coisa. Aqueles que iam<br />
para as casas de refugio para desfrute também eram aqueles que adoravam ídolos nos altares de Betel.<br />
B. A Segunda Reprovação<br />
A segunda reprovação do Senhor a Israel está no capítulo quatro.<br />
1. A Opressão sobre o Pobre e a Condenação do Necessitado em Samaria e a Visitação do Senhor<br />
O Senhor reprovou Israel por oprimir o pobre e condenar o necessitado e por dizer aos seus maridos, “Daí cá, e<br />
bebamos” (v. 1). Por um lado, eles oprimiam o pobre, condenavam o necessitado, e se favoreciam nos prazeres. Por<br />
outro, eles estavam debaixo do julgamento de Deus (vv. 2-3).<br />
2. A Adoração de Ídolo de Israel em Betel e Gilgal<br />
Os versículos 4 e 5 estão relacionados com a adoração de ídolos de Israel em Betel e Gilgal.<br />
3. A Visitação do Senhor com a Expectativa de que Israel Se Voltasse a Ele<br />
O profeta fala a respeito da visitação do Senhor com a expectativa de que Israel se voltasse a Ele e Sua<br />
preparação para encontrá-Lo nos versículos de 6 a 13 que é o Criador e o Soberano de todas as coisas.<br />
C. A Terceira Reprovação<br />
No capítulo cinco temos a terceira reprovação do Senhor a Israel, a mais forte das três reprovações.<br />
1. Uma Lamentação Levantada pelo Senhor Sobre a Casa de Israel<br />
O versículo 1 indica que a terceira reprovação é uma lamentação levantada pelo Senhor sobre a casa de<br />
Israel. 2. A Queda e a Derrota de Israel<br />
“Caiu a virgem de Israel, nunca mais tornará a levantar-se; estendida está na sua terra, e não há quem a<br />
levante. Porque assim diz o Senhor Deus: A cidade da qual saem mil conservará cem, e aquela da qual saem cem<br />
conservará dez à casa de Israel” (vv. 2-3). Essa é uma palavra a respeito da queda e a derrota de Israel na guerra.<br />
3. O Senhor Adverte Israel para Buscá-Lo e Viver<br />
Nos versículos de 4 a 9 o Senhor aconselha Israel a buscá-Lo e viver. Eles não deveriam buscar Betel nem<br />
deveriam ir para Gilgal, pois ambos estavam debaixo da visitação do Senhor.<br />
O versículo 7 diz, “Vós que converteis o juízo em absinto e deitais por terra a justiça.” Isso significa que os<br />
líderes não quiseram juízo e justiça e não cuidaram das pessoas de acordo com a lei de Deus. Antes, eles<br />
transformaram o juízo em algo amargo e a justiça lançaram por terra.<br />
Os versículos 8 e 9 continuam, “Procurai o que faz o Sete-estrelo e o Órion, e torna a densa treva em manhã, e<br />
muda o dia em noite; o que chama as águas do mar e as derrama sobre a terra; Senhor é o seu nome. É ele que faz vir<br />
súbita destruição sobre o forte e ruína contra a fortaleza.” Considerando que Deus pode fazer essas coisas, Israel<br />
deveria ser advertido a buscá-Lo e viver.<br />
4. As Transgressões de Israel de Injustiça apesar dos Seus Serviços Hipócritas com Ofertas ao Senhor e a<br />
Visitação do Senhor<br />
Os versículos de 10 a 27 descrevem as transgressões de Israel de injustiça apesar dos seus serviços hipócritas<br />
com ofertas ao Senhor, e a visitação do Senhor. Eles odiaram na porta aqueles que os reprovavam, o lugar onde os<br />
lideres exerciam julgamento, e detestavam aqueles que falavam com integridade (v. 10). Eles exigiam tributo (um<br />
suborno) do pobre (v. 11). Suas transgressões eram muitas, e seus pecados eram poderosos (terríveis). Finalmente, o<br />
dia do Senhor virá sobre eles, um dia horrível, e eles sofrerão aflição, pois ele será um dia de trevas para eles, não de<br />
luz (vv. 16-20).<br />
Por um lado, o povo de Israel era maligno; por outro, eles ainda adoraram a Deus com ofertas. Eles gostavam<br />
de festejar e reunir para a adoração a Deus. Por causa da sua hipocrisia, o Senhor disse a eles, “Aborreço, desprezo<br />
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as vossas festas, e com as vossas assembleias solenes não tenho nenhum prazer” (v. 21). Ele continuou dizendo-lhes<br />
que afastassem dele o estrépito dos seus cânticos e “deixassem o juízo fluir como água, e a justiça como ribeiro<br />
perene” (vv. 23-24). Em vez de fazer barulho e cantar cânticos, eles deveriam exercer o juízo e praticar a justiça.<br />
Todos os Profetas são o mesmo assunto, mas cada um dá uma descrição diferente de um ângulo diferente ou<br />
com um aspecto diferente. Ao <strong>ler</strong> todos os Profetas podemos perceber quão malignos eram os filhos de Israel e quão<br />
amoroso Deus era para com eles.<br />
Começando aproximadamente duzentos anos antes da vinda de Nabucodonosor, Deus enviou os profetas para<br />
advertir Israel, aconselhá-lo, e chamá-lo para se voltar a Deus. Porém, Israel não deu ouvidos aos profetas. Isso forçou<br />
Deus a enviar os quatro tipos de gafanhotos (Joel 1:4) para disciplinar Israel durante vinte e sete séculos. Todos nós<br />
precisamos aprender uma lição importante disso: Deus tem maneiras de atingir Seu objetivo. Por vinte e sete séculos<br />
Deus tem enviado gafanhotos para lidar com Israel. Hoje o império romano ainda está consumindo Israel, e Israel<br />
continua sofrendo.<br />
Em meio a tal situação, Deus fez algo maravilhoso. Primeiro, Ele veio e Se encarnou como um homem, e viveu<br />
na terra para estabelecer um modelo de como ter a vida divina expressada na humanidade, de como ter os atributos<br />
divinos expressados nas virtudes humanas. Então Ele morreu uma morte singular pelos nossos pecados, e entrou em<br />
ressurreição e ascendeu. Em seguida Ele foi derramado como o Espírito em Sua descensão para ser um conosco para<br />
produzir um Cristo corporativo, isto é, o Corpo de Cristo.<br />
Todas essas coisas são misteriosas. Ninguém pode vê-las. Mas essas são as coisas que cumprem a economia<br />
de Deus. A correção de Israel e o julgamento sobre as nações são a “concha”; eles não são o “núcleo.” O núcleo são<br />
as coisas misteriosas na era de mistério que começou com a encarnação de Cristo e terminará com a Sua segunda<br />
vinda. Estes são os princípios administrativos que devemos preservar quando lemos o Antigo Testamento,<br />
especialmente os Profetas.<br />
Hoje três coisas estão acontecendo na terra: a correção de Deus sobre Israel, o castigo de Deus das nações e<br />
a manifestação de Cristo. Hoje estamos desfrutando todas as conveniências inventadas pelo império romano para a<br />
manifestação de Cristo. A correção de Israel, o castigo das nações e a manifestação de Cristo são grandes questões,<br />
porque elas são os itens da história universal segundo a economia de Deus.<br />
ESTUDO-VIDA DE AMÓS<br />
MENSAGEM TRÊS<br />
SOBRE AMÓS<br />
(3) O Senhor CONTENDE COM A CASA DE JACÓ<br />
E A RESTAURAÇÃO DA CASA DE ISRAEL COM A RECONSTRUÇÃO DO TABERNÁCULO CAÍDO DE DAVI<br />
PARA O REINO DE CRISTO<br />
Leitura bíblica: Amós 6-9<br />
Amós 3:1-9:10 aborda a contenda do Senhor, Sua batalha verbal, com a casa de Jacó. Como vimos na<br />
mensagem anterior, nos capítulos de três a cinco temos as três reprovações do Senhor a Israel. Em 6:1-9:10 temos as<br />
pragas dos cinco sinais vistos por Amós, e em 9:11-15, uma palavra concernente à restauração da casa de Israel com<br />
a reconstrução do tabernáculo caído de Davi para o reino de Cristo.<br />
II. AS PRAGAS DOS CINCO SINAIS VISTOS POR AMÓS<br />
A. A Introdução<br />
Amós 6:1-14 é uma introdução das pragas dos cinco sinais.<br />
1. Israel, Especialmente a Classe Alta, Vivia uma Vida de Luxos<br />
Nesta introdução Israel, especialmente a classe alta, é descrita como vivendo uma vida de luxos e prazeres,<br />
mas tornando o juízo em veneno e o fruto da justiça em absinto, se alegrando em coisas de vaidade, e ostentando os<br />
marfins tomados por sua própria força (vv. 1-6, 12-13). Eles ostentavam tudo o que desfrutavam e tudo o que tinham<br />
era por meio de sua própria força e capacidade.<br />
2. A Correção do Senhor<br />
Por causa disso, a correção do Senhor seria aplicada por meio da opressão do inimigo, cativeiro, matança e<br />
destruição (vv. 7-11, 14).<br />
B. A Praga do Primeiro Sinal — Gafanhotos para Comer a Erva da Terra<br />
A praga do primeiro sinal era que os gafanhotos comeriam a erva da terra (7:1-3). Os gafanhotos simbolizam o<br />
exército do inimigo.<br />
1. O Profeta Ora para Que o Senhor Deus Perdoe Porque Jacó Era Pequeno e não Subsistiria<br />
Quando o profeta viu que a erva comida da terra estava acabada, ele orou, “Senhor Deus, perdoa, rogo-te!<br />
Como subsistirá Jacó? pois ele é pequeno” (v. 2). Algumas das correções ordenadas por Deus não aconteceram<br />
porque alguns que amavam Deus, os profetas, oraram por Israel, advertindo-O que Israel não poderia suportar.<br />
2. O Senhor Se Arrepende e <strong>Para</strong> a Praga<br />
Quando o Senhor ouviu a oração de Amós, Ele se arrependeu e parou a praga (v. 3).<br />
C. A Praga do Segundo Sinal — Fogo para Consumir o Grande Abismo e a Terra<br />
A segunda praga era de fogo para consumir o grande abismo (a água profunda) e a terra (v. 4).<br />
1. O Profeta Ora para Que o Senhor Pare a Praga<br />
O profeta orou para que o Senhor a parasse, pois Jacó era pequeno e não subsistiria (v. 5).<br />
2. O Senhor Arrepende-Se e <strong>Para</strong> a Praga<br />
O Senhor se arrependeu e parou a praga (v. 6).<br />
D. A Praga do Terceiro Sinal — Um Prumo na Mão do Senhor<br />
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A praga do terceiro sinal era de um prumo na mão do Senhor (v. 7).<br />
1. O Senhor Diz a Amós que Ele estava Colocando um Prumo no meio do Seu Povo Israel<br />
O Senhor estava segurando um prumo para medir Israel para determinar que parte teria que ser destruída e<br />
que parte teria que ser preservada. Aqui o Senhor era como um cirurgião, sabendo o que deveria ser cortado e o que<br />
deveria permanecer.<br />
O Senhor disse a Amós que Ele estava colocando um prumo no meio do Seu povo Israel (v. 8a). Ele disse,<br />
“Mas os lugares altos de Isaque serão assolados, e destruídos os santuários de Israel; levantar-me-ei com a espada<br />
contra a casa de Jeroboão” (v. 9). Os “lugares altos” eram os lugares onde Israel adorava os ídolos nas montanhas. A<br />
expressão “santuários de Israel” não se refere ao santuário na cidade de Jerusalém, mas principalmente aos santuários<br />
em Betel, no reino do norte de Israel. Deus os assolaria; Ele atacaria a casa de Jeroboão (um dos reis de Israel) com<br />
uma espada.<br />
2. O Senhor Jamais Passaria Novamente Pelo povo de Israel<br />
O Senhor disse que Ele jamais passaria novamente pelo povo de Israel (v. 8b).<br />
E. A Frustração de Amazias o Sacerdote de Betel<br />
Nos versículos de 10 a 17 vemos a frustração de Amazias o sacerdote de Betel, um falso sacerdote. Em Betel,<br />
no reino do norte de Israel, eles tinham construído uma espécie de templo e tinham seus próprios sacerdotes.<br />
1. As Palavras de Frustração de Amazias<br />
Amazias falou com Amós, tentando frustrá-lo de profetizar (vv. 10-13).<br />
2. A Resposta de Amós a Amazias<br />
Amós respondeu, “o Senhor disse a mim: Vai, e profetiza ao meu povo Israel” (v. 15b), e ele profetizou contra<br />
Amazias e contra Israel (vv. 16-17).<br />
F. A Praga do Quarto Sinal — os Frutos de Verão<br />
A praga do quarto sinal, o sinal dos frutos de verão, é abordada no capítulo oito. O fruto de verão significa que<br />
o tempo está pronto e o fim chegou para Israel. O fruto da figueira está maduro para alguém colhê-lo.<br />
1. O Senhor Jamais Passaria Novamente Pelo Seu Povo Israel<br />
O Senhor jamais passaria novamente pelo povo de Israel (v. 2b).<br />
2. A Tragédia No Meio de Israel<br />
Os versículos de 3 a 10 indicam que haverá tragédia no meio de Israel.<br />
3. A Falta da Palavra do Senhor<br />
Os versículos de 11 a 13 indicam que haverá escassez da palavra do Senhor. Nossa escassez da palavra do<br />
Senhor é um tipo de punição do Senhor. Por exemplo, depois que Abraão tomou Hagar para gerar Ismael, Deus não<br />
falou com ele durante treze anos (Gn 16:15-17:1). No reino do norte de Israel, aconteceu a mesma coisa. Por causa<br />
dos seus pecados contra o Senhor, Ele não falaria com eles.<br />
4. Os Adoradores do Bezerro de Samaria e dos Ídolos em Dã e Berseba Cairão e não Se Levantarão<br />
Novamente<br />
Amós 8:14 diz que os adoradores do bezerro de Samaria e dos ídolos em Dã e Berseba cairão e não se<br />
levantarão novamente.<br />
G. A Praga do Quinto Sinal – O Senhor Permanece em Pé Junto ao Altar<br />
A praga do primeiro sinal era os gafanhotos; a praga do segundo, fogo; a praga do terceiro, o prumo; e a praga<br />
do quarto, o fruto de verão. Agora o quinto sinal é o Senhor em pé junto ao altar (9:1-10), significando que o Senhor<br />
está pronto para destruir Israel.<br />
1. O Tremor e a Matança<br />
Os versículos de 1 a 4 falam a respeito do tremor e da matança.<br />
2. O Juiz Supremo<br />
Nos versículos 5 e 6 vemos o Senhor como o juiz Supremo.<br />
3. A Destruição do Senhor de Israel Não é uma Destruição Definitiva da Casa de Jacó<br />
Os versículos de 7 a 10 revelam que a destruição do Senhor de Israel o reino pecaminoso não seria uma<br />
destruição definitiva da casa de Jacó. O Senhor os faria sofrer, mas não lhes permitiria ser totalmente consumidos<br />
porque Ele tem um propósito. Se Israel não tivesse sido deixado na terra, como Cristo poderia ter nascido dele? <strong>Para</strong> o<br />
propósito da encarnação, Deus teve que preservar um remanescente de Israel.<br />
III. A RESTAURAÇÃO DA CASA DE ISRAEL COM A RECONSTRUÇÃO DO TABERNÁCULO CAÍDO DE DAVI<br />
PARA O REINO DE CRISTO<br />
A restauração da casa de Israel com a reconstrução do Tabernáculo caído de Davi é abordada nos versículos<br />
de 11 a 15.<br />
A. Levantando o Tabernáculo Caído de Davi <strong>Para</strong> que Israel Possua o Remanescente de Edom e Todas as<br />
Nações Que são Chamadas pelo Nome do Senhor<br />
“Naquele dia, levantarei o tabernáculo caído de Davi, repararei as suas brechas; e, levantando-o das suas<br />
ruínas, restaurá-lo-ei como fora nos dias da antiguidade; para que possuam o restante de Edom e todas as nações que<br />
são chamadas pelo meu nome, diz o Senhor, que faz estas coisas.” (vv. 11-12). Esta porção de Amós é citada por<br />
Tiago em Atos 15, quando os apóstolos e os presbíteros estavam reunidos para resolver o problema da circuncisão.<br />
O tabernáculo de Davi é o reino e a família real de Davi. Antigamente era difícil separar a família real do reino.<br />
De fato essas duas coisas são uma. O reino de Davi era a família real de Davi. Aquele reino, aquela família real, caiu<br />
quando Nabucodonosor veio para capturar a nação de Israel, devastar a terra, queimar a cidade, destruir o templo, e<br />
levar o rei. Isso foi a queda do reino de Davi e da família real de Davi. Porém, em Amós Deus veio para prometer que<br />
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algum dia Ele voltaria para restabelecer o reino caído de Davi. Naquele dia o reino da Davi e a família de Davi serão<br />
restaurados, e todas as nações serão chamadas pelo nome do Senhor.<br />
Esta profecia em Amós indica que um dia Cristo voltará a ser o verdadeiro Davi. Quando Cristo voltar, em Sua<br />
ultima aparição Ele será o verdadeiro Davi para restabelecer Seu reino e Sua família real. Isso será o reino milenar no<br />
qual todas as nações serão chamadas pelo nome do Senhor, isto é, todas as nações pertencerão a Deus. Foi baseado<br />
nisto que em Atos 15 Tiago disse aos crentes judeus que não ficassem aborrecidos por Pedro e Paulo irem para os<br />
gentios, porque na restauração todos os gentios pertencerão a Deus, assim como os judeus.<br />
Cristo virá e restabelecerá o reino caído de Davi para estabelecer Seu reino para a restauração de todo o<br />
universo. Naquele momento todas as nações se tornarão povo de Deus. Esse é um grande ponto na profecia de<br />
Amós. B. O Que Lavra Segue Logo ao Que Ceifa, e o Que Pisa as Uvas ao Que Semeia a Semente<br />
Amós 9:13 diz que virão dias quando o que lavra segue logo o que ceifa, e o que pisa as uvas ao que semeia a<br />
semente. Os montes destilarão mosto, e todos os outeiros se derreterão (cf. Joel 3:18a). Isso indica que na restauração<br />
o produto da terra será abundante. Haverá muita comida para todo o mundo.<br />
C. Senhor Mudará a Sorte do Seu Povo<br />
Amós 9:14 nos fala que o Senhor mudará a sorte do Seu povo Israel. Eles construirão as cidades devastadas e<br />
habitarão nelas. Também, eles plantarão vinhas e beberão o seu vinho, e farão pomares e comerão o seu fruto.<br />
D. Senhor Plantará o Povo de Israel na Sua Terra<br />
Amós conclui sua profecia dizendo que o Senhor plantará o povo de Israel em sua terra, e eles não serão<br />
arrancados novamente da sua terra, que Ele lhes deu (v. 15).<br />
Soberania de DEUS - Livre arbítrio<br />
Romanos 9:10-21<br />
E não somente esta, mas também Rebeca, quando concebeu de um, de Isaque, nosso pai; Porque, não tendo<br />
eles ainda nascido, nem tendo feito bem ou mal (para que o propósito de Deus, segundo a eleição, ficasse firme, não<br />
por causa das obras, mas por aquele que chama), Foi-lhe dito a ela: O maior servirá o menor. Como está escrito: Amei<br />
a Jacó, e odiei a Esaú. Que diremos pois? que há injustiça da parte de Deus? De maneira nenhuma. Pois diz a Moisés:<br />
Compadecer-me-ei de quem me compadecer, e terei misericórdia de quem eu tiver misericórdia. Assim, pois, isto não<br />
depende do que quer, nem do que corre, mas de Deus, que se compadece. Porque diz a Escritura a Faraó: <strong>Para</strong> isto<br />
mesmo te levantei; para em ti mostrar o meu poder, e para que o meu nome seja anunciado em toda a terra. Logo,<br />
pois, compadece-se de quem quer, e endurece a quem quer. Dir-me-ás então: Por que se queixa ele ainda? Porquanto,<br />
quem tem resistido à sua vontade? Mas, ó homem, quem és tu, que a Deus replicas? Porventura a coisa formada dirá<br />
ao que a formou: Por que me fizeste assim? Ou não tem o oleiro poder sobre o barro, para da mesma massa fazer um<br />
vaso para honra e outro para desonra?<br />
A Soberania de Deus e o Livre-arbítrio do Homem - Pr. Elinaldo Renovato de Lima<br />
Publicado em 29 de Outubro de 2008 as 04:10:57 PM<br />
Esse tópico trata do relacionamento de Deus com o homem, feito à sua imagem, conforme a sua semelhança.<br />
Nesta condição é indispensável e forçoso que o homem tenha liberdade para agir ou deixar de agir; fazer ou deixar de<br />
fazer; pensar ou deixar de pensar; ser ou não ser; ter ou não ter, dentro de suas limitações espirituais, emocionais ou<br />
físicas. Como entender a soberania de Deus que é a expressão de sua onipotência ante as ações do homem que em<br />
sua grande maioria rejeita o Criador e Salvador? Pode o homem ser realmente livre, diante do Deus onipotente? Se<br />
Deus é soberano, por que Ele não impede que o homem, em seu estado pecaminoso, cometa tantos desatinos e<br />
pecados? É o que desejamos apresentar, à guisa de respostas, com fundamento na Palavra de Deus.<br />
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A VONTADE SOBERANA DE DEUS<br />
A vontade de Deus é soberana. No entanto, Ele não é arbitrário. Em seu relacionamento com o homem,<br />
apresenta duas formas de expressar sua vontade. Uma de modo absoluto, diretivo, inexorável, como expressão de sua<br />
onipotência; outra, de modo permissivo, abrindo espaço para o homem agir, segundo a liberdade que lhe é concedida<br />
desde a criação, para que o mesmo seja, ao mesmo tempo, livre, responsável e responsabilizado por suas ações.<br />
Diz Paulo: “Não erreis: Deus não se deixa escarnecer; porque tudo o que o homem semear, isso também<br />
ceifará. Porque o que semeia na sua carne da carne ceifará a corrupção; mas o que semeia no Espírito do Espírito<br />
ceifará a vida eterna. E não nos cansemos de fazer o bem, porque a seu tempo ceifaremos, se não houvermos<br />
desfalecido” (Gl 6.7-9). Parece-nos bem claro que o homem tem liberdade para “semear”, ou seja, agir, fazer ou<br />
praticar algo, seja certo, ou errado. Assim, pode ser santo ou ímpio. O apóstolo deixa bem patente que o que semear<br />
“na carne”, ou seja, de acordo com a natureza carnal, herdada do pecado original, “ceifará corrupção”, isto é, a<br />
condenação. Não será salvo. Não porque Deus o predestinou, de modo arbitrário. Mas porque ele semeou.<br />
Por outro lado, se o homem semear “no Espírito”, ou seja, der valor ao relacionamento espiritual com Deus,<br />
“ceifará a vida eterna”. Será salvo (Jo 3.16; 5.24). No Apocalipse, lemos: “Eis que estou à porta e bato; se alguém ouvir<br />
a minha voz e abrir a porta, entrarei em sua casa e com ele cearei, e ele, comigo” (Ap 3.20; grifo meu). Deus sempre<br />
permite um “se”, no seu relacionamento com o homem. Se ele quer viver com Deus, na dimensão terrena, viverá com<br />
Deus, na eternidade. Do contrário, se não quer saber de Deus, viverá eternamente longe de sua presença. É uma<br />
escolha pessoal. Um direito. E uma grande responsabilidade, com repercussões para toda a eternidade.<br />
1) Vontade Permissiva de Deus<br />
Por que Deus não impede que o homem faça o mal? Por que Deus permite tanta violência? Quando alguém faz<br />
o bem, mesmo sem crer em Deus, está sendo teleguiado por Ele? Seriam os homens “fantoches de Deus”, como diz<br />
certo escritor? Está em foco o livre-arbítrio concedido por Deus ao homem, para que este faça o que desejar e puder<br />
fazê-lo até mesmo o mal. Deus pode impedir o mal. Porém, pela sua vontade permissiva, faculta ao homem escolher<br />
entre o bem e o mal. Se não houvesse permissão para o mal, não haveria também liberdade concedida. Seria uma<br />
contradição.<br />
2) A Vontade Diretiva de Deus<br />
Quando algo é visto por Deus como uma coisa que deve ser impedida e o deseja impedir, Ele usa sua vontade<br />
diretiva: “Ainda antes que houvesse dia, eu sou; e ninguém há que possa fazer escapar das minhas mãos; operando<br />
eu, quem impedirá?” (Is 43.13) “E ao anjo da igreja que está em Filadélfia escreve: Isto diz o que é santo, o que é<br />
verdadeiro, o que tem a chave de Davi, o que abre, e ninguém fecha, e fecha, e ninguém abre” (Ap 3.7).<br />
Há quem se inquiete, e indague: Por que Deus não evita o mal se Ele tem todo o poder? Diante desse dilema,<br />
entre a permissão de Deus para a existência do mal, e seu poder para evitá-lo, deve-se considerar que a<br />
longanimidade de Deus é a paciência para com os pecadores, dando-lhes oportunidade para o arrependimento. Isso<br />
faz parte de sua relação com suas criaturas. Em sua soberania, Ele pode alargar o tempo para que a humanidade tome<br />
conhecimento do seu amor, e não só de sua justiça. Não obstante a sua soberania, Ele não age de modo arbitrário<br />
sobre os homens, criados à sua imagem, conforme a sua semelhança, para serem dominadores (Gn 1.26).<br />
A SOBERANIA E OS DECRETOS DE DEUS<br />
São também chamados de “O Conselho de Deus”, ou “o Plano de Deus”; ou ainda, “As Obras de Deus”.<br />
Refere-se aos propósitos de Deus em relação aos homens, ao universo, e a todas as coisas, e de modo especial, à<br />
salvação da humanidade. “Este aspecto pode ser dividido em 1) seus decretos 2) sua providência 3) conservação”.7<br />
Neste tópico, não estudamos a natureza de Deus, em si, mas as suas obras, as suas ações, que constituem os seu<br />
plano divino (Ef 1.9; 3.11).<br />
1.EM RELAÇÃO AO UNIVERSO<br />
Segundo Brancroft:<br />
Esse plano compreende todas as coisas que já foram ou serão; suas causas, condições, sucessões e relações,<br />
e determina sua realização certa. O Plano de Deus inclui tanto o aspecto eficaz como o aspecto permissivo da vontade<br />
de Deus. Todas as coisas estão incluídas no plano de Deus, porém algumas Ele as origina e outras Ele as permite. No<br />
aspecto eficaz do plano de Deus incluímos aqueles acontecimentos que Ele resolveu efetuar por meio de causas<br />
secundárias ou pela sua própria agência imediata. No aspecto permissivo de Deus, incluímos aqueles acontecimentos<br />
que Ele resolveu permitir que fossem efetuados por livres agentes.8<br />
Nessa conceituação, vemos a vontade diretiva (ou decretatória), e a vontade permissiva de Deus.<br />
Concordamos perfeitamente quanto ao decreto divino, em seus aspectos amplo e geral, em relação ao<br />
universo e às coisas criadas, bem como aos acontecimentos que ocorrem, seja por vontade diretiva, seja por vontade<br />
permissiva de Deus. A Bíblia tem inúmeras referências que corroboram esse entendimento: “Este é o conselho que foi<br />
determinado sobre toda esta terra; e esta é a mão que está estendida sobre todas as nações. Porque o Senhor dos<br />
Exércitos o determinou; quem pois o invalidará? E a sua mão estendida está; quem, pois, a fará voltar atrás?” (Is<br />
14.26,27) “<strong>Para</strong> sempre, ó Senhor, a tua palavra permanece no céu. A tua fidelidade estende-se de geração a geração;<br />
tu firmaste a terra, e firme permanece. Conforme o que ordenaste, tudo se mantém até hoje; porque todas as coisas te<br />
obedecem” (Sl 119.89-91).<br />
2. EM RELAÇÃO ÀS PESSOAS, COMO AGENTES-LIVRES<br />
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Neste aspecto, desde muitos séculos, há grandes discussões teológicas sobre a intervenção de Deus na<br />
vontade do homem, segundo seu decreto, sobretudo no que tange à salvação. De um lado, há os que crêem<br />
firmemente que Deus, em sua soberania, elegeu e predestinou algumas pessoas para serem salvas, e outras, para<br />
serem condenadas. Dentre os ensinos teológicos sobre os decretos de Deus em relação aos homens, destacamos os<br />
seguintes:<br />
2.1. CALVINISMO - PREDESTINAÇÃO ABSOLUTA<br />
É a doutrina formulada por João Calvino (1509-1564). Teólogo protestante francês, formou-se em filosofia na<br />
Universidade de Paris. Estudou direito, mas não se dedicou à vida jurídica. Mudou-se para a Suíça, onde escreveu sua<br />
grande obra, Institutas. Sua doutrina defende a idéia da predestinação absoluta, fundamentada na soberania de Deus.<br />
O homem nada pode fazer para ser salvo; nem mesmo ter fé, pois nessa interpretação, a fé, a vontade, a decisão, e<br />
tudo o que diz respeito à salvação, depende de Deus. Pode ser resumida em cinco pontos:<br />
(1) Total depravação. “O homem natural não tem condição de entender as coisas de Deus; Jamais poderá<br />
salvar-se, a menos que Deus lhe infunda a fé. Sua depravação faz parte de sua natureza (Jr 13.23; Rm 3.10-12; 1 Co<br />
2.14; Ef 1.3);”<br />
Segundo essa doutrina, nem a fé para a salvação pode o homem ter; é necessário que Deus lhe conceda.<br />
(2) Eleição incondicional. Ensina que “Deus elegeu somente alguns para serem salvos; Cristo morreu apenas pelos<br />
eleitos” (Jo 6.65; At 13.48; Rm 8.29; Ef 1.4,5; 1 Pe 2.8,9);<br />
Esse é um ponto fundamental da doutrina esposada por Calvino. Aceitá-la é concordar que Deus faz<br />
discriminação, ou acepção de pessoas; mais crucial ainda é aceitar que Deus elege pessoas para serem salvas, desde<br />
o ventre; enquanto predestina a maior parte, irremediavelmente, para a condenação eterna; tais assertivas, não<br />
obstante arrimarem-se em referências bíblicas, contrariam o sentido geral da Palavra de Deus, bem como contradizem<br />
de forma contundente o caráter de Deus revelado nas Escrituras.<br />
(3) Expiação limitada (ou particular). “A salvação, ainda que para todos só é alcançada pelos eleitos” (Jo<br />
17.6,9,10; At 20.28; Ef 5.25; Tt 3.5).<br />
Se a eleição condicional colide com a idéia de um Deus justo, que não faz acepção de pessoas, a idéia da<br />
expiação limitada faz do sacrifício de Cristo uma encenação terrível. Se alguns já nascem, de antemão eleitos,<br />
certamente, a Bíblia deveria afirmar que Jesus viera ao mundo para salvar apenas os eleitos.<br />
(4) Graça irresistível. “<strong>Para</strong> os eleitos, a graça é irresistível. Mesmo que pequem, serão salvos; para os não-eleitos, a<br />
graça não lhes alcança; mas agem livremente”.<br />
Um pouco de leitura da Bíblia, confrontando passagens de seu conteúdo nos mostram que a graça de Deus se<br />
manifestou a todos os homens e não apenas a um seleto grupo de eleitos, ou predestinados.<br />
(5) Perseverança dos salvos. Segundo Calvino, “o Espírito Santo faz com que os eleitos perseverem. Não são<br />
eles que têm a decisão de perseverar. Eles não podem perder a salvação. É impossível um eleito se perder”.<br />
Essas são as alegações usadas pelos calvinistas para fundamentar a doutrina da predestinação absoluta.<br />
Strong afirma que os “decretos de Deus podem ser divididos em: relativos à natureza, e aos seres morais. A<br />
estes chamamos preordenação, ou predestinação; e destes decretos sobre os seres morais há dois tipos: o decreto da<br />
eleição e o da reprovação […]”9<br />
A visão de Strong é calvinista. Admite que Deus predestina uns para serem salvos, queiram ou não; e outros,<br />
para a perdição eterna, queiram ou não. Parece-nos que essa doutrina contraria diversos atributos naturais de Deus,<br />
tais como o da justiça, do amor, e da bondade divinos. A Bíblia diz: “Pois o Senhor, vosso Deus, é o Deus dos deuses e<br />
o Senhor dos senhores, o Deus grande, poderoso e terrível, que não faz acepção de pessoas, nem aceita<br />
recompensas” (Dt 10.17). “E, abrindo Pedro a boca, disse: Reconheço, por verdade, que Deus não faz acepção de<br />
pessoas” (At 10.34). “Porque, para com Deus, não há acepção de pessoas” (Rm 2.11).<br />
O Deus que não faz acepção de pessoas também reprova quem o faz: “Meus irmãos, não tenhais a fé de<br />
nosso Senhor Jesus Cristo, Senhor da glória, em acepção de pessoas” (Tg 2.1). “Mas, se fazeis acepção de pessoas,<br />
cometeis pecado e sois redargüidos pela lei como transgressores” (Tg 2.9). “E vós, senhores, fazei o mesmo para com<br />
eles, deixando as ameaças, sabendo também que o Senhor deles e vosso está no céu e que para com ele não há<br />
acepção de pessoas” (Ef 6.9). Assim, se Deus não faz acepção de pessoas, não podemos aceitar que alguns já<br />
nasçam predestinados para a salvação, e outros, eleitos, já nasçam predestinados para a perdição.<br />
Strong, mesmo defendendo a predestinação, diz que “Nenhum decreto de Deus reza: “Pecarás”. Porque 1)<br />
nenhum decreto é dirigido a você; 2) nenhum decreto sobre você diz: “você fará”; 3) Deus não pode fazer pecar, ou<br />
decretar fazê-lo. Ele somente decreta criar, e Ele mesmo age, de tal modo que você queira, de sua livre escolha,<br />
cometer pecado. Deus determina sobre os seus atos prever qual será o resultado dos atos livres das suas criaturas e,<br />
deste modo, determina os resultados” (grifos meus).<br />
Ora, se Deus “não pode fazer pecar”, mas condena pessoas desde o ventre à condenação, elas terão que<br />
pecar, para que se cumpra o decreto condenatório. Do contrário, se não pecarem, como serão condenadas? Por outro<br />
lado, se as pessoas “de sua livre escolha”, podem cometer ou não, o pecado, não vemos como harmonizar o livrearbítrio<br />
com a doutrina da predestinação. De fato, os que defendem a predestinação absoluta negam que Deus tenha<br />
dado livre-arbítrio ao homem. Simplesmente, os homens se comportariam como se fossem marionetes do destino<br />
traçado por Deus. Nos parece que a predestinação absoluta equivale ao fatalismo dos árabes, que dizem “maktub”,<br />
“está escrito”. Sua aceitação entra em conflito com os atributos morais de Deus, de bondade, amor e justiça. Por mais<br />
que os teólogos defensores dessa doutrina argumentem, buscando embasamento bíblico, jamais poderão convencer<br />
que Deus discrimina uns em detrimento de outros, com base no caráter de Deus, revelado nas Escrituras Sagradas.<br />
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2.2. ARMINIANISMO - A PREDESTINAÇÃO RELATIVA<br />
Doutrina pregada por Jacobus Arminius (1560-1609). Foi sucessor de Calvino, e concluiu que o teólogo francês<br />
se equivocara. Sua doutrina também pode ser resumida em cinco pontos:<br />
(1) A predestinação de Deus é condicional (e não absoluta). “Deus escolheu baseado em sua presciência.<br />
Qualquer pessoa que crê pode ser salva” (Dt 30.19; Jo 5.40; Tg 1.14; 1 Pe 1.2; Ap 3.20).<br />
Em todos os livros da Bíblia, percebe-se que o relacionamento de Deus com o homem exige condições; se o<br />
homem as cumpre, é abençoado; se não as cumpre, é penalizado. Se uns nascessem predestinados para a vida<br />
eterna, não adiantaria pregar o evangelho, conforme a Grande Comissão (Mc 16.15,16);<br />
(2) A expiação é universal. “O sacrifício de Jesus foi a benefício de todos os pecadores. Mas só os que crêem nEle<br />
serão salvos” (cf. Jo 3.16; 12.32; 17.21; 1 Tm 2.3,4; 1 Jo 2.2);<br />
Os textos bíblicos referenciados são de uma clareza cristalina, quando se referem à expiação; esta é tão<br />
profunda que tem efeito presente e até retroativo (Hb 9.15). Diz Paulo sobre Jesus: “Ao qual Deus propôs para<br />
propiciação pela fé no seu sangue, para demonstrar a sua justiça pela remissão dos pecados dantes cometidos, sob a<br />
paciência de Deus” (Rm 3.25; grifos meus).<br />
(3) Livre-arbítrio. “O pecado passou a todos os homens, mas as pessoas podem crer, arrepender-se e a aceitar<br />
a Cristo como Salvador” (Is 55.7; Mt 25.41,46; Mc 9.47,48; Rm 14.10,12; 2 Co 5.10).<br />
Como já foi exposto neste capítulo, o livre-arbítrio é condição indispensável para que seja real o fato de o<br />
homem ter sido criado conforme a imagem e a semelhança de Deus, pois um ser teleguiado, manipulado por cordões<br />
espirituais, não passaria de uma marionete do Criador.<br />
(4) O pecador pode eficazmente rejeitar a graça de Deus. “Deus deseja salvar o pecador, e tudo provê para<br />
que ele alcance a salvação. Mas, sendo ele livre, pode rejeitar os apelos da graça” (Lc 18.23; 19.41,42; Ef 4.30; 1 Ts<br />
5.19). Se não houver essa condição, não existe livre-arbítrio, característica fundamental do ser criado por Deus,<br />
conforme comentário no item (3).<br />
(5) Os crentes em Jesus podem cair da graça. Se o crente, uma vez salvo, não vigiar e orar (Mt 26.41), e não<br />
buscar a santificação (Hb 12.14; 1 Pe 1.15), poderá cair da graça e perder-se eternamente, se não tiver oportunidade<br />
de reconciliar-se com Deus. Por isso, Jesus disse que quem “perseverar até ao fim será salvo” (Mt 10.22; ver também<br />
Lc 21.36; Gl 5.4; Hb 6.6; 10.26,27; 2 Pe 2.20-22).<br />
A doutrina arminiana nos parece coerente com o plano de Deus para os homens, como seres livres. Podem<br />
aceitar, ou podem rejeitar a graça de Deus. Só sendo livres, é que se justifica a semelhança moral do homem com seu<br />
Criador. É também, a única interpretação que se coaduna com o Ser de Deus, e seu caráter, revelado na Bíblia<br />
Sagrada. Deus dá liberdade ao homem, dentro dos limites estabelecidos em seu plano divino para toda a humanidade.<br />
A soberania de Deus impõe os limites. O livre-arbítrio concedido por Deus implica em responsabilidade do homem<br />
perante o Criador. Do contrário, Deus seria um tirano. E o homem seria seu títere.10<br />
3. ELEIÇÃO E PREDESTINAÇÃO - UMA ABORDAGEM COMPREENSIVA<br />
Eleição significa “Ato de eleger; escolha, opção, preferência, predileção”.11 A doutrina calvinista entende que<br />
Deus elegeu somente um grupo de pessoas, e predestinou-as para serem salvas. É a visão da eleição e da<br />
predestinação absolutas. Os arminianos entendem que existe eleição e predestinação, sim, mas no sentido relativo.<br />
Esta visão parece-nos mais consentânea com a maneira pela qual Deus exerce sua soberania, ao mesmo tempo em<br />
que assegura a liberdade do homem.<br />
A predestinação absoluta esbarra em sério conflito doutrinário e moral. Deus não faz acepção de pessoas, e o<br />
Deus que não faz acepção de pessoas também reprova quem o faz: “Meus irmãos, não tenhais a fé de nosso Senhor<br />
Jesus Cristo, Senhor da glória, em acepção de pessoas” (Tg 2.1; grifos meus). “Mas, se fazeis acepção de pessoas,<br />
cometeis pecado e sois redargüidos pela lei como transgressores” (Tg 2.9; grifos meus); “E vós, senhores, fazei o<br />
mesmo para com eles, deixando as ameaças, sabendo também que o Senhor deles e vosso está no céu e que para<br />
com ele não há acepção de pessoas” (Ef 6.9; grifos meus). Assim, se Deus não faz acepção de pessoas, não podemos<br />
aceitar que alguns já nasçam predestinados para a perdição, e outros, eleitos, já nasçam predestinados para a<br />
salvação. Tal idéia contradiz o caráter de Deus, revelado nas Escrituras.<br />
3.3. O SIGNIFICADO DA ELEIÇÃO (gr.eklegoe)<br />
Há diversos e variados pontos de vista sobre o tema da eleição. No entanto, evitando as abordagens que levam<br />
às contradições entre a soberania de Deus e a liberdade do homem, entendemos que eleição é a “escolha por Deus<br />
daqueles que crêem em Cristo”. Diz a Bíblia: “Porque os que dantes conheceu, também os predestinou para serem<br />
conformes à imagem de seu Filho, a fim de que ele seja o primogênito entre muitos irmãos. E aos que predestinou, a<br />
esses também chamou; e aos que chamou, a esses também justificou; e aos que justificou, a esses também glorificou”<br />
(Rm 8.29,30; 9.6-27; 11.5,7,28; Cl 3.12).<br />
Isso nos leva às seguintes conclusões:<br />
(1) Os eleitos, segundo a presciência de Deus, o são na união com Cristo. Deus “nos elegeu nele” (Ef 1.4).<br />
Antes de alguém aceitar a Cristo, a eleição não tem qualquer sentido, ou efeito;<br />
(2) Deus nos predestinou para sermos “à imagem de seu Filho”, conhecendo-nos, como eleitos, “dantes”, isto é<br />
“antes da fundação do mundo” (Ef 1.4). Essa eleição tem sentido “profético”, só se tornando real, a partir da união com<br />
Cristo.<br />
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(3) Cristo é o Primeiro (Mt 12.18; 1 Pe 2.4). “Porque os que dantes conheceu, também os predestinou para<br />
serem conformes à imagem de seu Filho, a fim de que ele seja o primogênito entre muitos irmãos” (Rm 8.29). Jesus foi<br />
o primogênito em tudo. Foi o “primogênito de toda a criação” (Cl 1.15). “E ele é a cabeça do corpo da igreja; é o<br />
princípio e o primogênito dentre os mortos, para que em tudo tenha a preeminência” (Cl 1.18); “o primogênito dos<br />
mortos” (Ap 1.5).<br />
(4) “A eleição em Cristo é em primeiro lugar coletiva, i.e., a eleição de um povo (Ef 1.4,5,7,9; 1 Pe 1.1; 2.9). Os<br />
eleitos são chamados ‘o seu [Cristo] corpo’ (Ef 1.23; 4.12), ‘minha igreja’ (Mt 16.18), ‘povo adquirido’”12 - eleito ¾ por<br />
Deus (1 Pe 2.9; grifo meu). Logo, a eleição é coletiva e abrange o ser humano como indivíduo, somente à medida que<br />
este se identifica e se une ao Corpo de Cristo, a Igreja verdadeira (Ef 1.22,23).<br />
(5) O eleito pode perder a salvação. Pode cair da graça, no dizer de Armínio. Precisa perseverar até o fim (Mt<br />
10.22); precisa vigiar e orar (Mt 26.41); precisa buscar a santificação (Hb 12.14; 1 Pe 1.15); ver também Lc 21.36; Gl<br />
5.4; Hb 6.6; 10.26,27; 2 Pe 2.20-22). A salvação só é eterna, se o crente permanecer debaixo da graça de Deus, em<br />
comunhão com Jesus.<br />
3.4. O SIGNIFICADO DA PREDESTINAÇÃO (gr. proorizo; lat. praedestinatione)<br />
Predestinação tem o significado de “decidir de antemão”. Em termos bíblicos e teológicos, a predestinação está<br />
relacionada à eleição. “A eleição é a escolha feita por Deus,’em Cristo’, de um povo para si mesmo (a Igreja<br />
verdadeira). A predestinação abrange o que acontecerá ao povo de Deus (todos os crentes) genuínos em Cristo”.13<br />
Com base na Palavra de Deus, podemos discriminar dez característica dos eleitos em Cristo.<br />
(1) Deus predestina os eleitos a serem:<br />
(a) chamados (Rm 8.30);<br />
(b) justificados (Rm 3.24); 8.30);<br />
(c) glorificados (Rm 8.30);<br />
(d) conformes à imagem do Filho (Rm 8.29);<br />
(e) santos e irrepreensíveis (Ef 1.4);<br />
(f) adotados como filhos (Ef 1.5);<br />
(g) redimidos (Ef 1.7);<br />
(h) participantes da herança, redenção, e louvor de sua glória (Ef 1.14);<br />
(i) participantes do Espírito Santo (Ef 1.13; Gl 3.14);<br />
(j) criados em Cristo Jesus para as boas obras (Ef 2.10).<br />
(2) A predestinação, assim como a eleição, refere-se ao corpo coletivo de Cristo (i.e. a verdadeira igreja), e<br />
abrange indivíduos somente quanto inclusos neste corpo mediante a fé viva em Jesus Cristo (Ef 1.5,7,13; cf. At 2.38-<br />
41; 16.31)”.14<br />
Ninguém, à luz da Bíblia, pode arrogar-se eleito, ou assim se considerar sem, antes, ter aceitado a Cristo como<br />
Salvador, livre e conscientemente. Deus não admitiria alguém fazer parte do Corpo de Cristo sem uma decisão<br />
pessoal. Diz a Bíblia: “Jesus dizia, pois, aos judeus que criam nele: Se vós permanecerdes na minha palavra,<br />
verdadeiramente, sereis meus discípulos” (Jo 8.31; grifo meu). O Mestre se referia aos judeus que criam nele. <strong>Para</strong> se<br />
tornarem discípulos de Jesus, isto é, salvos, teriam de “permanecer” na sua Palavra. Vê-se claramente que a salvação,<br />
que implica em eleição, não é um direito adquirido com o nascimento. É um “poder” outorgado (Jo 1.12), a quem aceita<br />
as condições exigidas na Palavra de Deus.<br />
3.5. PRESCIÊNCIA E PREDESTINAÇÃO<br />
Deus já sabe quem vai ser salvo e quem vai ser perdido. Mas Ele fez os homens à sua imagem e semelhança,<br />
o que inclui, certamente, a faculdade de fazer ou deixar de fazer, ou seja, o livre-arbítrio. Chafer (note-se que ele é um<br />
teólogo calvinista), afirma que<br />
Com relação à onisciência de Deus e as ações livres dos homens (ações contingentes, não ordenadas), vê-se<br />
que Deus os torna responsáveis pelos seus atos, e tais ações são pré-conhecidas por Ele. Se Deus for ignorante das<br />
ações futuras dos livres-agentes, não poderá haver um controle divino seguro do destino humano como garantido em<br />
cada pacto incondicional que Deus fez, e como garantido em cada profecia das Escrituras […] A presciência divina não<br />
compele; ela meramente sabe qual será a escolha humana15 (grifo meu).<br />
Com base nesse entendimento, poder-se-ia dizer que não é necessário Deus prever nada, pois todas as coisas<br />
acontecem diante dEle como num momento, num “eterno agora”. Diz ainda Strong que a “presciência não é em si<br />
mesmo causativa. Não dever ser confundida com a vontade pré-determinante de Deus. As ações livres não ocorrem<br />
porque são previstas, mas são previstas porque ocorrem”16 (grifo meu). Esta última citação nos dá uma idéia de como<br />
melhor podemos entender o conflito entre a presciência de Deus e a liberdade do homem em agir.<br />
Strong afirma que<br />
O fato de que nada há na condição presente das coisas a partir das quais as ações futuras das criaturas livres<br />
necessariamente se seguem por lei natural, não impede Deus de prever tais ações porque seu conhecimento não é<br />
mediato, mas imediato. Ele não só conhece antecipadamente os motivos que ocasionarão os atos dos homens, mas<br />
diretamente conhece os próprios atos.17<br />
Num confronto entre as duas posições doutrinárias, a arminiana e a calvinista, ressalta-se o problema da<br />
eleição: Ela tem sido apresentada de maneira tão extremista que faz parecer que os eleitos serão inevitavelmente<br />
salvos, sem levar em conta sua resposta ao evangelho e seu estilo de vida. Por outro lado, os escolhidos para se<br />
perderem padecerão eternamente, não obstante qualquer empenho em aproximar-se de Deus mediante a fé em<br />
Cristo.18<br />
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Em resposta à pergunta “O que é eleição?”, Thiessen diz que, no seu sentido redentivo, eleição é “o ato<br />
soberano de Deus, pela graça, através da qual Ele escolheu em Cristo Jesus, para salvação, todos aqueles que previu<br />
que o aceitariam”.19 Sobre presciência, acentua:<br />
Devemos distinguir claramente entre a presciência de Deus e a sua predestinação. Não é certo dizer que Deus<br />
previu todas as coisas porque arbitrariamente decidiu fazer com que elas ocorressem. Deus, em sua presciência, vê os<br />
eventos futuros praticamente como vemos os passados […] Os que foram escolhidos são aqueles que estavam em<br />
Cristo, pela sua presciência, Deus já os viu ali quando fez a escolha […] Ele não determinou quem deveria achar-se ali,<br />
mas simplesmente os viu ali em Cristo ao elegê-los […] Em ponto algum a Bíblia ensina que alguns são predestinados<br />
à condenação. Isto seria desnecessário, desde que todos são pecadores e estão a caminho da condenação eterna (cf.<br />
Ef 2.1-3; 12).20<br />
Diante da controvérsia, Myer Pearlman propõe um equilíbrio na análise do assunto. Ele afirma que:<br />
As respectivas posições fundamentais, tanto do calvinismo, como do arminianismo, são ensinadas nas<br />
escrituras. O calvinismo exalta a graça de Deus como a única fonte de salvação ¾ e assim faz a Bíblia; o arminianismo<br />
acentua a livre vontade e responsabilidade do homem ¾ e assim o faz a Bíblia. A solução prática consiste em evitar os<br />
extremos anti-bíblicos de um e de outro ponto de vista, e em evitar colocar uma idéia em aberto antagonismo com a<br />
outra […] dar ênfase demasiada à soberania da graça de Deus na salvação pode conduzir a uma vida descuidada,<br />
porque se a pessoa é ensinada a crer que conduta e atitude nada têm a ver com sua salvação, pode tornar-se<br />
negligente. Por outra parte, ênfase demasiada sobre a livre vontade e responsabilidade do homem, como reação ao<br />
calvinismo, pode trazer as pessoas sob o jugo do legalismo e despojá-las de toda a confiança de sua salvação.21<br />
De fato, o crente fiel não cai da graça de Deus, como dizem os calvinistas, mas “se” perseverar em obediência<br />
e santidade (Hb 3.12-14;12.14); o homem é depravado, mas, se aceitar a Cristo, é nova criatura (2 Co 5.17). A “eleição<br />
incondicional” só pode ser uma interpretação equivocada, mesmo baseando-se em textos bíblico, pois Deus não faz<br />
acepção de pessoas. O problema é que os calvinistas não admitem o livre arbítrio. Mas, sem essa condição, o homem<br />
não poderia ser imagem e semelhança de Deus.<br />
Quanto ao arminianos, seus pontos fundamentais são aceitáveis, mas não podem ser levados ao extremo. Não<br />
é somente pelo livre-arbítrio ou pela responsabilidade pessoal que alguém pode ser salvo. Entendemos que as duas<br />
interpretações podem servir de subsídio para a doutrina da salvação, mas sem as afirmações dogmáticas, levadas ao<br />
extremo. Na salvação, tem-se a mão de Deus, por intermédio de Cristo, vindo ao encontro do homem pecador, por seu<br />
amor e sua misericórdia. Quando o homem perdido reconhece seus pecados, e sua condição de miserável espiritual, e<br />
aceita a mão de Deus em seu favor, é salvo. No entanto, quando o perdido prefere rejeitar a mão de Deus, e opta pela<br />
mão do Diabo, está perdido, e assim ficará até à morte.<br />
Corroborando esse entendimento, vemos o que diz o Senhor, por meio do profeta Ezequiel: “Quando eu<br />
também disser ao ímpio: Certamente morrerás; se ele se converter do seu pecado e fizer juízo e justiça, restituindo<br />
esse ímpio o penhor, pagando o furtado, andando nos estatutos da vida e não praticando iniqüidade, certamente viverá,<br />
não morrerá. De todos os seus pecados com que pecou não se fará memória contra ele; juízo e justiça fez, certamente<br />
viverá” (Ez 33.14-16; grifos meus). Aí, nesse texto tão incisivo, vê-se que “o ímpio”, ou seja, o perdido, o depravado, o<br />
miserável pecador, quando ouve a advertência de Deus, por meio de sua Palavra, do evangelho de Cristo, na Nova<br />
Aliança, e se arrepende, (”e se converter”, passando a andar “nos estatutos da vida”, que é a Palavra de Deus), diz o<br />
Senhor: “Certamente viverá”, isto é, será salvo. Não se pode inferir do texto qualquer conotação de que esse “ímpio”<br />
seria um “eleito”, ou “predestinado”. É ímpio mesmo! Note-se também que não é Deus quem o converte, por sua “graça<br />
irresistível”, mas é ele próprio quem, advertido por Deus, deve “se converter do seu pecado”, e passar a andar “nos<br />
estatutos da vida”. Fazendo ele isso “certamente viverá”.<br />
Segundo Horton se a graça de Deus é irresistível, como enfatizou Calvino,<br />
os incrédulos pereceriam, não por não quererem corresponder, mas por não poderem. A graça de Deus não<br />
seria eficaz para eles. Nesse caso, Deus pareceria mais um soberano caprichoso que brinca com seus súditos que um<br />
Deus de amor e graça. Sua promessa: “todo aquele que quer” seria uma brincadeira de inigualável crueldade, pois Ele<br />
é quem estaria brincando. Mas o Deus e Pai de Nosso Senhor Jesus Cristo não brinca conosco22 (grifos meus).<br />
“Entendemos que a interpretação arminiana é a mais consentânea com o caráter de Deus, que é ao mesmo<br />
tempo justo, soberano, bom, e que não faz acepção de pessoas”.23<br />
É indiscutível, à luz da Bíblia, a soberania de Deus. Por outro lado, também é indiscutível à luz das Escrituras,<br />
que o homem recebeu de Deus o livre-arbítrio, para que seja responsabilizado por seus atos. Ao longo da História,<br />
observa-se que a maioria das pessoas não querem encurvar-se ante a soberania de Deus. Muitos vêem Deus como<br />
um ser distante, que criou todas as coisas, mas não se importa com suas criaturas. São os deístas. Outros, guiados<br />
pela cegueira espiritual, desacreditam na existência de Deus. São os ateístas. Por fim, há os que, em minoria, aceitam<br />
as verdades emanadas da Palavra de Deus, e não somente crêem nEle, como o adoram, e o servem “em espírito e em<br />
verdade” (Jo 4.24). São os teístas. A crença em Deus, pelos méritos de Jesus Cristo, é o único meio para que o ser<br />
humano chegue à eternidade, com a bênção da salvação. Os que o aceitam, são salvos. Os que o rejeitam, estão<br />
condenados (Jo 3.18,19). Deus não faz acepção de pessoas. Sua salvação é oferecida a todos (Jo 3.16), mas só é<br />
alcançada pelos que crêem em Jesus Cristo e o aceitam como salvador.<br />
Notas<br />
7 HORTON, Stanley M. Teologia Sistemática, p.153.<br />
8 BANCROFT, E.H. Teologia Elementar, p. 82.<br />
9 STRONG, Augustus H. Teologia Sistemática, p.525.<br />
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10 “Boneco articulado, de madeira, pano ou outro material, suspenso por fios fixados em uma trave e presos na<br />
cabeça, mãos, joelhos e pés, pelos quais o operador o movimenta; fantoche, marionete” (Dicionário Aurélio Séc. XXI).<br />
11 Dicionário Aurélio Século XXI.<br />
12 STAMPS, Donald. Bíblia de Estudo Pentecostal. p.1808.<br />
13 Ibid. p.1809.<br />
14 Ibid. p.1809 (com adaptações).<br />
15 CHAFER, Lewis Sperry. Teologia Sistemática, p.221.<br />
16 STRONG, Augustus H. Teologia Sistemática, p.426.<br />
17 Ibid, p. 424.<br />
18 Guy P. DUFFIELD & Natanael M. Van Cleave, Fundamentos da teologia, p. 281.<br />
19 Ibid. p.281.<br />
20 Ibid. p. 282.<br />
21 PEARLMAN, Myer. Conhecendo as Doutrinas da Bíblia, p.271.<br />
22 HORTON, Stanley M. Teologia Sistemática, p.366,367.<br />
23 LIMA, Elinaldo Renovato de. Apostila sobre Doutrina de Deus, p.<br />
Salmos 137<br />
Junto dos rios de babilônia, ali nos assentamos e choramos, quando nos lembramos de Sião.<br />
Sobre os salgueiros que há no meio dela, penduramos as nossas harpas.<br />
Pois lá aqueles que nos levaram cativos nos pediam uma canção; e os que nos destruíram, que os<br />
alegrássemos, dizendo: Cantai-nos uma das canções de Sião.<br />
Como cantaremos a canção do SENHOR em terra estranha?<br />
Se eu me esquecer de ti, ó Jerusalém, esqueça-se a minha direita da sua destreza.<br />
Se me não lembrar de ti, apegue-se-me a língua ao meu paladar; se não preferir Jerusalém à minha maior<br />
alegria.<br />
Lembra-te, SENHOR, dos filhos de Edom no dia de Jerusalém, que diziam: Descobri-a, descobri-a até<br />
aos seus alicerces. (grifo meu)<br />
Ah! filha de babilônia, que vais ser assolada; feliz aquele que te retribuir o pago que tu nos pagaste a nós.<br />
Feliz aquele que pegar em teus filhos e der com eles nas pedras.<br />
Olhando para o Salmo acima podemos chegar à data mais provável da destruição de Jerusalém e do<br />
livro de Obadias.<br />
Jer. 25:8, 9 “Assim disse Jeová dos exércitos: ‘“Visto que não obedecestes às minhas palavras, eis que envio<br />
alguém e vou tomar todas as famílias do norte”, é a pronunciação de Jeová, “sim, enviando alguém a Nabucodorosor,<br />
rei de Babilônia, meu servo, e vou trazê-las contra esta terra e contra os seus habitantes, e contra todas estas nações<br />
ao redor, e vou devotá-los à destruição”.’” (Falado por Jeremias no quarto ano do Rei Jeoiaquim de Judá, que começou<br />
a reinar em 628 A.E.C. Cumpriu-se em 609-607 A.E.C., quando o Rei Nabucodonosor de Babilônia sitiou e destruiu<br />
Jerusalém. Veja o testemunho de Flávio Josefo, historiador judaico, em Antiquity of the Jews, Flavius Josephus Against<br />
Apion, Livro 1, seção 19, segundo a tradução inglesa em The Works of Flavius Josephus [Philadelphia; 1875], Vol. II,<br />
William Whiston, p. 483.)<br />
INTERAÇÃO<br />
Soberania de DEUS e livre-arbítrio são temas que geram conflitos e levam muitos a tomadas de posições<br />
extremadas. Por conceder o livre-arbítrio ao homem, DEUS deixa de ser soberano? De maneira nenhuma! Isso só<br />
denota o seu poder em criar uma pessoa que, sendo imagem e semelhança de DEUS, decide seguir ou não o caminho<br />
da justiça. Mas é bem verdade que, nalgumas circunstâncias, o Eterno intervém sem respeitar o arbítrio humano (Ml<br />
1.2,3 cf. Rm 9.14-16). Há contradição nisso? De forma alguma! O homem continua livre em seu arbítrio e DEUS<br />
eternamente soberano. Nas Sagradas Escrituras, o livre arbítrio e soberania divina são essencialmente dialogais.<br />
OBJETIVOS- Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:<br />
Conceituar soberania divina e livre arbítrio.<br />
Elencar os elementos contextuais do livro de Obadias.<br />
Saber o princípio da retribuição divina.<br />
ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA<br />
Professor, reproduza o esquema abaixo no quadro de giz. Utilize-o na introdução da aula. Explique que o livro<br />
de Obadias é constituído apenas de um capítulo (1) e vinte e um versículos (21). Podemos dividi-lo em duas partes<br />
principais. A primeira parte fala respeito dos oráculos contra Edom; e a segunda dos oráculos sobre o Dia do Senhor.<br />
Explique que o propósito principal do livro é mostrar aos israelitas a ira divina contra os edomitas. Em seguida pergunte<br />
aos alunos: "Por que DEUS estava irado com os edomitas?" Ouça os alunos com atenção e explique que o Senhor<br />
estava aborrecido pelo fato de eles terem se alegrado diante da dor e do sofrimento de Judá.<br />
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P<br />
arte I:<br />
v<br />
v.1-9<br />
v<br />
v. 10-14<br />
15b<br />
v.<br />
P<br />
arte II:<br />
v<br />
v.15a., 16<br />
v<br />
v.17,18.<br />
v<br />
v.19-21<br />
ESBOÇO DO LIVRO DE<br />
OBADIAS<br />
Oráculos contra<br />
Edom (vv. 1-14.15b)<br />
Orgulho e destruição<br />
de Edom<br />
Traição de Edom<br />
contra Judá<br />
Condenação de<br />
Edom<br />
Oráculos sobre o Dia<br />
do Senhor (vv. 15a. 16-21)<br />
Julgamento das<br />
nações<br />
Volta e restauração<br />
de Israel<br />
Apêndice: Volta e<br />
restauração de Israel<br />
RESUMO DA LIÇÃO 5, OBADIAS, O PRINCÍPIO DA RETRIBUIÇÃO<br />
I. A SOBERANIA DE DEUS<br />
1. Conceito.<br />
2. Livre-arbítrio.<br />
II. O LIVRO DE OBADIAS<br />
1. Contexto histórico.<br />
2. Estrutura e mensagem.<br />
3. Posição no Cânon.<br />
III. EDOM, O PROFANO<br />
1. Origem.<br />
2. O DEUS soberano.<br />
3. Preparativos do assédio a Edom (v.1c).<br />
4. O rebaixamento de Edom.<br />
5. O orgulho leva à ruína.<br />
IV. A RETRIBUIÇÃO DIVINA<br />
1. O princípio da retribuição.<br />
2. O castigo de Edom.<br />
3. Esaú e Jacó (v.18).<br />
SINÓPSE DO TÓPICO (1) - O livre-arbítrio não nega a soberania divina; pelo contrário, a confirma.<br />
SINÓPSE DO TÓPICO (2) - Com apenas vinte e um versículos, Obadias é o livro mais curto do Antigo<br />
Testamento.<br />
SINÓPSE DO TÓPICO (3) - A arrogância humana e a soberba espiritual levaram os edomitas à ruína.<br />
SINÓPSE DO TÓPICO (4) - O princípio da retribuição acha-se na lei de Moisés e se confirma no princípio da<br />
semeadura em o Novo Testamento.<br />
AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO - Subsídio Geográfico - "O Julgamento de Edom<br />
A terra de Edom se estendia ao longo das encostas da cadeia de montanhas rochosas do monte Seir, em<br />
direção do golfo de Ágaba e chegava quase ao mar Morto. O território variava de regiões férteis, que produziam trigo,<br />
uvas, figo, romã e azeitona, a altos picos montanhosos separados por desfiladeiros profundos. A meio caminho na<br />
principal cadeia montanhosa, elevava-se o monte Hor, alto e sombrio acima do terreno circunvizinho e a curta distância<br />
da capital Sela ou Petra, que se situava em um profundo vale cercado por 60 metros de precipício, acessível somente<br />
por uma abertura estreita de uns 3,5 metros de largura.<br />
Assim, os edomitas habitavam literalmente nas fendas das rochas (3), cuja a posição era praticamente<br />
impenetrável e inconquistável. Por muitas gerações tinham vivido seguros. Nenhum inimigo conseguira entrar pelos<br />
caminhos estreitos dos desfiladeiros que conduziam às principais cidades talhadas nas paredes rochosas das<br />
montanhas.<br />
[A despeito de todos esses recursos] Os julgamentos de DEUS tinham de ser severos. [...] A nação seria<br />
totalmente devastada. Os descendentes de Esaú, seriam reduzido a nada" (Comentário Bíblico Beacon. Vol. 5. 1.ed.<br />
Rio de Janeiro: CPAD, 2005, pp. 131-32).<br />
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BIBLIOGRAFIA SUGERIDA<br />
HARRISON, R. K. Tempos do Antigo Testamento: Um Contexto Social, Político e Cultural. 1.ed. Rio de Janeiro:<br />
CPAD, 2010.<br />
MENZIES, William W; HORTON, Stanley M. Doutrinas Bíblicas: Os Fundamentos da Nossa Fé. 5.ed. Rio de<br />
Janeiro: CPAD, 2005.<br />
SAIBA MAIS PELA Revista Ensinador Cristão, CPAD, nº 52, p.38.<br />
QUESTIONÁRIO DA LIÇÃO 5, OBADIAS, O PRINCÍPIO DA RETRIBUIÇÃO<br />
Responda conforme a revista da CPAD do 2º Trimestre de 2012<br />
Complete os espaços vazios e marque com "V" as respostas verdadeiras e com "F" as falsas<br />
TEXTO ÁUREO<br />
1- Complete:<br />
"Porque o __dia_ do SENHOR está perto, sobre todas as nações; como tu fizeste, assim se fará contigo; a tua<br />
__maldade__ cairá sobre a tua __cabeça__" (Ob 1.15).<br />
VERDADE PRÁTICA<br />
2- Complete:<br />
Obadias mostra que a lei da __semeadura__ e o princípio da __retribuição__ constituem uma realidade da qual<br />
ninguém __escapará__.<br />
I. A SOBERANIA DE DEUS<br />
3- O que é a soberania divina? Qual a diferença entre o pensamento calvinista e o Arminianista sobre a<br />
soberania divina?<br />
( ) A soberania divina é o direito absoluto de DEUS governar totalmente as suas criaturas segundo a sua<br />
vontade (Sl 115.3; Is 46.10).<br />
( ) Segundo os calvinistas, não há limite para o exercício desse governo, de modo que a vontade divina não<br />
pode ser anulada.<br />
( ) Os arminianos, por outro lado, admitem que, no exercício da soberania divina, existe uma autolimitação<br />
suficiente para permitir o livre-arbítrio humano.<br />
4- A vontade de DEUS é que todos sejam salvos (Ez 18.23,32; Jo 3.16; 1 Tm 2.4; 2 Pe 3.9). Entretanto,<br />
não são poucos os que se perderão. Por que?<br />
( ) Tal acontece justamente pelo fato de sermos livres, autoconscientes e, por isso, responsáveis diante de<br />
DEUS por nossos atos (Ec 12.13,14).<br />
( ) Isso se explica pelo livre-arbítrio, e não significa negar a soberania divina. Trata-se da liberdade humana.<br />
( ) DEUS é soberano em todo o Universo e, por seu amor e poder, preserva sua criação até a consumação de<br />
todas as coisas (Ne 9.6; Hb 1.2,3).<br />
II. O LIVRO DE OBADIAS<br />
5- Qual o Contexto histórico do livro de Obadias? Complete:<br />
A vida pessoal de Obadias é desconhecida. O profeta apresenta-se apenas com o seu nome, sem oferecer<br />
nenhuma informação adicional (família e reinado sob o qual viveu e profetizou). Ele simplesmente diz: "Visão de<br />
__Obadias__" (v.1). A data em que exerceu o seu ministério é uma das mais disputadas entre os estudiosos: vai de<br />
848 a __460__ a.C. Tudo indica que os versículos 10 a 14 refiram-se à destruição de Jerusalém por Nabucodonosor,<br />
rei de Babilônia, em 587 a.C. Portanto, qualquer data, nesse período, como __585__ a.C. por exemplo, é aceitável.<br />
6- Quantos versículos tem o livro de Obadias e qual seu estilo, excetuando-se a introdução?<br />
( ) Com apenas 21 versículos, Obadias é o livro mais curto do Antigo Testamento.<br />
( ) O seu estilo é poético.<br />
7- Em quantas e quais partes se divide o texto de Obadias?<br />
( ) Divide-se em três partes principais: a destruição de Edom (vv. 1-9); a sua maldade (vv. 10-14) e o dia do<br />
Senhor sobre Edom, Israel e as demais nações (vv. 15-21).<br />
8- Qual o tema do livro de Obadias?<br />
( ) É o julgamento divino contra Edom. Obadias, porém, não é o único profeta incumbido de anunciar a<br />
condenação dos filhos de Esaú (Is 21.11,12; Jr 49.7-22; Ez 25.12-14; Am 1.11,12; Ml 1.2-5).<br />
9- Fale sobre a posição de Obadias no Cânon: Complete:<br />
Em nossa Bíblia, Obadias situa-se entre Amós e __Jonas__. O critério para a ordem desses livros é ainda<br />
desconhecido. Sabe-se, todavia, que não foi baseado na __cronologia__. Há quem justifique tal posição pelo slogan "o<br />
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dia do SENHOR" (v.15; Am 5.20) e pela afirmação de que a casa de Jacó possuirá a herdade de Edom (v.17; cp. Am<br />
9.12). Devido ao Cânon Judaico considerar a coleção dos Doze Profetas __um__ só livro, a citação de Obadias, em o<br />
Novo Testamento, é apenas __indireta__.<br />
III. EDOM, O PROFANO<br />
10- Qual a origem de Edom?<br />
( ) Os edomitas eram descendentes de Esaú.<br />
( ) Por causa do guisado que Jacó usou para comprar de Esaú a sua primogenitura, o nome da tribo passou a<br />
ser "Edom" que, em hebraico, significa "vermelho" (Gn 25.30).<br />
( ) Eles povoaram o monte Seir (Gn 33.16; 36.8,9,21) e, rapidamente, transformaram-se em uma poderosa<br />
nação (Gn 36.1-43; Êx 15.15; Nm 20.14).<br />
( ) Seu rei negou passagem a Israel por seu território, quando os filhos de Jacó saíram do Egito e<br />
peregrinavam no deserto a caminho da Terra Prometida.<br />
( ) DEUS ordenou aos israelitas que tratassem os edomitas como a irmãos (Dt 23.7).<br />
( ) O ódio de Edom contra Israel cresceu e atravessou séculos.<br />
11- Complete segundo a soberania de DEUS:<br />
"Assim diz o Senhor JEOVÁ a respeito de __Edom__" (v.1). Esta chancela destaca a __soberania__ de DEUS<br />
sobre os povos e reis da terra. Apesar de Edom não ser reconhecido como povo de DEUS, o Eterno tinha legítima<br />
__autoridade__ sobre ele.<br />
12- Como foram os Preparativos do assédio a Edom ou ataque ao mesmo (v.1c)?<br />
( ) A expressão: "temos ouvido a pregação" parece indicar que Obadias falava em nome de outros profetas<br />
(Jr 49.14).<br />
( ) Ele ouviu o oráculo divino e soube de um embaixador que fora enviado aos povos vizinhos para ajuntá-los<br />
em guerra contra Edom.<br />
( ) Tal embaixador não era profeta, mas um diplomata de alguma nação inimiga dos edomitas.<br />
13- Como foi profetizado o rebaixamento de Edom?<br />
( ) No Antigo Testamento hebraico, existe um recurso retórico que consiste em um acontecimento futuro, que<br />
é descrito como se já tivesse sido cumprido. Por isso, o profeta emprega o verbo no passado: "Eis que te fiz pequeno<br />
entre as nações" (v.2a).<br />
( ) Esse recurso é conhecido como perfeito profético (não se trata de um perfeito gramatical especial). Seu<br />
emprego, aqui, indica o cumprimento certeiro da ameaça quanto à sucessão dos dias e das noites.<br />
( ) O fato é descrito como já realizado, pois DEUS reduzirá (como de fato, reduziu) Edom a um povo<br />
insignificante e desprezível entre as nações, até que este veio a desaparecer (v.2b).<br />
14- Como era o orgulho de Edom que o levou à ruína?<br />
( ) Por viverem nas cavernas montanhosas de Seir (v.3), os edomitas confiavam na segurança que lhes<br />
proporcionava a topografia de seu território - uma fortaleza naturalmente inexpugnável.<br />
( ) Edom não sabia que aquilo que é inacessível ao homem é acessível a DEUS (v.4).<br />
( ) A arrogância humana é insuportável, mas a soberba espiritual é repugnante; os que assim agem estão<br />
destinados ao fracasso (Pv 16.18; 1 Pe 5.5).<br />
IV. A RETRIBUIÇÃO DIVINA<br />
15- O que significa retribuição e por que Edom a conheceu?<br />
( ) Retribuição significa "pagar na mesma moeda".<br />
( ) Tal princípio acha-se na Lei de Moisés (Êx 21.23-25; Lv 24.16-22; Dt 19.21).<br />
( ) Segundo Charles L. Feinberg, a passagem compreendida entre os versículos 10 até 14 pode ser chamada<br />
de o "boletim de ocorrência" dos crimes cometidos pelos edomitas contra os judeus.<br />
( ) O acerto de contas aproxima-se, e DEUS fará com os edomitas o mesmo que eles fizeram a Judá.<br />
( ) Nessa profecia, Edom serve de paradigma para outras nações (e até pessoas) que igualmente procedem<br />
(v.15).<br />
16- Os edomitas beberam e alegraram-se com a desgraça de seus irmãos. Qual o castigo reservado<br />
para Edom?<br />
( ) Os descendentes de Esaú provarão do cálice da ira divina para sempre (v.16).<br />
( ) É bom lembrar que esse princípio vale também para indivíduos (Jz 1.6,7; Hb 2.2).<br />
( ) É o princípio da semeadura (Os 8.7; Gl 6.7).<br />
17- A que se refere a simbologia Esaú e Jacó (v.18)?<br />
( ) Os nomes "Sião" e "Jacó" (v.17) indicam Jerusalém e Judá, respectivamente.<br />
( ) "José", o Reino do Norte formado pelas dez tribos e, muitas vezes, identificado como "Israel" e "Efraim"<br />
(Os 7.1).<br />
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( ) José, como pai de Efraim (Gn 41.50-52), é usado para identificar os irmãos do Norte.<br />
( ) Assim, a profecia fala sobre a reunificação de Judá e Israel (Os 1.1; Ez 37.19).<br />
( ) A metáfora de Israel como fogo que consumirá a casa de Esaú indica a destruição total de Edom.<br />
( ) O orgulho e o ódio dos edomitas contra os seus irmãos judeus os levaram à ruína definitiva.<br />
CONCLUSÃO<br />
18- Complete:<br />
Assim como ninguém pode desafiar as leis __naturais__ sem as devidas consequências, não é possível ignorar<br />
as leis __espirituais__ e sair ileso. A retribuição é inevitável, pois "tudo o que o homem semear, isso também ceifará"<br />
(Gl 6.7). Só o __arrependimento__ e a fé em JESUS podem levar o homem a experimentar o amor e a misericórdia de<br />
DEUS (2 Co 5.17).<br />
RESPOSTAS DO QUESTIONÁRIO EM http://www.apazdosenhor.org.br/profhenrique/videosebdnatv.htm<br />
AJUDA<br />
CPAD - http://www.cpad.com.br/ - Bíblias, CD'S, DVD'S, Livros e Revistas. BEP - Bíblia de Estudos<br />
Pentecostal.<br />
VÍDEOS da EBD na TV, DE LIÇÃO INCLUSIVE -<br />
http://www.apazdosenhor.org.br/profhenrique/videosebdnatv.htm<br />
BÍBLIA ILUMINA EM CD - BÍBLIA de Estudo NVI EM CD - BÍBLIA Thompson EM CD.<br />
Peq.Enc.Bíb. - Orlando Boyer - CPAD<br />
SOARES, Esequias. O Ministério Profético na Bíblia: A voz de DEUS na Terra. 1.ed. Rio de Janeiro: CPAD,<br />
2010. SOARES, Esequias. Visão Panorâmica do Antigo Testamento. Rio de Janeiro: CPAD, 2003.<br />
ZUCK, Roy B (Ed.). Teologia do Antigo Testamento. 1.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2009.<br />
William Macdonald - Comentário Bíblico popular (Antigo Testamento).<br />
Bíblia de estudo - Aplicação Pessoal.<br />
O Novo Dicionário da Bíblia - J.D.DOUGLAS.<br />
Comentário Bíblico NVI - EDITORA VIDA.<br />
Revista Ensinador Cristão - nº 52 - CPAD.<br />
Comentário Bíblico Beacon, v.5 - CPAD.<br />
Joel ( o profeta do pentecostes) - Rev.Hernandes Dias Lopes.<br />
Colaboração para o portal Escola Dominical - Ev. Luiz Henrique de Almeida Silva<br />
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