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SISTEMA IRRIGAS PARA MANEJO DE - Embrapa Hortaliças

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16<br />

Capítulo 2 Fundamentos<br />

Medições da tensão de água foram obtidas<br />

mediante a leitura diferencial de pressão (equação 3). As<br />

leituras obtidas foram sempre boas estimativas da tensão da<br />

água no solo, o que é observável através da linearidade e a<br />

declividade muito próxima da unidade ilustradas na figura<br />

2.9.<br />

Diferentemente do princípio do Irrigas, em seu<br />

trabalho experimental Kemper & Amemya (1958) utilizaram<br />

o aumento da permeabilidade ao fluxo de ar através de<br />

cápsulas porosas quando submetidas a tensões de água<br />

maiores que Td, para medir tensão da água no solo. Aquele<br />

método, contudo, é difícil porque a permeabilidade ao ar<br />

aumenta como uma função sigmoidal da tensão da água no<br />

solo. O comportamento exato desta curva é uma<br />

característica de cada cápsula porosa em particular e,<br />

adicionalmente, a sensibilidade à tensão de água diminui<br />

rapidamente conforme o valor assintótico de condutividade<br />

ao ar é aproximado.<br />

Em um primeiro relato sobre tensiometria a gás,<br />

Calbo & Silva (2003b) utilizaram de duas técnicas diferentes<br />

para aplicar a equação de sorção (Eq. 3). Na primeira<br />

técnica, o sensor Irrigas foi lentamente pressurizado até o<br />

ponto em que o ar começou a permear através da cápsula<br />

porosa e depois disto a entrada de ar foi fechada e a<br />

pressão no sistema diminuiu para um valor mínimo p, o qual<br />

foi anotado para se calcular a tensão da água com a<br />

equação 3. Em uma segunda técnica, um fluxo de gás<br />

estacionário foi aplicado e a pressão p de estabilização foi<br />

anotada para cálculo com a equação 3. Naquele trabalho,<br />

obteve-se uma resposta linear relacionando a tensão de<br />

água com pressão de ar estabilizada.<br />

Na figura 2.9 a leitura contínua e direta (em módulo)<br />

da tensão de água foi possibilitada por operação do Irrigas<br />

no modo diferencial. Dessa maneira o sensor Irrigas indicou<br />

a tensão da água similarmente a um tensiômetro comum<br />

(Fig. 2.5). O modo diferencial de uso do tensiômetro a gás,<br />

contudo, não é essencial para se obter medições diretas e<br />

contínuas da tensão da água, visto que a pressão de ar no<br />

lado da referência pode ser ajustada com outros<br />

mecanismos de ajuste de pressão de gás, como uma<br />

pressão de referência (offset).<br />

A resposta diferencial do sensor Irrigas à tensão de<br />

água é eudimétrica, em uma faixa que vai de zero and Td,<br />

no modo dessorção, e entre zero e Ts, em sistemas que<br />

operam no modo sorção ou umidificação. Cápsulas porosas<br />

com Td de até 300 kPa tem sido utilizadas com sucesso<br />

neste tipo de medição (resultados não apresentados).<br />

Mesmo quando utilizado para estudar tensões de<br />

água superiores a 100 kPa, a resposta é estável e o uso do<br />

sistema é simples. Diferentemente do Irrigas, o tensiômetro<br />

de Ridley & Burland (1993), também estudado por Tarantino<br />

& Mangiovì (2001), requer uma fase de pré-hidratação de 24<br />

horas em câmara de alta pressão (4000 kPa) para dissolver<br />

as bolhas de ar na cápsula porosa. O tensiômetro de Ridley<br />

& Burland (1993) usualmente trabalha adequadamente por<br />

algumas horas antes da cavitação ocorrer. Apesar disto, o<br />

tensiômetro de Ridley & Burland (1993) é uma importante e

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