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SISTEMA IRRIGAS PARA MANEJO DE - Embrapa Hortaliças

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FUNDAMENTOS<br />

Parte 1 Fundamentos e aplicações<br />

Adonai Gimenez Calbo & Washington L.C. Silva<br />

CAPÍTULO 2<br />

Recentemente, um novo sistema para manejo de<br />

irrigação foi desenvolvido, patenteado e licenciado pela<br />

<strong>Embrapa</strong> (Calbo & Silva, 2001). Este sistema, denominado<br />

Irrigas, é simples, de baixo custo, confiável e requer pouca<br />

ou nenhuma manutenção. O Irrigas consiste de uma<br />

cápsula porosa, que é o sensor, conectada a um dispositivo<br />

de pressurização de ar e medição, o qual em versões muito<br />

simples pode ser uma pequena cuba transparente conforme<br />

está ilustrado na figura 2.1. Em solo úmido, os poros da<br />

cápsula porosa impregnam-se de água e é necessário<br />

pressão para forçar a passagem de ar através dos poros.<br />

Conforme o solo seca, a tensão de água aumenta e a<br />

pressão necessária para forçar a passagem de ar através<br />

dos poros diminui. Quando a tensão da água no solo se<br />

torna maior que a pressão de borbulhamento da cápsula<br />

porosa (Td) o ar permeia livremente os poros maiores e a<br />

pequena pressão gerada pela imersão da cuba em água já é<br />

suficiente para forçar a passagem de ar na cápsula.<br />

Na figura 2.2 ilustra-se a aderência da água às<br />

partículas hidrofílicas de um meio poroso em duas<br />

dimensões. Considerando que estas partículas estavam<br />

inicialmente secas, então, primeiro, a água cobre superfícies<br />

hidrofílicas. Segundo, aumentando a disponibilidade, a água<br />

enche os pequenos poros entre as partículas sólidas,<br />

enquanto volumes gasosos permanecem nos poros<br />

maiores. Em estado de equilíbrio, neste caso os meniscos<br />

ar/água entre as partículas possuem raio de magnitude r.<br />

Adicionando-se ainda mais água ao sistema, o raio de<br />

curvatura característico (r) aumenta e em conseqüência os<br />

volumes gasosos entre as partículas são reduzidos. Por<br />

outro lado, se parte da água é removida do sistema, o raio<br />

de curvatura dos meniscos é reduzido e mais volumes<br />

gasosos são formados entre as partículas. Esta<br />

interpretação é consistente com a teoria capilar da umidade<br />

no solo, na qual a tensão da água no solo é relacionada com<br />

a tensão superficial da água pela expressão:<br />

T = (2σ cos α )/ r (1)<br />

Onde σ é a tensão superficial da água e α é o angulo de<br />

contato (Reichardt, 1985). Em vidro e em outros meios<br />

altamente hidrofílicos, especialmente se texturizados (Bico<br />

et al., 2002), α é próximo de zero e cosα é um valor próximo<br />

de 1,0, o que por conseqüência reduz a equação 1 a T=2 σ/r<br />

(Marshall, 1959; Libardi, 1995).<br />

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