SISTEMA IRRIGAS PARA MANEJO DE - Embrapa Hortaliças
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6<br />
Capítulo 1 Aspectos gerais<br />
este tornando-se mais seco, a produtividade da cultura seria<br />
prejudicada. Em outras palavras, a irrigação deve ser feita<br />
quando a umidade do solo decresce e atinge a tensão crítica<br />
da água (Tc) para a planta.<br />
A quantidade correta (“quanto irrigar?”) por sua vez,<br />
depende das características de retenção de água do solo,<br />
da profundidade efetiva do sistema radicular e da tensão<br />
crítica de água (Tc) para as plantas.<br />
Dentre os vários métodos de manejo de irrigação<br />
disponíveis, aqueles que se fundamentam na avaliação da<br />
umidade volumétrica, ou por unidade de matéria seca do<br />
solo, e os métodos tensiométricos. são os de aplicação mais<br />
direta, e os mais fáceis. Porém, são métodos que exigem<br />
boa amostragem, efetuadas em vários pontos, em<br />
profundidade adequada.<br />
Os métodos micrometeorológicos, por outro lado,<br />
fazem amostragens que usualmente são aplicáveis em<br />
áreas mais amplas, desde que uniformes. Estes métodos no<br />
entanto são menos eficientes e não possibilitam um ajuste<br />
tão exato da quantidade de água que deve ser aplicada na<br />
irrigação quanto os métodos tensiométricos de manejo de<br />
irrigação. Adicionalmente, no manejo com métodos<br />
micrometeorológicos há necessidade de se utilizar também<br />
de métodos para avaliar periodicamente a umidade do solo<br />
ou ainda fazer medições de variáveis biológicas como a<br />
tensão da água na folha ou da abertura estomática, para<br />
que o agricultor tenha segurança e saiba que suas plantas<br />
não estão perdendo produtividade por causa de estresse<br />
hídrico.<br />
Dentre os métodos de manejo de irrigação mais<br />
eficientes para aproveitar ao máximo a água disponível<br />
estão os métodos tensiométricos, e entre estes pode-se<br />
citar o tensiômetro comum e o Irrigas. A razão disso é que a<br />
tensão da água no solo próximo as raízes é uma medida da<br />
dificuldade da planta para absorver cada volume unitário de<br />
água do solo. Um solo arenoso, com um teor volumétrico de<br />
água de 10%, por exemplo, pode conter muita água,<br />
facilmente disponível para a planta, enquanto um solo<br />
argiloso com esta mesma umidade volumétrica praticamente<br />
não teria água facilmente disponível para as plantas.<br />
Para um bom manejo de irrigação com sensores<br />
pontuais de tensão de água, como o Irrigas, ou de umidade<br />
como o TDR (Time Domain Reflectometry), por exemplo, os<br />
sensores precisam ser instalados de modo que possam<br />
amostrar adequadamente a tensão da água no solo. Para<br />
que a amostragem seja satisfatória, sensores em número<br />
suficiente precisam ser apropriadamente instalados para se<br />
estimar qual é a umidade no solo visto que “A localização de<br />
estações de sensores no campo aparece como um primeiro<br />
problema no monitoramento do estado da água no solo, uma<br />
vez que o número de sensores disponíveis é normalmente<br />
pequeno em relação a área irrigada” (Coelho et al., 1995).<br />
O baixo custo, a facilidade de leitura, e o fato de ser<br />
um sensor robusto, que não precisa de manutenção, tornam<br />
o Irrigas o sensor de escolha, seja para manejo de irrigação<br />
com leitura manual, seja para manejo de irrigação