SISTEMA IRRIGAS PARA MANEJO DE - Embrapa Hortaliças
SISTEMA IRRIGAS PARA MANEJO DE - Embrapa Hortaliças
SISTEMA IRRIGAS PARA MANEJO DE - Embrapa Hortaliças
Create successful ePaper yourself
Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.
Capítulo 14 Irrigas bifacial<br />
quadrado do diâmetro da espessura do elemento poroso;<br />
2- a velocidade de resposta é dependente do meio sob<br />
mensuração através da condutividade hidráulica. No solo a<br />
condutividade hidráulica diminui extremamente rápido com o<br />
aumento da tensão da água. Diferentemente, em plantas,<br />
excetuando-se os vasos do xilema onde a ocorrência de<br />
cavitação pode ser freqüente, a permeabilidade à água é<br />
praticamente independente da tensão da água até valores<br />
elevados (>1000 kPa);<br />
3- os volumes de água trocados pelo sensor Irrigas entre<br />
zero e a tensão crítica de água são, no mínimo,<br />
proporcionais ao inverso do cubo da tensão crítica do<br />
elemento poroso deste sensor;<br />
4- os volumes de água trocados por unidade de variação da<br />
tensão de água diminuem com o aumento da tensão de<br />
água aplicada, até atingir-se a tensão crítica (Td) do<br />
elemento poroso;<br />
5- o fluxo difusivo de gás através do elemento poroso está<br />
relacionado com o volume gasoso interconectado no<br />
elemento poroso;<br />
6- o fluxo viscoso ou laminar é proporcional ao diâmetro ao<br />
quadrado dos poros vazios e interconectados, de acordo<br />
com a equação de Poiseuille, adaptada para gases (Moore,<br />
1972).<br />
Na figura 14.11 ilustra-se o fluxo de gás por difusão<br />
e por fluxo laminar entre a câmara pressurizável e a câmara<br />
de proteção, em função da tensão crítica do elemento<br />
poroso. Nota-se que em elementos porosos de baixas<br />
tensões críticas o fluxo laminar é dominante, e esse fluxo<br />
diminui proporcionalmente ao diâmetro ao quadrado dos<br />
poros vazios, conforme a equação de Poiseuille modificada<br />
para gases (Moore, 1972). Assim, em elementos porosos de<br />
tensões críticas maiores, o transporte ocorre<br />
dominantemente por difusão, cujo fluxo é proporcional ao<br />
volume de poros vazios e interconectados, no interior do<br />
elemento poroso. A difusão dos gases na fase líquida,<br />
sendo cerca de 10 5 vezes mais lenta do que na fase gasosa,<br />
foi desconsiderada, na figura 14.11, porém apesar de<br />
reduzido este fluxo em meio líquido, pode ser uma<br />
importante via de transporte de gases entre volumes<br />
gasosos mal interconectados, ou não interconectados, no<br />
interior da cerâmica.<br />
Nos solos, em geral, o aumento da fração gasosa<br />
entre as partículas, em função do aumento da tensão de<br />
água causa uma forte diminuição, não linear, da<br />
condutividade hidráulica e sob tensões de água ainda<br />
diminutas, que pouco superam a 10 kPa, a condutividade<br />
hidráulica no solo já se torna quase nula.<br />
Em solos irrigados, o fluxo viscoso de água é o<br />
processo de transporte dominante, inclusive para conduzir a<br />
água até o sensor. Apesar disso, estes movimentos de água<br />
tem sido razoavelmente representados por equações de<br />
“difusão”, difusão aparente, para ser mais preciso. Dessas<br />
equações infere-se que a velocidade de resposta à tensão<br />
117