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SISTEMA IRRIGAS PARA MANEJO DE - Embrapa Hortaliças

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Capítulo 12 Estado da água no solo e na planta<br />

superfície/volume, a tensão da água altera-se<br />

substancialmente em minutos, em função do vento, da<br />

radiação e de outras variáveis meteorológicas. Na planta,<br />

usualmente, há outras estruturas com menor razão<br />

superfície/volume do que folhas, onde estas medidas de<br />

tensão de água são sujeitas a variações mais lentas e estão<br />

mais relacionadas com o estresse médio. Para estas<br />

estruturas de maior capacitância, no entanto, os<br />

instrumentos disponíveis ainda não são práticos para uso<br />

rotineiro no campo.<br />

Na câmara de Scholander, um problema, que alguns<br />

consideram muito relevante, são os seus pressupostos de<br />

funcionamento. Autores como Canny (1995) consideram que<br />

a câmara de pressão gera valores de tensão de água<br />

demasiadamente elevados, e que na verdade tensões de<br />

água de magnitude superior a 1000 kPa simplesmente não<br />

ocorreriam, de maneira estável, ao menos nos vasos do<br />

xilema das plantas. Razão pela qual o autor sugere que os<br />

resultados obtidos com a câmara de Scholander seriam, em<br />

geral, super estimados.<br />

Para atacar este problema, uma sonda de pressão<br />

inicialmente utilizada para medir a pressão no interior das<br />

células (Husken et al., 1978) passou a ser inserida no<br />

interior dos vasos do xilema para estimar a tensão da água.<br />

Apesar das enormes dificuldades tecnológicas causadas<br />

pela necessidade de inserir tubos capilares no interior de<br />

vasos de xilema, sem causar cavitação, conseguiu-se medir<br />

tensões de água na planta de até cerca de 600 kPa (Weis &<br />

Steudle, 1999). Os métodos de aplicação desta sonda de<br />

pressão ou da sonda termoelástica, descrita no documento<br />

BR PI 9906212, no entanto, são trabalhosos e quase que<br />

exclusivamente laboratoriais.<br />

A tensão da água e o transporte de água em plantas<br />

tem sido modelados e interpretados de acordo com a<br />

capilaridade em elementos porosos (Scholander, 1955).<br />

Apesar de útil como modelo, elementos porosos não tem<br />

sido relatados como sensores de tensão de água para<br />

plantas. Possivelmente, a razão disto é a analogia implícita<br />

com o tensiômetro comum de cápsula porosa cheia de água<br />

que mede uma faixa de tensão de água muito pequena (0 a<br />

70 kPa) e, usualmente, o faz requerendo uma “enorme”<br />

troca de água com o solo, da ordem de mililitros.<br />

Como explicado anteriormente, o sistema Irrigas<br />

superou a maioria das dificuldades relatadas para os<br />

dispositivos para medir tensão de água no solo.<br />

Adicionalmente, agora se sabe que este sistema também<br />

poderá ser utilizado para medir a tensão de água de tecidos<br />

vegetais de acordo com procedimentos especiais para<br />

cápsulas porosas de elevada tensão crítica, que serão<br />

descritos em detalhe no capítulo sobre sensores bifaciais. E<br />

neste sentido, adianta-se que estes novos sensores de<br />

tensão de água terão vantagens sobre outros sistemas<br />

utilizados pelos fisiologistas vegetais atualmente. Sobre a<br />

câmara de Sholander, este sistema terá a vantagem de ser<br />

caracterizável com procedimentos análogos aos já descritos<br />

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