SISTEMA IRRIGAS PARA MANEJO DE - Embrapa Hortaliças
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Capítulo 12 Estado da água no solo e na planta<br />
Há casos, no entanto, em que a função da cápsula<br />
porosa é ao mesmo tempo de emissão de água e de<br />
controle da tensão de água, como se descreve no<br />
documento PI US 4561294 (Fig. 12.2). Neste sistema,<br />
controla-se a tensão de água do substrato, contido no<br />
interior de uma cápsula porosa aberta para a atmosfera com<br />
auxílio de um frasco de controle de tensão de água com<br />
tampa hermética. O recipiente hermético, por sua vez, é<br />
ligado por um tubo cheio de água a um segundo recipiente<br />
com água, cuja altura é regulada, de modo a se ajustar a<br />
tensão da água do frasco hermético. Evidentemente, a<br />
cápsula porosa deste sistema pode perder condutividade<br />
hidráulica no tempo, e o modo de restaurar a sua<br />
condutividade é a lavação da sua superfície interna com<br />
agente abrasivo.<br />
Uma outra forma de fazer manejo de irrigação<br />
baseado na tensão da água é apresentada no documento<br />
US 3874590. Este sistema aplica a propriedade de<br />
expansão e retração de um material absorvente de água,<br />
sensível à tensão da água, posto em contato com o solo.<br />
Este sensor expande-se completamente em solo muito<br />
úmido e se contrai conforme a tensão da água no solo<br />
aumenta. A irrigação é iniciada quando o sensor se contrai e<br />
é encerrada quando este se expande. A contração, no<br />
entanto, é um mecanismo de acionamento que causa mau<br />
contato, deslocamento entre o do sensor e o solo, o que<br />
diminui a condução de água e atrasa a resposta.<br />
Adicionalmente, dependendo do material do sensor (e.g.<br />
madeira) pode haver deterioração da resposta à tensão da<br />
água no decorrer do tempo.<br />
Sensores pontuais<br />
Todos os sensores de umidade e de tensão de água<br />
considerados aqui para manejo de irrigação são “pontuais” e<br />
devem, preferencialmente, ser instalados no solo entre as<br />
raízes das plantas. Como a distribuição de raízes no perfil<br />
do solo é sempre variável, estes sensores devem ser<br />
utilizados em número suficiente para que a estimativa da<br />
umidade ou da tensão da água no solo seja adequada aos<br />
propósitos de manejo da irrigação.<br />
ÁGUA NA PLANTA<br />
Idealmente, a irrigação deveria ser feita um pouco<br />
antes das plantas sofrerem estresse hídrico prejudicial a<br />
produção. Simples, em tese, o ato de medir o estresse<br />
diretamente na planta tem sido difícil de realizar e não está<br />
bem resolvido, apesar do enorme número de pesquisas<br />
realizadas sobre este tema. O único sistema prático e de<br />
qualidade disponível para estimar a tensão de água nas<br />
paredes celulares (apoplasma) das plantas, no campo, é a<br />
câmara de Sholander (Fig. 12.3), também denominada de<br />
câmara de pressão (Scholander et al., 1964). Este<br />
instrumento, no entanto, é adequado quase que<br />
exclusivamente para determinar a tensão da água em folhas<br />
e em ramos. Em estruturas de elevada razão