SISTEMA IRRIGAS PARA MANEJO DE - Embrapa Hortaliças
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Capítulo 12 Estado da água no solo e na planta<br />
leituras da passagem do gás através da cápsula porosa. As<br />
principais características do Irrigas são a simplicidade de<br />
fabricação e uso, o baixo custo, a pequena troca de água<br />
com o solo, a linearidade de resposta nas medições de<br />
tensão de água em função da pressão de gás aplicadas e o<br />
fato de praticamente não requerer manutenção em suas<br />
aplicações sob pressão positiva, em solos minerais. Como<br />
limitações, sua superfície porosa pode sofrer impregnação<br />
com partículas finas de argila e matéria orgânica, se<br />
utilizado com pressão negativa. Uma solução parcial para<br />
este problema é a lavação da superfície externa com<br />
material abrasivo após cada ciclo da cultura. Também tem<br />
sido difícil, com a tecnologia atual, a fabricação de cápsulas<br />
porosas para tensão inferior a 10 kPa, para uso em<br />
substratos de vasos, porque estas cápsulas tem ficado<br />
quebradiças.<br />
Outros elementos porosos<br />
Elementos porosos não tem sido utilizados apenas<br />
como sensores de tensão de água. Potes com água, de<br />
porosidade adequada, por exemplo, são ao mesmo tempo<br />
reservatórios e emissores de água para a irrigação de frutas<br />
e hortaliças. A irrigação com potes enterrados foi popular no<br />
império Romano e entre os povos Maias, na América<br />
Central. No Brasil, a irrigação com potes enterrados, na<br />
região Nordeste, recebeu o nome de potejamento (Silva et<br />
al., 1981). Considera-se que os potes são caros, que se<br />
quebram com facilidade e que perdem condutividade<br />
hidráulica no tempo. Como os potes operam sob pressão de<br />
água positiva, a deposição de partículas ocorre,<br />
praticamente, só na superfície interna. Assim, se o pote tiver<br />
um bom desenho, então, este poderá ser lavado com agente<br />
abrasivo (ex. areia), de modo que o seu desempenho como<br />
emissor de água é restaurado. O potejamento, apesar de<br />
suas qualidades, tem sido considerado um sistema caro, de<br />
instalação difícil e pouco compatível com o uso de<br />
mecanização.<br />
Há também pequenos irrigadores de vaso de<br />
diferentes modelos, que possuem uma cápsula porosa cheia<br />
de água inserida no solo, e ligada a um reservatório de<br />
água, externo, através de um tubo e uma tampa hermética.<br />
Através da cápsula porosa, o solo succiona sendo que água<br />
do reservatório. O acúmulo de sujeira também é um<br />
problema neste tipo de irrigador. A lavação interna pode ser<br />
feita como nos potes, descritos anteriormente, para<br />
restaurar o desempenho.<br />
No documento PI US 50097626 descreve-se um<br />
irrigador tensiométrico no qual o aumento da tensão da água<br />
no solo é usado para abrir (descomprimir) a passagem de<br />
água para o solo, através de um tubo flexível de pequeno<br />
diâmetro. Equipamentos deste tipo e outros com diferentes<br />
desenhos são denominados de tensiostatos e são utilizados<br />
para manejo de irrigação, com os problemas de cavitação,<br />
enchimento de ar, já descritos em vários capítulos.<br />
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