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SISTEMA IRRIGAS PARA MANEJO DE - Embrapa Hortaliças

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Capítulo 12 Estado da água no solo e na planta<br />

As principais características do tensiômetro comum<br />

são a resposta eudimétrica, a facilidade de construção e a<br />

faixa de operação adequada à maioria das aplicações de<br />

manejo de irrigação de fruteiras, hortaliças e de culturas<br />

anuais. Sua limitação principal é o acúmulo de ar na<br />

cavidade da cápsula porosa, o que ocorre com velocidade<br />

crescente, sempre que a tensão da água no solo supera 30<br />

kPa. Por esta razão, o tensiômetro comum requer<br />

manutenção freqüente, não sendo, portanto, um sensor<br />

adequado para a automatização de sistemas não assistidos.<br />

Outras limitações do tensiômetro comum são o<br />

contato precário com o solo, na sua construção como haste<br />

cilíndrica rígida (Fig. 12.1). O mau contato diminui<br />

imensamente a condução de água entre o solo e a cápsula<br />

porosa. Nessa condição a resposta pode desenvolver-se<br />

com inaceitável atraso. Este problema é mais grave quando<br />

os tensiômetros são instalados à baixas profundidades, e<br />

mais ainda quando instalados em substratos soltos e de<br />

baixa densidade, situações nas quais, tipicamente, se<br />

descreve a ocorrência de uma camada gasosa entre o solo<br />

e a cápsula porosa do tensiômetro. Uma solução técnica, as<br />

vezes aceitável, para resolver o problema das medições em<br />

baixa profundidade é o uso de tensiômetro de superfície,<br />

cuja base plana é simplesmente apoiada sobre o solo. Outra<br />

limitação do tensiômetro, relatada com menos freqüência, é<br />

a perda de condutividade hidráulica por impregnação<br />

superficial externa e interna da cápsula porosa.<br />

Para medir tensões de água muito mais elevadas,<br />

até 1500 kPa, atualmente existe o tensiômetro de Ridley &<br />

Burland (1993), que em princípio é muito similar ao<br />

tensiômetro comum, exceto por sua construção mais<br />

sofisticada. O desenvolvimento deste equipamento era<br />

previsível a partir dos resultados obtidos com o aparelho de<br />

Askenase (Otis, 1930), desenvolvido mais de 100 anos<br />

antes, utilizando cápsulas porosas de atmômetro para<br />

subsidiar hipóteses sobre a ascensão da seiva em plantas.<br />

É interessante notar que estes tensiômetros mais antigos,<br />

por não serem da área de solos, aparentemente não<br />

chegaram ao conhecimento de Or (2001), que fez uma<br />

revisão sobre a história de quem teria inventado o<br />

tensiômetro comum.<br />

Tarantino & Mangiovì (2001), estudando o<br />

tensiômetro de Ridley & Burland (1993) explicam que este<br />

instrumento requer uma fase de pré-hidratação de 24 horas<br />

em câmara de alta pressão (4000 kPa) para dissolver as<br />

bolhas de ar na cápsula porosa. Depois disto, este<br />

tensiômetro funciona adequadamente por até algumas<br />

horas e deixa de funcionar assim que ocorre cavitação.<br />

Apesar de instável, o tensiômetro de Ridley & Burland<br />

(1993) é uma importante ferramenta, nova, que está sendo<br />

utilizada por engenheiros mecânicos e geofísicos, porém é<br />

certamente um sistema trabalhoso e que não é apropriado<br />

para automatização de irrigação. Adicionalmente, o<br />

tensiômetro de Ridley & Burland (1993) parece continuar<br />

sendo uma ferramenta desconhecida entre os fisiologistas<br />

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