Novo projeto vai utilizar variedades silvestres de mandioca Novo ...

Foto: Vanusa Silveira
ANO 20 - Nº 56 Informativo da Embrapa Mandioca e Fruticultura Tropical 4º trimestre 2007
Novo projeto vai utilizar variedades
silvestres de mandioca
O potencial das
espécies silvestres de
mandioca vai ser utilizado
como fonte de resistência
a estresses bióticos e
abióticos. Este é o objetivo
de um projeto de pesquisa
recentemente aprovado
pela Embrapa Mandioca e
Fruticultura Tropical.
As espécies silvestres
são fundamentais para o
trabalho de melhoramento
genético de plantas e o
Mandsilvestre pretende
fornecer suporte ao
programa de melhoramento
de mandioca da Unidade.
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Embrapa e Incra firmam
parceria na Bahia
Pequenos produtores de mandioca do sudoeste
e extremo sul da Bahia, em especial os assentados,
vão receber tecnologia da Embrapa.
A Unidade de Cruz das Almas e o Instituto
Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra)
assinaram acordo. Página 2
Evento internacional
discute abacaxi
Organizado pela Embrapa
Mandioca e Fruticultura Tropical,
o VI Simpósio Internacional do
Abacaxi atraiu estudantes,
empresários e pesquisadores do
ramo para a cidade de João
Pessoa (PB). Mais de 240
pessoas participaram do evento.
Como resultado, a Unidade tem
recebido propostas de parcerias
internacionais.
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Foto: Alfredo Augusto Cunha Alves
Foto: Davi Theodoro Junghans

Foto: Vanusa Silveira
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Raiz & Fruto
Expediente
Incra e Embrapa assinam acordo
A Embrapa Mandioca e Fruticultura Tropical e o Instituto
Nacional de Reforma Agrária (Incra) assinaram recentemente
um acordo de cooperação técnica visando a transferência de
tecnologia para pequenos produtores de mandioca do sudoeste
e extremo sul da Bahia, em especial os assentados.
No valor de R$ 3 milhões, o convênio celebrado entre a
Embrapa e o Incra vai vigorar até 2009, com o objetivo de
implementar um modelo de assistência técnica e extensão
rural com a participação dos produtores que permita a melhoria
nos processos de produção, processamento, uso alternativo e
comercialização dos produtos derivados da mandioca.
A mandioca é a principal cultura dos pequenos
agricultores das duas regiões. Eles não têm assistência técnica,
mantêm um sistema de produção de baixo nível tecnológico e, consequentemente, têm baixa produtividade.
Além disso, o único produto derivado é a farinha que, além de baixo valor de mercado, tem sérios problemas na
comercialização.
“É preciso diversificar os produtos, possibilitando agregação de valor aos subprodutos, melhorar a qualidade
e implantar a cultura de boas práticas de fabricação”, explica Sizernando Luiz de Oliveira, líder do projeto pela
Embrapa.
Entre as atividades programadas estão a realização de dias-de-campo, a introdução de novas variedades de
mandioca e a implantação de agroindústrias. Oito pesquisadores de diversas áreas da Embrapa estarão diretamente
envolvidos no projeto.
Informativo Oficial da Embrapa
Mandioca e Fruticultura Tropical, órgão
vinculado ao Ministério da Agricultura,
Pecuária e Abastecimento.
site: www.cnpmf.embrapa.br
e-mail: sac@cnpmf.embrapa.br
Endereço: Rua Embrapa s/n - Cx. Postal
007 CEP 44380-000
Cruz das Almas - BA
PABX: (75) 3621-8000
Fax: (75) 3621-8097
Chefe Geral: José Carlos Nascimento;
Chefe Adjunto de Comunicação e
Negócios: Jorge Luiz Loyola Dantas;
Chefe Adjunto de P&D: Domingo
Haroldo Reinhardt; Chefe Adjunto de
Administração: Neusa Alice dos Santos;
Supervisor da Área de Comunicação e
Negócios para Transferência de
Tecnologia: Alberto Duarte Vilarinhos;
Jornalista responsável: Léa Cunha (DRT-
BA 1633); Editoração eletrônica: Saulus
Santos da Silva; Impressão: Gráfica
Santa Bárbara.
Os textos assinados são de inteira
responsabilidade de seus autores. É livre
a transcrição de matérias, com citação
da fonte.
Tiragem: 1.000 exemplares
Coluna do Centro
Capacitação
A primeira etapa do Treinamento para o Desenvolvimento de Competências
Estratégicas para Supervisores da Embrapa aconteceu em outubro. O objetivo foi
capacitar os supervisores e seus substitutos em competências estratégicas, ampliando
o domínio de técnicas e de instrumentos de gestão visando o desenvolvimento de
habilidades gerenciais e o estímulo ao contínuo processo de autodesenvolvimento.
Elaborado pela equipe da Coordenação de Educação Corporativa do
Departamento de Gestão de Pessoas da Embrapa, o projeto foi adaptado pelo Setor
de Recursos Humanos da Unidade. A empresa contratada para a realização da
capacitação foi a Vero Consultoria e Treinamento, de Campinas (SP).
Já o I Seminário Interno de Integração e Conhecimento de Procedimentos
Laboratoriais: “O Universo por trás da bancada - da concepção do experimento à
qualidade da divulgação” teve a finalidade de capacitar tecnicamente empregados,
bolsistas e estagiários quanto ao processo de realização de práticas laboratoriais.
Os temas abordados foram legislação, boas práticas, segurança, análises de
dados e apresentações técnico-científicas. O evento foi organizado pela Unidade de
Garantia da Qualidade (UGQ).
Mestrado
Um convênio de cooperação entre a Embrapa Mandioca e Fruticultura Tropical
e a Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB) resultou na oferta do
primeiro curso de mestrado em Microbiologia Agrícola das regiões Norte e Nordeste
do Brasil.
Com início previsto para março de 2008, o curso tem três linhas de pesquisa:
Ecologia e processos microbianos aplicados, Ecologia e manejo de fitopatógenos e
Diversidade genética e interações microrganismo-planta. Estão disponíveis oito vagas
para as três linhas de pesquisa.
O mestrado foi aprovado pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de
Nível Superior (Capes), pelo sistema de associação ampla, que permite a duas ou
mais instituições, de forma institucionalmente articulada e oficializada, copatrocinarem
a criação e manutenção de um programa de pós-graduação.

Técnicos das mais diversas áreas,
instituições, estados brasileiros (18) e
países (quase 30) dos cinco continentes
participaram, em novembro, do VI
Simpósio Internacional do Abacaxi, em
João Pessoa (PB). Foram cerca de 240
inscritos, mais de 100 trabalhos
expostos (apresentações orais e
pôsteres) e 13 palestras.
O evento acontece a cada três
anos e, desta vez, foi organizado pela
Embrapa Mandioca e Fruticultura
Tropical, com o tema central “Abacaxi:
diversidade e sustentabilidade”. A
participação da Unidade foi destaque.
“Com certeza, os temas dos trabalhos
e das palestras apresentadas foram
atuais, mostrando os avanços e
impactos obtidos nas nossas pesquisas,
fundamentais para o desenvolvimento
da abacaxicultura brasileira e mundial,
Logo depois do simpósio...
...Três participantes Dave Murray e Elmarie Rabie, da África do Sul, e
Mduduzi Sibandze, da Suazilândia, foram recebidos pelos pesquisadores Domingo
Haroldo, Aristoteles Matos, Fernanda Souza e José Renato Cabral.
Além de conhecer os trabalhos de recursos genéticos de abacaxi, o banco
de germoplasma e o Laboratório de Biotecnologia, o grupo começou a discutir um
possível convênio de cooperação técnica que deve incluir o intercâmbio de
germoplasma.
....
O produtor francês Nicolas Reuse esteve em Cruz das Almas para conhecer
o pesquisador José Renato Cabral, melhorista responsável pelo abacaxi Imperial,
que Reuse cultiva no Rio Grande do Norte desde 2004.
Segundo ele, a variedade é ideal para o consumidor europeu. “Na Europa,
as famílias são pequenas e o consumidor tem preferência por frutos menores,
com no máximo um quilo”, explica. “A cor da polpa, o sabor e a consistência
firme da polpa são características muito importantes do Imperial, assim como a
durabilidade pós-colheita, pois ele é mais resistente do que o Pérola”.
O produtor manteve contato também com Geraldo Fernandes, da Biofábrica
da Campo, de onde comprou as primeiras cinco mil mudas de Imperial, em
2004.
Unidade pesquisa abacaxi há 30 anos
Em 2007, a Embrapa Mandioca e Fruticultura
completou 30 anos estudando a cultura do abacaxi.
Há bastante tempo, é referência internacional,
constituindo-se um dos três núcleos de pesquisa
abacaxícola mais importantes do mundo, ao lado do
IRFA (França) e da Universidade do Havaí.
A Equipe Técnica de Abacaxi, como é chamada,
começou com apenas um pesquisador, Getulio
Abacaxi
Evento internacional atrai estudiosos da cultura
em termos de tecnologias e
conhecimento gerados”, afirmou
Domingo Haroldo Reinhardt, presidente
do simpósio, coordenador da comissão
científica e Chefe Adjunto de Pesquisa
e Desenvolvimento da Embrapa.
A Unidade dispôs de um estande
durante o evento para a venda de
publicações e a avaliação de híbridos
gerados pelo programa de
melhoramento genético de abacaxi
ornamental, liderado pela pesquisadora
Fernanda Souza.
No final do evento, a organização
prestou uma justa homenagem àquele
considerado o embaixador do abacaxi
no Brasil, Leôncio da Costa Vilar,
extensionista da Empresa de
Assistência Técnica e Extensão Rural
da Paraíba.
Pesquisadores da Unidade que
participaram do simpósio
Homenagem a Leôncio Vilar,
extensionista da Emater
Africanos visitam a Unidade após
simpósio
3
O produtor Nicolas Reuse quis conhecer
o pesquisador responsável pelo Imperial
Augusto Pinto da Cunha. Atualmente, são 18.
Por conta do sucesso da participação da equipe
no simpósio, aumentou a procura de instituições
internacionais para fazerem acordo de cooperação com
a Unidade. “Instituições da Austrália, Estados Unidos
(Havaí), China e Costa Rica já nos procuraram”, conta
Getúlio Cunha.
Foto: Divulgação
Foto: Divulgação
Foto: Léa Cunha
Foto: Léa Cunha

Fotos: Léa Cunha
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Mandioca
Curso internacional movimenta a Unidade por um mês
Onze técnicos de países
africanos de língua portuguesa
(Angola, Moçambique, Cabo Verde,
Guiné-Bissau, São Tomé e Príncipe)
e do Timor Leste (Ásia)
participaram, em novembro, do III
Curso Internacional sobre Produção
e Processamento de Mandioca,
ministrado pela Embrapa Mandioca
e Fruticultura Tropical.
Durante todo o mês do
treinamento, 25 pesquisadores e
técnicos da Embrapa passaram
importantes informações sobre
aspectos sócio-econômicos e
estatísticos no agronegócio da
mandioca, técnicas de cultivo na
agricultura familiar e empresarial,
técnicas de aproveitamento integral
da planta, colheita, pós-colheita,
processamento e métodos de
pesquisa participativa e de
transferência de tecnologia na
agricultura familiar.
Muitos dos participantes
vieram de países em que os métodos
utilizados no cultivo e
processamento da mandioca ainda
são primitivos ou desconhecidos.
Por isso, o curso teve uma forte
carga prática, com aulas no campo
e excursões técnicas a mercados de
derivados de mandioca,
comunidades de produtores e
unidades de processamento de
mandioca das regiões do Recôncavo
Baiano e Baixo-Sul. O grupo também
foi destaque em programas locais
de rádio e televisão e em matérias
de jornais, revistas e internet.
Cooperação técnica
O curso internacional é
resultado de um acordo de
cooperação técnica entre Brasil e
Japão, assinado em 2001, que
permite a implementação de cursos
sobre mandioca e fruticultura
tropical para técnicos de países
africanos de língua oficial
portuguesa (Palop). Novo acordo foi
assinado em 2007, com validade
até 2011.
Os órgãos responsáveis pela
coordenação do acordo são a
Agência Brasileira de Cooperação
(ABC), do Ministério das Relações
Exteriores, e a Agência Japonesa
de Cooperação Internacional (Jica),
vinculada ao Ministério das
Relações Exteriores do Japão.
Domingo Haroldo Reinhardt,
chefe adjunto de Pesquisa &
Desenvolvimento da Unidade,
salienta que esta foi mais uma
oportunidade para os técnicos
aperfeiçoarem seus conhecimentos
sobre modernas tecnologias de
produção e processamento da
mandioca. “No retorno aos seus
países, eles vão poder agir como
multiplicadores e contribuir, assim,
para o desenvolvimento da
mandiocultura”, explica. “Estive em
Angola e Moçambique
recentemente com alguns ex-alunos
e pude observar impactos positivos
dos cursos aqui realizados”.
Para Kazuaki Komazawa,
gerente de projetos da Agência
Japonesa de Cooperação
Internacional (Jica), cursos como
este visam promover a transferência
de tecnologias adequadas às
necessidades daqueles países,
estimular a cooperação técnica
entre países em desenvolvimento e
contribuir para o desenvolvimento
regional. “Os países emergentes
precisam de parceiros como a
Embrapa”, afirma.
“Com as informações que aqui
recebemos, vamos levar um novo
pacote tecnológico para nossos
países. A maioria tem pouca
diversificação de produtos e não
utiliza a mandioca de forma
industrial”, salientou Joaquim
Pedro, da Direcção Provincial da
Agricultura e Desenvolvimento
Rural, de Guiné-Bissau.
Para Jamisse Amisse, do
Instituto de Investigação Agrária de
Moçambique, o treinamento foi
muito proveitoso. “Levaremos
conosco esta amizade e saberemos
retransmiti-la aos nossos países.
Agora, pedimos à Jica que nos
apoie ao implementar os
conhecimentos que aqui adquirimos
em nossas instituições”, solicitou,
durante a solenidade de
encerramento.
Reportagem da TV Subaé Aula prática

Fruticultura
Embrapa incentiva industrialização no Recôncavo Baiano
Melhorar os aspectos
técnicos, comerciais,
sanitários e legais das
pequenas agroindústrias de
frutas do Recôncavo e do
Vale do Jiquiriçá. Em busca
deste objetivo, a Embrapa
Mandioca e Fruticultura
Tropical, a Empresa Baiana
de Desenvolvimento Agrícola
(EBDA) e a Prefeitura
Municipal de Cruz das Almas
reuniram, em novembro,
produtores e empresários em um
evento sobre industrialização de frutas.
“Juntos, pretendemos estimular a implementação
das boas práticas de fabricação, com conseqüente melhoria
nas condições higiênico-sanitárias dos estabelecimentos. É
preciso também discutir questões relacionadas a
associativismo, crédito e procedimentos legais para o registro
de uma empresa junto ao Ministério da Agricultura, Pecuária
e Abastecimento e à Agência Nacional de Vigilância (Anvisa)
ou suas congêneres estaduais, para que possamos contribuir
com produtores e empresários da região”, explica o pesquisador
José Carlos Nascimento, chefe geral da Embrapa e
idealizador do evento.
“Ao oferecer um produto seguro, que não coloque
em risco a saúde do consumidor, o agroindustrial dá
credibilidade à sua marca e pode ter ganhos reais e ampliar
seu negócio. Investir na qualidade dos insumos, da matériaprima,
da água e das embalagens é essencial neste mercado”,
explica a pesquisadora Eliseth Viana, doutora em
microbiologia agrícola com ênfase em microbiologia de
alimentos pela Universidade Federal de Viçosa (UFV).
Questionário
Antes de planejar o evento, foi realizado pela Embrapa
e aplicado pela EBDA um levantamento de dados juntos às
agroindústrias das duas regiões.
Um público bastante interessado compareceu
ao evento, na Embrapa
Livros da Unidade nas
Minibibliotecas da Embrapa
5
O questionário tinha 30
perguntas sobre diversos
assuntos, como natureza do
empreendimento, principais
fatores que dificultam o
desenvolvimento das
agroindústrias, qualidade da
matéria-prima e da água
utilizadas no processo de
produção, critérios de
estabelecimento do preço final
do produto etc..
Para Natália Dias da Silva,
proprietária da Delícias Caseiras Teco-Teco,
o evento foi muito importante para relembrar noções de
higiene. Há três anos no ramo, a empresária produz licores,
bombons, sequilhos e biscoitos. “Nesta área, é preciso ter
muito cuidado com a higiene. Por isso, procuro sempre passar
ensinamentos para minhas auxiliares e estar atenta às
recomendações da Vigilância Sanitária”, afirma.
As palestras abordaram diversos temas: Panorama das
indústrias processadoras de frutas no Recôncavo Baiano e
no Vale do Jiquiriçá e perspectivas de mercado (Clóvis Oliveira
de Almeida, pesquisador da Embrapa), Boas Práticas de
Fabricação em indústrias processadoras de frutas (Eliseth
Viana), Qualidade da água e higienização nas agroindústrias
processadoras de frutas (Tialle Bunn, nutricionista da Indeba
Indústria e Comércio Ltda.) e Legislação das indústrias
processadoras de frutas: condições para funcionamento,
padrões de identidade, qualidade e uso de aditivos (Osmar
Baptista, Superintendência Federal da Agricultura).
Pela tarde, as palestras foram sobre: Embalagem e
rotulagem de frutas processadas (Renato Souza Cruz,
Universidade Estadual de Feira de Santana - Uefs) e
Associativismo e linhas de crédito para empresas processadoras
de frutas – legislação das indústrias processadoras de frutas
(Américo Tavares, EBDA).
Oito publicações da Unidade foram escolhidos para integrar os kits do projeto Minibibliotecas da Embrapa. São elas:
A cultura da banana, A cultura do mamão, A cultura da manga, A cultura do abacaxi, A cultura do limão-tahiti, A cultura do
maracujá, Produção de mudas de manga e Produção do abacaxizeiro.
Para desenvolver as atividades editoriais do projeto de “Minibibliotecas do Semi-Árido”, foi constituído um comitê
formado por técnicos da Embrapa Informação Tecnológica e especialistas em comunicação social, agronomia e veterinária.
Com a contribuição de técnicos das Unidades da Embrapa sediadas na Região Nordeste, o comitê identificou os temas e
definiu que o acervo das minibibliotecas seria constituído por 108 títulos de publicações impressas e 37 títulos de fitas de
vídeo.
Cada minibiblioteca compreende um kit que contém livros, cartilhas e fitas de vídeo e programas Prosa Rural. Todos
os títulos contêm informações direcionadas e úteis ao desenvolvimento da agricultura e da pecuária no país.
A capa das publicações será substituída por outro modelo adaptado ao projeto, mas o conteúdo informativo não
sofrerá alterações.
Foto: Léa Cunha

Foto: Maurício Shimizu
6
Fiscais federais recebem treinamento
sobre micropropagação de plantas
Cinquenta e oito fiscais do
Ministério da Agricultura, Pecuária
e Abastecimento (Mapa) foram
recentemente capacitados pela
Embrapa Mandioca e Fruticultura
Tropical em micropropagação de
plantas.
O curso foi demandado pelo
Mapa para que técnicos de diversos
estados possam atuar na
fiscalização de biofábricas de
mudas, de acordo com as Normas
para Produção, Comercialização e
Utilização de Mudas Propagadas in
Vitro, estabelecidas pelo próprio
ministério. “Toda norma tem uma
tecnologia por trás dela. É preciso
que os fiscais tenham este
conhecimento para que possam ser
eficientes na fiscalização”, afirma
Sérgio Villanova, da Coordenação
de Sementes e Mudas do Mapa.
Também conhecida como
BRS Mari
Mandioca
Unidade lança variedades para o Norte do Pará
As primeiras duas cultivares tolerantes à
podridão radicular no Estado do Pará – BRS Mari
e BRS Poti – foram lançadas pela Embrapa em
Belém.
As duas cultivares são resultado de
melhoramento genético iniciado no começo da
década de 90 pela pesquisadora Wania Fukuda e
testada posteriormente pela Embrapa Amazônia
Oriental (Belém).
Ambas são recomendadas justamente para
o nordeste paraense, onde está concentrada
quase metade (44%) da produção de mandioca
do Pará. As pesquisas indicam que, embora não
sejam resistentes à doença, o grau de tolerância
característico permite que a adoção, associada
às boas práticas de cultivo, resulte em menor perda na produção, aumento
da renda das famílias, garantia de matéria-prima de qualidade à
agroindústria de farinha e mais
alimento na mesa da população.
Há outras recomendações,
como plantar as manivas em can-
teiros altos (nos locais passíveis de
encharcamento do solo) e queimar
os restos da planta que ficam no
solo depois da colheita, para conter
a sobrevivência e a propagação do
fungo.
propagação vegetativa in vitro, a
micropropagação viabiliza a
clonagem de várias espécies, ou seja,
forma indivíduos geneticamente
idênticos a partir de células, órgãos
ou pequenos fragmentos de uma
planta matriz. “Ela viabiliza a
produção de um elevado número de
mudas com excelentes condições
sanitárias, permitindo o
estabelecimento de plantios em larga
escala, bastante uniformes e com
rendimentos superiores aos obtidos
em cultivos convencionais”, explica
o pesquisador Antônio Souza,
coordenador do curso juntamente
com Fernanda Souza, Janay dos
Santos-Serejo e Tatiana Junghans.
Em aulas teóricas e práticas,
foram abordadas noções sobre
cultura de tecidos vegetais,
instalações e equipamentos de
laboratório, micropropagação de
BRS Poti
Foto: Everaldo Nascimento
Encerramento do curso
bananeira e abacaxizeiro,
microenxertia e indexação de
plantas.
Os instrutores foram
pesquisadores e técnicos da
Embrapa Mandioca e Fruticultura
Tropical. A programação incluiu
também uma visita às instalações
da biofábrica da Campo
Biotecnologia Vegetal, que
multiplica as mudas de abacaxizeiro
e bananeira desenvolvidas pelos
programas de melhoramento
genético da Embrapa.
O que é podridão radicular
ou podridão de raízes
A doença é causada por
inúmeros fungos, em sua grande
maioria sobreviventes no solo e em
restos culturais. A característica é
a presença de odores bastante
fortes, semelhantes ao que se
observa na madeira em
decomposição, mostrando uma
coloração acinzentada nos tecidos
afetados.
Ataca plantas jovens e
adultas, principalmente quando
próximas a canais de drenagem ou
em solos encharcados, causando
murcha repentina, desfolhamento
severo e podridão com aspecto
aquoso nas raízes;
O controle é feito através do
emprego de várias medidas,
notadamente o uso de variedades
tolerantes, aliado à aplicação
adequada de práticas culturais.
Foto: Léa Cunha

Mandioca
Parceria mantém produtividade em alta
O III Concurso Concurso de consorciação consorciação com outras outras culturas culturas o Cultivo Cultivo da Mandioca Mandioca (CDTCM), (CDTCM),
Produtividade Produtividade de Raízes Raízes de como como a banana-da-terra, banana-da-terra, cobertura cobertura como como variedades variedades selecionadas,
selecionadas,
Mandioca Mandioca é mais uma prova prova que a morta morta para recuperação recuperação do solo, testes testes de adubação, adubação, manejo manejo cultural cultural
parceria parceria entre a Embrapa Embrapa Mandioca Mandioca adubação adubação e, principalmente,
principalmente, de mosca-branca, mosca-branca, resistência
resistência
e Fruticultura Fruticultura Tropical, Tropical, a Fundação Fundação manejo manejo do solo”, solo”, afirma. afirma. “Na cultural cultural à mosca-branca, mosca-branca, percevejo percevejo
Odebrecht Odebrecht e a Cooperativa Cooperativa de verdade, verdade, estes estes conhecimentos
conhecimentos de renda renda e ácaros, ácaros, controle controle
Produtores Produtores de Presidente Presidente Tancredo Tancredo geraram geraram um ‘efeito ‘efeito cascata’ cascata’ em integrado integrado de plantas plantas daninhas, daninhas,
Neves Neves (Coopatan), (Coopatan), iniciada iniciada em todo o município, município, pois mesmo mesmo consorciação consorciação com banana banana ‘Terra’, ‘Terra’,
agosto agosto de 2003, 2003, não pára de gerar quem quem não é cooperado cooperado tem acesso acesso espaçamento espaçamento de mandioca mandioca em
bons resultados.
resultados.
às informações informações pelos pelos vizinhos vizinhos e cultivo cultivo solteiro solteiro e consorciado,
consorciado,
Desta Desta vez, o vencedor vencedor foi o amigos amigos produtores”, produtores”, salienta. salienta. manejo manejo produção produção de biomassa biomassa e
agricultor agricultor Pedro Pedro de Souza Souza Menezes, Menezes, Para participar participar do concurso, concurso, rotação rotação de culturas culturas em mandioca. mandioca.
que conseguiu conseguiu incríveis incríveis 69,8 o produtor produtor pode utilizar utilizar técnicas, técnicas, O CDTCM CDTCM é o maior maior espaço espaço
toneladas toneladas por hectare hectare com a adubos adubos e variedades variedades à sua escolha. escolha. com tecnologias tecnologias geradas geradas para
variedade variedade de aipim Prato Cheio. Cheio. O Na primeira primeira edição, edição, participaram participaram 85 mandioca mandioca em todo o Brasil, Brasil, com
segundo segundo lugar, lugar, com 56,2 ton./ha ton./ha cooperados cooperados e a média média ficou em 26 um total de 10 hectares hectares e é usado usado
foi o produtor produtor Manoel Manoel de Jesus, Jesus, toneladas toneladas por hectare hectare – bem acima acima regularmente regularmente para treinamento treinamento de
que utilizou utilizou a variedade variedade Peru. da média média de 13 ton/ha ton/ha da Bahia (no produtores, produtores, alunos alunos da Casa Familiar Familiar
Para o presidente presidente da Brasil, Brasil, são 12 ton./ha). ton./ha). O primeiro primeiro Rural de Tancredo Tancredo Neves Neves (CFR), (CFR), da
cooperativa, cooperativa, Marcos Marcos Andrade, Andrade, a lugar conseguiu conseguiu a inédita inédita marca marca (à comunidade comunidade e de colégios colégios da
Embrapa Embrapa tem papel papel fundamental
fundamental época) época) de 60,39 60,39 ton/ha. ton/ha.
região, região, recebendo, recebendo, também, também, visitas visitas
nas produtividades produtividades alcançadas.
alcançadas. A Embrapa Embrapa mantém mantém na de participantes participantes dos cursos cursos
“Com “Com a colaboração colaboração da Embrapa, Embrapa, Fazenda Fazenda Novo Novo Horizonte, Horizonte, em nacionais nacionais e internacionais internacionais sobre a
os cooperados cooperados passaram passaram a conhecer conhecer Tancredo Tancredo Neves, Neves, o Campo Campo cultura cultura da mandioca mandioca ministrados
ministrados
técnicas técnicas de fileiras fileiras duplas, duplas, Demonstrativo Demonstrativo de Tecnologias Tecnologias para pela Embrapa. Embrapa.
Unidade recebe visitas internacionais
Moçambique, China, Costa Rica e Tanzânia. Estes foram alguns países que
enviaram visitantes para a Embrapa Mandioca e Fruticultura Tropical no segundo
semestre de 2007.
De Moçambique, por exemplo, vieram dois representantes do Instituto Nacional
de Gestão de Calamidades: Manfred Schug, assessor de tecnologias, e Mário
António Gonçalo Ferrão, chefe do Departamento Técnico. O interesse principal era
obter mais informações sobre produção, usos e processamento de mandioca.
Da Costa Rica, John Mirenda e Robert Young, representantes da Dole Fresh
Fruit International Ltd., visitaram a Unidade e até ministraram um seminário sobre
as pesquisas da empresa com abacaxi e banana. Sediada na Costa Rica, a empresa
mantém operações em diversos países da América Latina (Colômbia, Equador,
Guatemala, Honduras, Nicarágua e Peru) e é a maior produtora de frutas e vegetais
em todo o mundo.
Três pesquisadores do Instituto de Culturas Subtropicais do Sul da China
vieram conhecer os nossos trabalhos em abacaxi e discutir cooperação técnica.
Visitas a laboratórios, campos experimentais e banco de germoplasma fizeram
parte da programação, além de excursões técnicas a Itaberaba (maior pólo produtor
baiano de abacaxi) e Ribeira do Pombal.
Já a mandioca foi o tema do seminário do que Geoffrey Mkamilo, do
Agricultural Research Institute da Tanzânia, apresentou na Unidade. Mkamilo é
líder, em seu país, do projeto “Identifying the physiological and genetic traits that
make cassava one of the most drought tolerant crops” (“Identificando características
fisiológicas e genéticas que fazem da mandioca uma das culturas mais tolerantes à
seca”), coordenado pelo pesquisador Alfredo Augusto Cunha Alves, da Embrapa
Mandioca e Fruticultura Tropical, e mantido pelo Generation Challenge Program
(GCP), um programa internacional de parceria entre instituições públicas e privadas
de pesquisa que busca desenvolver tecnologias voltadas principalmente à melhoria
da agricultura nas regiões mais pobres do planeta.
7
Foto: Léa Cunha
Foto: Léa Cunha
Foto: Arquivo
Foto: Léa Cunha

Foto: Alfredo Augusto Cunha Alves
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O potencial de utilização de
espécies silvestres de mandioca
como fonte de resistência a
estresses bióticos e abióticos é o
assunto de um dos mais recentes
projetos de pesquisa aprovado pela
Empresa Brasileira de Pesquisa
Agropecuária (Embrapa).
Liderado pelo pesquisador
Alfredo Augusto Cunha Alves, da
Embrapa Mandioca e Fruticultura
Tropical, o projeto, também
chamado de Mandsilvestre, está em
fase de implementação e conta
com a participação de membros de
outras Unidades da Embrapa (Semi-
Árido, Recursos Genéticos e
Biotecnologia, Amazônia Oriental e
Amazônia Ocidental) e de outras
instituições, como as universidades
federais de Pernambuco (UFPE),
Rural de Pernambuco (UFRPE) e do
Recôncavo da Bahia (UFRB).
As espécies silvestres são
fundamentais para o trabalho de
melhoramento genético de plantas.
Por isso, o Mandsilvestre pretende
fornecer suporte ao programa de
melhoramento de mandioca da
Embrapa Mandioca e Fruticultura
Tropical. “Poderemos suprir uma
lacuna existente no programa, que
é a não utilização de espécies
silvestres para o desenvolvimento
de novas variedades de mandioca”,
explica Alfredo Alves.
Dois dos problemas na
utilização de espécies silvestres de
Manihot em programas de
melhoramento são a diferença no
período de florescimento e a
dificuldade para propagação e
manutenção, no campo, dessas
espécies. “O desenvolvimento de
metodologias que permitam
minimizar esses problemas permitirá
a realização de cruzamentos entre
a espécie cultivada e as silvestres”,
exemplifica o pesquisador.
Atividades
Diversas atividades estão
contempladas no projeto, que tem
início em 2008 e finaliza em 2010.
Entre os primeiros passos, está a
Mandioca
Espécies silvestres são foco de pesquisa
A Anomala tem visual peculiar
coleta de espécies silvestres nas
regiões do cerrado, semi-árido,
Amazônia Oriental e Ocidental,
visando a ampliação da coleção da
Embrapa Mandioca e Fruticultura
Tropical.
A introdução de espécies
silvestres na Unidade de Cruz das
Almas começou em 2005, com
sementes botânicas de várias
espécies transferidas da Embrapa
Recursos Genéticos e Biotecnologia
e com expedições de coletas
realizadas a Bahia e no cerrado.
Atualmente, a Unidade tem cerca
de 540 acessos de, pelo menos, 14
espécies silvestres de mandioca.
Os acessos silvestres e
híbridos interespecíficos (entre
espécies) serão avaliados e
selecionados quanto à resistência
às principais pragas e doenças
(estresses bióticos), bem como à
tolerância à seca e à deterioração
fisiológica pós-colheita (estresses
abióticos). O material selecionado
será, então, utilizado no
melhoramento da mandioca
visando a introdução de genes úteis
Grupo participante do projeto.
Ao centro, o líder, pesquisador Alfredo Alves
Foto: Léa Cunha Foto: Alfredo Augusto Cunha Alves
(encontrados em silvestres) em
variedades comerciais.
Outras ações previstas pelo
projeto são: Estabelecimento de
metodologias para multiplicação de
espécies silvestres;
Desenvolvimento de híbridos
interespecíficos de M. esculenta
com mandioca silvestre; Produção,
viabilidade e conservação de grãos
de pólen de espécies de Manihot;
Caracterização citogenética do
germoplasma silvestre; Identificação
de marcadores moleculares para
resistência a pragas e doenças; e
Documentação e informatização
das informações da coleção de
trabalho.
Da Embrapa Mandioca e
Fruticultura Tropical, além de
Alfredo Alves, participam do projeto
os pesquisadores Alba Farias,
Alberto Vilarinhos, Aloyséia
Noronha, Antonio Souza, Carlos
Ledo, Eduardo Chumbinho,
Fernanda Souza, Janay dos Santos-
Serejo, Miguel Dita, Milene
Castellen e Vanderlei Santos.
Apoio internacional
O projeto recém-aprovado vai
dar continuidade a atividades complementares
do projeto “Desenvolvimento
de tecnologias de baixo
custo para piramidação de genes
úteis de espécies silvestres de mandioca
em progenitores elites”,
financiado pelo Generation
Challenge Program (GCP).
Este projeto internacional termina
em 2007 e conta com a participação
do Centro Internacional de
Agricultura Tropical (Ciat), da
Colômbia, que foi o responsável
pelo estabelecimento, no campo, da
primeira coleção de espécies
silvestres e híbridos interespecíficos
na Embrapa Mandioca e Fruticultura
Tropical e pela primeira avaliação
de vários acessos, para resistência
a pragas e doenças em condições
de campo.