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4 JUSTIFICATIVA
O Município de Erechim – RS é parte integrante da região do Alto Uruguai no cultivo
de citros com destino para a indústria extratora de suco e para o consumo in natura.
O município apresenta uma área cultivada de citros sendo 80,40 Ha de laranjas e 23,20
Ha de bergamotas. A variedade de laranja mais cultivada no município é a Valência seguida
da variedade Monteparnazo e a variedade de bergamota mais cultivada é a Montenegrina
seguida da variedade Satsuma.
Os pomares implantados pelo Programa de Citricultura no município são jovens, e a
produção ainda é pequena. Com o passar dos anos a tendência é aumentar a produção local, o
que explica a crescente preocupação dos produtores com a comercialização da laranja, visto
que não existe na cadeia citrícola do município uma associação ou cooperativa de citricultores
que poderia auxiliar no momento da comercialização da fruta. Soma-se a isso o fato de que
esses produtores não possuem um packinghouse para centralizar e beneficiar essa fruta para
torná-la mais atrativa ao consumidor final, no caso de comercialização para consumo in
natura.
Segundo Reis (2001), a região da Bacia Hidrográfica do Vale do Caí conta com
estabelecimentos que fazem a classificação, compram e comercializam os citros. No
município de Montenegro/RS, estão localizados os estabelecimentos ARIPÊ (limão e
bergamota verde) e Montesuco (limão, bergamota e laranja), que são produtores de sucos. Há
os Packinghouse de Adolfo Reinheimer em Lajeadinho/RS, de Mello em Santos Reis/RS,
com a compra e beneficiamento de frutas, a Cooperativa ECOCITRUS em Potreiro
Grande/RS com beneficiamento de frutas, a Ceasa/RS e a Ceasa em Caxias do Sul/RS, além
de feiras municipais realizadas em diversos municípios. Dessa forma, a cadeia produtiva de
citros envolve vários atores até chegar ao seu destino propriamente dito, saindo do produtor
através do comprador que repassa para a indústria, consumidor, varejista, muitas vezes
perdendo parte da produção, por falta de uma política de investimento na qualidade do
produto.
Para Junior et al. (2005), o mercado doméstico de frutas cítricas sempre contou com
uma estrutura própria de comercialização, com packinghouses e centrais de abastecimento nas
principais regiões de São Paulo e de outros Estados. Entretanto, não se investiu muito em
cultivares típicos de mesa, diversificação de produtos processados e aprimoramento de
técnicas de comercialização.
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