universidade federal de santa catarina centro de comunicação e ...
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o conjunto <strong>de</strong> padrões <strong>de</strong> comportamento, crenças, conhecimentos, costumes, etc. que<br />
distinguem um grupo social”.<br />
Mas Nord (1993, p. 20) exprime com clareza o seu conceito sobre „cultura‟ que<br />
in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong> <strong>de</strong> espaço geográfico, lingüístico e político, po<strong>de</strong>ndo ser compartilhado com outro<br />
grupo ou comunida<strong>de</strong>.<br />
A teoria <strong>de</strong> Christiane Nord, <strong>de</strong> abordagem funcionalista, surgiu na Alemanha nas<br />
décadas <strong>de</strong> 1970 e 1980 em oposição às antigas teorias lingüísticas formalistas com o objetivo<br />
<strong>de</strong> possibilitar a interação comunicativa, visando a produção <strong>de</strong> um texto funcional para o<br />
leitor <strong>de</strong> <strong>de</strong>stino inserido em um contexto cultural.<br />
O tradutor ocupa a posição central no procedimento tradutório. Ao mesmo tempo em<br />
que é o receptor do texto-fonte também é produtor do texto-meta, <strong>de</strong>vendo ter lealda<strong>de</strong><br />
(Loyalität) com o <strong>de</strong>stinatário e fi<strong>de</strong>lida<strong>de</strong> (Treue) entre os textos. Espera-se que ele não<br />
adultere a intenção do autor.<br />
Além do conhecimento da língua do texto-fonte, o tradutor também o precisa ter da do<br />
texto-meta, assim como das respectivas culturas. Estabelecer critérios para realizar sua tarefa,<br />
voltado sempre para o leitor.<br />
Sendo o texto consi<strong>de</strong>rado o elemento <strong>de</strong> uma ação comunicativa, quando produzido, é<br />
sempre voltado ao leitor final. Depois <strong>de</strong> traduzido alcançará seu objetivo se adquirir um<br />
sentido para o seu leitor no momento da leitura, pois a tradução é um processo prospectivo, ou<br />
seja, voltado para frente com vistas ao <strong>de</strong>stinatário que quer atingir.<br />
Antes <strong>de</strong> iniciar o processo tradutório, o tradutor necessita estar atento ao seu público<br />
alvo, analisando os fatores extratextuais e intratextuais. Primeiro os extratextuais seguidos dos<br />
intratextuais.<br />
Depois <strong>de</strong> analisar e elaborar a tabela (p. 12), o tradutor po<strong>de</strong> visualizar as tarefas a<br />
serem <strong>de</strong>sempenhadas, pois essa serve <strong>de</strong> apoio para realização do seu trabalho.<br />
Além <strong>de</strong> tradutor, ele também é leitor. Conforme Leffa (1996), o leitor necessita<br />
explorar o texto constantemente, como se esse fosse uma mina, cheia <strong>de</strong> riqueza, com<br />
inúmeros corredores.<br />
Devido à bagagem <strong>de</strong> experiências prévias que cada leitor traz para a leitura, cada qual<br />
po<strong>de</strong> ter uma visão diferente da realida<strong>de</strong> num mesmo texto e até mesmo em cada leitura.<br />
O tradutor atribui significado ao texto <strong>de</strong> acordo com o seu conhecimento e<br />
competência, gera interpretações, pois a tradução implica interpretação.<br />
Rosenthal (1976 p. 13) <strong>de</strong>fine que „traduzir‟ significa realmente interpretar. O tradutor<br />
é um intérprete por excelência, pois torna compreensível aquilo que antes era ininteligível.<br />
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