LÍDER - Diário Económico
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PME LÍDER Para ser PME Excelência, a empresa deve ser PME Líder. Na imagem, o evento de 2010 da PME Excelência. Há cinco anos que 1247 empresas mantêm estatuto de PME Líder INDÚSTRIA É O SECTOR MAIS REPRESENTATIVO E PORTO É O DISTRITO COM MAIS EMPRESAS COM ESTE ESTATUTO. Raquel Carvalho DESDE 2008, ANO EM QUE O IAPMEI, Turismo de Portugal e os bancos parceiros criaram a marca PME Líder, que 1247 empresas já renovaram esse estatuto todos os anos. E quem são estas empresas de sucesso? De acordo com os dados fornecidos pelo IAPMEI, mais de metade (55,2%) são exportadoras. Em termos sectoriais, a maioria destas empresas que têm mantido a designação de PME Líder há cinco anos consecutivos vêm do sector industrial (44%), o que se traduz em 550 empresas. 467, por seu turno, (37%) actuam no sector do comércio. Do sector da construção provêm 106 companhias, ou seja, 9%. Os serviços representam 5% deste total, com 59 empresas. Já dos transportes vêm 37 empresas que há cinco edições são PME Líder. Mais de metade das empresas que têm renovado todos os anos o estatuto PME Líder são exportadoras. Um dos factores que tem permitido a estas empresas manter o estatuto de Líder tem sido o crescimento do volume de negócios, mesmo em anos de crise. Só em 2009, o mais difícil para as empresas PME LÍDER 2013 24 Bruno Barbosa até agora, é que houve registo de uma quebra. Nos restantes anos tem sido sempre a aumentar, tendo a facturação passado de 8,9 milhões de euros em 2007 para 9,9 milhões de euros, em 2011, o que representou um aumento de 10,6%. A explicação para este crescimento no volume de facturação poderá estar nas exportações. Os números revelam que entre 2008 e 2011, as vendas ao exterior subiram de 1,7 mil milhões de euros para 2,1 mil milhões de euros, o que representa um crescimento de 18,2%. Contudo, se as exportações têm um papel fulcral no sucesso destas empresas, há outro ponto a registar na sua estratégia de crescimento, e que passa pelo aumento do número de postos de trabalho, que em 2007 era de 64,4 mil, e em 2011, 71,5 mil, um crescimento de cerca de 11,1% da facturação. O sector menos representado é o turismo, com apenas 2%, ou seja, 28 empresas a conseguirem renovar o estatuto de PME Líder ao longo destes cinco anos. Porém, este é também o sector cujos critérios de atribuição deste título têm variado ligeiramente. Outro factor relevante é que nestes cinco anos as PME com estatuto Líder têm todas mais de 50 postos de trabalho e superam os sete milhões de euros de vendas, em média. E parte do seu sucesso passa necessariamente por serem todas fi nanceiramente sólidas e com mais de 40% de autonomia fi nanceira. Os dados em análise são referentes sempre ao ano anterior, e se em 2007, essa autonomia era de 43,51% em média, em 2011 superou os 47%. Se tivermos em conta as regiões do país, 70% das PME Líder que mantém o estatuto, encontram-se nos cinco distritos com maior relevo em termos nacionais, com o Porto a destacar-se, representando 20,20%. As regiões autónomas representam apenas 1,76% das empresas. E se os Açores têm 14 PME Líder que mantêm esse estatuto há cinco anos, a Madeira possui oito. De frisar que Beja é o distrito português com menos representatividade, tendo apenas 4 empresas que há cinco anos permanecem com o estatuto de PME Líder. < >
CASOS DE SUCESSO Sebastião & Martins aposta na internacionalização HÁ CINCO ANOS PME LÍDER, A EMPRESA FACTUROU 17 MILHÕES DE EUROS EM 2012. Raquel Carvalho HÁ CINCO ANOS consecutivos que a Sebastião & Martins mantém o estatuto de PME Líder. Fundada em 1980, a empresa actua na indústria de cartão canelado e embalagens e tem contornado o decréscimo das vendas em Portugal, com uma boa performance no estrangeiro. Em 2012, a Sebastião & Martins registou um volume de negócios de cerca de 17 milhões de euros, mas antevê 2013 como um ano“difícil”. Miguel Martins, administrador, confessa que as metas a atingir este ano são “a manutenção das rendibilidades e volume de vendas no mercado interno e um possível crescimento no mercado externo”. Até agora, a empresa tem feito exportação directa dos seus produtos, mas o responsável admite estarem a ser analisados projectos que implicam mudanças ao nível da internacionalização. A aposta em mercados internacionais tem sido a estratégia seguida pela Sebastião & Martins para “manter e Empresa actua na indústria do cartão canelado e embalagens. Em 2013 quer crescer no mercado internacional, para onde já exporta de forma directa. melhorar os níveis de produção e competitividade”, afi rma. Mas não só. Parte do sucesso desta PME Líder passa, também, pela preocupação em manter “a qualidade do produto e serviço prestado”, e, sobretudo, por ter “uma fi losofi a de gestão orientada para o cliente”. PME LÍDER 2013 25 Outro factor chave é a aposta no “crescimento sustentado”. Miguel Martins diz mesmo não ter dúvidas de que “só com investimento regular, investigação e desenvolvimento na fabricação de melhor cartão canelado, e novas soluções na área do embalamento, poderemos continuar a crescer de uma forma sustentada”. Quanto a novidades, o administrador destaca a aposta no recente programa de encomendas online, que, explica, “visa tornar os processos mais céleres e eliminar possíveis erros no acto da encomenda”. Sobre a importância de ser uma PME Líder, Miguel Martins assegura que o estatuto “trouxe o reconhecimento do valor da empresa por um conjunto de entidades privadas e organismos públicos, mas principalmente pelos benefícios que traz com vista ao reconhecimento dos seus pares”, e garante ser “um motivo de orgulho” a revalidação deste título, ano, após ano. < >
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CASOS DE SUCESSO<br />
Sebastião & Martins<br />
aposta na internacionalização<br />
HÁ CINCO ANOS PME <strong>LÍDER</strong>, A EMPRESA FACTUROU 17 MILHÕES<br />
DE EUROS EM 2012.<br />
Raquel Carvalho<br />
HÁ CINCO ANOS consecutivos<br />
que a Sebastião & Martins<br />
mantém o estatuto de PME Líder.<br />
Fundada em 1980, a empresa actua<br />
na indústria de cartão canelado e embalagens<br />
e tem contornado o decréscimo<br />
das vendas em Portugal, com uma boa<br />
performance no estrangeiro.<br />
Em 2012, a Sebastião & Martins registou<br />
um volume de negócios de cerca<br />
de 17 milhões de euros, mas antevê 2013<br />
como um ano“difícil”. Miguel Martins,<br />
administrador, confessa que as metas a<br />
atingir este ano são “a manutenção das<br />
rendibilidades e volume de vendas no<br />
mercado interno e um possível crescimento<br />
no mercado externo”. Até agora,<br />
a empresa tem feito exportação directa<br />
dos seus produtos, mas o responsável<br />
admite estarem a ser analisados projectos<br />
que implicam mudanças ao nível da<br />
internacionalização.<br />
A aposta em mercados internacionais<br />
tem sido a estratégia seguida pela<br />
Sebastião & Martins para “manter e<br />
Empresa actua<br />
na indústria do cartão<br />
canelado e embalagens.<br />
Em 2013 quer crescer no<br />
mercado internacional,<br />
para onde já exporta<br />
de forma directa.<br />
melhorar os níveis de produção e competitividade”,<br />
afi rma. Mas não só. Parte<br />
do sucesso desta PME Líder passa,<br />
também, pela preocupação em manter<br />
“a qualidade do produto e serviço<br />
prestado”, e, sobretudo, por ter “uma<br />
fi losofi a de gestão orientada para o<br />
cliente”.<br />
PME <strong>LÍDER</strong> 2013<br />
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Outro factor chave é a aposta no<br />
“crescimento sustentado”. Miguel Martins<br />
diz mesmo não ter dúvidas de que<br />
“só com investimento regular, investigação<br />
e desenvolvimento na fabricação<br />
de melhor cartão canelado, e novas soluções<br />
na área do embalamento, poderemos<br />
continuar a crescer de uma forma<br />
sustentada”.<br />
Quanto a novidades, o administrador<br />
destaca a aposta no recente programa<br />
de encomendas online, que, explica,<br />
“visa tornar os processos mais céleres e<br />
eliminar possíveis erros no acto da encomenda”.<br />
Sobre a importância de ser uma PME<br />
Líder, Miguel Martins assegura que o<br />
estatuto “trouxe o reconhecimento do<br />
valor da empresa por um conjunto de<br />
entidades privadas e organismos públicos,<br />
mas principalmente pelos benefícios<br />
que traz com vista ao reconhecimento<br />
dos seus pares”, e garante ser<br />
“um motivo de orgulho” a revalidação<br />
deste título, ano, após ano. < >
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