28.04.2013 Views

LÍDER - Diário Económico

LÍDER - Diário Económico

LÍDER - Diário Económico

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

PME <strong>LÍDER</strong> 2013<br />

15<br />

O executivo português<br />

espera que o regresso<br />

aos mercados de dívida<br />

por parte do Estado<br />

possa melhorar o acesso<br />

ao fi nanciamento<br />

às empresas.<br />

Hernâni Pereira<br />

Falta de crédito<br />

preocupa PME<br />

A falta de acesso ao crédito é uma das principais<br />

preocupações das pequenas e médias empresas<br />

(PME) em Portugal. A consultora de recursos<br />

humanos especializada em PME Fórmula do<br />

Talento perguntou a 200 empresários quais são<br />

os principais factores de preocupação na actual<br />

crise. Mais de um terço (35,3%) respondeu<br />

que o maior problema é a indisponibilidade<br />

de crédito e de fi nanciamento. A principal<br />

preocupação é, contudo, a redução do consumo,<br />

que foi apontada por 71,1% dos empresários<br />

inquiridos. Em segundo lugar surge o baixo<br />

crescimento da economia, que foi indicado como<br />

motivo de preocupação por 57,8% das PME.<br />

Recorde-se que desde 2011 que a economia<br />

portuguesa está em recessão e para este ano<br />

a expectativa continua a ser de destruição<br />

de riqueza face ao ano passado. Quase todas<br />

as empresas admitiram que a crise está a ter<br />

impacto na sua actividade e a maioria refere<br />

que espera que os efeitos negativos<br />

se continuem a sentir durante, pelo menos,<br />

mais um ano. Os mais pessimistas (45%)<br />

esperam mesmo que a crise continue<br />

a prejudicar a sua actividade durante<br />

os próximos 18 meses.<br />

são insufi cientes”, acrescenta João Vieira<br />

Lopes. Para o presidente da CCP estas<br />

medidas ajudam, mas não resolvem o<br />

problema. Para fazer a diferença seria<br />

preciso, por um lado, “obrigar os bancos<br />

a fi nanciar dentro de determinados<br />

parâmetros e de um intervalo de taxa<br />

de juro”. Se a Caixa Geral de Depósitos<br />

seguisse uma política de mais crédito, e<br />

mais barato, “podia provocar um efeito<br />

de arrastamento para os restantes<br />

bancos”, argumenta. A outra solução “é<br />

resolver o problema do fi nanciamento<br />

das empresas públicas, que absorvem<br />

uma grande fatia do crédito”, remata.<br />

Vieira Lopes garante que a estratégia<br />

actual não chega, já que o crédito continua<br />

escasso e caro, tendo em conta as<br />

margens de lucro das empresas portuguesas.<br />

Os números do Banco de Portugal<br />

dão-lhe razão. Desde pelo menos Dezembro<br />

de 2010 (desde que há registos<br />

que permitam a comparação) que o crédito<br />

concedido às PME está a cair. Como<br />

agravante, o ritmo de redução deste<br />

fi nanciamento tem vindo a aumentar<br />

(ver gráfi co). Já para as grandes empresas<br />

o cenário é outro. O fi nanciamento<br />

tem registado ritmos irregulares, mas

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!