LÍDER - Diário Económico
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ENTREVISTA<br />
seduzir esses investidores internacionais a implementar<br />
novas ‘autoeuropas’?<br />
O próprio ministro da Economia tem realçado um aspecto:<br />
Portugal tem de criar um quadro de fi scalidade atractivo ao<br />
Investimento Directo Estrangeiro. Além disso, há um outro<br />
trabalho que tem sido feito pela Aicep que é atrair alguns<br />
investimentos e temos concentrado muita da nossa atenção<br />
no reforço de investimentos já existentes em Portugal. É tão<br />
importante atrair investimento como é não perder investimento<br />
que já cá está. Para além disso há factores de competi-<br />
“<br />
Está sempre toda a gente à espera que apa-<br />
reça o grande projecto que impulsione o<br />
país. O grande projecto que impulsiona o<br />
país é o conjunto dos pequenos projectos.<br />
tividade que o país tem, até a uma escala mais micro, que<br />
não são devidamente potenciados. Foi isso que o Governo<br />
também procurou mudar este paradigma lançando o Programa<br />
Valorizar. Está sempre toda a gente à espera que<br />
apareça o grande projecto que impulsione o país. O grande<br />
projecto que impulsiona o país é o conjunto dos pequenos<br />
projectos.<br />
É acabar com o mito de uma nova Autoeuropa?<br />
Temos de acabar com o mito, porque autoeuropas não aparecem<br />
muitas vezes. Temos procurado apoiar este tipo de<br />
projectos, designadamente quando fi zemos o redireccionamento<br />
do QREN. Decidimos parar com alguns concursos<br />
de obras faraónicas que vinham de trás, grandes consumidoras<br />
de recursos, para redirecionar os fundos estruturais<br />
para a economia. E assim o fi zemos com mais dois mil<br />
milhões de euros de fundos para a economia. E estamos<br />
neste momento a ultimar aquilo que vai ser a capitalização<br />
através dos fundos comunitários. No novo QREN temos de<br />
o preparar para estes desafi os, para ser um bom instrumento<br />
de apoio à economia e de apoio a esses projectos.<br />
As empresas vão poder usar fundos comunitários para<br />
se capitalizar?<br />
Será um prémio de utilização para estimular o investimento<br />
produtivo. Todo o investimento produtivo fi nalizado<br />
até ao fi nal deste ano, uma parte de incentivo poderá ser<br />
transformado em capital próprio da empresa para ajudar<br />
a acelerar o investimento produtivo e a capitalização das<br />
empresas. É uma medida que está em vias de ser implementada<br />
e que também estava contemplada no Orçamento<br />
do Estado.<br />
Um dos entraves ao investimento é as empresas difi -<br />
cilmente conseguirem obter fi nanciamento junto da<br />
banca…<br />
Nos contactos que tenho diariamente com a banca dizem<br />
sempre, ‘venham com os projectos que nós queremos<br />
aprovar’.<br />
O Governo deveria ter sido mais exigente com a banca<br />
para que o fi nanciamento às empresas tivesse sido feito<br />
de forma mais contínua? Sobretudo junto dos bancos<br />
que recorrem à linha de capitalização dos 12 mil<br />
milhões?<br />
O Governo e o sistema fi nanceiro têm estado sempre em<br />
articulação, mesmo em alguns instrumentos que criámos<br />
PME <strong>LÍDER</strong> 2013<br />
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