Versão em pdf - Laboratório de Ecologia do Ictioplâncton - Furg
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4 DISCUSSÃO 4.1 Os processos de mesoescala Através das imagens de TSM, salinidade e circulação superficiais foi possível identificar algumas estruturas físicas como frentes e vórtices. Esses processos estão associados a dinâmica local do sistema de correntes , deságue continental e encontro de diferentes massas de água (Möller et al., 2008). A distribuição de TSM no inverno mostrou claramente uma frente pronunciada localizada desde o estuário do Plata até a costa norte de Rio Grande. Esta frente é indicada pela isoterma de 12ºC (Möller et al., 2008). A distribuição de salinidade exibiu águas mais doces oriundas do Rio La Plata ao norte do estuário do Rio La Plata, durante o inverno. Três principais feições são descritas para a região: (a) área de baixa salinidade homogênea (33.5
identificaram apenas dois locais na área com temperaturas mais baixas que 20ºC. São elas: área com gradiente de temperatura na plataforma externa na parte sul da área de estudo, águas da Corrente das Malvinas; e, a segunda área localizada ao norte, nas proximidades do Cabo de Santa Marta. Para Möller et al. (2008), valores de TSM mais baixos próximo ao Cabo de Santa Marta neste período correspondem ao fenômeno de ressurgência devido a dominância de ventos NE. Entretanto, a imagem de TSM a partir de sensoriamento remoto não permitiu o registro desse fenômeno com detalhe, devido a sua resolução temporal (média mensal) A causa da variabilidade espacial da salinidade é reflexo da influência do cisalhamento dos ventos sobre a pluma do Rio la Plata (Piola et al., 2005; Möller et al., 2008). Essas mudanças na salinidade numa escala de tempo sazonal são controladas pelo fluxo da camada superior e cisalhamento do vento (Piola et al., 2005; Acha et al, 2008). A posição mais ao norte da pluma, durante o inverno, é intensificada pelos ventos de SW mesmo em períodos de baixa descarga. Já no verão, os ventos de NE favorecem o retorno e concentração da pluma na plataforma em frente ao estuário do rio La Plata (Piola et al., 2005; Möller et al., 2008). A distribuição superficial de TSM e salinidade (Figura 6) mostrou no inverno, um frente termal bem definida ao longo da borda da plataforma e, no verão, a frente salina é a mais 57
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4 DISCUSSÃO<br />
4.1 Os processos <strong>de</strong> mesoescala<br />
Através das imagens <strong>de</strong> TSM, salinida<strong>de</strong> e circulação<br />
superficiais foi possível i<strong>de</strong>ntificar algumas estruturas físicas como<br />
frentes e vórtices. Esses processos estão associa<strong>do</strong>s a dinâmica local<br />
<strong>do</strong> sist<strong>em</strong>a <strong>de</strong> correntes , <strong>de</strong>ságue continental e encontro <strong>de</strong><br />
diferentes massas <strong>de</strong> água (Möller et al., 2008).<br />
A distribuição <strong>de</strong> TSM no inverno mostrou claramente uma<br />
frente pronunciada localizada <strong>de</strong>s<strong>de</strong> o estuário <strong>do</strong> Plata até a costa<br />
norte <strong>de</strong> Rio Gran<strong>de</strong>. Esta frente é indicada pela isoterma <strong>de</strong> 12ºC<br />
(Möller et al., 2008).<br />
A distribuição <strong>de</strong> salinida<strong>de</strong> exibiu águas mais <strong>do</strong>ces oriundas<br />
<strong>do</strong> Rio La Plata ao norte <strong>do</strong> estuário <strong>do</strong> Rio La Plata, durante o<br />
inverno. Três principais feições são <strong>de</strong>scritas para a região: (a) área<br />
<strong>de</strong> baixa salinida<strong>de</strong> homogênea (33.5