Ana Isabel Rodrigues

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28.04.2013 Views

1. Desenvolvimento das Aldeias Ribeirinhas; 2. Articulação do espelho de água com o território 3. Utilização do plano de água 4. Desenvolvimento do Núcleo da Barragem 5. Informação, divulgação e marketing Como já foi referenciado neste trabalho, o PENT identifica claramente o Alqueva como um dos sete pólos de atracção a desenvolver nos próximos anos no nosso país. Este pólo deverá tornar-se num factor de dinamização do turismo nacional, numa perspectiva de dinamização do tecido económico regional. A albufeira do Alqueva surge neste Plano Estratégico como um factor distintivo da região do Alentejo que, como refere o próprio documento, “ tem condições para desenvolver uma oferta de qualidade de Touring, Resorts Integrados e Turismo Residencial (incluindo o Golfe) e Gastronomia e Vinhos, para além de actividades náuticas que o espelho de água proporciona ”. O governo definiu igualmente no PENT o Turismo Náutico como um dos 10 produtos estratégicos para o desenvolvimento do turismo em Portugal. O estudo sobre este produto encomendado pelo Governo constatou que o mercado da náutica de recreio cresce entre 8% a 10%, especialmente nos produtos que introduzem inovações 7 . Seguindo este ritmo, em 10 anos, o volume do mercado europeu terá mais do que duplicado. Refere ainda o estudo que “…seguramente a Vela, em todas as suas vertentes, é o mercado com maiores oportunidades. Cruzeiros, vela ligeira, pranchas, navegação de lazer, armadores, tripulações, etc, integram uma diversidade de possibilidades pessoais, económicas, desportivas, etc, que tornam esta actividade numa das maiores possibilidades de futuro, sendo uma realidade já inegável.” (p.10). Estão assim criadas condições políticas para que surja investimento privado junto ao espelho de água, de forma a potenciar o desenvolvimento da barragem. Quanto à região do Alentejo propriamente dita, o Governo afirma que o modelo de desenvolvimento de curto prazo passa por um contraste entre um ambiente tranquilo e a oferta de actividades ao ar livre, pelo que o produto core do Alentejo é o Touring, secundado pelo Sol e Mar. O Golfe, o Turismo Náutico, a Saúde e Bem- Estar, os Resorts Integrados e Gastronomia e Vinhos constituem elementos diversificadores da oferta. 7 Turismo Náutico: Estudo elaborado por THR (Asesores en Turismo Hotelaria y Recreation, SA) para o Turismo de Portugal. Disponível em http://www.iturismo.pt/proturismo. 8

Um indicador importante e que nos permite igualmente avaliar o potencial turístico da região Alentejo em geral e o Alqueva, em particular, é o número de projectos PIN 8 (Projectos de Potencial Interesse Nacional) aprovados pelo Governo até ao momento. Dos PIN´s a nível nacional já aprovados, cerca de 13 localizam-se na região do Alentejo, 6 dos quais na zona envolvente ao Alqueva, conforme seguidamente se lista: - Parque Alqueva, Reguengos de Monsaraz, 940 milhões de euros, 2000 postos de trabalho - Herdade do Barrocal, Reguengos de Monsaraz, 90 milhões de euros, 105 postos de trabalho - Herdade do Mercado, Mourão, 55 milhões de euros, 200 postos de trabalho - Herdade dos Almendres, Évora, 181 milhões de euros, 288 postos de trabalho - Évora Resort, Évora, 208 milhões de euros, 430 postos de trabalho A par destes grandes investimentos em empreendimentos turísticos, destaca-se igualmente a recente inauguração da Amieira Marina situada na albufeira do Alqueva, na aldeia ribeirinha da Amieira, concelho de Portel. A Amieira Marina é um investimento da empresa Nautialqueva de capitais totalmente privados que, a par da construção da marina, dedica-se ao aluguer de barcos- casa, conceito novo em Portugal mas já com uma longa existência em outros países como os EUA, Canadá, França, Reino Unido, Bélgica, Holanda e Alemanha. Este projecto desenvolve-se em duas fases, estando prevista para a 2ª fase a construção de uma unidade hoteleira. Os montantes envolvidos são de 3 milhões de euros para a 1ª fase e 1,5 milhões de euros para a 2ª fase. Segundo o Secretário de Estado do Turismo, este projecto constitui uma importante alavanca para o desenvolvimento turístico do Alqueva e demonstra a sua capacidade de se afirmar como pólo estratégico do turismo português. Ainda em termos de investimentos estratégicos na região envolvente à albufeira do Alqueva, é de realçar a abertura do aeroporto de Beja ao tráfego de voos civis no 2º semestre de 2008, segundo previsões da EDAB (Empresa de Desenvolvimento do Aeroporto de Beja SA). Esta infraestrutura situa-se a 170 Km de Lisboa e a 100Km do Algarve, dois dos principais destinos do fluxo turístico nacional. Encontra-se bem próximo da albufeira do Alqueva (cerca de 60 Km) e em termos de acessibilidades está servido pelas vias rodoviárias da A2 (Lisboa-Algarve), e pelo IP8 8 Governo aprovou, por Resolução do Conselho de Ministros n.º 95/2005 de 5 de Maio de 2005, o Sistema de Reconhecimento e Acompanhamento de Projectos de Potencial Interesse Nacional (PIN), através do qual adopta novos mecanismos de acompanhamento e desenvolvimento processual dos projectos que sejam reconhecidos como sendo de potencial interesse nacional. 9

1. Desenvolvimento das Aldeias Ribeirinhas;<br />

2. Articulação do espelho de água com o território<br />

3. Utilização do plano de água<br />

4. Desenvolvimento do Núcleo da Barragem<br />

5. Informação, divulgação e marketing<br />

Como já foi referenciado neste trabalho, o PENT identifica claramente o Alqueva como um dos<br />

sete pólos de atracção a desenvolver nos próximos anos no nosso país. Este pólo deverá tornar-se<br />

num factor de dinamização do turismo nacional, numa perspectiva de dinamização do tecido<br />

económico regional. A albufeira do Alqueva surge neste Plano Estratégico como um factor<br />

distintivo da região do Alentejo que, como refere o próprio documento, “ tem condições para<br />

desenvolver uma oferta de qualidade de Touring, Resorts Integrados e Turismo Residencial<br />

(incluindo o Golfe) e Gastronomia e Vinhos, para além de actividades náuticas que o espelho de<br />

água proporciona ”.<br />

O governo definiu igualmente no PENT o Turismo Náutico como um dos 10 produtos<br />

estratégicos para o desenvolvimento do turismo em Portugal. O estudo sobre este produto<br />

encomendado pelo Governo constatou que o mercado da náutica de recreio cresce entre 8% a<br />

10%, especialmente nos produtos que introduzem inovações 7 . Seguindo este ritmo, em 10 anos,<br />

o volume do mercado europeu terá mais do que duplicado. Refere ainda o estudo que<br />

“…seguramente a Vela, em todas as suas vertentes, é o mercado com maiores oportunidades.<br />

Cruzeiros, vela ligeira, pranchas, navegação de lazer, armadores, tripulações, etc, integram uma<br />

diversidade de possibilidades pessoais, económicas, desportivas, etc, que tornam esta actividade<br />

numa das maiores possibilidades de futuro, sendo uma realidade já inegável.” (p.10). Estão<br />

assim criadas condições políticas para que surja investimento privado junto ao espelho de água,<br />

de forma a potenciar o desenvolvimento da barragem. Quanto à região do Alentejo propriamente<br />

dita, o Governo afirma que o modelo de desenvolvimento de curto prazo passa por um contraste<br />

entre um ambiente tranquilo e a oferta de actividades ao ar livre, pelo que o produto core do<br />

Alentejo é o Touring, secundado pelo Sol e Mar. O Golfe, o Turismo Náutico, a Saúde e Bem-<br />

Estar, os Resorts Integrados e Gastronomia e Vinhos constituem elementos diversificadores da<br />

oferta.<br />

7 Turismo Náutico: Estudo elaborado por THR (Asesores en Turismo Hotelaria y Recreation, SA) para o Turismo de Portugal.<br />

Disponível em http://www.iturismo.pt/proturismo.<br />

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