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Ana Isabel Rodrigues

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(i) Estruturação e qualificação do destino<br />

Dada a fase de vida em que este destino se encontra e tendo em conta que a competitividade entre<br />

destinos hoje em dia e no futuro se baseará, não propriamente em políticas de preços, mas em<br />

qualidade dos serviços prestados, torna-se fulcral que o Alqueva introduza desde já no seu<br />

processo de desenvolvimento sistemas de gestão baseados no conceito de qualidade. A estratégia<br />

de competitividade dos destinos deverá, cada vez mais, incluir um plano de qualidade centrado na<br />

criação de vantagens competitivas sempre numa perspectiva de melhoria contínua. Todavia, o<br />

conceito de qualidade aplicado aos destinos turísticos é algo relativamente recente e complexo.<br />

Se a um nível mais micro, em termos de serviços/empresas turísticas, a implementação do<br />

conceito de qualidade é mais fácil pois a realidade é apenas uma, o mesmo já não sucede a um<br />

nível mais macro, onde intervêm múltiplas entidades com interesses, papéis e responsabilidades<br />

diferentes (turistas, população local, organismos oficiais, empresas).<br />

Uma avaliação da qualidade do destino deverá incidir sobre duas grandes componentes de<br />

análise: a qualidade do destino e a qualidade do produto turístico 12 . Esta abordagem permite<br />

avaliar um conjunto de indicadores essenciais ao desenvolvimento de um destino, neste caso<br />

aplicado à realidade específica de um “Destino de Lago” (1ª componente de análise); incidir<br />

sobre um conjunto concreto de elementos/componentes que permitem organizar a oferta do<br />

destino já em produto (2ª componente de análise). Estas duas componentes de análise<br />

complementam-se na medida em ambas são necessárias ao desenvolvimento de um destino<br />

turístico. Por um lado, o produto turístico é o resultado da organização da oferta turística que, por<br />

sua vez, só é passível de ser estruturada se de facto o destino apresentar níveis de qualidade<br />

satisfatórios; por outro, não é suficiente a existência de um destino, uma vez que a sua oferta deve<br />

dar lugar produtos, pois é a existência destes que determina a comercialização do destino junto<br />

dos mercados. Trata-se de uma relação de interdependência entre duas componentes<br />

fundamentais num exercício de avaliação global do destino.<br />

Como se verificou anteriormente, a estruturação do Alqueva como destino está ainda numa fase<br />

de introdução no mercado. Embora haja já alguma oferta turística nos concelhos abrangidos pela<br />

12 Esta classificação em componentes de análise tem como base uma ferramenta de avaliação de qualidade de<br />

destinos publicada pela Comissão Europeia (2003) - a QUALITEST. Manual disponível em<br />

http://ec.europa.eu/enterprise/services/tourism/doc/studies/evaluating_quality_performance/qualitest_manual.pdf<br />

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