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Ana Isabel Rodrigues

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mercado. Os destinos locais incorporam vários stakeholders, habitualmente uma comunidade de<br />

acolhimento, e podem associar-se em redes para constituir destinos de maior dimensão.”<br />

O conceito de destino turístico é central a todo e qualquer tipo de turismo, seja de natureza,<br />

cultural, sol e mar, negócios, gastronómico ou de “lagos”. A definição de destino da OMT é<br />

elucidativa para se perceber o que de facto se entende por “Turismo de Lagos”, como<br />

seguidamente se constará.<br />

Os grandes lagos, naturais ou artificiais, têm vindo a surgir como um recurso importante para a<br />

actividade turística (a Finlândia na Europa, ou o estado de Minnessota nos EUA, são apenas dois<br />

exemplos). Hoje em dia, quer do ponto de vista académico quer do ponto de vista de estruturação<br />

da actividade, a “água” já não é somente entendida e estudada como recurso turístico associada à<br />

ideia de “mar” e, como tal, de “litoral”, que está na base do produto “Sol e Praia”. Ao recurso<br />

“água” associa-se também a noção de “lago”, como elemento físico natural ou artificial, este<br />

último decorrente da construção de barragens. O elemento “água” surge, pois, como o recurso<br />

central/nuclear, em torno do qual poderão surgir outras formas de turismo: rural, cultural,<br />

desportivo, ambiental, náutico ou gastronómico (<strong>Rodrigues</strong>, 2006b)<br />

Do ponto de vista do turista (procura), a percepção de um “Lago” como destino resulta de uma<br />

imagem/ideia que este tem de um espaço físico que circunscreve um recurso natural ou artificial<br />

(no caso das albufeiras) que tem a “água” como recurso nuclear. Um destino de “Turismo de<br />

Lagos” apenas adquire existência se os turistas, após motivados por um conjunto de factores,<br />

decidirem viajar para esse local, gerando uma procura por um conjunto de componentes e<br />

serviços associados e localizados nesse espaço (Ryhanen, 2001). Antes dessa movimentação ter<br />

lugar, o “Lago” é apenas um recurso físico, com uma dimensão cultural e social na comunidade<br />

local, mas sem importância do ponto de vista de desenvolvimento da actividade turística. Do<br />

ponto de vista do destino em si (oferta), e conforme se constata na definição da OMT acima<br />

citada, um destino turístico para ser considerado como tal deve contemplar três elementos<br />

essenciais: delimitação territorial; definição do (s) organismo(s) de gestão do destino e definição<br />

de uma estratégia de marketing. Face esta assumpção, apenas é possível identificar um “Lago”<br />

como destino turístico se houver uma delimitação clara das fronteiras geográficas permitindo,<br />

posteriormente, que haja uma política e estratégia de actuação claramente definida. Dessa forma,<br />

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