Jovem Socialista429 - Juventude Socialista
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<strong>Jovem</strong><br />
NÚMERO 429 || 22 DE DEZEMBRO DE 2004<br />
socıalista<br />
> ESPECIAL IVG<br />
Director Miguel Lopes || Director Adjunto André Fonseca Ferreira; Patricia Palma | Equipa de Redação Bruno Noronha; João Gonçalves<br />
"A renovação<br />
dos partidos não<br />
se faz só com<br />
caras novas!<br />
A renovação do<br />
partido faz-se<br />
sobretudo com<br />
ideias novas!"<br />
[ENTREVISTA]<br />
Marcos<br />
Perestrello<br />
Secretário Nacional do PS<br />
ORGÃO OFICIAL DA JUVENTUDE SOCIALISTA<br />
Editorial<br />
Cenários, Tabus,<br />
Cravos e Ferraduras<br />
Não tenhamos dúvidas de que a campanha eleitoral<br />
arrancou. Bastou ver o discurso de Santana Lopes na<br />
votação do orçamento de estado, o show-off das<br />
almoçaradas entre Pedro e Paulo e a postura deste último<br />
que parece que vai enveredar pela máxima “uma no<br />
cravo, outra na ferradura”.<br />
Antes no cravo do que na rosa! Valha-nos.<br />
Mas o ataque é mais que certo: o alvo predileto é a<br />
hipotética coligação com o BE.<br />
E entre cenários e ensaios vários, evitamos nós, a todo<br />
o custo, qualquer compromisso que possa castrar<br />
a liberdade de acção no pós-acto eleitoral.<br />
Prudência dirão uns...um grande risco, dirão<br />
outros. Um pouco de ambos, diria eu.<br />
Senão lembremo-nos da postura do já ido<br />
ex-primeiro-ministro Durão Barroso na<br />
campanha eleitoral das últimas legislativas.<br />
Numa situação análoga, o que fez? Com<br />
aquele sorriso amarelo-torrado de sempre, lá<br />
foi dizendo...isso depois se vê, agora estamos<br />
concentrados em alcançar uma maioria<br />
Miguel Lopes<br />
absoluta. E depois fugiu.<br />
Director<br />
Disto não falam os nossos adversários. Da <strong>Jovem</strong> Socialisa<br />
“traição” de Durão Barroso e do PSD ao<br />
eleitorado, ao coligar-se com um pretenso “braço direito<br />
de Portugal!”. E agora vêm falar de clareza, mas sempre<br />
com “uma no cravo e outra na ferradura”.<br />
O caminho é agora o de lembrar...não só as trapalhadas<br />
da coligação de direita, mas também que o PS já<br />
governou sem maioria absoluta. E bem! E por isso,<br />
porquê dramatizar?! Risco seria nada dizer ao país e ficar<br />
com o mesmo sorriso amarelo de Durão Barroso. Ou<br />
uma qualquer resposta tipo nim...<br />
O argumento deve ser antes o da confiança. Não o de<br />
nos comprometer, mas antes o de mostrar que, com ou<br />
sem alguma “perna esquerda” seremos capazes de andar<br />
e de mobilizar o país. O de concretizarmos e liderarmos,<br />
como refere o Engº José Sócrates, uma verdadeira<br />
mudança política no país.<br />
>> miguellopes@juventudesocialista.org
ARTIGO DE OPINIÃO | NUNO MIGUEL BARRETO*<br />
O que todos<br />
esperavam…!<br />
e o que todos<br />
esperam…!<br />
ESCREVO ESTE ARTIGO DEPOIS DE CONHECIDA A DECISÃO DO PRESIDENTE DA<br />
REPÚBLICA EM DISSOLVER O PARLAMENTO, O QUE, COMO IMAGINAM ME DÁ UM<br />
ENORME PRAZER POR SABER QUE PORTUGAL PODE TER NOVAMENTE ESPERANÇA<br />
E CONFIANÇA NO FUTURO, E AO MESMO TEMPO UM ORGULHO REDOBRADO, POR<br />
PERTENCER A UMA ESTRUTURA JOVEM PARTIDÁRIA QUE PREVIU COM ANTE-<br />
CEDÊNCIA ESTE DESFECHO (DELIBERAÇÃO POR UNANIMIDADE NA ULTIMA CPD À<br />
PROPOSTA DO COORDENADOR DA FEDERAÇÃO).<br />
Lembro aqui que também no passado aquando da demissão do Ministro da<br />
Educação David Justino, a Federação de Braga da JS em Conferência de<br />
imprensa uns dias antes estava a prever esse desfecho. Ironia do Destino!<br />
Pensam uns, Sorte! Pensam outros, Era Inevitável! Outros o dirão.<br />
Discordo em absoluto de quem assim pensa, ou de quem profere<br />
estas afirmações (se é que são proferidas ou pensadas). Estou certo, isso sim,<br />
que podemos afirmar hoje, com toda certeza que temos é uma estrutura Distrital<br />
mais madura, responsável e com uma melhor preparação política para as<br />
“batalhas” eleitorais que se avizinham. Agora com um cenário político bem<br />
diferente, pois em pouco mais de um ano teremos três importantíssimos combates<br />
eleitorais: Legislativas, Autárquicas e Presidenciais, isto conjugado com<br />
eleições internas nas estruturas, quer ao nível Concelhio quer Federativo.<br />
Lanço por isso um desafio a todos os militantes da JS para que haja por todo o Distrito<br />
um sentido de responsabilidade, e de elevado nível nos combates internos, vejamos<br />
em primeiro ponto os interesses da estrutura, e não os interesses pessoais, sob pena de<br />
reforçar-mos na opinião pública a ideia que muitos já têm, “Todos correm por um tacho,<br />
SECRETARIADOS<br />
DISTRITAL E CONCELHIO<br />
DA JS VISITAM A MAIA<br />
Os secretariados distrital e concelhio da <strong>Juventude</strong><br />
<strong>Socialista</strong> visitaram no sábado, dia 11 de Dezembro,<br />
vários locais do concelho. Entre outros assuntos,<br />
foram abordados temas como o Ambiente, a<br />
Habitação, a Rede Viária e a Educação. Assim<br />
sendo, a visita passou por locais como o bairro do<br />
Sobreiro, no centro da cidade, vários arruamentos<br />
da freguesia de Milheirós, pontes sobre o rio Leça,<br />
edificações do P.E.R., nomeadamente as de<br />
Ardegães e o terreno para o qual está prevista, desde<br />
há mais de quatro anos, a construção de uma<br />
escola E.B.1, na Pícua (Águas Santas). No final,<br />
Marco Martins e Gustavo Carranca trocaram algumas<br />
impressões com jornalistas, manifestando preocupação<br />
relativamente a muitas das questões levantadas<br />
no decorrer da visita.<br />
A Ministra do Ambiente do Kenya, Wangari Muta<br />
Maathai, acaba de ser condecorada com o Prémio<br />
Nobel da Paz de 2004.<br />
Quem é esta mulher? Wangari foi a primeira mulher na<br />
África central e de leste a receber o grau de Doutoramento,<br />
e a primeira mulher a chefiar um departamento na<br />
universidade do Kenya e , agora recentemente, a primeira<br />
mulher africana da receber um prémio Nobel da Paz.<br />
Wangari encontrava-se precisamente na sua terra<br />
natal, em Nyeri, na sombra do Monte Kenya (segundo<br />
ponto mais alto de Africa) quando recebeu a notícia.<br />
Esta activista Kenyana, de 64 anos, teve a sorte de receber<br />
uma educação superior, licenciando-se em Kansas.<br />
Aliás, sobre este privilégio ela fez questão de referir a<br />
quando da entrega do prémio, que o futuro de África,<br />
da fome, da pobreza e da Paz, reside na educação. O<br />
seu activismo e empenho na luta contra a antiga<br />
Ditadura no seu país, e agora como Ministra do Ambiente,<br />
concentra-se muito nas questões ecológicas, afirmando<br />
a incontornável e necessária coexistência de<br />
democracia e desenvolvimento sustentável como<br />
alicerces da Paz. Líder e fundadora do movimento<br />
“Green Belt”, é responsável pela campanha que já levou<br />
à plantação de mais de trinta milhões de árvores por<br />
toda a África. Este prémio é portanto um reconhecimento<br />
pela seu contributo para o desenvolvimento<br />
sustentável, democracia e paz e igualmente pelo seu<br />
empenho na defesa dos direitos das mulheres. Esta<br />
atribuição do prémio marca também uma nova<br />
intenção de privilegiar as questões ambientais, fazendo<br />
renascer a vontade do filantropo sueco Alfred<br />
Nobel, que inventou a dinamite e fundou este prestigiante<br />
prémio. Nos últimos tempos, este prémio tem<br />
e não em benefício da sociedade”. Sejamos nós, e porque somos uma escola de formação<br />
política (se não o somos, deveríamos sê-lo), a dar o exemplo, e a elevar-mos o nível nas<br />
nossas lutas internas, temos de ser uma referência para os jovens que durante estes dois<br />
anos, sentiram que o Poder Central não lhes reconhecia valor, irreverência ou responsabilidade,<br />
antes pelo contrário os marginalizava. Os jovens não activos na política têm<br />
como antes, de ver na JS a sua referência, e a única estrutura jovem partidária, capaz de<br />
lhes elevar os seus anseios, as suas expectativas, para que nos dêem o seu contributo com<br />
ideias, participação, projectos e com o seu voto.<br />
Foram talvez os dois anos mais difíceis para Portugal, e os os quatro meses mais catastróficos<br />
de Governação, nós na JS também o sentimos. Não é fácil ser oposição nestas<br />
condições, as pessoas não se mobilizavam para a causa partidária, começavam a ficar<br />
acomodadas, e ansiavam cada vez mais por esta decisão do Presidente da República. Os<br />
jovens a quem melhor cabe o papel da irreverência, de protesto e luta pelo seu ideal e<br />
interesse, também esses estavam “amordaçados”, e com receio de serem ainda mais prejudicados.<br />
Em dois anos de Governação PSD/PP, não me recordo de nenhuma medida em<br />
benefício das camadas mais jovens, antes pelo contrário, só tenho presente medidas prejudiciais,<br />
quem não se lembra do fim do Crédito Bonificado, das alterações ao Rendimento<br />
Mínimo Garantido, das lutas dos Estudantes Universitários (reposição das propinas<br />
no valor mais elevado), etc… Durante dois anos estivemos atentos a tudo isto, lutamos<br />
muito, manifestamo-nos, insurgimo-nos contra os malefícios que o Poder Central atentava<br />
contra os jovens (muitas vezes éramos poucos, mas com muita vontade, garra,<br />
responsabilidade e esperança no futuro) …<br />
Diz-se que: “depois da tempestade vem a bonança”, e Portugal bem pode ter esperança<br />
na bonança, pois é cada vez mais uma realidade que o PS assumirá funções Governativas,<br />
com Responsabilidade, Solidez, Seriedade, sentido de Estado e de Justiça Social com<br />
um projecto para os Portugueses e para Portugal, capaz de voltarmos a acreditar que teremos<br />
um futuro melhor e mais próspero, de voltar a ter orgulho em Portugal, nas nossas<br />
capacidades, na nossa vontade de viver num Portugal mais Solidário e Justo. Temos a<br />
responsabilidade de todos juntos PS e JS, sermos capazes de mobilizar a Sociedade Civil,<br />
para que haja em Portugal uma mudança ideológica, capaz de responder às reais<br />
necessidades do nosso País. Não podemos partir para este acto eleitoral com<br />
confiança em excesso, temos de ser responsáveis e não pensarmos que ganhamos<br />
a corrida sem cortarmos a meta. Santana Lopes sabe bem como se ganham<br />
eleições, mesmo não tendo projectos nem ideias, vejamos como foi na<br />
Figueira da Foz, e em Lisboa. Temos de dia após dia, no contacto com as pessoas,<br />
de lhes reforçar a ideia de que temos o melhor projecto para Portugal,<br />
somos a luz da esperança e de um futuro melhor para nós, e para as gerações<br />
vindouras. Como cidadão agradeço ao Sr. Presidente da República esta prenda<br />
antecipada de Natal que deu a todos os Portugueses, desejando-lhe a ele e a todos vós<br />
um Bom Natal e um Ano de 2005 pleno de sucessos pessoais e partidários..<br />
* Presidente CPC da JS de Cabeceiras de Basto;<br />
Membro do Secretariado Distrital da JS e Comissário Nacional da JS<br />
> INTERNACIONAL<br />
ACTIVISTA KENYANA LAUREADA COM PRÉMIO NOBEL DA PAZ.<br />
sido atribuído normalmente a pessoas empenhadas na<br />
resolução de conflitos armados.<br />
“Paz na terra depende da nossa habilidade em proteger<br />
o nosso meio ambiente”, disse Olé Danbolt Mioes,<br />
Presidente do Comité Nobel Norueguês (instituição<br />
que condecora este prémio Nobel).<br />
O prémio tem o valor de dez milhões de Coroas (sensivelmente<br />
um milhão e meio de Euros), e a cerimónia<br />
realizou-se este dia 10 de Dezembro, em Oslo. “Enfatizámos<br />
o Ambiente, a construção da Democracia, os<br />
Direitos Humanos e em especial os Direitos da Mulher”,<br />
disse Mioes a quando da nomeação. Afirma-se<br />
assim, uma nova dimensão do conceito de Paz. Para a<br />
posteridade, fica com toda a certeza, a convicção de<br />
que a Paz é uma condição essencial para estabelecer<br />
uma democracia justa e solidária, onde o desenvolvimento<br />
sustentável ocupa um lugar chave no futuro da<br />
humanidade.<br />
Deixem-nos fazer de África um melhor lugar para viver!<br />
Deixem-nos fazer de África um melhor lugar para fazer<br />
crescer as crianças!<br />
Deixem-nos fazer de África um melhor lugar<br />
para envelhecer!<br />
Deixem-nos fazer de África um melhor lugar para levar<br />
uma vida em pleno!<br />
Deixem-nos fazer de África o continente do milénio!<br />
Deixem-nos fazer paz com justiça no mundo inteiro!<br />
TWAKUPONGEZA, TUNASEMA ASANTE SANA<br />
(em Sawhili: nós agradecemos, e agradecemos muito)<br />
Wangari Muta Maathai,<br />
discurso na entrega do Prémio Nobel da Paz 2004.<br />
>> por André Fonseca Ferreira<br />
>> fonseca_ferreira@netvisao.pt
ENTREVISTA CAMARADA MARCOS PERESTRELO<br />
Discurso Directo<br />
DIAS ANTES DA DECISÃO DO PRESIDENTE JORGE<br />
SAMPAIO TER ANUNCIADO DISSOLVER O PARLAMEN-<br />
TO, O CAMARADA MARCOS PERESTRELLO RECEBEU-<br />
NOS NO SEU GABINETE, NO LARGO DO RATO E CON-<br />
TOU-NOS COMO TÊM DECORRIDO AS SUAS MAIS<br />
RECENTES MISSÕES COMO SECRETÁRIO NACIONAL<br />
DO PS, COMO A CAMPANHA DO CAMARADA JOSÉ<br />
SÓCRATES A SECRETÁRIO-GERAL DO PARTIDO<br />
SOCIALISTA OU A REPRESENTAÇÃO DO PARTIDO NO<br />
ÚLTIMO CONGRESSO NACIONAL DO PSD. FALOU-NOS<br />
DOS PRÓXIMOS DESAFIOS DO PARTIDO E DO QUE<br />
PENSA DA JS, A ESTRUTURA EM QUE AINDA NÃO HÁ<br />
MUITO TEMPO MILITAVA. CONSIDERADO JOVEM DE<br />
SUCESSO E DE EXEMPLO POLÍTICO POR MUITOS,<br />
MARCOS PERESTRELLO DISSE-NOS AINDA O QUE<br />
PENSA DO ACTUAL SECRETÁRIO-GERAL DA JS, DO<br />
PAPEL DA JS NA SOCIEDADE PORTUGUESA E DO<br />
DESENVOLVIMENTO POLÍTICO DOS MILITANTES<br />
ENTRE A JS E O PS.<br />
Enquanto principal responsável pela organização da campanha<br />
de José Sócrates a Secretário-Geral, quais os principais<br />
aspectos inerentes à campanha que gostarias de ressaltar?<br />
As campanhas internas permitem-nos ter um conhecimento<br />
profundo da estrutura do Partido, ficamos as conhecer as<br />
pessoas e os seus problemas e perspectivas. Os pontos de vista<br />
e preocupações dos militantes e dirigentes do PS de uma<br />
concelhia do interior do país são naturalmente diferentes do<br />
que interessa e preocupa os militantes e dirigentes das estruturas<br />
mais urbanas. Estas diferenças estão relacionada com o<br />
meio onde as pessoas vivem, com as necessidades concretas<br />
das populações, com os problemas que enfrentam, em<br />
matéria de transportes, emprego, habitação …<br />
Portanto, do teu ponto de vista esta experiência foi muito<br />
enriquecedora!<br />
Sem dúvida! Eu já tinha alguma percepção desta realidade,<br />
até porque participei em campanhas no âmbito da JS, que<br />
deste ponto de vista é muito parecida com o partido. Há mais<br />
preocupações comuns e semelhanças entre a JS e o PS de<br />
Vizela, por exemplo, do que entre a JS de Vizela e a JS de Faro.<br />
Enquanto secretário nacional do PS para a organização, quais<br />
são as tuas principais funções? Quais os principais projectos<br />
onde tens estado a trabalhar?<br />
Bom, só cá estou há 2 meses! Não é assim muito tempo! (risos).<br />
A meu ver, o secretário nacional para a organização deve ser<br />
capaz de ter a estrutura do partido dinamizada, viva e disponível.<br />
E deve ser capaz, também de disponibilizar os meios que as<br />
estruturas precisam para exercer a sua acção política. Temos que<br />
corresponder àquilo que as estruturas querem de nós, do ponto<br />
de vista organizativo, disponibilização de meios logísticos e<br />
financeiros, deslocação aos locais, disponibilização de informação,<br />
fornecimento de documentação de apoio que ajude as<br />
pessoas a formarem a sua opinião política.<br />
E como é que é feita essa comunicação entre ti, enquanto<br />
secretário nacional para a organização, e as restantes estruturas<br />
do partido?<br />
Tem que ser uma comunicação bidireccional. Os dirigentes<br />
das estruturas vêm cá muitas vezes e nós temos que ter<br />
capacidade de resposta. Mas temos também que ser capazes<br />
de fornecer às estruturas ideias, orientações, para que elas se<br />
sintam motivadas. Tem que haver uma articulação muito<br />
grande, que é feita a nível central.<br />
E em termos dos próximos desafios que se adivinham, que<br />
acções estão a ser preparadas?<br />
O grande desafio que se coloca agora ao Partido <strong>Socialista</strong> é<br />
ganhar as eleições legislativas com maioria absoluta. E queremos<br />
uma maioria absoluta porque acreditamos que dessa forma<br />
podemos governar Portugal melhor num quadro de estabilidade<br />
e confiança, que a actual coligação de direita não conseguiu<br />
estabelecer. Para alcançar este objectivo está a ser<br />
dinamizado o fórum Novas Fronteiras, através do qual o partido<br />
se abre à sociedade, absorvendo as suas ideias, as suas preocupações<br />
e propostas de soluções para os problemas do país.<br />
O país tem demonstrado falta de confiança em si próprio e<br />
na capacidade para ultrapassar a presente situação de recessão<br />
económica e retrocesso social, com um crescimento repetidamente<br />
abaixo do verificado nos restantes países europeus.<br />
O PS tem de mostrar aos portugueses que é possível e preciso<br />
voltar a acreditar em Portugal e que tem uma liderança<br />
forte capaz de definir um rumo para o país. A verdade é que,<br />
logo a seguir à decisão do Senhor Presidente da República de<br />
dissolver o Parlamento e convocar eleições, o líder do PS foi<br />
capaz de designar rapidamente um conjunto de protagonistas<br />
capazes de assegurar que o PS fará uma boa campanha<br />
e um bom programa de governo.<br />
Por outro lado, partido tem um outro grande<br />
desafio, já para o próximo ano: as eleições<br />
autárquicas. E aí o nosso camarada Jorge Coelho<br />
está a desenvolver um trabalho notável junto das<br />
estruturas do partido.<br />
Agora, mudando de assunto, e uma vez que<br />
estiveste no último Congresso do PSD em representação<br />
do PS, como avalias o impacto do congresso<br />
na sociedade portuguesa?<br />
Esse congresso foi marcado por vários aspectos, nenhum<br />
deles positivos. Em primeiro lugar, foi um congresso de<br />
deserção, uma vez que nele não compareceram os principais<br />
protagonistas do PSD. Em segundo lugar, foi marcado por<br />
uma total ausência de ideias mobilizadoras para o país. Os<br />
portugueses estavam na segunda-feira seguinte ao congresso<br />
tal como estavam na sexta-feira anterior ao congresso,<br />
desmobilizados, sem confiança nem esperança no futuro. Em<br />
terceiro lugar, o congresso do PSD foi marcado pelo culto do<br />
líder. No congresso não se ouviu falar de nada que não fosse<br />
Santana Lopes, das suas ambições e dos seus dramas pessoais<br />
– em política é importante primeiro perceber quais são os<br />
problemas, propor as soluções e só depois identificar os protagonistas.<br />
Neste congresso foi ao contrário … identificou-se<br />
o protagonista, mas não se sabe bem para quê …! Em quarto<br />
lugar, do congresso do PSD ressaltou uma coisa muito<br />
curiosa: o ataque político foi dirigido não ao PS, mas ao parceiro<br />
de coligação! E este aspecto preocupou muito os portugueses,<br />
em termos da estabilidade da governação. O Presidente<br />
da República não deixou de considerar este aspecto<br />
quando tomou a decisão que tomou...<br />
Pensando agora especificamente na JS, na tua opinião, qual o<br />
papel que a JS deve assumir na actual conjuntura portuguesa<br />
e europeia?<br />
A JS tem um espaço próprio na sociedade portuguesa, que<br />
deu muito trabalho a conquistar. A JS deve ser o interlocutor<br />
privilegiado que os socialistas portugueses têm junto da<br />
juventude mas deve desenvolver temas e áreas de intervenção<br />
próprias. A JS ao contrário do PS não tem vocação de poder,<br />
o que é bom, pois não tem constrangimentos de qualquer<br />
natureza, principalmente em relação a temas que dizem<br />
muito aos jovens. A JS deve concentrar-se na identificação<br />
dos problemas que afectam a juventude portuguesa,<br />
debruçar-se sobre eles e ser capaz de apresentar propostas<br />
políticas para esses problemas, que são muitos: a primeira<br />
habitação, o primeiro emprego, a interrupção voluntária da<br />
gravidez, a toxicodependência, o problema da educação e o<br />
que isso representa para o país.<br />
Por outro lado, a JS tem de ser capaz de influenciar o discurso<br />
e a política de juventude do PS, pois deve ter consciência de<br />
que não é o único interlocutor do PS junto da juventude!<br />
Qual a tua opinião sobre o novo Secretário-Geral da JS?<br />
O actual Secretário-Geral da JS tem uma característica essencial<br />
num jovem, é idealista. É uma pessoa que tem ideias<br />
claras sobre os problemas dos jovens, do País, da Europa e do<br />
mundo e condiciona a actividade política àquilo em que<br />
acredita. Reúne as condições necessárias para voltar a projectar<br />
a JS, fazendo dela a principal organização política de<br />
juventude em Portugal. Para isso tem que mobilizar a JS em<br />
torno dele e parece-me que tem todas as condições para isso.<br />
O facto de teres deixado de ser jovem à relativamente pouco<br />
tempo, e assumires presentemente uma posição de destaque<br />
no partido, não poderá ser um sinal de rejuvenescimento do<br />
próprio partido?<br />
Fui jovem!? (risos)… Bom a renovação dos partidos<br />
não se faz só com caras novas, faz-se sobretudo<br />
com ideias novas! Entendo que a minha<br />
juventude introduz uma responsabilidade acrescida<br />
no cargo, porque as pessoas não estão habituadas<br />
a ver uma pessoa tão jovem a desempenhar<br />
esta função. E depois, se virmos quem foram os<br />
anteriores secretários nacionais para a organização,<br />
percebemos que, para mim, assumir este cargo<br />
representa uma enorme responsabilidade.<br />
Por Patrícia Palma<br />
Para terminar, gostaria de ouvir a tua opinião sobre o modo<br />
como se deve processar a transição dos jovens da JS para o PS?<br />
Os militantes da JS, em geral, são também militantes do PS, e<br />
eu entendo que essa é a melhor forma de trazerem para o<br />
partido as suas sensibilidades e as suas perspectivas sobre os<br />
problemas que afectam os jovens. Os militantes da JS devem<br />
por isso exercer a sua militância também no PS, particularmente<br />
a nível local. Eu próprio sempre me esforcei por fazêlo,<br />
embora reconheça que nem sempre é fácil, pois é uma<br />
militância a dobrar, mas é um esforço que deve ser feito, pois<br />
não existe nenhuma transição automática da JS para o PS.<br />
Portanto, o papel da JS passa também pela preparação dos<br />
jovens para mais tarde se virem a afirmar no partido?<br />
A JS é também uma escola de quadros, mas não creio ser essa<br />
a sua principal função! As pessoas que desenvolvem trabalho<br />
político na JS são as mesmas que também já desenvolveram<br />
trabalho em associações de estudantes do secundário ou do<br />
ensino superior, e são portanto pessoas que à partida tem<br />
uma sensibilidade política acrescida e que sentem necessidade<br />
e tiram prazer da intervenção política. A JS não é uma<br />
escola, é um local onde se aprende alguma coisa, mas é sobretudo<br />
um espaço de intervenção política.<br />
>> patríciapalma@juventudesocialista.org<br />
NOTA >> "Embora a entrevista tenha sido realizada dias antes de ser conhecida a decisão de dissolução da Assembleia da República pelo Presidente Jorge<br />
Sampaio, a mesma sofreu ligeiras modificações em contacto posterior com o camarada Marcos Perestrello, no sentido de a adaptar ao contexto."
PROCESSO BOLONHA | BRUNO NORONHA<br />
Bolonha e a investida no neoliberalismo capitalista<br />
EMBORA O PROCESSO DE BOLONHA SEJA UMA REALIDADE NO CONTEXTO DO ENSINO SUPERIOR PORTUGUÊS DESDE O ÚLTIMO GOVERNO SOCIALISTA (ONDE SE DESTA-<br />
COU, PELO SEU BRILHANTE TRABALHO, O SR. PROF. DR. PEDRO LOURTIE, ENTÃO SECRETÁRIO DE ESTADO DO ENSINO SUPERIOR) A VERDADE É QUE SÓ AGORA (COMO É<br />
HÁBITO EM PORTUGAL, OU SEJA, DEPOIS DE TODOS OS OUTROS) É QUE SE INICIOU UM VERDADEIRO TRABALHO DE REFLEXÃO E DE REFORMA A NÍVEL POLÍTICO (QUE MAIS<br />
UMA VEZ FICOU ARREDADO DO VASTO TRABALHO JÁ DESENVOLVIDO A NÍVEL ACADÉMICO, NOMEADAMENTE POR ESTRUTURAS ESTUDANTIS).<br />
Pretende-se com este artigo dois objectivos: 1) enunciar<br />
de forma sintética e sistemática os principais<br />
pontos de reflexão em torno do Processo de Bolonha;<br />
2) alertar para uma dimensão deste processo até então relegada<br />
para segundo plano mas que, no nosso entender, é a verdadeira<br />
matriz subjacente a todas as reformas que se têm operado na<br />
Europa e que não versam apenas e unicamente sobre a Educação<br />
mas sim sobre todas as actividades económicas, sociais e<br />
culturais e educativas dos países que a constituem.<br />
O Processo de Bolonha iniciou-se com a Declaração da Sorbonne<br />
em Junho de 1998, que suscitou a discussão acerca do<br />
estabelecimento de uma Área Europeia de Ensino Superior.<br />
No plano internacional este processo surgiu inserido numa<br />
tendência global de privatização e desregulação dos sistemas<br />
de ensino superior por todo o mundo. A introdução de taxas<br />
para se estudar, os modelos de gestão corporativa e a comercialização<br />
da educação foram apenas alguns sintomas (bem<br />
expressos nas reformas legais do Ensino Superior operadas no<br />
Governo do Dr. Durão Barroso e no Plano de Estabilidade e<br />
Crescimento) desta crescente tendência de transformar a educação<br />
num bem transaccionável. Associada a esta tendência<br />
convém relembrar a Cimeira de Lisboa em 2000 onde a União<br />
Europeia estabeleceu como objectivo até 2010 tornar-se a<br />
economia baseada no conhecimento mais competitiva do<br />
mundo (objectivo que serviu, aliás, de enquadramento à<br />
recente Directiva Bolkestein).<br />
Entre os principais pontos da agenda de Bolonha estão:<br />
- Garantia da qualidade através de um processo contínuo de<br />
avaliação por intermédio de estruturas plurais e democráticas<br />
que visam, em última instância, a acreditação de cursos e instituições;<br />
- Adopção de um sistema de dois ciclos principais estruturados<br />
em torno do European Credit Transfer System e orientados<br />
para o mercado de trabalho;<br />
- Promoção da mobilidade e simplificação dos processos de<br />
reconhecimento de formações através da adopção do Suplemento<br />
ao Diploma e do Curricula Vitae Europeu;<br />
- Promoção da Aprendizagem ao Longo da Vida.<br />
Relativamente ao segundo objectivo deste artigo convém<br />
relembrar o Fórum sobre Comercialização de Serviços Educativos<br />
ao abrigo da OCDE que decorreu em 23 e 24 de Maio de<br />
2002 em Washington DC, EUA. Subjacente a esta reunião<br />
A FECHAR...<br />
esteve o potencial da educação como um bem transacionável<br />
no plano internacional e na perspectiva liberal de mercado.<br />
Países como os EUA, a Austrália e a Inglaterra têm trazido a<br />
educação a lume em debates sobre proteccionismo e competição<br />
internacional.<br />
Um dos problemas que se coloca à cabeça nesta questão é a<br />
forte componente cultural da educação, que está intimamente<br />
correlacionada com o local e historial da instituição que a<br />
difunde. Por outro lado, a acreditação, a garantia da qualidade<br />
e o reconhecimento de formações podem ser vistos como requisitos<br />
indispensáveis à transposição da educação para um<br />
bem transacionável, dado inserirem-se numa lógica de garantias<br />
e consequente confiança no produto (educação) que os<br />
consumidores (estudantes) estão a adquirir.<br />
Interessará aqui clarificar o que é a educação transacionável.<br />
As transacções internacionais em serviços educativos foram<br />
classificadas pela OCDE utilizando as quatro categorias de<br />
fornecimento transfronteiriço de serviços utilizadas nas negociações<br />
GATS: 1) fornecimento transfronteiriço, que contempla<br />
apenas a venda de um produto além fronteiras (no caso da<br />
educação pode ser um CD-ROM, um livro de textos ou um<br />
serviço fornecido pela Internet); 2) o consumidor cruza a<br />
fronteira, como acontece nos estudantes que vão estudar para<br />
um País estrangeiro; 3) presença comercial, que envolve a presença<br />
dos fornecedores de serviços nos países estrangeiros (por<br />
exemplo, uma Universidade instalar um campus seu num País<br />
estrangeiro); 4) presença de pessoas fornecedoras dos Serviços,<br />
que implica a presença de professores e investigadores num<br />
País estrangeiro de forma a prestarem directamente o “produto”educação.<br />
Dois factores importantes a ponderar quando se analisa a<br />
questão da educação transacionável são as propinas e os custos<br />
de vida, bem como o balanço entre financiamento público e<br />
privado. Nestes domínios importa reflectir sobre os seguintes<br />
pontos: se os países receptores de estudantes cobram ou não<br />
propinas (e se o fazem quem as paga); se os estudantes vão ao<br />
abrigo de programas dos seus países ou de acordos/programas<br />
internacionais e quais as contrapartidas dos mesmos; qual o<br />
sector que sai mais beneficiado (se o público se o privado); os<br />
enviusamentos que podem surgir no equilíbrio de forças entre<br />
financiamento público e privado; o comprometimento do<br />
carácter social da educação.<br />
ECOSY PRESS RELEASE SOBRE AS ELEIÇÕES PRESIDENCIAIS UCRANIANAS<br />
ECOSY – Jovens <strong>Socialista</strong>s Europeus, está profundamente<br />
preocupada com a presente situação após<br />
as eleições presidenciais na Ucrânia no passado<br />
Domingo. De acordo com as missões internas e<br />
internacionais das OSCE/ODIHR, que monitorizam<br />
as eleições de perto, ouve uma conduta irregular das<br />
autoridades Ucranianas.<br />
Para nós, Jovens <strong>Socialista</strong>s Europeus, eleições<br />
livres, democráticas e transparentes são fundamentais<br />
para a Democracia. Os cidadãos da Ucrânia<br />
decidiram sobre o seu futuro, e a sua decisão deve<br />
ser respeitada.<br />
ECOSY apoia convictamente as forças democráticas<br />
na Ucrânia, incluindo os observadores da IUSY, a<br />
União de Jovens <strong>Socialista</strong>s e a Perspectiva<br />
Democrática Social, os partidos da Internacional<br />
<strong>Socialista</strong> como o Partido <strong>Socialista</strong> Ucraniano e o<br />
Partido Social-Democrata da Ucrânia, bem como<br />
todos os membros da sociedade civil nas suas<br />
demonstrações pacíficas e apelos no sentido da afirmação<br />
do direito democrático de obter eleições<br />
livres e transparentes.<br />
A ECOSY apela ao Partido dos <strong>Socialista</strong>s Europeus<br />
e os seus partidos membros, bem como ao grupo<br />
parlamentar do PSE, para apoiar uma Ucrânia em<br />
liberdade de democracia.<br />
A ECOSY apela às autoridades Ucranianas para a<br />
recapitulação dos votos, no sentido de dar um resultado<br />
verdadeiro da eleição presidencial e respeitar a<br />
decisão dos cidadãos da Ucrânia.<br />
Outro problema que se coloca é a regulação por parte dos<br />
diferentes Estados dos Serviços Educativos que têm à disposição<br />
da sociedade, nomeadamente no que respeita à<br />
transparência de conteúdos e qualidade do ensino. Neste<br />
enquadramento surge o GATS, enquanto estrutura de acordos<br />
que visam a criação de uma grelha proporcionadora de<br />
transparência nas trocas comerciais. O GATS (General Agreement<br />
on Trade in Services) é um acordo global que está a ser<br />
desenvolvido a nível da Organização Mundial de Comércio e<br />
que visa o estabelecimento de obrigações gerais para todo o<br />
tipo de serviços excepto os derivados do exercício da autoridade<br />
governamental. Porém, em Janeiro de 2004 a Comissão<br />
Europeia emitiu a “Directiva Bolkestein”, que versa sobre<br />
serviços no mercado interno da União Europeia e visa a criação<br />
de uma zona económica especial. Esta directiva abrange<br />
todos os serviços excepto aqueles prestados pelo Estado no<br />
cumprimento das suas obrigações culturais, sociais, educativas<br />
e judiciais, e onde não haja remuneração. Porém, dado que<br />
uma grande parte dos serviços públicos exige o pagamento de<br />
taxas (propinas, no caso do Ensino Superior), a maioria das<br />
actividades cai dentro do âmbito da Directiva. Ela contém em<br />
si medidas que favorecem a desregulação do mercado interno<br />
da UE ao eliminar gradualmente a restrição existente nos<br />
diversos países relativamente às actividades comerciais. Segundo<br />
a mesma, as regras que prevalecem nas empresas são as do<br />
país de origem, ou seja, uma Universidade Alemã que se<br />
queira instalar em Portugal regulamentar-se-ia e funcionaria<br />
segundo as regras alemãs (princípio do país de origem). Ao<br />
incluir, por omissão, a Educação no âmbito desta Directiva a<br />
Comissão Europeia está não só a promover a comercialização<br />
da mesma mas também a atribuir outra faceta, até agora apenas<br />
latente, ao processo de Bolonha. A do capitalismo neoliberal,<br />
tão querida aos EUA (que por acaso, e só mero acaso, é o<br />
País mais capacitado e que mais investe na exportação de<br />
serviços/formação universitários).<br />
Esta é uma bandeira que, nosso entender, tanto a JS como o<br />
PS deviam agarrar para as batalhas que se avizinham, ou caso<br />
contrário tudo se transformará em bens comercializáveis e a<br />
palavra “social” será apenas um eco de tempos idos. Uma<br />
esquerda, por mais moderna que seja, jamais se pode esquecer<br />
desta palavra.<br />
>> brunonoronha@juventudesocialista.org<br />
À hora do fecho desta edição do <strong>Jovem</strong> estava a realizar-se, na Discoteca People em Santos-o-Velho, em Lisboa, um encontro entre José Sócrates, Secretário<br />
Geral do PS e candidato a Primeiro Ministro, e Pedro Nuno Santos, Secretário Geral da <strong>Juventude</strong> <strong>Socialista</strong>. O encontro com jovens portugueses é subordinado<br />
ao tema “A Emancipação dos Jovens”. Ao que o <strong>Jovem</strong> <strong>Socialista</strong> apurou, o encontro prevê a presença de cerca de 200 jovens, contando-se entre eles<br />
jovens dirigentes associativos e estudantis de todo o país, Pedro Nuno Santos e José Sócrates irão debater o tema, com a juventude portuguesa,<br />
com o intuito de integração das propostas da JS no Programa de Legislatura do Partido <strong>Socialista</strong>