UM DESFILE ATÉ AO TOPO - Diário Económico - Sapo
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40 Fora de Série Março 2011<br />
Dizem que o metro de Lisboa talvez não<br />
seja um bom exemplo. Porque lá não andam<br />
à solta, privando com o comum cidadão,<br />
os grandes empresários, políticos,<br />
gestores, grandes senhores do país. Naturalmente<br />
não encontramos entre Sete Rios e a Baixa-Chiado a<br />
mesma quantidade de PIB por metro quadrado que<br />
encontramos em Londres, a bordo da ‘Central line’,<br />
entre as estações Bond Street e St. Paul. Nem, certamente,<br />
a mesma quantidade de amigos do alheio.<br />
No entanto, meio cheio ou meio vazio, o metro em<br />
hora de ponta – ou o autocarro, o estádio de futebol<br />
em noite de ‘derby’, o Pavilhão Atlântico ou qualquer<br />
outra enchente – é, e sempre será, o paraíso dos<br />
carteiristas, precisamente a categoria profissional<br />
mais afectada pelo lançamento recente, por parte<br />
da marca britânica Dunhill (eles lá sabem…), da carteira<br />
biométrica.<br />
Como disse? Sim, leu bem: biométrica.<br />
Virtualmente indes-<br />
trutível, feita em fi bra de carbono,<br />
esta carteira vem programada<br />
para só se abrir para o dono,<br />
ao toque de uma impressão<br />
digital. Mais. Como fi ca ligada,<br />
via ‘bluetooth’, ao telemóvel do<br />
seu portador, esta carteira ainda<br />
tem o poder de fazer disparar<br />
um alarme no telefone (caso<br />
ambos se separem por mais de<br />
cinco metros, o que é óptimo,<br />
porque também resulta em caso<br />
de roubo do aparelho), que é<br />
audível até dez metros de dis-<br />
Estilo<br />
À PROVA DE CARTEIRISTA<br />
Aquele gesto de levar a mão ao peito para ver se está tudo bem com a carteira, seguido<br />
de um olhar em volta, de pânico instalado. Onde é que já viu isto? Tempos de crise induzem<br />
o aumento da criminalidade – logo de carteiristas. Mas, para grandes males, grandes remédios.<br />
A carteira biométrica da Dunhill inclui um ‘clip’ em aço para notas<br />
e um suporte para cartões de crédito em pele. Vem com manual<br />
de instruções, ‘software’ e cabo USB para carregar a bateria.<br />
TEXTO DE RITA IBÉRICO NOGUEIRA<br />
FEITA EM FIBRA<br />
DE CARBONO,<br />
ESTA CARTEIRA<br />
VEM PROGRAMADA<br />
PAR A SÓ SE ABRIR<br />
PA R A O DONO,<br />
<strong>AO</strong> TOQUE DE<br />
<strong>UM</strong>A IMPRESSÃO<br />
DIGITAL.<br />
tância. Assim, mesmo que algum habilidoso larápio<br />
consiga surripiar a carteira, ainda é possível apanhá-lo<br />
em fl agrante e evitar a apropriação de identidade. É<br />
que, segundo dados fornecidos pela marca, 45% destes<br />
casos resultam de episódios de roubo de carteiras<br />
(e dos documentos nelas contidos).<br />
Estatísticas à parte, há poucas coisas mais desagradáveis<br />
que passar o dia na Loja do Cidadão a refazer<br />
documentos e ao telefone com bancos a cancelar<br />
cartões. Por isso, terão pensado os ‘designers’ da Dunhill,<br />
nada como impedir, a todo o custo, que isso<br />
aconteça. Foram inspirar-se nos arquivos da marca,<br />
onde encontraram a “Mystery Box”, que se abria ao<br />
carregar simultâneamente em três botões ocultos.<br />
Aqui, usando a mais recente tecnologia biométrica,<br />
apenas o proprietário consegue abrir a carteira, com<br />
um simples deslizar de dedos pelo sensor. E, se for<br />
roubada, na pior das hipóteses, fi ca-se sem carteira. O<br />
que é mesmo pena, pois a carteira<br />
biométrica inclui um ar-<br />
rojado ‘clip’ em aço para notas<br />
e suporte para cartões de crédito<br />
em pele Dunhill… A carteira<br />
contém ainda as instruções de<br />
manuseamento e o ‘software’,<br />
bem como um cabo USB para<br />
carregamento – a bateria dura<br />
cerca de cinco dias, mas avisa<br />
quando precisar de carga. Vai<br />
custar à volta de 600 euros e,<br />
pelo sim, pelo não, a loja Dunhill<br />
de Lisboa, nas Amoreiras,<br />
já encomendou umas quantas.<br />
Não vá o metro tecê-las.<br />
FOTOGRAFIAS CEDIDAS PELA MARCA