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UM DESFILE ATÉ AO TOPO - Diário Económico - Sapo

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Personagem<br />

➸ MODA<br />

Primeiro projecto internacional da ModaLisboa.<br />

“Mais Portugal”, foi a primeira e única vez que a Moda-<br />

-Lisboa trabalhou com fundos comunitários, realizou-<br />

-se em Barcelona. Quando se faz um projecto comunitário<br />

tem que se indicar logo os medidores de avaliação<br />

e dizer quais os resultados que se pretende. O projecto<br />

foi tão extraordinário que os resultados ultrapassaram<br />

largamente os objectivos a que nos tínhamos proposto.<br />

Partimos de um conceito de ‘lifestyle’ e moda mas alocámos<br />

uma série de artistas e empresas portuguesas que<br />

nada tinham a ver com moda. Foi um ponto de abertura<br />

extraordinário. A seguir, tivemos um momento de grande<br />

depressão, quando veio a lei que vetou os fundos comunitários<br />

para Lisboa e Vale do Tejo. Em todas as leis<br />

há situações de excepção e para a ModaLisboa deveria<br />

ter sido criada uma. Percebemos que fazer bem não era<br />

um património reconhecido em Portugal.<br />

A lei trouxe consequências para a ModaLisboa?<br />

Ficou em causa o crescimento internacional que iria ser<br />

grandioso porque tínhamos acabado de o provar.<br />

2003<br />

➸ MODA<br />

A ModaLisboa passou a ter quatro dias. Foi uma<br />

reacção ao que vos tinha acontecido?<br />

Sim, se não podemos trabalhar internacionalmente,<br />

então façamo-lo mais em Portugal. Vamos crescer<br />

mais localmente, e também chamar mais imprensa<br />

internacional. E foi aí que começámos a trabalhar<br />

conscientemente a ModaLisboa enquanto marca.<br />

2004<br />

➸ DESPORTO<br />

Euro 2004 em Portugal. Também pendurou a bandeira<br />

na janela?<br />

Claro! Foi outra altura em que o país se voltou a unir,<br />

depois da Expo 98. Estava fascinada com as multidões<br />

nos estádios e a emoção de gritar golo.<br />

➸ NACIONAL<br />

Pedro Santana Lopes tomou posse como primeiro-ministro,<br />

mandato que foi interrompido pouco<br />

tempo depois. Merecia ter tido mais tempo?<br />

Uma pergunta muito difícil de responder na medida em<br />

que, para nós, coloca-se outra questão. O Dr. Pedro Santana<br />

Lopes ter saído da presidência da Câmara Municipal<br />

de Lisboa para ter ido para primeiro-ministro, fez com<br />

que entrasse o Eng.º Carmona Rodrigues que fez com<br />

que a ModaLisboa deixasse de estar em Lisboa. A nossa<br />

memória está mais alavancada a essa questão.<br />

➸ INTERNACIONAL<br />

Lançamento do Facebook. Qual é a sua relação com<br />

as novas tecnologias e com as redes sociais?<br />

No escritório fui a primeira a entrar no Facebook e eram<br />

todos contra! Mais tarde perceberam que pode ser um<br />

instrumento de trabalho extraordinário. Neste momento,<br />

o Facebook serve para editar coisas que acho interessantes,<br />

não tenho aplicação nenhuma, não jogo e não<br />

tenho por hábito pôr as minhas fotografi as de férias ou<br />

das festas onde vou. Nunca divulgo os meus amigos.<br />

Estou a fazer um diário, onde escrevo sempre às 22h, já<br />

é um ritual. Comecei a fazê-lo dia 1 de Janeiro e é uma<br />

forma de comunicar com uma imagem e com uma frase<br />

qual é o meu ‘mood’ no fi nal do dia. Edito também<br />

vídeos, coisas de criadores nacionais e internacionais. E<br />

tenho um blogue que é um arquivo de coisas que editei<br />

há uns três anos no Facebook. O Twitter ainda não ac-<br />

26 Fora de Série Março 2011<br />

tivei porque estou muito neste blogue. Estou também<br />

no Smallworld, mais para trabalho, no Star Tracker e no<br />

LinkedIn.<br />

2005<br />

➸ NACIONAL<br />

Eleições legislativas em Portugal, com a vitória do<br />

PS de José Sócrates.<br />

(silêncio) Acho que é um politico, do ponto de vista<br />

estético, carismático e que tem preocupações na maneira<br />

como se mostra, como fala e como se apresenta.<br />

Tem uma série de características que poderiam fazer<br />

dele um excelente primeiro-ministro, mas acho que<br />

é demasiadamente centrado em si.<br />

“TODA A MINHA VIDA<br />

CORRI RISCOS PORQUE<br />

SOU <strong>UM</strong>A PESSOA<br />

QUE GOSTA<br />

DE EXPERIMENTAR<br />

TUDO E VER TUDO,<br />

E ESTOU AQUI, NORMAL”.<br />

Eduarda com top em seda e blusão em linho e<br />

pele, ambos Aleksandar Protic. Calças de ganga<br />

Levi’s. Colar com pendente em ouro amarelo, fi o<br />

em ouro amarelo e pulseira em argolas, tudo em<br />

da H. Stern.<br />

➸ INTERNACIONAL<br />

Morre João Paulo II que era um Papa muito querido.<br />

Sentia isso?<br />

Sim, usava Doc Martens, era super humanitário e era<br />

um Papa muito compreensivo e moderno e muito respeitado<br />

por todas as religiões. Tinha uma grande abertura<br />

às outras religiões que não a Católica.<br />

Angela Merkel é eleita chanceler da Alemanha. É<br />

a primeira mulher a ocupar este cargo na história<br />

do país. Fazem falta mais mulheres na política?<br />

Fazem e é urgente. Para já, porque em termos estatísticos<br />

as mulheres são mais do que os homens e depois porque<br />

as mulheres têm sempre uma perspectiva mista e podem<br />

ser tão pragmáticas quanto os homens.<br />

2006<br />

➸ NACIONAL<br />

Fim do jornal “O Independente”.<br />

Cumpriu uma função, era o outro lado da balança. O<br />

seu desaparecimento fez com que esse espaço também<br />

desaparecesse da sociedade portuguesa. Sempre<br />

que um jornal ou uma revista fecha a equipa ressente-se<br />

disso e acho que o Miguel Esteves Cardoso, que<br />

durante muitos anos esteve ausente, não se fez ver,<br />

foi a pessoa que mais sentiu, talvez por ser mais emocional.<br />

Cavaco Silva é eleito Presidente da República.<br />

Temos o homem que os portugueses escolheram.<br />

2007<br />

➸ NACIONAL<br />

Portugal aprovou em referendo a despenalização do<br />

aborto. É a favor ou contra?<br />

Eu não sou a favor do aborto, sou a favor de uma prevenção<br />

e de uma educação sexual correcta. Agora, há<br />

situações extremas que, obviamente, têm que ser contempladas<br />

e feitas em condições. E as pessoas recorriam<br />

em sistemas ilegais, correndo riscos imensos, inclusivamente<br />

de morte, pagando balúrdios indo a Espanha, e<br />

dando uma falsa imagem do país.

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