UM DESFILE ATÉ AO TOPO - Diário Económico - Sapo

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Destaque AS DEZ CIDADES MAIS LUXUOSAS DA CHINA As cidades na China estão a desenvolver- -se à velocidade da luz. O luxo impera cada vez mais nas grandes metrópoles, mas também nas pequenas cidades. De acordo com a JRJ, consultora fi nanceira chinesa, umas são uma verdadeira surpresa, outras nem tanto. 12 Fora de Série Março 2011 XANGAI Tem mais marcas de luxo que qualquer outra cidade da China. É lá que vivem os mais ricos. Há pontos de venda para todas as grandes marcas, em centros comerciais ou ruas chiques como Nanjing Lu ou o bairro Bond. PEQUIM As lojas não são tão boas, nem tantas como em Xangai, mas estão a melhorar. Há mais milionários que N a China o ano é do Coelho. De prosperidade, sorte e sucesso fi nanceiro. Os números indicam que, em 2010, a China ultrapassou o Japão passando a ser a segunda maior economia do mundo, logo atrás dos Estados Unidos. Mas os analistas estimam que, em apenas dez anos, o país venha a ocupar o primeiro lugar do pódio. Os chineses estão bem e recomendam-se. Enquanto a crise cresce na Europa, na China são as fortunas que aumentam. E cada vez mais cedo. Um estudo do CLSA, grupo de investimento da Ásia, indica que os milionários chineses são muitos e 15 anos mais novos que os ricos do resto do mundo. Vêm de uma geração que gosta de viajar, seguir tendências e gastar. Gastar, mas gastar bem. Consumir bons produtos, grandes marcas, coisas caras e luxuosas. Depois de terem passado anos e anos a poupar, os chineses estão agora a aproveitar a vida, a compensar o tempo perdido e a mimar-se. Aprenderam a ter confi ança na sua Economia, a ter dinheiro e a sentirem-se confortáveis com isso. Existe um grande desejo de ‘status’ até porque os chineses acreditam que “as pessoas são aquilo que vestem”, diz um estudo da consultora KPMG. O crescimento da Economia do país está a impulsionar o mercado do luxo que, até 2008, crescia a uma taxa de 20% ao ano e que, a avaliar pelos estudos, em 2015 de- em Xangai, mas o luxo não está tão presente. HANGZHOU Capital de uma das províncias mais ricas da China, a cidade tem muitos empresários e consumidores ricos. O centro empresarial Brand Street é um dos mais famosos e mais desenvolvidos bairros do país. Faz lembrar a via Montenapoleone, em Milão. CANTÃO O poder de compra dos habitantes de Cantão é grande mas, por uma questão histórica e geográfi ca, estes consumidores costumam fazer compras em Hong Kong. Desenvolve-se mais lentamente. SHENZHEN A cidade faz fronteira com Hong Kong e é sobretudo lá que se fazem as compras no que diz respeito aos produtos de luxo. É, rica em móveis ou lojas ‘hi-tech’. CHENGDU Representa a moda topo de gama no centro da China. É vista como uma cidade modelo da região centro. É estratégica para as marcas de luxo. CHONGQING O retrato é o mesmo que em Chengdu. DEPOIS DE ANOS A POUPAR, OS CHINESES ESTÃO A APROVEITAR A VIDA. APRENDERAM A TER DINHEIRO E A SENTIREM-SE BEM COM ISSO. QINGDAO Desenvolveu-se muito nos últimos anos com a aposta das grandes marcas e carros topo de gama. É paragem obrigatória dos turistas e, por isso, capital da moda na província de Shandong. XI’AN Tem um dos centros comerciais mais CHENGDU modernos do país, o Xi’an Zhongda. Os especialistas estimam que venha a ultrapassar as cidades de Chengdu e Chongqing, em progresso e desenvolvimento. DALIAN É o centro comercial do Norte da China. Estão lá muitas marcas internacionais e asiáticas. É sobretudo uma cidade turística e ponto de passagem. XI’AN CHONGQING PEQUIM QINGDAO SHENZHEN CANTÃO XANGAI HANGZHOU DALIAN verá estar no topo da pirâmide mundial com 29% do consumo a vir da China. O país passou a ser o grande fi lão das grandes marcas, o mercado onde todos querem estar e apostar. A Chanel, por exemplo – que hoje está no cimo das preferências dos consumidores chineses –, considera que a entrada no país foi estratégica para a marca. O porta-voz disse à Fora de Série que a Chanel vai continuar a investir na China e a expandirse por cidades mais pequenas. “É um mercado muito diverso. É indispensável não só escolher o local ideal, mas também perceber a cultura e o ‘lifestyle’ de cada região”, diz. INVESTIR NA CHINA Os estudos indicam que a localização é um dos principais problemas quando se parte à conquista da China. Uma má escolha pode ser determinante para o insucesso das marcas. É preciso ter em conta os vizinhos, a rua, os acabamentos da loja e tudo o mais que possa pôr em causa o prestígio da marca. Até mesmo o centro comercial. Embora sejam muitos na China, são ainda poucos os que podem ser considerados de luxo. Um problema que leva muitas marcas a preferir estabelecer-se nas lojas dos hotéis de cinco estrelas. Pequim, NA ABERTURA, FOTOGRAFIA DE RYAN PYLE/CORBIS/VMI. NESTA PÁGINA, FOTOGRAFIA DE BOBBY YIP/REUTERS

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Destaque<br />

AS DEZ CIDADES MAIS LUXUOSAS DA CHINA<br />

As cidades na China<br />

estão a desenvolver-<br />

-se à velocidade da<br />

luz. O luxo impera<br />

cada vez mais nas<br />

grandes metrópoles,<br />

mas também nas<br />

pequenas cidades. De<br />

acordo com a JRJ,<br />

consultora fi nanceira<br />

chinesa, umas são<br />

uma verdadeira<br />

surpresa, outras nem<br />

tanto.<br />

12 Fora de Série Março 2011<br />

XANGAI<br />

Tem mais marcas de<br />

luxo que qualquer<br />

outra cidade da<br />

China. É lá que vivem<br />

os mais ricos. Há<br />

pontos de venda para<br />

todas as grandes<br />

marcas, em centros<br />

comerciais ou ruas<br />

chiques como Nanjing<br />

Lu ou o bairro Bond.<br />

PEQUIM<br />

As lojas não são tão<br />

boas, nem tantas<br />

como em Xangai, mas<br />

estão a melhorar. Há<br />

mais milionários que<br />

N<br />

a China o ano é do Coelho. De prosperidade, sorte e sucesso<br />

fi nanceiro. Os números indicam que, em 2010,<br />

a China ultrapassou o Japão passando a ser a segunda<br />

maior economia do mundo, logo atrás dos Estados Unidos.<br />

Mas os analistas estimam que, em apenas dez anos,<br />

o país venha a ocupar o primeiro lugar do pódio.<br />

Os chineses estão bem e recomendam-se. Enquanto a crise<br />

cresce na Europa, na China são as fortunas que aumentam.<br />

E cada vez mais cedo. Um estudo do CLSA, grupo de<br />

investimento da Ásia, indica que os milionários chineses<br />

são muitos e 15 anos mais novos que os ricos do resto do<br />

mundo. Vêm de uma geração que gosta de viajar, seguir<br />

tendências e gastar. Gastar, mas gastar bem. Consumir<br />

bons produtos, grandes marcas, coisas caras e luxuosas.<br />

Depois de terem passado anos e anos a poupar, os chineses<br />

estão agora a aproveitar a vida, a compensar o tempo<br />

perdido e a mimar-se. Aprenderam a ter confi ança na<br />

sua Economia, a ter dinheiro e a sentirem-se confortáveis<br />

com isso. Existe um grande desejo de ‘status’ até porque<br />

os chineses acreditam que “as pessoas são aquilo que vestem”,<br />

diz um estudo da consultora KPMG.<br />

O crescimento da Economia do país está a impulsionar<br />

o mercado do luxo que, até 2008, crescia a uma taxa de<br />

20% ao ano e que, a avaliar pelos estudos, em 2015 de-<br />

em Xangai, mas o luxo<br />

não está tão presente.<br />

HANGZHOU<br />

Capital de uma das<br />

províncias mais<br />

ricas da China, a<br />

cidade tem muitos<br />

empresários e<br />

consumidores ricos.<br />

O centro empresarial<br />

Brand Street é um dos<br />

mais famosos e mais<br />

desenvolvidos bairros<br />

do país. Faz lembrar a<br />

via Montenapoleone,<br />

em Milão.<br />

CANTÃO<br />

O poder de compra<br />

dos habitantes de<br />

Cantão é grande mas,<br />

por uma questão<br />

histórica e geográfi ca,<br />

estes consumidores<br />

costumam fazer<br />

compras em Hong<br />

Kong. Desenvolve-se<br />

mais lentamente.<br />

SHENZHEN<br />

A cidade faz fronteira<br />

com Hong Kong e é<br />

sobretudo lá que se<br />

fazem as compras no<br />

que diz respeito aos<br />

produtos de luxo. É,<br />

rica em móveis ou<br />

lojas ‘hi-tech’.<br />

CHENGDU<br />

Representa a moda<br />

topo de gama no<br />

centro da China.<br />

É vista como uma<br />

cidade modelo da<br />

região centro. É<br />

estratégica para as<br />

marcas de luxo.<br />

CHONGQING<br />

O retrato é o mesmo<br />

que em Chengdu.<br />

DEPOIS DE ANOS<br />

A POUPAR, OS CHINESES<br />

ESTÃO A APROVEITAR<br />

A VIDA. APRENDERAM<br />

A TER DINHEIRO<br />

E A SENTIREM-SE<br />

BEM COM ISSO.<br />

QINGD<strong>AO</strong><br />

Desenvolveu-se muito<br />

nos últimos anos com<br />

a aposta das grandes<br />

marcas e carros<br />

topo de gama. É<br />

paragem obrigatória<br />

dos turistas e, por<br />

isso, capital da moda<br />

na província de<br />

Shandong.<br />

XI’AN<br />

Tem um dos centros<br />

comerciais mais<br />

CHENGDU<br />

modernos do país,<br />

o Xi’an Zhongda.<br />

Os especialistas<br />

estimam que venha<br />

a ultrapassar as<br />

cidades de Chengdu<br />

e Chongqing,<br />

em progresso e<br />

desenvolvimento.<br />

DALIAN<br />

É o centro comercial<br />

do Norte da China.<br />

Estão lá muitas<br />

marcas internacionais<br />

e asiáticas. É<br />

sobretudo uma cidade<br />

turística e ponto de<br />

passagem.<br />

XI’AN<br />

CHONGQING<br />

PEQUIM<br />

QINGD<strong>AO</strong><br />

SHENZHEN<br />

CANTÃO<br />

XANGAI<br />

HANGZHOU<br />

DALIAN<br />

verá estar no topo da pirâmide mundial com 29% do<br />

consumo a vir da China. O país passou a ser o grande<br />

fi lão das grandes marcas, o mercado onde todos querem<br />

estar e apostar. A Chanel, por exemplo – que hoje<br />

está no cimo das preferências dos consumidores chineses<br />

–, considera que a entrada no país foi estratégica<br />

para a marca. O porta-voz disse à Fora de Série que a<br />

Chanel vai continuar a investir na China e a expandirse<br />

por cidades mais pequenas. “É um mercado muito<br />

diverso. É indispensável não só escolher o local ideal,<br />

mas também perceber a cultura e o ‘lifestyle’ de cada<br />

região”, diz.<br />

INVESTIR NA CHINA<br />

Os estudos indicam que a localização é um dos principais<br />

problemas quando se parte à conquista da China.<br />

Uma má escolha pode ser determinante para o insucesso<br />

das marcas. É preciso ter em conta os vizinhos,<br />

a rua, os acabamentos da loja e tudo o mais que possa<br />

pôr em causa o prestígio da marca. Até mesmo o centro<br />

comercial. Embora sejam muitos na China, são ainda<br />

poucos os que podem ser considerados de luxo. Um<br />

problema que leva muitas marcas a preferir estabelecer-se<br />

nas lojas dos hotéis de cinco estrelas. Pequim,<br />

NA ABERTURA, FOTOGRAFIA DE RYAN PYLE/CORBIS/VMI. NESTA PÁGINA, FOTOGRAFIA DE BOBBY YIP/REUTERS

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