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Edição 04 - Unicred Rio

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UNICRED RIO: conectando você ao universo cooperativista.<br />

Sinal verde<br />

para as<br />

cooperativas<br />

de crédito<br />

Entenda porque elas<br />

foram menos afetadas<br />

do que os grandes bancos<br />

pela crise mundial<br />

Poupar agora para<br />

consumir consumir depois<br />

Um guia prático sobre<br />

o bom hábito da poupança poupança<br />

COOP<br />

A maior cooperativa cooperativa de<br />

consumo consumo da América América Latina Latina<br />

Dezembro de 2011 | <strong>Edição</strong> <strong>04</strong><br />

| 1<br />

Maio 2011<br />

7 o Feirão <strong>Unicred</strong> • Premiações Uniquotas • Eventos • Festa no Theatro Municipal


sensedesign.com.br


Anuncie na<br />

Coonecta<br />

3475-2<strong>04</strong>3<br />

marketing@unicredrio.com.br<br />

Projeto Editorial:<br />

Sense Design & Comunicação<br />

R. Visconde de Pirajá, 437/403 - Ipanema<br />

RJ - Tel: (21) 2224-6633<br />

sense@sensedesign.com.br<br />

www.sensedesign.com.br<br />

Textos: Fadua Matuck | Maria Vianna | Sense Design<br />

A reprodução dos textos deste informativo<br />

é autorizada, desde que citada a fonte.<br />

Tiragem: 10.000 exemplares<br />

Sumário<br />

02<br />

03<br />

<strong>04</strong><br />

07<br />

12<br />

20<br />

22<br />

27<br />

30<br />

33<br />

34<br />

Editorial<br />

Espaço do Leitor<br />

Comercial<br />

Notícias <strong>Unicred</strong><br />

Economia e Finanças Pessoais<br />

Eventos<br />

Capa<br />

Cooperativismo no Mundo<br />

Cooperativismo na Prática<br />

Você Sabia?<br />

Seu Mundo<br />

14<br />

27<br />

30<br />

Hábito de<br />

poupar<br />

A importância de gastar<br />

menos do que se ganha<br />

Cooperativismo<br />

de Crédito<br />

Conheça os grandes sistemas<br />

que dominam o segmento<br />

crédito no Brasil<br />

COOP<br />

Maior cooperativa de<br />

consumo da América<br />

Latina completa 57 anos<br />

| 1<br />

Dezembro 2011


Cooperativa de Economia e<br />

Crédito Mútuo dos Médicos<br />

do <strong>Rio</strong> de Janeiro Ltda.<br />

Bangu:<br />

Rua Francisco Real, 1950 / loja 112<br />

cep 21810-<strong>04</strong>2<br />

Barra:<br />

Av. Armando Lombardi, 400 / loja 103<br />

cep 22640-000<br />

Centro:<br />

Rua São José, 70 / 15 o andar<br />

cep 20010-020<br />

Rua do Ouvidor, 161 / loja 201<br />

cep 20<strong>04</strong>0-030<br />

Copacabana:<br />

Rua Barata Ribeiro, 370 / loja 217<br />

cep 22011-001<br />

Ilha do Governador:<br />

Estrada do Galeão, 826 / loja 109<br />

cep 21931-000<br />

Madureira:<br />

Estrada do Portela, 99 / loja 224 (Polo I)<br />

cep 21351-901<br />

Méier:<br />

Rua Dias da Cruz, 188 / loja 208<br />

cep 20720-010<br />

Tijuca:<br />

Praça Saens Peña, 45 / loja 305<br />

cep 20520-090<br />

Terminais de Auto-Atendimento<br />

BARRA: Unidade <strong>Unicred</strong><br />

e Centro Médico BarraShopping<br />

BENFICA: Pac Unimed Benfica<br />

(R. CAPITÃO FELIX, 34)<br />

BOTAFOGO: Shopping Plaza Botafogo<br />

(NA SAÍDA DO ESTACIONAMENTO,<br />

NO ESPAÇO DOS CAIXAS ELETRÔNICOS)<br />

CACHAMBI: Norte Shopping<br />

(NO POOL DE BANCOS DO ESTACIONAMENTO<br />

SUBURBANA, PRÓXIMO À C&A, 1º PISO)<br />

CENTRO: <strong>Unicred</strong> Ouvidor<br />

GÁVEA: Shopping da Gávea<br />

(NO 3º PISO, NO HALL DE CAIXAS ELETRÔNICOS)<br />

Central de Relacionamento<br />

3475-2000 | 2217-9000<br />

www.unicredrio.com.br<br />

Diretoria Executiva 2009-2012<br />

Presidente<br />

Dra. Denise Damian<br />

Diretor Financeiro<br />

Dr. Mario Rodolfo S. M. Chaves<br />

Diretor Administrativo<br />

Dr. Armido Claudio Mastrogiovanni<br />

Editorial<br />

Ao entregar aos leitores uma nova<br />

edição da Coonecta, temos a alegria<br />

e o orgulho de reunir um conjunto de<br />

temas de especial relevância para o<br />

meio cooperativista.<br />

Na matéria de capa, é discutida a grande capacidade<br />

de adaptação das cooperativas de crédito frente às<br />

recentes crises financeiras mundiais: com atuação<br />

menos globalizada, elas sofreram impactos bem menores<br />

do que os grandes bancos comerciais. Logo a seguir, o artigo da página 27<br />

traça um panorama dos grandes sistemas do segmento crédito no Brasil, entre os<br />

quais orgulhosamente figuramos como integrantes do Sistema <strong>Unicred</strong>.<br />

Também os excelentes resultados alcançados pelo 7º Feirão <strong>Unicred</strong> merecem<br />

registro, conforme você confere na página 4.<br />

Esta quarta edição de nossa Revista contempla, ainda, vários acontecimentos<br />

ocorridos na área médica nos últimos meses, com especial destaque para a Festa<br />

do Dia do Médico Unimed-<strong>Rio</strong>, comemorado junto com os festejos pelos 40 anos<br />

de fundação da empresa.<br />

Não só esses fatos, mas também vários outros que destacamos ao longo das páginas<br />

seguintes, enfocam a atuação da <strong>Unicred</strong> <strong>Rio</strong> no ano que se encerra e em<br />

que, uma vez mais, tivemos o grato sentimento de assistir à significativa expansão<br />

de nossa Cooperativa. Em 20 de dezembro último pudemos celebrar mais este<br />

ciclo de realizações reunindo os cooperados para uma belíssima apresentação do<br />

balé O Quebra-Nozes no Theatro Municipal. Foi um prazer tê-los conosco!<br />

Com uma especial mensagem de agradecimento à dedicação da equipe de colaboradores<br />

e o mais profundo reconhecimento ao apoio recebido dos associados<br />

em mais um favorável exercício social, formulamos a todos nossos votos de um<br />

Feliz Ano Novo.<br />

Boa leitura!<br />

Dra. Denise Damian<br />

Presidente da <strong>Unicred</strong> <strong>Rio</strong><br />

Diretoria Colegiada<br />

2009-2012<br />

Dr. Célio Abdalla, Dr. Celso Nardin de<br />

Barros, Dr. David Szpacenkopf, Dra. Elisa<br />

Maria Vicente Perrotta, Dr. Francisco José<br />

Medina, Dr. Jorge Farha, Dr. José Tavela<br />

Filho, Dr. Sidney Sepúlveda dos Santos,<br />

Dra. Vera Lúcia Monteiro Pereira<br />

Conselho Fiscal 2011-2012<br />

Dra. Iracema Pacífico de Souza<br />

Dr. Benjamin Waissmann<br />

Dra. Kássie Regina Neves Cargnin<br />

Suplentes<br />

Dra. Celia Regina da Silva<br />

Dr. Paulo Sergio da Silva Branco<br />

Dra. Edilma Cristina Santos Ribeiro


Espaço do Leitor<br />

A sua contribuição é muito importante para tornar a Coonecta cada vez melhor.<br />

Envie suas sugestões, críticas ou comentários para marketing@unicredrio.com.br.<br />

“Utilizei o curso de ‘Negociação’ e o de ‘Como Reduzir<br />

custos em Telefonia’. Me surpreendi desde o início com o<br />

enfoque predominantemente prático do material disponibilizado.<br />

Usando uma linguagem acessível e utilizandose<br />

de exemplos muito comuns do nosso dia a dia, o curso<br />

nos fornece ferramentas valiosas e muito factíveis para<br />

enfrentar situações com as quais lidamos frequentemente<br />

em nossa vida social e profissional. As questões são abordadas<br />

de uma forma bem completa e, por isso, os conteúdos<br />

são extensos, é verdade! Mas a didática segmentação<br />

em módulos e a disponibilização de testes torna o aprendizado<br />

fácil e agradável.<br />

A possibilidade de acessar o curso através de um link<br />

enviado para o meu e-mail pela minha gerente de relacionamento<br />

<strong>Unicred</strong> foi determinante para que eu<br />

pudesse não só conhecer, como também fazer os cursos.<br />

Agradeço a oportunidade e parabenizo a Cooperativa<br />

pela iniciativa.”<br />

DR. GUSTAVO GUAGLIARDI PACHECO<br />

OTORRINOLARINGOLOGISTA<br />

COOPERADO UNICRED RIO<br />

Como cadastrar<br />

contas em débito<br />

automático pelo<br />

Internet Banking?<br />

A <strong>Unicred</strong> <strong>Rio</strong> mantém convênio<br />

com diversas operadoras para o<br />

pagamento de contas com débito<br />

automático em conta corrente.<br />

Confira abaixo o passo a passo para<br />

cadastrar suas contas para débito<br />

automático, utilizando o Internet<br />

Banking.<br />

1. Acesse o Internet Banking<br />

através do site www.unicredrio.com.br<br />

2. No menu à esquerda, clique no<br />

item CONVÊNIOS e, em seguida,<br />

selecione a opção CADASTRAMENTO<br />

DE CONTRATOS DE DÉBITO<br />

AUTOMÁTICO<br />

3. Digite a senha do Cartão de<br />

Segurança referente à posição<br />

solicitada<br />

4. Na próxima tela, selecione na<br />

lista de convênios disponíveis a<br />

opção que deseja cadastrar.<br />

No campo CÓDIGO DO OPTANTE,<br />

digite o código de débito que<br />

consta em sua fatura da operadora<br />

5. Clique no botão CADASTRAR<br />

6. Na próxima tela, confira os<br />

dados da operação e digite sua<br />

SENHA INTERNET DE 8 DÍGITOS<br />

para confirmar o cadastramento<br />

Pelo Internet Banking, também é<br />

possível cancelar o cadastramento<br />

de contas para débito automático e<br />

emitir comprovantes.<br />

PARA MAIS INFORMAÇÕES,<br />

CONSULTE A CENTRAL DE<br />

RELACIONAMENTO.<br />

| 3<br />

Dezembro 2011


Comercial<br />

7º Feirão <strong>Unicred</strong> vira exemplo de projeto<br />

bem-sucedido e inspira outras cooperativas<br />

Na Marina da Glória, cooperados confraternizaram e aproveitaram as diversas ofertas feitas para eles<br />

Em um fim de semana especialmente<br />

ensolarado de outubro, os cooperados<br />

da <strong>Unicred</strong> <strong>Rio</strong> aproveitaram<br />

a 7ª edição do evento, o maior organizado<br />

até hoje, e puderam usufruir de<br />

uma variedade de benefícios criados<br />

somente para eles. Nos dias 29 e 30,<br />

quem passou pela Marina da Glória<br />

não se arrependeu. Além de 21 concessionárias<br />

de veículos nacionais e<br />

importados com preços imbatíveis, os<br />

visitantes puderam escolher entre as<br />

ofertas da Ricardo Eletro e do Sam’s<br />

Club e comprar desde aparelhos para<br />

consultório até bicicletas elétricas.<br />

Com um sorriso estampado no<br />

rosto, Dra. Denise Damian, Presidente<br />

4 | Dezembro 2011<br />

da Cooperativa, comemorou o projeto<br />

bem-sucedido e resumiu: “O evento<br />

superou todas as nossas expectativas,<br />

foi realmente um sucesso”. Foram vendidos<br />

305 automóveis, de marcas como<br />

Nissan, Ford, Peugeot, Volkswagen,<br />

Honda, Jac Motors e Chery.<br />

A grande novidade da edição foi<br />

a parceria com duas cooperativas, a<br />

COOMPERJ (Cooperativa de Crédito<br />

Mútuo dos Integrantes do Ministério<br />

Público no Estado do <strong>Rio</strong> de Janeiro)<br />

e a CECREMEF (Cooperativa de Economia<br />

e Crédito Mútuo dos Empregados<br />

de Furnas e das Demais<br />

Empresas do Sistema Eletrobrás Ltda),<br />

que ofereceram a seus cooperados<br />

seu próprio financiamento com<br />

condições específicas.<br />

Dr. Armido Mastrogiovanni, Diretor<br />

Administrativo da Cooperativa,<br />

explicou que o Feirão já virou modelo<br />

para outras cooperativas, que estiveram<br />

no local para aprender com o<br />

sucesso do evento da <strong>Unicred</strong>. “Este<br />

Feirão representa um marco para nós.<br />

Há 7 anos, estávamos aprendendo a<br />

organizar um evento deste porte,<br />

agora estamos ensinando. No início,<br />

eram apenas 4 concessionárias oferecendo<br />

descontos especiais. Hoje, temos<br />

parceria com 21”, comemorou.<br />

O Feirão foi coordenado por uma<br />

equipe de cinco colaboradores da


<strong>Unicred</strong>, Cláudio Salvador (Comercial),<br />

Viviane Fonseca (Marketing), Carlos<br />

Eduardo Fonseca (Gerenciamento de<br />

Projetos), Sandro dos Santos (Administrativo)<br />

e Fabrícia Bias (Operacional).<br />

Dr. Armido fez questão de elogiar a<br />

dedicação dos envolvidos na organização,<br />

que a cada ano fazem um trabalho<br />

cada vez mais profissional. “Este evento<br />

não seria possível sem tantas pessoas<br />

que se dedicaram com afinco ao projeto.<br />

Este é resultado de trabalho, muito<br />

trabalho, e uma grande dedicação”.<br />

Francisco Carlos Bezerra da Silva,<br />

Diretor-Presidente da CECREMEF,<br />

ficou surpreso com o clima alegre<br />

e convidativo do evento. “Vemos<br />

que existe toda uma preocupação<br />

com o ambiente e com o conforto<br />

das pessoas. É realmente uma feira<br />

para aproveitar descontos que não<br />

são encontrados em outros lugares<br />

e confraternizar com os colegas de<br />

profissão e os familiares”, afirmou.<br />

As crianças puderam se divertir<br />

em um espaço feito especialmente<br />

para elas, e os adultos tiveram a<br />

opção de se deliciar com os mais variados<br />

petiscos que iam do cachorroquente<br />

ao sushi. O sorteio de duas<br />

bicicletas motorizadas, uma por dia,<br />

também foi outro ponto alto.<br />

Carlos Eduardo Fonseca lembrou<br />

que, a cada ano, o número de parceiros<br />

cresce, e que vale a pena tirar<br />

um dia para conhecer as novidades<br />

disponíveis em cada edição da feira.<br />

“São vantagens realmente muito boas.<br />

Dependendo da concessionária, alguns<br />

veículos estavam à venda com descontos<br />

de até R$ 8 mil. Isso não se<br />

encontra em nenhum outro lugar”.<br />

Já Viviane Fonseca festejou a quantidade<br />

de visitantes, que chegou a<br />

dobrar em comparação ao evento<br />

passado. “Temos uma grande preocupação<br />

com a família do cooperado<br />

e oferecemos toda uma estrutura<br />

para ele aproveitar o dia na companhia<br />

dos colegas. Com as novas<br />

parcerias, conseguimos elaborar um<br />

evento inédito, que está virando modelo<br />

para outras cooperativas, e só<br />

traz vantagens aos cooperados”.<br />

Para Marcelo Espíndola, Superintendente<br />

de Desenvolvimento, a previsão<br />

é de que cada Feirão seja melhor<br />

que o último que passou, e que os<br />

cooperados tenham cada vez mais a<br />

ganhar: “As vantagens oferecidas realmente<br />

valem a visita. Em que outro<br />

lugar podemos encontrar as melhores<br />

concessionárias juntas, com cerca de<br />

12 modelos de carro cada uma, reunidas<br />

em um só local? Os cooperados já<br />

estão procurando saber quando será a<br />

próxima edição, ligam para saber se já<br />

marcamos data. Isto, para nós, é a<br />

marca do sucesso.”<br />

Comercial<br />

A PRESIDENTE DRA. DENISE DAMIAN E OS<br />

DIRETORES DR. MARIO RODOLFO CHAVES<br />

E DR. ARMIDO MASTROGIOVANNI<br />

SORTEIAM UMA BICICLETA ELÉTRICA<br />

DURANTE O EVENTO.<br />

DRA. DENISE DAMIAN E<br />

DR. MARIO RODOLFO CHAVES COM A<br />

CONSELHEIRA DRA. ELISA PERROTTA.<br />

| 5<br />

Dezembro 2011


Comercial<br />

<strong>Unicred</strong> <strong>Rio</strong> oferece<br />

serviço gratuito de<br />

custódia de cheques<br />

Gerenciar os recursos financeiros<br />

de uma empresa com certeza não é<br />

tarefa simples e poder contar com<br />

assessoria especializada é sempre<br />

bom. Para dar uma mãozinha nessa<br />

área, a <strong>Unicred</strong> <strong>Rio</strong> coloca à disposição<br />

de seus sócios mais um recurso<br />

de grande utilidade: o serviço<br />

de custódia de cheques pré-datados.<br />

Sem qualquer custo para o associado,<br />

seus cheques pré-datados são<br />

entregues aos cuidados da Cooperativa,<br />

que faz um rígido controle<br />

de cada documento recebido sob<br />

condição de apresentação futura,<br />

garantindo que não haja falha no<br />

encaminhamento para depósito em<br />

conta corrente nas datas ajustadas.<br />

As vantagens do procedimento são<br />

muitas e vale a pena analisá-las ao<br />

NOSSOS NÚMEROS<br />

OPERAÇÕES DE<br />

CRÉDITO (EM R$ 1.000)<br />

181.818<br />

6 | Dezembro 2011<br />

30/11/2011<br />

fazer seu planejamento financeiro.<br />

Com a guarda pela Cooperativa,<br />

reduz-se a preocupação com perda,<br />

roubo ou qualquer outro risco de<br />

manter diversos cheques no consultório<br />

ou escritório. Sem gerar juros<br />

ou tarifas, o serviço também facilita<br />

o controle de documentos e evita<br />

que, por engano, uma apresentação<br />

seja feita fora da data acertada e<br />

cause transtornos para o emitente.<br />

E, ainda, os cheques pré-datados<br />

CAPITAL SOCIAL<br />

(EM R$ 1.000)<br />

28.849<br />

30/11/2011<br />

PATRIMÔNIO LÍQUIDO<br />

(EM R$ 1.000)<br />

41.417<br />

30/11/2011<br />

podem servir de lastro para operações<br />

de crédito com a <strong>Unicred</strong> <strong>Rio</strong>.<br />

A sistemática é bastante simples e<br />

a entrega dos cheques pode ser concentrada<br />

nas mesmas datas da documentação<br />

relativa à produção médica<br />

de convênios, facilitando ainda mais<br />

a progamação de seus recebimentos.<br />

Para mais informações<br />

consulte seu gerente e<br />

permita que a <strong>Unicred</strong> <strong>Rio</strong><br />

trabalhe por você!<br />

DEPÓSITOS<br />

(EM R$ 1.000)<br />

221.757<br />

30/11/2011


MEMBROS DA CASA DE ARAMIS, COM A COOPERADA<br />

DRA. TERESINHA DE ALMEIDA SILVA E OS GERENTES<br />

DA UNICRED CLEO RIBEIRO E MÁRCIO TAVARES.<br />

CASA DE ARAMIS<br />

VILA ISABEL - INDICADA PELA COOPERADA<br />

TERESINHA DE ALMEIDA E SILVA<br />

Fundada há 21 anos, é uma Casa de<br />

Oração e Ajuda que tem como objetivo<br />

maior o atendimento gratuito a pessoas<br />

necessitadas de ajuda espiritual,<br />

utilizando tanto a doutrina kardecista<br />

quanto, também, as de outras origens.<br />

Atualmente, vem realizando encontros<br />

semanais com a participação da<br />

comunidade de Vila Isabel, tendo<br />

como principal meta a evangelização,<br />

especialmente sob o aspecto moral.<br />

A EQUIPE DA CASA DE APOIO, COM O GERENTE DE<br />

MARKETING DE RELACIONAMENTO DA UNICRED CLEO RIBEIRO<br />

EAASSISTENTE DE NEGÓCIOS LIGIAN ANDRADE.<br />

CASA DE APOIO À CRIANÇA<br />

COM CÂNCER SANTA TERESA<br />

ESTÁCIO - INDICADA PELA COOPERADA<br />

CLÍNICA SANTA VERÔNICA<br />

Notícias <strong>Unicred</strong><br />

Uniquotas beneficia mais duas<br />

instituições indicadas por associados<br />

A motivação demonstrada pelos cooperados da <strong>Unicred</strong> <strong>Rio</strong> procurando<br />

incentivar, com suas indicações, o reconhecimento de empreendimentos de<br />

cunho social e merecedores de todo apoio, vem desenvolvendo cada vez mais<br />

o projeto Uniquotas.<br />

Em novembro, foram entregues novos prêmios no valor de R$ 2.000,00,<br />

tanto às entidades escolhidas quanto aos associados sorteados e responsáveis<br />

pelas indicações.<br />

Nos boxes abaixo, você confere os últimos eventos de premiação e conhece<br />

um pouco da estrutura e do tipo de assistência a que se dedica cada<br />

uma das instituições beneficiadas.<br />

Entidade dedicada, primordialmente, a pessoas<br />

carentes que residem fora do <strong>Rio</strong> de Janeiro e<br />

acometidas de câncer, presta apoio também para<br />

locomoção e hospedagem durante o tratamento.<br />

Com amplas instalações e boa organização<br />

administrativa, tem como pontos relevantes não só<br />

a eficiência dos serviços que presta, mas também<br />

o cuidado com as acomodações e a dedicação<br />

dos colaboradores, totalmente envolvidos nas<br />

atividades do empreendimento.<br />

| 7<br />

Dezembro 2011


Notícias <strong>Unicred</strong><br />

“Tive a oportunidade de assistir O Quebra Nozes<br />

pela segunda vez e me emocionei da mesma forma.<br />

Pela beleza do espetáculo, leveza e delicadeza<br />

dos participantes, enredo e a música sensacional,<br />

sem falar das lindíssimas instalações de nosso<br />

Theatro Municipal. É um grande espetáculo<br />

que a <strong>Unicred</strong> <strong>Rio</strong> proporciona a seus cooperados<br />

e colaboradores.”<br />

Dr. Eduardo Bordallo<br />

Diretor de Mercado da Unimed-<strong>Rio</strong>


No último dia 20 de dezembro,<br />

mais de 2.000 cooperados se reuniram<br />

para uma noite muito especial: no<br />

Theatro Municipal do <strong>Rio</strong> de Janeiro,<br />

assistiram juntos ao tradicional espetáculo<br />

O Quebra Nozes. A sessão fechada,<br />

antecedida por um coquetel<br />

de confraternização no Salão Assírio,<br />

foi uma iniciativa da <strong>Unicred</strong> <strong>Rio</strong><br />

para celebrar mais um ciclo de grandes<br />

realizações.<br />

Em seu discurso de abertura, a<br />

Presidente Dra. Denise Damian agradeceu<br />

a confiança depositada na<br />

Cooperativa pelos associados, razão<br />

à qual atribuiu o sucesso da instituição.<br />

Ela definiu 2011 como o melhor<br />

ano da história da <strong>Unicred</strong> <strong>Rio</strong>, com<br />

o maior resultado financeiro já obtido<br />

e crescimento dos ativos da ordem<br />

de 30%. Outras importantes conquistas<br />

foram a aquisição do prédio<br />

que abrigará a nova sede, em Botafogo,<br />

e da loja onde será instalada uma nova<br />

agência na Barra da Tijuca.<br />

Ao concluir sua fala, conclamou<br />

os sócios para que sigam apoiando a<br />

<strong>Unicred</strong> <strong>Rio</strong> e, assim, reunindo forças<br />

para torná-la a maior cooperativa<br />

de crédito do Brasil. Em seguida, foi<br />

iniciado o balé que vem encantando<br />

gerações a cada nova montagem.<br />

Passeio pelo mundo dos sonhos<br />

Composto pelo russo Tchaikovsky<br />

e encenado pela primeira vez em<br />

1892, O Quebra Nozes é uma linda<br />

fábula que emociona por sua delicadeza<br />

e simplicidade. Dividido em<br />

2 atos, conta a história de uma noite<br />

de Natal em que a menina Clara<br />

passeia por cenários mágicos ao sonhar<br />

com seu príncipe encantado.<br />

No encontro promovido pela<br />

<strong>Unicred</strong> <strong>Rio</strong>, a reação não poderia ser<br />

diferente e todos os presentes se emocionaram<br />

com a bela história. Entre<br />

eles, estava Denise Brugni, gerente<br />

financeira da Clínica Santa Bárbara,<br />

que resumiu muito bem o sentimento<br />

do grupo: “Quero agradecer a<br />

todos da <strong>Unicred</strong> por ter participado<br />

do espetáculo do Quebra Nozes, que<br />

me emociona sempre que assisto.”<br />

O evento teve patrocínio exclusivo<br />

da Unimed-<strong>Rio</strong>, na ocasião representada<br />

por seu Diretor Administrativo<br />

Dr. Bartholomeu Penteado.<br />

Notícias <strong>Unicred</strong><br />

Noite de alegria comemora<br />

conquistas de 2011<br />

“Todo nosso trabalho,<br />

nosso esforço... de nada<br />

valeriam se não pudéssemos<br />

contar com nossos sócios,<br />

e é por isso que dedicamos<br />

a cada cooperado este<br />

belo espetáculo.”<br />

Dra. Denise Damian<br />

Presidente da <strong>Unicred</strong> <strong>Rio</strong><br />

DRA. DENISE DAMIAN COM<br />

A CONSELHEIRA DRA. IRACEMA<br />

PACÍFICO, E OS DIRETORES<br />

DR. ARMIDO MASTROGIOVANNI E<br />

DR. MARIO RODOLFO CHAVES.<br />

| 9<br />

Dezembro 2011


Notícias <strong>Unicred</strong><br />

Sétimo Feirão de Automóveis<br />

Palavras do Diretor Administrativo aos colaboradores<br />

por Armido Claudio Mastrogiovanni (*)<br />

“Bem, aqui estamos novamente, e já no sétimo feirão de automóveis da <strong>Unicred</strong>-<strong>Rio</strong>. Portanto, nem sempre sete<br />

é conta de mentiroso.<br />

Aliás, no tema, aproveito para esclarecer uma aparente contradição. É que vinha afirmando que vocês não precisavam<br />

mais do estímulo das minhas palavras, para que vencessem mais um obstáculo. Vinha afirmando, repito, que<br />

nossos colaboradores, que eram os OBJETOS A SEREM MOTIVADOS, haviam se transformado aos poucos, mercê da<br />

dedicação, esforço, treinamento e responsabilidade, em AGENTES DA NOSSA MOTIVAÇÃO. Isso mesmo. Nós diretores<br />

nos dedicamos como todos, nos esforçamos como todos, nos desdobramos, procurando melhorar sempre para<br />

não decepcioná-los, para sermos dignos do carinho, da admiração e do respeito, que julgamos vislumbrar nos olhos<br />

dessa excepcional equipe que nos orgulha comandar.<br />

Por isso eu lhes disse que já não via razões para perpetuar esse, até então, indispensável ritual, posto que todos<br />

já haviam conquistado a autoestima, que conduz à excelência.<br />

Surgiu, não obstante, uma justificativa que me fez, pelo menos esse ano, mudar de idéia. Temos gente nova na<br />

casa. Gente nova que, pela posição para a qual foi selecionada, de Gestora de Recursos Humanos, precisa e merece<br />

conhecer um pouco da história, dos sacrifícios, do trabalho, mas, sobretudo, dos enormes riscos que corremos para<br />

chegar ao que estamos vendo aqui hoje. A ela damos as boas vindas e desejamos êxito nas suas novas funções.<br />

A <strong>Unicred</strong> de Goiânia já possuía grande experiência em feirões, e para lá seguimos para com eles aprender.<br />

Ao retornarmos, tomamos coragem e nos lançamos na primeira aventura cujo cenário foi o Jockey Clube do Brasil.<br />

Com muito esforço conseguimos, a duras penas, quase implorando, que apenas quatro concessionárias participassem.<br />

Recordo-me que na véspera, uma sexta-feira à noite, após inspecionarmos as instalações do cenário do evento,<br />

fomos jantar em um restaurante próximo. O desassossego era evidente e a tensão, a ansiedade e o nervosismo, palpáveis.<br />

Seria possível, ao menos, pagar as despesas que eram de vulto? Ou o prejuízo seria difícil de suportar?<br />

Para aliviar, fizemos entre nós um arremedo de bolo esportivo, tentando acertar quantos negócios seriam<br />

realizados no final de semana. Depois disso, não nos restou nada mais além de, roendo as unhas, aguardar os acontecimentos<br />

no dia seguinte.<br />

Pois bem, já no sábado à noite, havíamos vendido exatamente o número de carros que eu havia escolhido para<br />

todo o feirão. Nunca fiquei tão feliz por não ter acertado um bolo. Podíamos, finalmente, respirar tranqüilos.<br />

O mais importante, entretanto, foi descobrir o nosso inestimável e diferenciado potencial, quando vários vendedores<br />

– percebendo que as centenas de prováveis compradores que chegavam formavam grupos e, na alegria do<br />

reencontro de velhos colegas, se cumprimentavam e gargalhavam entre abraços e sorrisos - nos perguntavam; - mas<br />

aqui todos se conhecem? Diante da resposta afirmativa sentenciavam; ‘os senhores têm, certamente, uma das mais<br />

poderosas alavancas de venda que pode existir’.<br />

No domingo elas atingiram o auge. O êxito foi tão grande que já no ano seguinte, as concessionárias faziam fila<br />

e disputavam espaço palmo a palmo, para ter oportunidade de participar do segundo feirão.<br />

E assim, progressivamente, de sucesso em sucesso, à proporção que colhíamos vitórias, fomos oferecendo aos<br />

nossos cooperados, móveis, eletrodomésticos, jóias artesanais, equipamentos médicos de consultório e hospitalares,<br />

acrescentando hoje, o acesso às Lojas Sam`s Club com produtos importados, "scanners¨ da Kodak,<br />

10 | Dezembro 2011


icicletas esportivas, convencionais e elétricas e começamos a pensar em<br />

imóveis. Sem dúvida, os primeiros vendedores que participaram do 1° feirão,<br />

estavam certos. Vendíamos tudo, e bem.<br />

E que temos neste sétimo feirão?<br />

1- As quatro concessionárias iniciais hoje somam 21.<br />

2- Duas novas cooperativas de crédito, que, ano passado, compareceram<br />

como observadores, nos honram agora com a sua parceria e se integram ao<br />

evento. A Cecremef dos funcionários de Furnas e a Coomperj do Ministério<br />

Público do Estado do <strong>Rio</strong> de Janeiro.Cumpre ressaltar e agradecer a presença<br />

da Dra Valéria Patrocínio Teixeira Vaz, o que nos aquece o coração. Ela que,<br />

na Diretoria Financeira da <strong>Unicred</strong> de Niteroi, pela sua competência,<br />

seriedade e dedicação, vem se destacando como uma das grandes lideranças<br />

do cooperativismo de crédito do estado.<br />

3- O presidente da Organização das Cooperativas Brasileiras de São<br />

Paulo (OCESP), a mais importante das que compõem a OCB nacional,<br />

Edivaldo Del Grande, envia o Consultor Técnico Ramo Credito, Gil Agrela,<br />

para representá-lo.<br />

4- Diversas cooperativas de crédito daqui e de outros estados, enviaram<br />

representantes ou vieram seus próprios presidentes., interessados no que e<br />

como estavamos fazendo.<br />

5- Imprevistos insuperáveis impediram a vinda da CREDICITRUS que faz<br />

parte da Coopercitrus e é a maior do Brasil. Basta saber que de cada cinco<br />

sucos de laranja vendidos no mundo, três são produzidos e exportadas por ela.<br />

6- Oito membros da cúpula técnico administrativa do SICREDI-BANSI-<br />

CREDI - um dos outros dois gigantes do sistema cooperativo de crédito do<br />

país, estão, da mesma forma, sendo hoje recepcionados.<br />

Em outras palavras, nós que há sete anos íamos a Goiânia aprender,<br />

que há sete anos nos angustiávamos temerosos do insucesso, agora somos<br />

modelo a ser visitado.<br />

Tudo somado, HOJE É O FUTURO QUE ONTEM NOS ATEMORIZAVA.<br />

E aqui estamos nós, desmentindo o que li em algum tempo, em algum<br />

lugar de algum autor, a quem, traído pela memória, não posso conceder os<br />

merecidos créditos: ‘o que tínhamos que ser já o somos, e o que não<br />

tínhamos que ser, não o fomos e, definitivamente, nem mais seremos...’. Será<br />

que não?<br />

Talvez, sete anos antes corressemos o risco de nela nos encaixarmos. Agora,<br />

porém, ao menos no que a nós se refere, ficaria melhor: ‘o que não tínhamos<br />

que ser o seremos, porque, definitivamente, não conhecemos limites’.<br />

A propósito, e desta vez socorrido pela memória, me vem à mente o que<br />

nos ensinou Ricardo Galeano, que, discorrendo sobre Utopia, nos diz que ela<br />

está muito longe, mal e mal entrevista na linha do horizonte. Caminhamos um<br />

passo na sua direção e ela se afasta um passo. Prosseguimos caminhando dois<br />

passos e ela se afasta dois passos. Avançamos 100 passos e ela teimosamente<br />

se afasta os mesmos 100 passos. Por mais que caminhemos tentando<br />

Notícias <strong>Unicred</strong><br />

alcançá-la, mais ela se afasta.<br />

Então, pergunta ele, para que serve<br />

a utopia? E ele mesmo responde:<br />

para caminharmos.<br />

Steve Jobs, ao discursar como<br />

paraninfo dos formandos da<br />

Universidade de Stanford. ensinava:<br />

‘não se deixem abater pelos dogmas.<br />

Questionem, desconfiem sempre das<br />

menos eternas e absolutas das verdades<br />

que são as verdades eternas e<br />

absolutas, sensibilizem-se com os<br />

seus sentimentos, pensem com suas<br />

cabeças e se deixem guiar pelos seus<br />

corações. Esse é o caminho para o<br />

sucesso’.<br />

O que concluímos é que não<br />

podemos nos conformar com o<br />

‘definitivamente, nem mais seremos’,<br />

É imperioso que continuemos,<br />

como aconselha Ricardo Galeano, a<br />

caminhar.<br />

Eis aí, o material humano que<br />

colocamos nas mãos da nova<br />

Gestora de Recursos Humanos,<br />

a responsabilidade é grande. O peso<br />

nos ombros, difícil de carregar. É<br />

que, com essa matéria prima, todas<br />

as metas e objetivos, passíveis de<br />

serem alcançados, deverão ser<br />

atingidos.<br />

Quanto a nós, e para encerrar,<br />

é tempo de, homenageando Geraldo<br />

Vandré, repetir: ‘quem sabe faz a<br />

hora, não espera acontecer: Façamos<br />

a hora, vamos caminhar’. Desejo boa<br />

sorte a todos.<br />

“<br />

(*) Armido Claudio Mastrogiovanni é<br />

Diretor Aministrativo da <strong>Unicred</strong> <strong>Rio</strong>.<br />

| 11<br />

Dezembro 2011


Economia e Finanças Pessoais<br />

12 | Dezembro 2011<br />

por Débora Nogueira (*)<br />

É chegada a hora<br />

da diversificação<br />

A economia brasileira tem registrado um desempenho muito favorável<br />

nos últimos anos e alguns chegam a afirmar que o país do futuro transformou-se<br />

no país do presente. De fato, com a taxa de desemprego em apenas<br />

6%, o menor nível da série do IBGE, e renda em expansão, a sensação de<br />

confiança na economia é grande, o que tem se refletido num consumo<br />

pujante e forte crescimento do PIB.<br />

Muitos fatores explicam esse fenômeno e há motivos para esperar que<br />

essas forças continuem a impulsionar mais crescimento do consumo e do PIB<br />

nos anos à frente. Por um lado, o campo macroeconômico tem passado por<br />

profundas reformas desde a instauração do Plano Real em 1994 e a maior<br />

previsibilidade da economia é ingrediente indispensável ao se pensar em<br />

crescimento sustentável. Devemos reconhecer que nas contas públicas observamos<br />

uma grande evolução e, apesar de que muito avanço ainda é<br />

necessário, temos uma trajetória declinante da dívida PIB desde meados da<br />

década passada, uma figura totalmente distinta do reportado pelos países<br />

desenvolvidos. No âmbito externo, as contas seguem sem sinais de pressão,<br />

mesmo com o aumento das importações nos últimos anos, e o déficit em<br />

transações correntes de 2,5% do PIB tem sido totalmente financiado com a<br />

entrada de investimentos estrangeiros diretos.<br />

Se o Banco Central e o Ministério da Fazenda conseguiram entregar um<br />

ambiente econômico mais estável, outras importantes transformações ocorreram<br />

paralelamente à conquista do maior equilíbrio macroeconômico e tem<br />

o papel crucial na explicação da melhora dos indicadores sociais brasileiros,<br />

o que, por sua vez, alimenta o ciclo positivo de consumo. Nesse aspecto,<br />

destaca-se o profundo avanço dos indicadores educacionais nacionais. Ainda<br />

que muito progresso seja necessário, estamos numa situação infinitamente<br />

melhor do que estávamos há poucos anos. De acordo com o IBGE, a taxa<br />

média de analfabetismo na década de 80 era próxima a 18%. A mais recente<br />

informação disponível é sobre o ano de 2007 e a taxa foi reduzida para 3,1%.<br />

Como partimos de um nível muito fraco de educação, a melhora dos últimos<br />

anos está intrinsecamente relacionada ao aumento da renda do trabalhador.<br />

Há que se destacar também o papel das políticas públicas de auxílio às classes<br />

mais baixas, de todo modo, como o avanço da renda do trabalho é maior<br />

do que o das transferências governamentais, inclusive para estados menos<br />

ricos do norte e nordeste, podemos creditar parte relevante desse crescimento<br />

da renda ao maior número de anos de estudo.


Como resultado dessas transformações macro e microeconômicas, dife-<br />

rentemente da maioria dos países emergentes e desenvolvidos, o Brasil conseguiu<br />

crescer com queda da desigualdade. O coeficiente de Gini, um indicador<br />

que mensura a desigualdade de renda e assume valores menores para situações<br />

de maior igualdade, passou de 0,63 no início da década de 1990 para 0,54 em<br />

2009. Nos Estados Unidos, por exemplo, o índice está em 0,45, vindo de cerca<br />

de 0,40 em meados da década de 90. A queda da desigualdade no Brasil, está<br />

evidente nos números sobre o crescimento da classe C – ou classe média – que<br />

em 2009 correspondia a 95 milhões de indivíduos, ou 50% da população<br />

brasileira, 30 milhões a mais do que em 2003. As classes D e E, por seu turno,<br />

encolheram de 96 milhões para 73 milhões de pessoas no período.<br />

As perspectivas favoráveis para o mercado de trabalho, o contínuo avanço<br />

– ainda que lento – dos indicadores educacionais e os sinais de equilíbrio<br />

macroeconômico nos levam a crer que esse padrão de crescimento com foco<br />

no consumo impulsionado pela queda da desigualdade tem fôlego para continuar<br />

a ser o tema dos próximos anos. Além disso, os investimentos em<br />

infraestrutura também devem mostrar aceleração, até mesmo porque os<br />

grandes eventos de Copa do Mundo e Olimpíadas colocam um calendário<br />

justo para as obras.<br />

Esse cenário positivo para o crescimento da economia ao longo dos próximos<br />

anos não necessariamente se traduz num ambiente tranquilo sob o<br />

aspecto dos investimentos financeiros. Por um lado, as crises de dívida da<br />

Europa e a lenta recuperação da economia dos EUA devem aumentar a<br />

volatilidade dos mercados de ativos por muito tempo. Domesticamente,<br />

estamos passando por um processo de redução da taxa básica Selic, o que<br />

reduz a rentabilidade dos ativos em renda fixa e, dessa forma, para se obter<br />

mais retorno em seus investimentos será necessário diversificar.<br />

O mercado de Renda Variável surge como uma opção interessante, mas<br />

o índice Bovespa não parece oferecer a resposta adequada. Afinal, a perspectiva<br />

é mais favorável para a economia brasileira e não para a economia global<br />

e, com participação de 45% de empresas do setor de commodities, o índice<br />

Bovespa não é o melhor canal para capturar o crescimento doméstico. Para<br />

os próximos anos, as empresas com maior exposição ao ciclo interno de<br />

crescimento, com foco no consumo e nos investimentos em infraestrutura<br />

devem ser destaque e, assim, são as que apresentam maior potencial de valorização<br />

de suas ações. Para rentabilizar o cenário de crescimento da economia<br />

doméstica será necessário sair do óbvio em seus investimentos financeiros: a<br />

alocação histórica em Renda Fixa precisa ser redistribuída e a carteira do<br />

Ibovespa não responde ao dinamismo esperado para a economia brasileira.<br />

*Débora Nogueira é economista-chefe da Fator Administração de Recursos<br />

do Banco Fator, com graduação em Economia pela Universidade de São Paulo<br />

e mestrado pelo Insper.


Economia e Finanças Pessoais<br />

Poupar agora para<br />

consumir depois<br />

A importância de gastar menos<br />

do que se ganha e do bom<br />

gerenciamento financeiro


“Poupar significa garantir consumo no futuro". É com essa simples<br />

definição que o economista Plínio Bernardi, professor da Fundação Getulio<br />

Vargas (FGV), explica os benefícios de se gastar menos do que se ganha. Para<br />

economizar parte da renda, e assim assegurar o consumo mais adiante, é<br />

necessário um bom gerenciamento financeiro pessoal. No entanto, tão<br />

importante quando economizar é investir o dinheiro, para minimizar o efeito<br />

devastador da inflação a longo prazo e garantir o poder de compra ao longo<br />

dos anos, mas também porque investimentos bem sucedidos acrescentam<br />

mais dinheiro à economia pessoal. Existem maneiras simples de poupar dinheiro<br />

no dia a dia, desde resistir ao café ou refrigerante diário na padaria<br />

da esquina, que podem se transformar em valores altos no fim do mês, até<br />

desligar a luz dos ambientes que não estão sendo usados para diminuir a<br />

conta de energia elétrica. Considere um gasto de R$ 3 durante 23 dias. Ao<br />

todo, serão gastos R$ 69. E essa conta pode se repetir para tudo aquilo que<br />

você compra fora de casa sem necessidade ou apenas por hábito. Esse valor<br />

poderia estar sendo guardado.<br />

De acordo com Bernardi, a renda das famílias brasileiras tem aumentado.<br />

Entretanto, lembra ele, uma boa parte da população é pobre. Assim, esse<br />

crescimento na renda acaba se convertendo em consumo. Aliado a isso, o<br />

crédito fácil e a falta de educação financeira fazem com que as pessoas comprem<br />

pelo valor da parcela e não pelo preço do bem. “Se o valor da parcela<br />

cabe no orçamento é o que importa para essas pessoas. Não saber calcular e<br />

comparar juros faz o endividamento aumentar e o orçamento familiar se<br />

desorganizar", explica o economista.<br />

IMÓVEL: ALUGUEL OU COMPRA?<br />

De acordo com o economista Plínio Bernardi:<br />

“Geralmente é melhor alugar quando os preços dos imóveis<br />

estão altos, como agora. Mas em breve, será possível perceber<br />

uma queda no valor dos imóveis, que será acompanhada<br />

de um aumento do aluguel. No entanto, no caso da compra<br />

de um imóvel, não se pode esquecer de um fator importante,<br />

o FGTS. Se o comprador tiver cerca de 70% do valor<br />

para dar como entrada, sempre é melhor comprar.”<br />

Economia e Finanças Pessoais<br />

1<br />

2<br />

3<br />

4<br />

5<br />

COMO POUPAR DINHEIRO<br />

Estabeleça como meta gastar<br />

menos do que ganha.<br />

Nunca compre por impulso.<br />

Pensar até o dia seguinte pode<br />

ser revelador.<br />

Sempre que puder, poupe para<br />

comprar à vista e peça descontos.<br />

Procure a cooperativa e cote o<br />

valor das taxas de juros.<br />

Estude um pouco de matemática<br />

financeira básica. Ainda há<br />

muitos erros de informações<br />

sobre taxas no varejo em geral.<br />

| 15<br />

Dezembro 2011


Economia e Finanças Pessoais<br />

Uma pesquisa realizada pela multinacional francesa Ipsos em parceria<br />

com a revista Exame revelou justamente isso: boa parte da população entrevistada<br />

(31%) acaba preferindo comprar a prazo a poupar para comprar à<br />

vista. “Trata-se de uma atitude interessante do consumidor, já que ele pensa<br />

em se programar para pagar as parcelas, mas desconsidera a taxa de juros,<br />

criando dívidas não esperadas”, afirma Paulo Cidade, Managing Director da<br />

Ipsos Public Affairs.<br />

Segundo o estudo, 42% da população entrevistada faz compras a prazo<br />

(ou empréstimo) quando sabe que a prestação caberá no bolso, mas geralmente<br />

não presta muita atenção aos juros que serão cobrados. Mesmo com<br />

o aumento das taxas de juros desde abril de 2010, de 8% para o patamar<br />

atual de 11% ao ano, 65% dos brasileiros entrevistados não consideram que<br />

isto seja um fator de decisão na hora da compra. O economista Plínio Bernardi<br />

explica que, na maioria dos casos, se o consumidor guardasse o valor da<br />

parcela na poupança, ele poderia pagar o bem à vista em menos tempo do<br />

que iriam durar as parcelas. Ele exemplifica: um eletrodoméstico custa R$<br />

1.000,00 à vista. Hoje, as lojas cobram uma taxa média de 5% ao mês. Assim,<br />

um plano em dez vezes, sem entrada, daria dez parcelas de R$ 129,50. Se o<br />

comprador guardasse esse valor na poupança, com um rendimento de 0,5%<br />

ao mês, ele poderia comprar esse mesmo bem à vista após oito meses — isso,<br />

DICAS PARA ECONOMIZAR NO DIA A DIA<br />

CONSUMO DE ENERGIA ALIMENTAÇÃO E HIGIENE<br />

Tome banho frio nos dias mais quentes e feche o chuveiro<br />

enquanto se ensaboa.<br />

Apague luzes acesas sem necessidade e desligue aparelhos<br />

que ficam com leds (luzinhas) acesas. Cada luz consome<br />

3,6 quilovates/hora por mês.<br />

CONSUMO DE ÁGUA<br />

16 | Dezembro 2011<br />

Substitua lâmpadas incandescentes por lâmpadas de luz fria.<br />

Desligue o freezer, já que não há mais necessidade de<br />

estocar produtos (e assim consumi-los mais frescos).<br />

Tome banhos mais rápidos, feche a torneira ao escovar os<br />

dentes e, sempre que possível, ao lavar a louça.<br />

Conserte vazamentos em torneiras que estejam pingando.<br />

. . . . . . .<br />

. . . .<br />

Prepare somente a quantidade de alimentos necessários.<br />

Não jogue fora os alimentos que sobrarem. Guarde na<br />

geladeira para consumo posterior, já que há muitas formas<br />

de reaproveitamento sem prejuízo do sabor e da qualidade.<br />

Substitua produtos de marcas mais conhecidas por produtos<br />

mais baratos e com a mesma qualidade.<br />

ROUPA E SAPATOS<br />

Compre somente o necessário.<br />

Evite compras por impulso, a emoção é inimiga da razão.<br />

Evite grifes caras. Pesquise e encontrará bons produtos<br />

com preços mais acessíveis.<br />

(retiradas do site da <strong>Unicred</strong> - www.unicredrio.com.br/os-beneficios-da-economia.html)


sem contar o desconto que poderia<br />

conseguir se tivesse todo o dinheiro<br />

na hora da compra. Outra possibilidade,<br />

é procurar o financiamento do produto<br />

em uma cooperativa de crédito,<br />

pois os juros são muito menores do<br />

que os praticados no mercado.<br />

Compra à vista<br />

x compra a prazo<br />

R$ 1000<br />

R$ 1295<br />

À VISTA A PRAZO<br />

TELEFONE E CELULAR<br />

Seja conciso no recado e no assunto.<br />

Consulte a lista de tarifas das operadoras e<br />

faça as ligações interurbanas nos horários em<br />

que elas custam menos.<br />

O telefone celular é mais caro. Evite-o sempre<br />

que possivel e use o telefone fixo.<br />

. . . . . . . . . . .<br />

Pondere sobre a necessidade de compra de<br />

celular. Há o custo do aparelho e das ligações,<br />

mesmo no sistema pré-pago.<br />

Além dos gastos com celular, normalmente<br />

ocorre aumento do custo do telefone fixo.<br />

Cada ligação da rede fixa para celular é cobrada<br />

a parte e é mais cara.<br />

O CONSUMIDOR BRASILEIRO EM NÚMEROS<br />

67%<br />

33%<br />

42%<br />

67% dos entrevistados não sabem<br />

qual o valor dos juros cobrados<br />

em suas compras parceladas ou<br />

empréstimos. Entre eles, os mais<br />

“desligados” são:<br />

71% 68%<br />

mulheres<br />

31%<br />

15%<br />

jovens adultos<br />

(25 a 34 anos)<br />

. . . . . . . . . . . . . . . .<br />

faz compras a prazo ou empréstimo<br />

prefere comprar a prazo a poupar<br />

para comprar à vista<br />

considera o prazo de parcelamento<br />

. . . . . . . . . . . . . . . .<br />

65% dos brasileiros entrevistados não consideram que<br />

o aumento das taxas de juros de 8% para 11% ao ano<br />

desde abril de 2010 seja um fator de<br />

decisão da hora da compra.<br />

Dos que declararam levar em conta o valor da taxa de<br />

juros (39% dos entrevistados), a maior parte<br />

é de homens (42%) e jovens adultos entre 25 e 34 anos.<br />

Já entre quem leva em conta o valor das parcelas<br />

(também 39%), a maior parte é de mulheres (43%).<br />

Metade do entrevistados endividados (53%) diz que vai<br />

encerrar 2011 com menos prestações do que<br />

iniciou, enquanto apenas 14% dizem que vai aumentar.<br />

| 17<br />

Dezembro 2011


18 | Novembro 2011


| 19<br />

Novembro 2011


Eventos<br />

A 15ª edição da tradicional Festa<br />

do Médico Unimed-<strong>Rio</strong> foi realizada<br />

no dia 11 de outubro no Citibank<br />

Hall comemorando, também, os 40<br />

anos de fundação da Unimed-<strong>Rio</strong> e<br />

tendo como grande atração a apresentação<br />

“Mulheres do Brasil Cantam<br />

Chico”.<br />

As cantoras Beth Carvalho, Elba<br />

Ramalho, Isis Gordon, Margareth<br />

Menezes, Paula Lima e Zélia Duncan<br />

Celebração em dose dupla<br />

foram as estrelas do show protago-<br />

. . . . . . . . . . . . . . . . . .<br />

nizando o universo feminino, com<br />

músicas compostas por Chico Buarque<br />

de Holanda. A canção “Chão de<br />

Esmeraldas” encerrou a apresentação<br />

acompanhada pela bateria da<br />

Mangueira.<br />

Durante o evento, tradicionalmente<br />

copromovido pela <strong>Unicred</strong><br />

<strong>Rio</strong>, a Dra. Denise Damian participou<br />

da cerimônia de abertura,<br />

oportunidade em que anunciou a<br />

realização do 7º Feirão <strong>Unicred</strong>, na<br />

Marina da Glória, dias 29 e 30 de<br />

outubro.<br />

Por parte da Unimed-<strong>Rio</strong>, falou o<br />

Dr. Celso Barros, que está completando<br />

35 anos de carreira e foi eleito o<br />

Médico do Ano pela Sociedade de<br />

Medicina e Cirurgia do <strong>Rio</strong> de Janeiro.<br />

Ao agradecer a presença de todos,<br />

procurou resumir a trajetória da<br />

Cooperativa com uma palavra que,<br />

em seu entender, enaltece o espírito<br />

empreendedor dos 27 médicos responsáveis<br />

pela fundação da Unimed-<strong>Rio</strong>,<br />

hoje vitoriosa entre as 200 maiores<br />

empresas do País: “compartilhamento”.<br />

Associações Médicas promovem encontro no <strong>Rio</strong><br />

Em 24 de setembro foi realizado o IV Seminário das Associações Médicas de Bairro, organizado pelas Associações<br />

da Zona Oeste (AMZO), de Madureira e Adjacências (AMMA), de Médicos do Méier e Grande Méier (AMMEG), da<br />

Barra (AMEDBARRA), da Tijuca e Adjacências (AMETA) e dos Médicos da Ilha do Governador (SOMEI).<br />

O evento, que contou com o apoio da <strong>Unicred</strong> <strong>Rio</strong>, da Unimed-<strong>Rio</strong> e da Life Imagem, este ano teve lugar no Restaurante<br />

Scotton, em Botafogo, no mesmo prédio do CREMERJ, com a presença de aproximadamente 100 convidados.<br />

Ao longo do encontro, foram abordados temas de real interesse da área médica, tais como “Responsabilidade Civil<br />

no Consultório”, “Prontuário Médico Digital em Consultório. Demonstração Prática e Soluções em TI” e “Estado Atual<br />

da Saúde Suplementar. Visão do CFM e do CREMERJ”.<br />

Seguiram-se as solenidades de encerramento do encontro, várias homenagens, sob a condução do Dr. Miguel<br />

Ângelo Baez Garcia, e, por fim, um almoço de confraternização.<br />

20 | Dezembro 2011


<strong>Unicred</strong> <strong>Rio</strong> apóia<br />

médicos do futuro<br />

O Prêmio Anual de Residência Médica, já em sua 8 a edição, foi comemo-<br />

rado no dia 29 de setembro. Como patrocinadora do Prêmio, a <strong>Unicred</strong> <strong>Rio</strong><br />

manifesta seu apoio ao meio acadêmico, ao CREMERJ e ao residente, o<br />

médico do futuro.<br />

Como de hábito, os trabalhos apresentados à premiação regulamentar<br />

foram selecionados por critérios que valorizam os conceitos de originalidade,<br />

apresentação e a contribuição ao conhecimento médico, premiando os três<br />

primeiros colocados. Este ano, o vencedor foi Mario de Siqueira Russano,<br />

residente do Instituto Nacional do Câncer (INCa). Em segundo lugar, ficou o<br />

residente do Hospital Universitário Gaffrée e Guinle, José Antonio Dias da<br />

Cunha e Silva, seguido de Kênya de Souza Borges, também residente do INCa.<br />

“Nós nos sentimos orgulhosos com a alta qualidade desses médicos que<br />

estão iniciando carreira,” afirmou o Dr. Luis Fernando Moraes, conselheiro do<br />

CREMERJ, ao ressaltar o pioneirismo do Conselho nesse tipo de Concurso, o<br />

único do País. Já a vice-presidente da Associação de Médicos Residentes<br />

(ANMR), Dra. Beatriz Costa, destacou que “a quantidade de inscritos e a dificuldade<br />

na seleção dos finalistas prova que a residência é a melhor maneira<br />

de qualificar o médico especialista.” Por sua vez, a coordenadora de Residência<br />

Médica da Secretaria Estadual de Saúde e integrante da Comissão de<br />

Residência do CREMERJ, Dra. Silvana Ferreira de Lima, afirmou: “Trata-se de<br />

uma premiação importante na luta pela qualidade das residências médicas e<br />

já virou tradição no <strong>Rio</strong> de Janeiro.”<br />

O Evento se encerrou com festa promovida pelo CREMERJ Cultural e<br />

show do conjunto Trio Ternura, em clima bastante descontraído.<br />

OS RESIDENTES VENCEDORES RECEBEM SUA PREMIAÇÃO. DA ESQUERDA PARA<br />

A DIREITA: MARIO DE SIQUEIRA RUSSANO, JOSÉ ANTONIO DIAS DA CUNHA E<br />

SILVA E KÊNYA DE SOUZA BORGES.<br />

18 a 20 agosto<br />

X Congresso<br />

da SOMEI<br />

Realizado em agosto,<br />

o Congresso da<br />

Sociedade dos Médicos<br />

da Ilha do Governador<br />

foi apoiado pela<br />

<strong>Unicred</strong> <strong>Rio</strong>, que doou a TV de LED<br />

sorteada entre os presentes. O ganhador<br />

foi o Dr. Tito Efrain Zambrana Omonte.<br />

02 e 03 de setembro<br />

Congresso de<br />

Endoscopia<br />

No Centro de Convenções Barrashopping,<br />

250 participantes prestigiaram o XV<br />

Congresso de Videoendoscopia Digestiva<br />

do <strong>Rio</strong> de Janeiro, organizado pela<br />

SOBED – Sociedade Brasileira de<br />

Endoscopia do <strong>Rio</strong> de Janeiro.<br />

07 a 11 de setembro<br />

Suerj<br />

Em Búzios, o Simpósio 2011 reuniu 70%<br />

do Sistema Unimed-Sudeste, somando<br />

87 Cooperativas Médicas e 3 Federações<br />

Unimed, além de 3 Intrafederativas<br />

e 1 Comitê Regional. A <strong>Unicred</strong> <strong>Rio</strong><br />

foi representada por sua Presidente<br />

Dra. Denise Damian, pelo Diretor<br />

Financeiro Dr. Mario Rodolfo Chaves,<br />

bem como pelo Superitendente Marcelo<br />

Espíndola e pelo Gerente Regional<br />

Claudio Salvador.<br />

23 e 24 de setembro<br />

SGORJ<br />

A Associação de Ginecologia e<br />

Obstetrícia do Estado do <strong>Rio</strong> de Janeiro<br />

– SGORJ realizou seu XII Congresso<br />

de Ginecologia Endócrina, no Hotel<br />

Florida, no <strong>Rio</strong> de Janeiro. Contou<br />

com 200 inscritos e a <strong>Unicred</strong> <strong>Rio</strong><br />

foi uma das apoiadoras do evento.<br />

10 de outubro<br />

Sociedade de<br />

Medicina e Cirurgia<br />

A <strong>Unicred</strong> <strong>Rio</strong> patrocinou a Festa<br />

Comemorativa do Dia do Médico.<br />

Na sede do Fluminense Football Clube,<br />

em Laranjeiras, cerca de 600 convidados<br />

estiveram presentes à iniciativa da Sociedade<br />

de Medicina e Cirurgia do <strong>Rio</strong><br />

de Janeiro que, este ano, inseriu na<br />

programação um especial destaque aos<br />

30 Anos de Combate à AIDS.<br />

17 de outubro<br />

Baile Cremerj<br />

Eventos<br />

A <strong>Unicred</strong> <strong>Rio</strong> patrocinou o tradicional<br />

Baile do CREMERJ, que teve como<br />

destaque um animado show do cantor<br />

Zeca Pagodinho, no Citibank Hall.<br />

| 21<br />

Dezembro 2011


Capa<br />

22 | Dezembro 2011<br />

Cooperativas de crédito<br />

são menos afetadas<br />

pela crise econômica<br />

Quando a crise financeira internacional estourou no fim de 2008, tendo<br />

como principal consequência a restrição das linhas de crédito, algumas instituições,<br />

por serem menos burocráticas e trabalharem com juros menores,<br />

continuaram emprestando dinheiro com relativa facilidade: as cooperativas<br />

de crédito. Como têm uma orientação de negócios voltada para a economia<br />

local, num primeiro momento, não foram afetadas. De acordo com Matthias<br />

Knoch, coordenador Brasil Norte/Nordeste da DGRV (Deutscher<br />

Genossenschafts und Raiffeisenverband e.V.), em tempo de globalização, as<br />

economias estão todas conectadas por transações de importação/exportação,<br />

remessas e ajudas financeiras no ramo da cooperação internacional, e por<br />

isso, a crise financeira mundial, que entra agora em uma segunda fase,<br />

atinge todas as instituições financeiras de forma geral. No entanto, segundo<br />

ele, as primeiras instituições a sofrer são aquelas que financiam transações


internacionais, trabalham com empresas globalizadas, atuam em mercados<br />

financeiros internacionais e refinanciam sua carteira de crédito com outras<br />

fontes do que as poupanças de seus clientes. “Nesse contexto, como as<br />

cooperativas trabalham com economias regionais elas sentiram menos<br />

impacto. Mas, no caso de uma crise financeira e econômica mais profunda e<br />

prolongada, as cooperativas também serão afetadas de alguma forma, especialmente<br />

aquelas que têm empresas com o foco em exportação como sócias,<br />

como é um caso frequente no Sul do Brasil", alerta.<br />

Normalmente, as cooperativas emprestam a pessoas físicas e micro e<br />

pequenas empresas da sua região e o refinanciamento está sendo feito<br />

através da captação de poupanças também nesta mesma área. Este tipo de<br />

associado (funcionários públicos, médicos, pequenas empresas) não está<br />

diretamente conectado à globalização, mas opera num ambiente limitado e<br />

com uma certa “subsistência". Dessa forma, as cooperativas são pouco afetadas<br />

pela crise. “É como se fossem peixes num lago isolado. No momento<br />

que este lago é conectado com um rio ou o mar, ele passa a enfrentar<br />

influências de fora. As cooperativas que operam com empresas que dependam<br />

da exportação ou da importação de materiais, ou que têm uma parte<br />

do seu capital financiado por investidores estrangeiros, tem o seu ‘lago’<br />

conectado e são assim mais vulneráveis a sentir efeitos negativos da crise",<br />

explica Matthias Knoch.<br />

Capa<br />

| 23<br />

Dezembro 2011


Capa<br />

Diante desse cenário de<br />

crise e de quebra de vários<br />

bancos multinacionais,<br />

as pessoas procuraram<br />

instituições mais sólidas<br />

e com um modelo de negócio<br />

mais estável. Encontraram,<br />

então, as vantagens das<br />

cooperativas, que durante<br />

muito tempo eram<br />

vistas como<br />

instituições<br />

conservadoras.<br />

24 | Dezembro 2011<br />

O relatório “Resilience of the Cooperative Business Model in Times of<br />

Crisis" (Resiliência do Modelo de Negócio Cooperativo em Tempos de Crise),<br />

de 2009, cita os sete princípios que guiam as cooperativas como fundamentais<br />

para compreender como elas enfrentam as crises de forma mais tranquila.<br />

São eles: filiação voluntária e aberta, controle democrático pelos membros;<br />

participação econômica dos membros, autonomia e independência;<br />

educação; formação e informação; cooperação entre cooperativas; e interesse<br />

pela comunidade. De acordo com o estudo, os quatro primeiros são<br />

princípios fundamentais sem os quais uma cooperativa perderia sua identidade,<br />

eles garantem as condições sob as quais os membros deteem, controlam<br />

e se beneficiam do negócio. A educação é um compromisso de tornar a<br />

filiação efetiva e é uma pré-condição para o controle democrático, enquanto<br />

a cooperação entre as cooperativas é uma estratégia de negócio sem a<br />

qual as cooperativas continuam a ser economicamente vulneráveis. O último<br />

princípio, o interesse<br />

“Enquanto vários bancos<br />

pela comunidade, re-<br />

comerciais e públicos tiveram que ser<br />

conhece que, ao con-<br />

salvos pelo estado, as cooperativas se<br />

trário de investidores,<br />

mantiveram estáveis e até ganharam<br />

membros de coopera-<br />

mais clientes e poupanças,<br />

tivas também tendem<br />

e ainda foram percebidas como<br />

a ser membros de uma<br />

instituições sólidas”.<br />

comunidade em particular.<br />

Muitas vezes, um dos objetivos de negócios para a cooperativa é<br />

atender às necessidades desta comunidade. Isto não significa que as cooperativas<br />

são mais “sociais" do que econômicas, e que só podem ser usadas<br />

como uma ferramenta de desenvolvimento.<br />

Segundo Matthias Knoch, da DGRV, o caso de referência é, sem dúvida,<br />

o da Alemanha, maior mercado financeiro da Europa, em que as cooperativas<br />

têm quase um terço do mercado. Enquanto vários bancos comerciais e<br />

públicos tiveram que ser salvos pelo estado, as cooperativas se mantiveram<br />

estáveis e até ganharam mais clientes e poupanças, e ainda foram percebidas<br />

como instituições sólidas. “Isso foi o resultado da sua estratégia conservadora<br />

e com foco regional, evitando a especulação com derivados e outros<br />

instrumentos financeiros de alto risco e emprestando somente a pessoas fisicas<br />

e pequenas e médias empresas de maneira conservadora", conta, lembrando<br />

que a DGRV se preparou para a crise aperfeiçoando as ferramentas<br />

de gestão de risco, intervindo rapidamente em cooperativas problemáticas e<br />

lutando, em um nível político, para defender alguns planos do Estado de


usar fundos das cooperativas para<br />

recapitalizar bancos comerciais quebrados.<br />

Em 2010, o banco cooperativo<br />

Crédit Mutuel, a quarta maior provedora<br />

europeia de crédito ao consumidor,<br />

foi o único banco da França a<br />

ter a avaliação inalterada durante a<br />

crise financeira global, e ganhou o<br />

prêmio “Banco do ano" da França,<br />

do The Banker, como reconhecimento<br />

ao modelo de prestação de<br />

serviços de acordo com as necessidades<br />

do cliente.<br />

“Na Europa, existem planos para<br />

os estados e/ou a União Europeia<br />

mais uma vez recapitalizarem os<br />

principais bancos para que possam<br />

enfrentar melhor as consequências<br />

de uma provável quebra da Grécia,<br />

de Portugal e, talvez, de mais alguns<br />

países. O problema ali é que a maioria<br />

dos estados, com exceção da Alemanha,<br />

já se encontra endividada<br />

até o limite, e qualquer nova criação<br />

de dinheiro teria efeitos inflacionários",<br />

alerta Knoch.<br />

Diante desse cenário de crise e<br />

de quebra de vários bancos multinacionais,<br />

as pessoas procuraram instituições<br />

mais sólidas e com um modelo<br />

de negócio mais estável. Encontraram,<br />

então, as vantagens das cooperativas,<br />

que durante muito tempo eram vistas<br />

como instituições conservadoras. “Na<br />

Europa e nos Estados Unidos, a população<br />

está cada vez mais percebendo<br />

os limites e riscos do capitalismo glo-<br />

CONSUMIDORES VÃO ÀS COMPRAS NA<br />

ALEMANHA, MAIOR MERCADO<br />

FINANCEIRO DA EUROPA<br />

balizado e está procurando bancos<br />

com um negócio mais simples e de<br />

baixo risco", explica Knoch.<br />

Segundo ele, o Brasil está numa<br />

situação bem confortável, uma vez<br />

que tem pouca dívida com o exterior e<br />

um grande mercado interno. “As<br />

consequências para os bancos brasileiros<br />

seriam relativamente moderadas.<br />

O que vamos provavelmente<br />

ver é uma repatriação de capital<br />

estrangeiro, resultando numa queda<br />

do Real contra o Dólar e o Euro, mas<br />

isso até vai ajudar os exportadores<br />

brasileiros", afirma.<br />

No Brasil, segundo dados do<br />

Banco Central, no fim de 2010, as<br />

cooperativas de crédito fizeram negócios<br />

equivalentes a 2,1% do produto<br />

interno bruto (PIB) bancário do<br />

país. A meta das cooperativas é ambiciosa:<br />

crescer 30% neste ano. Em<br />

cinco anos elas dobraram de tamanho<br />

e isso foi possível por conta das<br />

taxas de juros mais baixas e do<br />

atendimento personalizado. Em geral,<br />

as taxas de financiamentos concedidos<br />

pelas cooperativas são 15% a<br />

20% menores do que a média do<br />

mercado para operações correspondentes.<br />

Além disso, a concessão do<br />

crédito, combustível da economia —<br />

quanto maior o volume de crédito<br />

disponível, maiores as condições de<br />

manter-se a economia em crescimento<br />

gerando a manutenção dos empregos,<br />

a continuidade dos investimentos<br />

e consequentemente a geração de<br />

Capa<br />

| 23<br />

Novembro 2011


Capa<br />

24 | Novembro 2011<br />

riqueza de um país —, costuma ser<br />

mais rápida e menos burocrática nas<br />

cooperativas do que nos bancos<br />

comerciais de varejo. Afinal, os cooperados<br />

são parte de uma comunidade<br />

com características parecidas, e a<br />

cooperativa é dirigida por membros<br />

do mesmo grupo, que conhecem<br />

bem a realidade dos cooperados.<br />

No fim de julho deste ano, a<br />

Navy Federal — a maior cooperativa<br />

dos Estados Unidos com cerca de<br />

US$ 44 bilhões em ativos e 3,7 milhões<br />

de membros —, que serve às<br />

forças armadas do país, se preparava<br />

para uma possível crise orçamentária<br />

do governo americano com um<br />

plano de contingência em que adiantaria<br />

o pagamento para cobrir os<br />

depósitos diretos agendados para 5<br />

de agosto, caso os fundos federais<br />

fossem cortados. A ação veio no<br />

momento em que os legisladores<br />

americanos se esforçavam para<br />

aumentar o teto da dívida pública<br />

dos Estados Unidos e evitar que a<br />

economia mundial entrasse em<br />

recessão. “Como uma cooperativa<br />

de crédito que serve a todos os<br />

ramos das Forças Armadas, queremos<br />

fazer a nossa parte para aliviar<br />

algumas das incertezas que as<br />

famílias militares possam ter<br />

durante este tempo potencialmente<br />

desafiador", afirmou Cutler Dawson,<br />

presidente da Navy Federal, em<br />

comunicado, na época. A sólida posição<br />

financeira da Navy Federal<br />

permitiria assegurar, na medida do<br />

possível, que as famílias militares<br />

não sofressem financeiramente diante<br />

de um impasse político. A Navy<br />

Federal também está tomando outras<br />

providências para enfrentar a<br />

crise como aprovações rápidas para<br />

linhas de crédito, cheque especial<br />

e programas de limites de cartão<br />

de crédito.<br />

A força acumulada nos bons<br />

tempos é que ajuda as cooperativas<br />

em época de recessão<br />

O relatório “Resilience of the<br />

Cooperative Business Model in Times<br />

of Crisis" (Resiliência do Modelo de<br />

Negócio Cooperativo em Tempos de<br />

Crise) avalia que, na verdade, o que<br />

ajuda as cooperativas em época de<br />

recessão é a força acumulada quando<br />

a economia vai bem. Em 20<strong>04</strong>,<br />

quatro anos antes da crise bancária,<br />

a International Cooperativa Alliança<br />

(ICA) calculou que as 300 primeiras<br />

cooperativas de todo o mundo tinham<br />

aproximadamente o mesmo<br />

rendimento que o PIB do Canadá.<br />

Um estudo em 11 países da África<br />

estima que cerca de 7% dos africanos<br />

são membros da cooperativa e<br />

que mesmo em países onde as cooperativas<br />

entraram em colapso,<br />

como Uganda e Ruanda, os números<br />

continuaram crescendo. Em<br />

1995, havia apenas 554 cooperativas<br />

registradas em Uganda, hoje são<br />

quase 7.500. A conclusão, segundo<br />

o estudo, é que as cooperativas de<br />

poupança e de crédito estão crescendo<br />

em toda parte.


Cooperativismo no Mundo<br />

Sistemas de<br />

Cooperativismo de<br />

Crédito no Brasil<br />

Em recente trabalho elaborado pela DGRV — Confederação das Cooperativas<br />

da Alemanha — é feita interessante abordagem sobre o Sistema Cooperativo<br />

na América Latina, destacando a estrutura do segmento na região.<br />

Observa-se ali a diversidade das áreas em que a atividade está presente, tais<br />

como as de negócios agrícolas, de trabalho e de crédito.<br />

Para uma análise mais objetiva da malha componente dessa estrutura na<br />

América Latina como um todo, é importante apontar alguns dados com os<br />

critérios de classificação dessas instituições, procurando situar a posição do<br />

Brasil nesse ranking.<br />

O País classifica-se em primeiro lugar pelo total de ativos (65,69%) e pelo<br />

montante de patrimônio dos empreendimentos considerados em seu conjunto,<br />

englobando os mais diversos ramos de cooperativismo. Em segundo lugar,<br />

bastante distanciado, encontra-se o México, com 11,37% do total de ativos.<br />

Nesse mesmo contexto, a DGRV apresenta as principais instituições do setor<br />

crédito, avaliando seu porte também por seus ativos totais. O México aparece<br />

na liderança, despontando o Chile em segundo lugar e o Brasil logo a seguir,<br />

com US$ 2.503,9 milhões em um total de 1.300 unidades atualmente operando<br />

no segmento. Nosso posicionamento conta, dentre suas maiores instituições,<br />

também com a Credicitrus e a Cooperforte, ambas do Sistema Sicoob.<br />

A partir desses dados, é possível detalhar mais particularmente a atuação<br />

das instituições no Brasil, por área de atuação, concluindo que também aqui<br />

o sistema se mostra cada vez mais difundido, com formidável alcance a praticamente<br />

todas as classes sociais. São inúmeras as cooperativas de base rural<br />

e agrícola, que eficientemente desenvolvem sua função primordial de inclusão<br />

social. Em outra ponta da estrutura — e também de importância para o<br />

desenvolvimento do País — estão aquelas voltadas ao apoio à cadeia produtiva<br />

como, de forma mais específica, se insere o segmento de crédito.<br />

| 27<br />

Dezembro 2011


Cooperativismo no Mundo<br />

Quatro grandes sistemas<br />

destacam-se no cenário brasileiro<br />

Dados estatísticos recentes —<br />

consolidados em dezembro de 2010<br />

pelo Banco Central — indicam a<br />

existência de 1.370 cooperativas de<br />

crédito no Brasil, em sua maioria<br />

organizadas em grandes sistemas.<br />

De acordo com esse estudo e, também,<br />

com dados divulgados pelo<br />

Sebrae em 2008, o segmento é liderado<br />

por quatro grandes sistemas:<br />

Sicoob, Sicredi, <strong>Unicred</strong>, e Ancosol.<br />

Nos boxes a seguir, você conhece<br />

um pouco dessa estrutura.<br />

SICREDI<br />

O Sicredi é um sistema composto por 119 cooperativas,<br />

operando em 10 estados com um total de<br />

1.100 pontos de atendimento. Oferece uma forte<br />

marca cooperativista capaz de proporcionar ganhos<br />

consideráveis nas suas operações. Em sua<br />

composição destacam-se a Sicredi Participações<br />

S.A., a Confederação Sicredi e a Fundação<br />

Sicredi, esta última tendo por finalidade promover<br />

o cooperativismo de crédito e a formação<br />

educacional dos associados.<br />

Sua missão é “como sistema cooperativo, valorizar<br />

o relacionamento, oferecer soluções financeiras<br />

para agregar renda e contribuir para a melhoria<br />

da qualidade de vida dos associados e da<br />

sociedade.”<br />

28 | Dezembro 2011<br />

SICOOB<br />

www.sicredi.com.br<br />

Sicoob é a sigla do Sistema de Cooperativas de Crédito do<br />

Brasil, composto de cooperativas singulares, centrais de crédito<br />

e a Confederação Nacional das Cooperativas de Crédito<br />

Sicoob. Essa estrutura está presente em 21 estados brasileiros,<br />

congregando quase 2 milhões de associados em 1.884 postos de<br />

atendimento (dados publicados em 2011 no Portal Cooperativismo<br />

de Crédito).<br />

O conglomerado tem como escopo proteger a solidez e a fortificação<br />

do segmento cooperativista, procurando aperfeiçoar e<br />

dinamizar com segurança os procedimentos operacionais e de<br />

controles internos das instituições. Com esse objetivo, destacase<br />

a função exercida por entidades que, muito embora de<br />

natureza não-cooperativa, são componentes de destaque do<br />

Sistema, tais como, de forma especial, o Banco Cooperativo do<br />

Brasil S.A. (Sicoob) e o Fundo Garantidor do Sicoob (FGS).<br />

ANCOSOL<br />

www.sicoob.com.br<br />

O sistema Ancosol – Associação Nacional do<br />

Cooperativismo de Crédito de Economia Familiar<br />

e Solidária – foi criado em 20<strong>04</strong> com o<br />

objetivo primordial de dinamizar a qualidade<br />

de vida de agricultores, com eficiente<br />

combate à pobreza e à desigualdade social.<br />

Em 2008, já estava presente em 15 estados<br />

brasileiros, congregando 201 cooperativas de<br />

crédito, 5 sistemas cooperativos, com 225 mil<br />

associados, atendidos em 215 postos de serviço.<br />

Seu patrimônio líquido era de R$ 175,8<br />

milhões, depósitos de R$ 342 milhões e operações<br />

de crédito de R$ 933 milhões.<br />

Atualmente, sua composição mostra um quadro<br />

social formado pelos filiados Ecosol,<br />

Crehnor, Integrar, Creditag, Ascoov e Cresol.<br />

www.ancosol.org.br


UNICRED<br />

Cooperativismo no Mundo<br />

Reunindo, basicamente, profissionais da área médica, o Sistema <strong>Unicred</strong> está presente em 24<br />

estados brasileiros e é considerado um dos mais importantes conglomerados do segmento<br />

cooperativista de crédito do País. Segundo números de setembro de 2011, congrega 102<br />

unidades singulares, 8 cooperativas centrais e dispõe de 423 pontos de atendimento à disposição<br />

de seus mais de 240 mil associados.<br />

Na formação de seu quadro social predominam pessoas físicas e profissionais de nível superior,<br />

muito embora também os cooperados pessoas jurídicas sejam em número bastante significativo.<br />

Dentre os cooperados pessoas físicas, registra a participação de médicos, veterinários,<br />

odontólogos, biólogos, enfermeiros, fisioterapeutas, professores de educação física, farmacêuticos,<br />

psicólogos, terapeutas ocupacionais, nutricionistas, fonoaudiólogos e assistentes sociais. No<br />

conjunto de pessoas jurídicas, há registros de associados tais como cooperativas de trabalho<br />

médico (Unimed’s), hospitais, laboratórios e clínicas.<br />

O Sistema <strong>Unicred</strong> administra um patrimônio líquido de R$ 1,6 bilhão, depósitos de R$ 4,9 bilhões<br />

e operações de crédito da ordem de R$ 3,8 bilhões. Dados recentes apontam um quadro<br />

de colaboradores de 3.100 profissionais (números atualizados em dezembro/2010).<br />

Com personalidade jurídica própria, caracteriza-se por sua forma de atuação bastante específica,<br />

de natureza civil, sem fins lucrativos e não sujeita ao regime falimentar. É regido por normas<br />

especiais da legislação cooperativista, o que lhe oferece condições de operar em crédito e<br />

prestar serviços de forma mais simplificada que o sistema bancário. O Banco Central do Brasil<br />

é a autoridade governamental que autoriza o funcionamento e exerce as funções de órgão fiscalizador<br />

da atuação cooperativista. As instituições que compõem o Sistema são administradas<br />

pelos próprios associados, que elegem de forma direta os componentes de suas Diretorias<br />

Executivas e dos seus Conselhos de Administração e Fiscal.<br />

Com atribuições bem definidas, cada instituição integrante do Sistema <strong>Unicred</strong> exerce funções<br />

próprias e capazes de, em seu conjunto, oferecer atendimento bastante qualificado e eficiente<br />

aos associados. Conheça abaixo as principais atribuições de cada órgão:<br />

<strong>Unicred</strong> do Brasil: Integração | Representatividade político-institucional<br />

Diretrizes de padronização | Domínio da marca<br />

Centrais <strong>Unicred</strong>: Atendimento às normas do BACEN | Integração das Singulares<br />

Representatividade Regional | Orientação | Padronização | Controles Internos<br />

Singulares <strong>Unicred</strong>: Ser a principal instituição do cooperado | Assessoria | Informação<br />

Retorno sobre P.L.A | Atendimento personalizado | Produtos e serviços.<br />

www.unicred.com.br<br />

| 29<br />

Dezembro 2011


Cooperativismo na Prática<br />

UNIDADE NOVO HORIZONTE EM SÃO JOSÉ DOS CAMPOS.<br />

UNIDADE VIANAS EM SÃO BERNARDO DO CAMPO.<br />

30 | Dezembro 2011<br />

COOP<br />

A maior cooperativa de consumo<br />

da América Latina<br />

Com 57 anos de história, com-<br />

pletados em outubro passado, a<br />

Coop é a maior cooperativa de consumo<br />

do Brasil e da América Latina.<br />

Focada no ramo de alimentos no<br />

ABC Paulista, em São Paulo, ocupa<br />

a 13ª posição no ranking nacional<br />

de supermercados, segundo a Associação<br />

Brasileira de Supermercados<br />

(ABRAS), com um faturamento bruto<br />

de R$ 1.522.238.568,00, em 2010.<br />

Possui uma linha de produtos de fabricação<br />

própria (Delícias da Coop),<br />

outra de marca própria (Coop Plus) e<br />

também marcas exclusivas por fazer<br />

parte da Rede Brasil de Supermercados<br />

(RBS). São comercializados cerca<br />

de 23 mil itens em diversos setores<br />

(mercearia, limpeza, higiene pessoal,<br />

padaria, açougue, laticínios, hortifruti,<br />

confecções e eletroeletrônicos),<br />

além de quase 8 mil itens no<br />

setor de drogaria, com uma linha geral<br />

de produtos farmacêuticos, incluindo<br />

produtos genéricos e medicamentos<br />

sob formulação, que são<br />

atendidos por terceiros.<br />

De acordo com o vice-presidente<br />

Márcio Valle, em uma cooperativa<br />

de consumo, o objetivo não é obter<br />

lucro, mas sim prestar um serviço à<br />

sociedade, promovendo o cooperativismo,<br />

a sustentabilidade e a responsabilidade<br />

social. “Fazer compras na


Coop é encontrar preços competitivos<br />

e serviços de qualidade", garante<br />

ele. Além disso, quem compra<br />

tem a possibilidade de se tornar um<br />

cooperado, participando de decisões<br />

importantes e recebendo uma série<br />

de vantagens.<br />

Uma história de sucesso<br />

A Coop foi fundada em 1954,<br />

com o nome de “Cooperativa de<br />

Consumo dos Empregados das Cias.<br />

Rhodia, Rhodiaceta e Valisère",<br />

como uma sociedade de pessoas, sem<br />

fins lucrativos. Com base em estudos<br />

sobre o cooperativismo mundial e<br />

tendo por modelo a Cooperativa de<br />

Consumo Popular da Lapa — então<br />

existente nesse bairro de São Paulo<br />

—, os 292 empregados dessas três<br />

empresas de origem francesa, sediadas<br />

em Santo André, em São Paulo,<br />

decidiram fundar uma cooperativa<br />

para suprir as necessidades de consumo<br />

de todo o quadro funcional do<br />

chamado Grupo Rhodia, em sua quase<br />

totalidade residente no ABC Paulista,<br />

formado pelas cidades de Santo<br />

André, São Bernardo do Campo, São<br />

Caetano do Sul e cidades próximas.<br />

Valle conta que a região não<br />

dispunha de uma estrutura de comércio<br />

varejista condizente com as<br />

aspirações dos funcionários do Grupo<br />

Rhodia, que precisavam se deslocar<br />

de trem para os bairros da Mooca,<br />

Brás e Luz, da capital, para efetuar<br />

suas compras, sob pena de pagar<br />

preços elevados no comércio próximo.<br />

“Inaugurando seu primeiro<br />

armazém no sistema convencional,<br />

a cooperativa logo se tornou um<br />

sucesso entre o pessoal da Rhodia<br />

que a ela aderiu em massa. Dos 292<br />

cooperados fundadores chegou-se a<br />

1.887 no fim de 1954, 4.114 em<br />

1960 e 12.232 em 1970", afirma.<br />

Dois anos após sua fundação a<br />

Coop já havia adotado o sistema<br />

operacional de autosserviço, implantado<br />

em São Paulo pela cadeia<br />

Peg-Pag. No âmbito das cooperativas<br />

de consumo brasileiras, foi pioneira<br />

nesta modalidade de atendimento.<br />

Com a abertura operacional, permitida<br />

por lei, a Cooperativa — então<br />

sob a denominação de “Cooperativa<br />

de Consumo dos Empregados do Grupo<br />

Rhodia" — estabeleceu convênios com<br />

diversas indústrias regionais.<br />

A demanda cada vez mais crescente<br />

da cooperativa a levou, em 1976, a<br />

uma importantíssima alteração do<br />

estatuto social, aprovada em assembleia<br />

geral: a abertura da associação a<br />

toda a comunidade, não ficando mais<br />

restrita aos empregados do Grupo<br />

Rhodia. Dentro do regime de cooperativa<br />

aberta, foi ampliando o seu quadro<br />

social e o número de unidades de<br />

distribuição para atendê-lo. A partir de<br />

23 de abril de 1999, adotou a atual<br />

razão social de COOP - Cooperativa de<br />

Consumo.<br />

A Coop nos dias de hoje<br />

Atualmente, a cooperativa de<br />

consumo possui 29 unidades de<br />

distribuição, localizadas no ABC,<br />

São José dos Campos, Sorocaba,<br />

Piracicaba, Tatuí e São Vicente, e<br />

mais de 1,5 milhão de cooperados.<br />

Em 2011, foi criada a primeira Central<br />

de Cooperativas de Consumo do<br />

Cooperativismo na Prática<br />

UNIDADE JOANA ANGÉLICA NA DÉCADA DE 70.<br />

FUNDAÇÃO EM 1954.<br />

O VELHO AUTOSSERVIÇO.<br />

PRESENÇA CONSTANTE DO COOPERADO.<br />

| 31<br />

Dezembro 2011


Cooperativismo na Prática<br />

país, a CoopBrasil, com o objetivo<br />

de aumentar a competitividade e<br />

possibilitar maior desenvolvimento<br />

para as cooperativas de consumo<br />

brasileiras, que vem tendo seu número<br />

reduzido desde a década de<br />

1960, quando a legislação tributária<br />

incluiu as cooperativas no pagamento<br />

do ICM. “Com a união das<br />

cooperativas esperamos ganhar escala<br />

para melhores negociações, para<br />

atingir fornecedores diretamente, e<br />

não através de distribuidores, desenvolver<br />

marcas próprias e intensificar<br />

troca de informações e experiências.<br />

Com escala poderemos buscar<br />

novos negócios, opções de fornecimen-<br />

“(...) A ideia é compartilhar competências, recursos<br />

humanos e materiais das filiadas, o que certamente<br />

é mais eficiente e de custo menor do que termos<br />

estruturas equivalentes em cada cooperativa.”<br />

to, inclusive para produtos importados",<br />

explica Valle.<br />

O empreendimento foi formado<br />

inicialmente por sete cooperativas,<br />

que apresentaram faturamento de<br />

R$ 2,265 bilhões em 2010. “Por<br />

enquanto teremos uma estrutura pequena,<br />

compartilhada com a área<br />

comercial da Coop, uma das sete fi-<br />

liadas da Central. A ideia é compartilhar<br />

competências, recursos humanos<br />

e materiais das filiadas, o que certamente<br />

é mais eficiente e de custo<br />

menor do que termos estruturas<br />

equivalentes em cada cooperativa. À<br />

medida que o volume de negócios<br />

crescer, partiremos para estruturas<br />

exclusivas para a central", afirma.


Franz Hermann<br />

Schulze-Delitzsch<br />

Você sabia?<br />

Economista alemão<br />

foi o criador da<br />

primeira cooperativa<br />

de crédito urbano<br />

Franz Hermann Schulze-Delitzsch nasceu em 29 de agosto de 1808, em<br />

Delitzsch, na Saxônia Prussiana. Economista e também formado em Direito,<br />

logo se tornou assessor do Tribunal de Justiça de Berlim. Político liberal, em<br />

1848 assumiu funções públicas no Parlamento alemão, inclinando-se para<br />

uma posição de centro-esquerda.<br />

Em 1851 retirou-se da atividade parlamentar e, cada vez mais convicto<br />

de que a ajuda mútua era fator de sucesso para qualquer empreendimento,<br />

intensificou sua dedicação ao segmento cooperativista. Nessa área, entregou-se<br />

à expansão das instituições do gênero na Alemanha e à fundação de<br />

“Vorschussvereine", os chamados bancos do povo.<br />

O primeiro deles havia sido fundado em 1850, desenvolvendo-se tão<br />

rapidamente que, em 1858, já estavam em funcionamento 25 unidades desse<br />

tipo, atuando na captação de depósitos e na concessão de crédito. Seus<br />

investidores eram remunerados com dividendos e tinham participação no<br />

Conselho Diretor dos empreendimentos.<br />

Em 1856, Schulze foi responsável pela criação da primeira cooperativa de<br />

crédito urbano do mundo e idealizou as cooperativas de crédito hoje conhecidas<br />

como modelo Schulze-Delitzsch. Essas organizações eram caracterizadas<br />

principalmente por calcular o retorno das sobras líquidas proporcionalmente<br />

ao capital e ter área de atuação não-restrita. Outra novidade era a<br />

política de remunerar seus dirigentes.<br />

Anos depois, articulou a constituição de uma associação alemã dessas<br />

instituições. Desenvolveu, ainda, o projeto que serviu de base para o primeiro<br />

Código Cooperativo, promulgado anos depois na Alemanha.<br />

Em 1861 retornou à Câmara da Prússia, tornando-se destacado membro<br />

do Partido Progressista. Sempre entusiasta da filosofia de ajuda mútua desenvolvida<br />

por intermédio de associações cooperativistas, sua atuação foi<br />

marcada pela aprovação de lei voltada para a proteção dessas instituições de<br />

natureza cooperativista.<br />

Os últimos anos de sua vida pública foram dedicados à formação de centros<br />

locais e à criação do Deutsche Genossenschafts Bank, em 1865. Hermann<br />

Schulze faleceu em 29 de abril de 1883, em Potsdam, Império Alemão.<br />

| 33<br />

Dezembro 2011


Seu Mundo<br />

COMO EU FAÇO<br />

. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .<br />

DR. NEY CABRAL<br />

34 | Dezembro 2011<br />

Tempo compartilhado entre<br />

a medicina, a música e a pintura<br />

Tudo começou com estudo básico de violão por<br />

cifras aos 20 anos. Posteriormente tive aulas avulsas<br />

de violão e cavaquinho. Estudei teoria musical no<br />

Conservatório Brasileiro de Música e bandolim na<br />

Pro Arte com o Professor Paulo Sá (Professor Titular<br />

da Faculdade Nacional de Música). Atualmente<br />

estou na Escola Portátil de Música, na Uni-<strong>Rio</strong>, com<br />

o Professor Pedro Amorim (Professor da Uni-<strong>Rio</strong>).<br />

Temos um grupo de médicos, cada um tocando<br />

um instrumento que vai do teclado a flauta transversa<br />

e nos reunimos nos espaços criados nos congressos<br />

médicos e simpósios.<br />

Com relação à pintura, comecei com o curso da<br />

Sociedade de Belas Artes com o Professor Jorge<br />

Vieira (Membro da Academia de Belas Artes) e, posteriormente,<br />

em seu ateliê onde até hoje tiro minhas<br />

dúvidas.<br />

Como eu arrumo tempo para conciliar a minha<br />

vida profissional com a música e a pintura? Não é<br />

fácil: normalmente desmarco os meus compromissos<br />

em prol do trabalho médico, naturalmente.<br />

Procuro estudar música e fazer meus quadros sempre<br />

na madrugada quando o estudo rende mais e<br />

todos estão dormindo. Outra coisa importante é não<br />

incorporar como desculpa a falta de tempo. Ninguém<br />

tem tempo para nada hoje em dia, e eu não<br />

sou exceção.<br />

Ultrapassadas as primeiras barreiras, o importante<br />

é estudar um pouco todo dia para manter a<br />

técnica tanto na música como na pintura. Na música,<br />

escutar e tentar tocar com os mestres do bandolim<br />

como Jacob do Bandolim. Na pintura, observar<br />

exposições, quadros famosos e procurar se adaptar<br />

sempre aos estilos do que mais nos agrada.<br />

Criar é sempre importante, mas manter a técnica<br />

é muito mais.


Cooperada revisita<br />

a Cidade Luz<br />

No período compreendido entre 27 e 31 de agosto<br />

deste ano, 1150 brasileiros estiveram presentes no<br />

Congresso da European Society of Cardiology, em Paris.<br />

Foi a terceira maior delegação presente logo após a dos<br />

franceses e italianos. Este fato ilustra que, além do grande<br />

interesse dos cardiologistas brasileiros no aperfeiçoamento<br />

científico, o destino, Paris, a Cidade Luz, uma das mais<br />

belas capitais do mundo, certamente fez a diferença.<br />

Não foi a minha primeira viagem a Paris e certamente<br />

não será a última. Mas, desta vez, fui exclusivamente para<br />

o Congresso e por curto período, o que não me impediu de<br />

também fazer turismo e conhecer algo de novo. Desta vez<br />

fiquei hospedada em Montparnasse, coração da margem<br />

esquerda da cidade, de onde pude ir a pé para os famosos<br />

Café de Flore e Deux Magots, ambos no Boulevard Saint<br />

Germain, exatamente de frente um para o outro, onde na<br />

década de 30 muitos intelectuais iam para passar o tempo<br />

e eternizar suas presenças. Fui jantar no Bhudda Bar que<br />

é muito famoso e lotado de vips. Tem uma decoração<br />

muito bonita e exótica com um enorme Buddha, claro!<br />

A sonoridade combina lounge music com toques orientais,<br />

a comida acompanha o clima e é ótima! O endereço é 8,<br />

rue Boissy d´Anglas, tel 1 53 05 90 00. Demais!!!<br />

Mas Paris é muito mais: não há como não visitar a Torre<br />

Eiffel, construída em 1889 e considerada o principal símbolo<br />

da cidade, a avenida Champs-Élysées, cheia de turistas, o Arco<br />

do Triunfo — construído por Napoleão Bonaparte em 1806,<br />

em homenagem às vitórias francesas e aos que morreram no<br />

campo de batalha, o Museu do Louvre — famoso por abrigar<br />

o quadro Mona Lisa de Leonardo da Vinci, a Basílica<br />

de Sacré Cœur e a Catedral de Notre-Dame. Se você for a<br />

Paris pela primeira vez, essas são paradas obrigatórias.<br />

Desta vez, entretanto, além de fazer um rápido giro,<br />

rever todas essas atrações e caminhar um pouco nas margens<br />

do Sena, quis conhecer a Borgonha, seus vinhos e<br />

restaurantes aclamados pelas publicações especializadas.<br />

Contratamos um guia e motorista brasileiro, pagamos 150<br />

euros e fizemos o percurso de 275 Km de carro, saindo<br />

Seu Mundo<br />

PASSAPORTE DO COOPERADO<br />

. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .<br />

DRA. MARIA ELIANE MAGALHÃES<br />

de Paris. Levamos três horas para chegar a Beaune e Nuit de<br />

Saint Georges e passamos em meio aos vinhedos e caves da<br />

famosa Route des Grands Crus, onde são produzidos e vendidos<br />

alguns dos melhores vinhos da França e do mundo, entre eles o<br />

mítico e caríssimo Romanée-Conti. Pinot noir e Chardonnay são<br />

as principais castas que resumem os vinhos da Borgonha e<br />

estas duas uvas respondem por mais de 80% da produção na<br />

região. Portanto, para os apreciadores, é um belíssimo roteiro.<br />

Foi o que fizemos: visitamos várias caves, degustamos belíssimos<br />

vinhos e almoçamos o famoso boeuf bourguignon, típico<br />

dessa região da França. Vejam as fotos, apreciem a beleza<br />

do lugar e incluam esse roteiro na sua próxima viagem, se<br />

possível com mais tempo para aproveitar...<br />

Dicas<br />

Hotel Pullman Paris Montparnasse<br />

19 rue du Commandant - Mouchotte<br />

75014 - Paris - France<br />

www.pullmanhotels.com<br />

Guia Brasileiro<br />

Jan Michel da Silva tel: 00xx33760647077<br />

www.jmparistours.com.br<br />

| 35<br />

Dezembro 2011


Seu Mundo<br />

PERFIL<br />

. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .<br />

1<br />

2 3<br />

»<br />

A cooperada Sra. Shirley Barros<br />

Dantas é atendida pela gerente<br />

Simone Blanco.<br />

“O atendimento da <strong>Unicred</strong> <strong>Rio</strong><br />

é maravilhoso, não poderia ser melhor!<br />

Do segurança ao Gerente sempre<br />

fui muito bem atendida com carinho<br />

e respeito.“<br />

36 | Dezembro 2011<br />

1<br />

2<br />

3<br />

4<br />

Na Unidade Barra, o associado<br />

Dr. Miranda com a gerente Gilvana Dantas.<br />

Na Unidade Ouvidor, a cooperada Dra. Regina<br />

Celi Perez é atendida por Munique Marques.<br />

Na Unidade Tijuca, a cooperada Dra. Patricia<br />

Cristina com a assistente Mônica Prata.<br />

Na Unidade São José, o cooperado Sr. Mauricio<br />

Soares de Almeida e o caixa Daniel Marchon.<br />

4


CRÔNICA<br />

. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .<br />

ANA MARIA FELICIDADE<br />

COIMBRA TOURINHO<br />

Nossa festa maior, O Círio de Nazaré<br />

Seu Mundo<br />

"Vós sois o lírio mimoso, do santuário divino..."<br />

Lá vem a Santa, Viva Nossa Senhora de Nazaré, Viva!<br />

Ela arrasta uma multidão que já não se contenta apenas com a procissão do domingo. Agora nossa festa, movida<br />

pela grande Fé, acontece também na quarta-feira quando centenas de fieis que trabalham para a grandiosidade da<br />

festa, levam os diversos "carros" que fazem parte do contexto do Círio, da Basílica de Nazaré para a Catedral<br />

Metropolitana. Coisa linda! No meio da noite, lá vem eles, homens, mulheres e crianças, cantando e gritando Viva<br />

Nossa Senhora de Nazaré. Sobem pela travessa Quatorze de Março embalados pela vontade de participar, seguem<br />

empurrando os "carros" de uma forma indescritível, em seus semblantes vê-se alegria e felicidade. Um grande<br />

foguetório toma conta do percurso, o transito para mas a população não se altera, aceita e participa de uma maneira<br />

impar. É sua padroeira que esta sendo homenageada, o paraense tem orgulho de sua fé, de sua festa que cresce a<br />

cada ano.<br />

Lindo de ver, emocionante de participar. Na quinta-feira, no entorno da Basílica uma multidão se aglomera para<br />

rezar, agradecer e participar da inauguração da iluminação "oficial" do Círio. A cidade, garbosa e linda com suas<br />

mangueiras, esta enfeitada para a festa maior dos paraenses.<br />

Na sexta-feira logo cedo, missa e adoração e em seguida a Santinha sai em carreata, visitando diversos bairros de<br />

Belém até que, no inicio da noite chega ao município de Ananindeua, aí pernoita para no sábado bem cedinho seguir<br />

até Icoaracy de onde parte pelo belo <strong>Rio</strong> Guamá, no monumental Círio Fluvial. Espetáculo lindo! Aliás o paraense<br />

sabe fazer belos espetáculos. Minha emoção é sempre muito grande, minha fé é maior, aqui peço por mim, pela<br />

família, pelos amigos. Peço curas e prometo coisas que às vezes não posso cumprir e imploro pela PAZ,<br />

esta coisa simples que infelizmente não se consegue.<br />

O Círio Fluvial, para quem não conhece a festa, parece uma coisa estranha. Não é não! É lindo! Barqueiros de<br />

todo o Pará adornam suas embarcações, cada uma mais enfeitada que a outra, para "desfilar" pelo <strong>Rio</strong> Guamá, acompanhando<br />

a Corveta da Marinha que vem de Icoaracy trazendo a Santa pelo rio. Chega ao Ver o Peso, na Estação<br />

das Docas, aí é recebida pelos motoqueiros que então celebram seu Círio levando a Santinha para o tradicional<br />

Colégio Gentil Bittencourt de onde na noite do sábado, após missa ao ar livre, sai em romaria, na secular<br />

Transladação para nossa belíssima Catedral Metropolitana.<br />

Chega o Domingo do Círio, que é sempre o segundo de Outubro, lá vem a grandiosa procissão, ninguém fica em<br />

casa, a população toda esta nas ruas, quem não pode por algum motivo acompanhar a procissão, se aglomera nas<br />

esquinas para ver e reverenciar a Santa em sua passagem. E lá vem ela, que momento lindo, quanta emoção! Vem<br />

devagar, garbosa, ciente da fé do povo paraense. Então, ela agradece o dia lindo, ensolarado e quente e não tem<br />

pressa, vem devagar, tranqüila, serena, seu belo manto que muda a cada ano, seu andor ornado com flores naturais.<br />

Ela para em cada esquina, às vezes no meio, vem protegida pela corda do Círio que chamo de corda da Fé e dos<br />

Milagres. Não da para descrever, é indescritível, não entendo como a proporção corpo e mãos se "arrumam" e<br />

se ajeitam na corda, as pessoas literalmente "coladas" umas às outras, maioria pés descalços, pagam e/ou pedem<br />

milagres. Nas paradas da Santa, não sei de onde tiram força e levantam a corda, vibrando gritando, cantando e<br />

rezando, reverenciando a Santa. É a maior expressão de fé que conheço.<br />

Viva Nossa Senhora de Nazaré! VIVA! Viva o Círio de Nazaré, viva a Fé deste povo, viva a coragem e a beleza<br />

desta festa magnífica que os paraenses fazem do Círio de Nazaré, Viva Belém que inteira canta, reza, homenageia<br />

sua padroeira. E ela segue seu curso, no caminho da fé, até a Basílica onde se rompe a corda mas não a esperança<br />

de muitas curas, grandes realizações e felicidades para todos.<br />

Pai nosso que estas no céu... La vem a Santa! Viva Nossa Senhora de Nazaré. VIVA!

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