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RAPUNZEL - Editora Ave-Maria

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uxa; 2) da menina Rapunzel que cresce na torre e<br />

canta muito bem, a ponto de atrair um príncipe que<br />

vagava pela fl oresta; 3) do amor proibido entre ambos,<br />

o qual enfureceu a possessiva bruxa; 3) e do desfecho<br />

feliz, apesar de tanto sofrimento dos protagonistas.<br />

Trata-se de um belo conto que aborda a “travessia”<br />

dos percalços da vida, num processo de amadurecimento<br />

pessoal, para alcançar seus objeti vos.<br />

Principais conceitos<br />

Ÿ amor proibido • amadurecimento<br />

Ÿ sofrimento • felicidade<br />

ANTES DE LER<br />

Possivelmente, algumas crianças já terão ouvido falar<br />

de Rapunzel. É um conto muito comum, tanto em livros,<br />

quanto em desenhos animados. Ainda assim, o contador<br />

pode uti lizar de sua boa mala ou baú de “tranqueiras”<br />

para falar dos longos cabelos de uma certa menina<br />

(na forma de uma peruca, de mechas ou mesmo de uma<br />

corda) que, quando moça, se apaixonou por um príncipe<br />

valente (representado por um chapeuzinho ou uma espada).<br />

Pode também trazer um repolho roxo ou avermelhado<br />

– caso queira se fi xar na forma original do conto, que<br />

trazia uma personagem de traços mais ruivos. E, assim,<br />

ele também associa o nome da personagem, Rapunzel, à<br />

hortaliça que causou tanto transtorno...<br />

DURANTE A LEITURA<br />

As ilustrações são bem claras e delicadas, já a começar<br />

pelas duas primeiras páginas, com o tí tulo em<br />

dourado e borboletas e aves voando no céu. Deve-se<br />

apresentar o canteiro cheio de “repolhos”, que pode<br />

ser um vegetal familiar para muitas crianças. Ao se uti -<br />

lizar da estrutura narrati va proposta no resumo deste<br />

roteiro, o narrador encontrará subsídios para toda a<br />

narrati va. Ele pode ressaltar as característi cas das vesti<br />

mentas, em especial as da bruxa, que têm muitas fi -<br />

tas e traz várias ferramentas nos bolsos de seu avental.<br />

Trata-se, de fato, de uma bruxa um tanto ranzinza e<br />

possessiva que culti va legumes, mas desprovida daquela<br />

“maldade absoluta” que algumas bruxas costumam<br />

assumir em outras histórias. De fato, a personagem da<br />

bruxa chamará muito a atenção das crianças também<br />

pelo fato de ocupar boa parte do espaço cênico com feições<br />

muito dramáti cas (páginas 6/7). Em seguida, vê-se<br />

Rapunzel crescendo e, junto com ela, seus cabelos, até<br />

que se torne uma moça muito bonita. Pelas ati vidades<br />

às quais se dedicava em sua torre, percebe-se tratar-se<br />

de uma menina inteligente e diferenciada: talvez o germe<br />

de uma mulher à frente de sua época (páginas 8/9).<br />

Quando o príncipe entra em cena, ele surge na forma<br />

clássica dos contos do gênero: montado a cavalo, com<br />

armadura, em porte elegante (páginas 10/11). Ao observar<br />

o “truque” da bruxa que sobe pelas tranças, ele o<br />

repete (páginas 12/13). Percebe-se que a torre é de fato<br />

muito difí cil de ser ati ngida: além de alta, está em meio<br />

a uma fl oresta, cercada por um terrível espinheiro (páginas<br />

10 a 13). Seria bom salientar a bela ilustração em<br />

que Rapunzel enlaça o rapaz afetuosamente em seus<br />

cabelos (página 15). A cena dramáti ca em que as tranças<br />

são cortadas também pode ser trabalhada de forma<br />

especial, afi nal, trata-se de um ponto fundamental para<br />

a mudança do eixo narrati vo (páginas 18/19). Não fosse<br />

isso, Rapunzel talvez conti nuasse a viver em seu isolamento<br />

quase absoluto. Então, de um lado, Rapunzel<br />

grávida será expulsa, obrigada a percorrer a escura fl oresta,<br />

e, do outro lado, seu amado, cego, também o fará<br />

(páginas 22/23). O narrador deve explicar que um bom<br />

tempo se passará até o reencontro dos dois namorados,<br />

afi nal, quando o príncipe, de olhos vendados, ouvir o<br />

canto da moça, ela já estará alojada em um casebre e<br />

rodeada pelos dois fi lhos. Pode-se comentar, por exemplo,<br />

que o príncipe vagou, alimentando-se de raízes e<br />

bagas e lamentando-se muito, como no original dos<br />

Irmãos Grimm. É possível que, por sempre se lamuriar,<br />

não conseguisse de fato ouvir o canto de Rapunzel e tenha<br />

se demorado mais a encontrar a amada. Quando<br />

apenas se reclama, pode-se não sair do lugar tão rapidamente<br />

quanto aquele que simplesmente segue adiante.<br />

De qualquer forma, as lágrimas da moça fazem com que<br />

o suplício do príncipe termine (páginas 28/29). A história<br />

se encaminha para o fi nal feliz esperado, desta vez<br />

com o casal de fi lhos sobre o belo cavalo e a silhueta do<br />

castelo ao fundo, após um belo campo provavelmente<br />

culti vado (páginas 30/31). Mas, como nas narrati vas cinematográfi<br />

cas, a ilustradora optou por um belo retorno<br />

da bruxa que, concentrada em seus afazeres de hortelã,<br />

culti vava um bebê dentro de um repolho, de forma a<br />

também trazer à tona anti gas explicações que se davam<br />

às crianças sobre a origem delas mesmas... Outra abordagem<br />

é entender que havia na Europa rural a crença de<br />

que o desejo de uma mulher quando grávida pudesse<br />

de fato engendrar criaturas semelhantes ao objeto desse<br />

desejo, caso não fosse sati sfeito. O fi nal, assim, tem<br />

uma quebra para deixar uma subnarrati va em aberto: o<br />

que será que essa bruxa fará dali pra frente? A proposta<br />

de subnarrati va ou narrati va em paralelo pode gerar a<br />

produção de um texto pela turma, em alguma ati vidade<br />

proposta pelo professor.

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