Relatório 2011 - Flip
Relatório 2011 - Flip
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9a. Festa<br />
Literária<br />
Internacional<br />
de Paraty<br />
6 a 10 de<br />
julho<br />
<strong>Relatório</strong> <strong>2011</strong>
2<br />
6<br />
10<br />
28<br />
38<br />
44<br />
54<br />
58<br />
60<br />
62<br />
64<br />
Banquete à beira-mar<br />
Índice<br />
A casa que hospeda a <strong>Flip</strong><br />
<strong>Flip</strong><br />
<strong>Flip</strong>inha<br />
<strong>Flip</strong>Zona<br />
Comunicação<br />
A <strong>Flip</strong> em números<br />
Pesquisa DataFolha<br />
Parceiros<br />
Ficha técnica<br />
Convidados <strong>Flip</strong> <strong>2011</strong><br />
Afinidades eletivas<br />
Homenagem<br />
Conferência de abertura<br />
Show de abertura<br />
<strong>Flip</strong> – Casa da Cultura<br />
Oficina literária<br />
Mesa Zé Kleber<br />
Programação<br />
Introdução<br />
Destaques da programação<br />
Programação<br />
Introdução<br />
Programação<br />
Central <strong>Flip</strong>Zona<br />
Mídia espontânea<br />
<strong>Flip</strong> on-line<br />
Peças gráficas<br />
Anúncios<br />
Sinalização
2<br />
Banquete à beira-mar<br />
Nada combina tanto com a<br />
Paraty que hospeda a <strong>Flip</strong><br />
como a antropofagia de<br />
Oswald de Andrade. Com seu<br />
“Tupi or not Tupi”, ele devorou<br />
Hamlet e regurgitou índios,<br />
cafuzos, mamelucos, negros e<br />
caiçaras. Essa brasilidade, que<br />
amalgama o que vem de fora<br />
com o que brota de dentro,<br />
ficou claramente expressa<br />
numa Paraty banhada pela<br />
cultura, não apenas durante<br />
a <strong>Flip</strong>, mas durante todo o<br />
ano, pelas ações da Casa<br />
Azul que priorizam a apropriação<br />
do território urbano<br />
pela população por meio<br />
da cultura e da educação.<br />
A antropofagia é uma maneira<br />
de enfrentar a modernidade,<br />
avisou o crítico literário João<br />
Cezar de Castro Rocha, um<br />
dos convidados da <strong>Flip</strong> <strong>2011</strong>.<br />
A mesma estratégia antropofágica<br />
que Oswald usou<br />
para lidar com os problemas<br />
criados pela violenta transformação<br />
da São Paulo dos<br />
anos 1920 pode ser aplicada<br />
à Paraty do século<br />
XXI, também transformada<br />
pela indústria do turismo.<br />
É nesse contexto que deve<br />
ser compreendido o novo<br />
espaço da <strong>Flip</strong> <strong>2011</strong>, que valoriza<br />
a paisagem e a relação<br />
de Paraty com os rios e<br />
com o mar. A mudança, um<br />
sinal de respeito à escala da<br />
cidade histórica, é um velho<br />
sonho da Casa Azul. Nesse<br />
novo cenário, os quase cem<br />
convidados e mais de 50 mil<br />
visitantes da <strong>Flip</strong> <strong>2011</strong>, sob a<br />
égide da antropofagia, amalgamaram,<br />
juntos, propósitos<br />
e vertentes culturais: de<br />
uma oficina de crítica literária<br />
na Casa da Cultura ao<br />
show de José Miguel Wisnik<br />
e Celso Sim com Elza Soares,<br />
da conversa animada do<br />
quadrinista Joe Sacco com<br />
os jovens da <strong>Flip</strong>Zona aos<br />
improvisos do escritor Edney<br />
Silvestre para as crianças da<br />
<strong>Flip</strong>inha – tudo conspirou<br />
para uma devoração coletiva,<br />
a saciar apetites variados.<br />
Reunindo paratienses e<br />
forasteiros, leitores e escritores,<br />
a <strong>Flip</strong> <strong>2011</strong> foi um<br />
banquete cultural à beira-rio.<br />
Da promenade à margem<br />
do Perequê-Açu, é possível<br />
desfrutar do reflexo do centro<br />
histórico na água em que<br />
flutuam as tradicionais embar-<br />
cações de madeira colorida.<br />
Cenário antropofágico para<br />
uma <strong>Flip</strong> antropofágica e um<br />
bom lugar para ler, numa<br />
Paraty que tem a cada dia<br />
mais e melhores leitores –<br />
tupis a devorar Shakespeare<br />
e Oswald no mesmo festim.<br />
Mauro Munhoz<br />
Diretor-Presidente<br />
Associação Casa Azul
Tenda dos Autores
A casa que hospeda a <strong>Flip</strong><br />
6<br />
O território, a educação e<br />
a cultura: estas são as três<br />
dimensões do trabalho da<br />
Associação Casa Azul, criada<br />
a partir de ações iniciadas em<br />
1994 e reconhecida, dez anos<br />
depois, como Organização da<br />
Sociedade Civil de Interesse<br />
Público (Oscip). Entre os<br />
seus desafios, destacam-<br />
-se a requalificação urbana<br />
sustentável, o aprimoramento<br />
da qualidade de vida<br />
dos cidadãos e a promoção<br />
do turismo sensível aos<br />
valores da cultura local.<br />
É a dimensão cultural que<br />
fertiliza o território, mas,<br />
com o tempo, ela se perdeu.<br />
O objetivo da Casa Azul é<br />
reconstruí-la. Para chegar lá,<br />
busca sistematicamente aproximar<br />
as instituições públicas<br />
e privadas dos anseios da<br />
população. Suas atividades<br />
começaram com os estudos<br />
sobre os espaços públicos<br />
de borda d’água de Paraty,<br />
ainda em 1995, e se desdobraram<br />
em projetos capazes<br />
de potencializar experiências<br />
inovadoras no território. Um<br />
deles é o projeto de restauro<br />
e requalificação da Praça da<br />
Matriz, que este ano, com o<br />
início das obras, alavancou<br />
um processo mais amplo de<br />
envolvimento e participação<br />
da população paratiense.<br />
Outra iniciativa importante foi<br />
a assinatura de um protocolo<br />
de intenções entre a Casa<br />
Azul, prefeitura de Paraty e<br />
governo do estado do Rio de<br />
Janeiro para a construção<br />
de uma biblioteca parque no<br />
bairro da Mangueira, uma<br />
ponte que buscará integrar os<br />
bairros paratienses marcados<br />
pela segregação social e<br />
espacial e pela carência de<br />
equipamentos urbanos.<br />
Da permanente interação da<br />
Casa Azul com a população,<br />
resultaram pelo menos duas<br />
outras ações na dimensão<br />
educacional: a <strong>Flip</strong>inha, ápice<br />
de um trabalho socioeducativo<br />
permanente conduzido<br />
junto às escolas da região; e a<br />
<strong>Flip</strong>Zona, criada em 2009 com<br />
o objetivo de estimular o interesse<br />
dos jovens pela literatura<br />
a partir de novas tecnologias.<br />
Os flipzoneiros continuam<br />
produzindo durante todo o<br />
ano na própria Casa Azul,<br />
que, em 2009, foi designada<br />
como Ponto de Cultura pelo<br />
Ministério da Cultura.<br />
Outra ação é o projeto Mar<br />
de Leitores, que há anos vem<br />
promovendo a leitura entre<br />
os habitantes de Paraty. Em<br />
novembro de 2010, Paraty<br />
hospedou o 11º Encontro<br />
Proler: Políticas Públicas,<br />
Caminho da Cidadania, que<br />
foi o primeiro encontro<br />
regional com os comitês<br />
Proler da Costa Verde, envolvendo<br />
os municípios da<br />
região. O evento resultou de<br />
parceria entre a Secretaria<br />
Municipal de Educação de<br />
Paraty, o Instituto C&A e<br />
a Biblioteca Nacional, integrando<br />
o Programa Nacional<br />
de Incentivo à Leitura.<br />
Mas, por ser em Paraty, a<br />
experiência adquiriu novo<br />
significado: além dos minicursos<br />
destinados aos professores<br />
da rede pública de toda<br />
a região, os 150 participantes<br />
também usufruíram de sessões<br />
de mediação de leitura organizadas<br />
pela Casa Azul. A cidade<br />
foi tomada pela literatura, e os<br />
jovens paratienses da <strong>Flip</strong>Zona<br />
fizeram uma cobertura espe-<br />
cial do evento, publicando<br />
textos, vídeos e fotos em seu<br />
blog (www.flipzona.org.br).<br />
Com ações como essa, a Casa<br />
Azul liga o centro histórico<br />
à periferia da cidade, incita<br />
a população a se apropriar<br />
do espaço urbano e cumpre<br />
sua missão tridimensional,<br />
conectando o território à<br />
cultura e à educação.
Tenda do Telão
10<br />
Afinidades eletivas<br />
Com autores de doze países,<br />
além do Brasil, a 9ª <strong>Flip</strong><br />
reiterou a proposta implicada<br />
na expressão “festa<br />
literária internacional” e,<br />
ao mesmo tempo, a ideia<br />
de que essa pluralidade,<br />
quando se fala de literatura,<br />
não está confinada a identidades<br />
e idiomas nacionais.<br />
Literatura é linguagem, seja<br />
qual for a língua em que se<br />
fale e escreva – truísmo que<br />
se torna menos óbvio quando<br />
se trata de convertê-lo num<br />
diálogo concreto, em mesas<br />
que façam ressoar o idioma da<br />
criação entre autores pertencentes<br />
a diferentes contextos.<br />
Kamila Shamsie e Caryl<br />
Phillips; Laura Restrepo e<br />
Héctor Abad: dois autores<br />
de língua inglesa num dia,<br />
dois latino-americanos de<br />
língua espanhola no outro.<br />
A solução parece simples: o<br />
mesmo idioma sublinhando<br />
uma identificação reforçada,<br />
no caso dos escritores<br />
colombianos, pela origem<br />
geográfica comum.<br />
E, no entanto, tal composição<br />
encerra identidades<br />
muito mais profundas – que<br />
permitem observar outras<br />
formas de estabelecer<br />
convergências, ou mesmo<br />
divergências, porém sempre<br />
a partir de coordenadas que<br />
pertencem ao mapa das<br />
afinidades eletivas proposto<br />
a cada edição da <strong>Flip</strong>.<br />
Pois se a paquistanesa Kamila<br />
Shamsie e o caribenho Caryl<br />
Phillips adotaram o inglês<br />
como língua de expressão,<br />
foi para expressar vivências<br />
– reais e imaginárias<br />
– da diáspora pós-colonial<br />
e dos choques culturais.<br />
Da mesma maneira, são os<br />
episódios traumáticos da<br />
Colômbia contemporânea que<br />
habitam a ficção de Laura<br />
Restrepo e Héctor Abad.<br />
Língua e nacionalidade, aqui,<br />
estão a serviço de uma noção<br />
de literatura como forma de<br />
redesenhar experiências e<br />
percepções – fazendo com<br />
que o húngaro Peter Esterházy<br />
e o francês Emmanuel Carrère<br />
compartilhassem uma das<br />
mesas mais surpreendentes<br />
da <strong>Flip</strong>, em que as sombras<br />
do passado familiar como<br />
mote romanesco assinalaram<br />
a tendência contemporânea<br />
de abolir as fronteiras entre o<br />
ficcional e o autobiográfico.<br />
As afinidades eletivas entre<br />
Carol Ann Duffy e Paulo<br />
Henriques Britto se explicitaram<br />
muito mais pelo sentido<br />
crítico de seus poemas do<br />
que pelo solo comum da<br />
forma poética, assim como<br />
Pola Oloixarac e valter hugo<br />
mãe mostraram de que<br />
maneira paródia e alegoria<br />
são modos confluentes de nos<br />
familiarizar com uma realidade<br />
cada vez mais opaca.<br />
Esses são exemplos de autores<br />
oriundos de universos completamente<br />
diversos (e criadores<br />
de universos ficcionais ainda<br />
mais singulares), mas que<br />
por isso mesmo representaram,<br />
para a curadoria, o<br />
desafio de identificar aquilo<br />
que poderia estabelecer<br />
confrontos de pontos de<br />
vista a partir de afinidades<br />
de fundo, a princípio difíceis<br />
de discernir – e que só<br />
se realizam no momento<br />
imponderável do encontro.<br />
Emmanuel Carrère
Homenagem<br />
12<br />
Leitura de livros de cabeceira<br />
por Eduardo Sterzi na Macumba<br />
Antropófaga, montada pelo<br />
José Celso Martinez Corrêa<br />
para a última mesa da <strong>Flip</strong><br />
A <strong>Flip</strong> <strong>2011</strong> não foi oswaldiana<br />
apenas porque homenageou<br />
Oswald de Andrade. Foi oswaldiana<br />
porque, finalmente, as<br />
massas puderam se lambuzar<br />
com o biscoito fino fabricado<br />
pelo autor. Da conferência de<br />
abertura com Antonio Candido<br />
– que identificou a devoração<br />
e a mobilidade como traços<br />
essenciais de Oswald – ao<br />
Manifesto antropófago, que<br />
fechou a Festa Literária, essa<br />
<strong>Flip</strong> mostrou uma coesão<br />
temática sem precedentes,<br />
abrindo assim a celebração<br />
pelos noventa anos da Semana<br />
de Arte Moderna, que aniversaria<br />
em fevereiro de 2012.<br />
Pelo menos duas mesas<br />
examinaram criticamente<br />
a vida e a obra de Oswald,<br />
sobretudo os desdobramentos<br />
da antropofagia em seus<br />
ensaios mais tardios, com o<br />
concurso dos críticos Gonzalo<br />
Aguilar, Marcia Camargos,<br />
Eduardo Sterzi e João Cezar<br />
de Castro Rocha. Mas a criativa<br />
irreverência oswaldiana<br />
parece ter penetrado todas<br />
as outras mesas e eventos.<br />
A presença de João Ubaldo<br />
Ribeiro, por exemplo,<br />
demonstra essa tese. Numa<br />
obra como Viva o povo brasileiro,<br />
ele viola categorias de<br />
tempo e espaço, compondo<br />
uma alegoria antropofágica do<br />
imaginário tropical brasileiro.<br />
Outros autores presentes,<br />
inteiramente estranhos à<br />
realidade cultural brasileira,<br />
também apresentaram afinidades<br />
inesperadas, como<br />
foi o caso do húngaro Péter<br />
Esterházy, cujos romances<br />
têm um caráter construtivista<br />
que remete aos romances<br />
modernistas de Oswald<br />
(Memórias sentimentais<br />
de João Miramar, Serafim<br />
Ponte Grande). Ao melhor<br />
estilo oswaldiano, o curador<br />
Manuel Costa Pinto buscou<br />
apresentar, nas mesas com<br />
ficcionistas, as modulações<br />
contemporâneas do romance,<br />
cuja capacidade de renovação<br />
e reinvenção está clara nas<br />
obras dos autores convidados.<br />
O visitante também encontrou<br />
Oswald na exposição de<br />
seus manuscritos, concebida<br />
com a colaboração de sua<br />
filha, Marília de Andrade,<br />
e com base em material<br />
inédito cedido pelo acervo<br />
do Centro de Documentação<br />
Cultural Alexandre Eulalio,<br />
da Unicamp. Na mostra,<br />
que expôs a iconografia<br />
oswaldiana, também estava<br />
presente o trabalho de Tarsila<br />
do Amaral, cujo Abaporu<br />
é a mais perfeita tradução<br />
da estética antropofágica.<br />
O crítico José Miguel Wisnik,<br />
que fez contraponto a Antonio<br />
Candido na conferência inicial,<br />
dirigiu também o show de<br />
abertura “Zé e Celso + Elza”,<br />
cujo título embute uma<br />
homenagem ao diretor das<br />
mais ousadas montagens das<br />
peças de Oswald, José Celso<br />
Martinez Correa. E o próprio<br />
Zé Celso encerrou a <strong>Flip</strong> <strong>2011</strong><br />
com sua Macumba antropófaga,<br />
frenético ritual de<br />
fim de tarde, encenado por<br />
cerca de quarenta atores do<br />
Teatro Oficina Uzyna Uzona.<br />
No conjunto, a homenagem a<br />
Oswald de Andrade permeou<br />
a <strong>Flip</strong> <strong>2011</strong> não apenas com<br />
o biscoito fino, mas com<br />
toda a rica variedade da<br />
pâtisserie contemporânea.
Oswald, o amigo de Antonio<br />
14<br />
Mobilidade e devoração: a<br />
conferência de abertura da<br />
<strong>Flip</strong> <strong>2011</strong> não poderia ter um<br />
título melhor. Não foi uma<br />
palestra. Foi o depoimento do<br />
professor e crítico literário<br />
Antonio Candido, 93 anos,<br />
sobre seu amigo Oswald, que<br />
era, de fato, “móvel” – constante<br />
nas ideias, diverso e<br />
volúvel nas opiniões do dia a<br />
dia – e queria mesmo “devorar<br />
o mundo”. O depoimento foi<br />
seguido por uma apaixonada<br />
análise de Oswald por<br />
outro professor de literatura,<br />
José Miguel Wisnik, pupilo<br />
intelectual do Candido.<br />
Segundo Candido, Oswald<br />
(“pronuncia-se Oswáld”,<br />
avisou) era um homem encantador<br />
e furioso, que “gostava<br />
de brigar e desbrigar”, cujo<br />
charme “desarmava as<br />
pessoas” e cujo humor sarcástico<br />
e ferino não conhecia<br />
limites. Tinha uma personalidade<br />
tão poderosa que se<br />
falava mais dele do que de<br />
seus livros. Como era extremamente<br />
suscetível a críticas<br />
e como o poder esmagador<br />
de seu sarcasmo era conhecido<br />
(e temido), ninguém<br />
ousava escrever sobre seu<br />
trabalho. O resultado de<br />
tudo isso, explicou Antonio<br />
Candido, foi que a vida do<br />
autor obnubilou sua obra.<br />
Foram necessários trinta anos<br />
para que a peça O rei da<br />
vela, um de seus textos mais<br />
importantes, criado em 1937,<br />
finalmente fosse montada, no<br />
Teatro Oficina, por José Celso<br />
Martinez Corrêa. O mesmo Zé<br />
Celso que encerrou a <strong>Flip</strong> <strong>2011</strong><br />
comandando o Teatro Oficina<br />
na releitura do Manifesto<br />
antropófago oswaldiano,<br />
intitulada “Macumba antropófoga”,<br />
que começou no<br />
final da tarde e se estendeu<br />
pela noite de domingo.<br />
Antonio Candido<br />
Ovacionado duas vezes pela<br />
plateia lotada, quando chegou<br />
e quando deixou o palco,<br />
Antonio Candido contou<br />
inúmeras histórias da vida<br />
privada do escritor, descrevendo<br />
traços da personalidade<br />
humana e literária que, no<br />
mais das vezes, arrancaram<br />
boas gargalhadas do auditório.<br />
“Ele tinha o dom da expressão<br />
condensada”, definiu o crítico:<br />
“Era capaz de concentrar<br />
significados em poucas palavras,<br />
com um extraordinário<br />
poder de síntese, sobretudo<br />
para desancar desafetos.”<br />
Logo depois da publicação<br />
de um ensaio severo sobre<br />
ele nos anos 1940, o próprio<br />
Antonio Candido foi virulentamente<br />
agredido por Oswald.<br />
“Tempos depois, publiquei<br />
uma crítica favorável e<br />
ele me procurou”, recorda<br />
Candido, “e me disse: ‘Ataquei<br />
você com violência e você<br />
manteve a serenidade. Vamos<br />
ser amigos’. E nos tornamos<br />
muito amigos mesmo.”<br />
José Miguel Wisnik<br />
Mas Oswald não teve a mesma<br />
sorte com Mário de Andrade,<br />
descoberto por ele. Brigaram,<br />
Oswald foi violento e Mário<br />
rompeu definitivamente:<br />
rechaçou todas as tentativas<br />
de aproximação do ex-amigo.<br />
“Quando Mário morreu,<br />
Oswald ficou desesperado,<br />
como me contou sua mulher,<br />
Maria Antonieta”, disse o<br />
professor. “Meses antes de<br />
morrer, em 1954, ele me<br />
chamou à sua casa. Estava<br />
um dia frio como hoje em<br />
Paraty e ele estava à porta da<br />
casa, tomando sol. Disse que<br />
precisava me dizer o seguinte:<br />
‘Mário de Andrade foi a maior<br />
figura do Modernismo brasileiro<br />
e Macunaíma é o melhor<br />
livro modernista. É o livro que<br />
eu gostaria de ter escrito’.”<br />
Não escreveu Macunaíma,<br />
mas escreveu Serafim Ponte<br />
Grande e outras obras basais<br />
da literatura brasileira e,<br />
sobretudo, legou à posteridade<br />
seu pensamento visionário.<br />
Antonio Candido encerrou sua<br />
fala lembrando que Oswald<br />
“sempre viveu com alegria”<br />
e confirmou a imagem de<br />
um artigo de Ronald de<br />
Carvalho sobre o movimento<br />
modernista: “O claro riso dos<br />
modernos”. Era esse o riso de<br />
Oswald, que permanece, como<br />
observou Wisnik na palestra<br />
que se seguiu ao depoimento<br />
de Candido, “extraordinariamente<br />
contemporâneo”.<br />
A “devoração” proposta por<br />
Oswald em seu Manifesto<br />
antropófago “não pode ser<br />
diluída pela absorção cega<br />
de influências”. Ao contrário,<br />
advertiu Wisnik, “a antropofagia<br />
oswaldiana propõe<br />
a permeabilidade cultural<br />
seletiva e rigorosa”. Ou seja:<br />
devorar, sim, mas com critério.<br />
E, de preferência, com muito<br />
humor. Afinal, como observou<br />
Antonio Candido, “a literatura<br />
séria e alta não é incompatível<br />
com a alegria e com a<br />
brincadeira”. Impregnada pela<br />
presença da obra e da vida<br />
de Oswald, a <strong>Flip</strong> <strong>2011</strong> parece<br />
ter comprovado a tese.
Elza Soares<br />
16<br />
Show de abertura<br />
O momento era de homenagear<br />
Oswald de Andrade.<br />
O banquete imaginado pelo<br />
poeta, ensaísta, pianista<br />
e compositor José Miguel<br />
Wisnik tinha como prato<br />
principal as composições de<br />
seu parceiro Celso Sim sobre<br />
textos de Oswald. Na citação<br />
às contradições do tempo, que<br />
“é e não é ao mesmo tempo”,<br />
Wisnik fisgou o público<br />
com a inteligente interposição<br />
de ritmos dançantes<br />
aos poemas marcadamente<br />
ritmados do homenageado.<br />
Pingavam letras no telão atrás<br />
do palco enquanto Celso Sim<br />
cantava seu “Soidão – chove<br />
chuva choverando”, inspirado<br />
no poema “Soidão”, de<br />
Oswald. Cazuza encarnado,<br />
Sim completou a referência<br />
implícita ao artista autofágico<br />
na interpretação de “Balada<br />
da Esplanada”, música inspirada<br />
em poema homônimo.<br />
José Miguel Wisnik,<br />
Celso Sim<br />
O show seguiu com composições<br />
feitas por Wisnik para<br />
a peça Mistérios gozosos<br />
– montagem dirigida por<br />
José Celso Martinez Corrêa<br />
em 1994, sobre o poema<br />
“O santeiro do mangue”, de<br />
Oswald. Palavras pareciam<br />
insuficientes no “Noturno<br />
do mangue”, em que se diz<br />
que “há um grande cansaço<br />
de explicar o mar”.<br />
Com o samba rasgado de<br />
“Primavera”, o público saltou<br />
das cadeiras pela primeira<br />
vez. Wisnik e Sim visitaram<br />
ainda o barroco Gregório<br />
de Matos com “A Terra” e<br />
juntaram Oswald a Lamartine<br />
para perguntar: “Quem foi<br />
que descobriu o Brasil?”.<br />
Finalmente, incorporaram<br />
Jorge Mautner ao espetáculo<br />
para dizer que “a liberdade<br />
é a consciência do limite”.<br />
Foi então que entrou Elza<br />
Soares e deglutiu o público.<br />
Ainda se ressentindo da<br />
recente cirurgia na coluna<br />
(Elza cantou sentada), ela<br />
demonstrou cabalmente por<br />
que sua voz rouca e sensual<br />
ainda faz dela uma das intérpretes<br />
mais instigantes do<br />
cenário musical brasileiro.<br />
A essa altura, sua banda já<br />
havia colocado até a imprensa<br />
para dançar. “Flores horizontais”,<br />
interessante diálogo<br />
entre Oswald de Andrade e<br />
Vinicius de Morais, funcionou<br />
como nota de rodapé para<br />
o encontro entre São Paulo<br />
e Rio, bem na divisa onde<br />
fica a ambivalente Paraty,<br />
cidade que é meio carioca,<br />
meio caipira. Assim como na<br />
canção, para Elza “a vida não<br />
para” e o show seguiu até<br />
“Paciência”, de Lenine, afinal<br />
uma referência inevitável<br />
após a “Balada do mangue”.<br />
A noite de abertura da <strong>Flip</strong><br />
<strong>2011</strong> terminou com Elza<br />
Soares comandando a plateia,<br />
à capela, sob palmas entusiasmadas.<br />
Oswald teria adorado.
<strong>Flip</strong> – Casa da<br />
Cultura<br />
18<br />
Literatura, como toda arte, é<br />
uma via de mão dupla: requer<br />
criador e fruidor. Na <strong>Flip</strong> <strong>2011</strong>,<br />
o espaço no qual melhor<br />
se realizou essa interação<br />
foi a Casa da Cultura, onde<br />
parcerias com instituições<br />
culturais alinhadas com os<br />
objetivos da <strong>Flip</strong> produziram<br />
recitais, peças de teatro,<br />
bate-papos e até um debate<br />
sobre a candidatura de Paraty<br />
a Patrimônio Cultural da<br />
Humanidade pela Unesco.<br />
Em ambiente menor e mais<br />
íntimo, a Casa da Cultura<br />
aproximou autores e escritores.<br />
Dos eventos em<br />
parceria com o Instituto Itaú<br />
Cultural, o grande sucesso<br />
foi o escritor João Gilberto<br />
Noll, que interpretou sua obra<br />
Solidão continental. Nessa<br />
mesma série Autores em Cena,<br />
Lourenço Mutarelli interpretou<br />
seu O outro. O Itaú<br />
Cultural também colocou oito<br />
músicos e poetas no palco<br />
para fazer leituras dramáticas<br />
em meio a um espetáculo<br />
cênico, o Roteiros. Roteiros.<br />
Roteiros. Roteiros – Recital<br />
multimídia da obra de Oswald<br />
de Andrade. Fez mais: trouxe<br />
de São Paulo a Cooperifa<br />
– Cooperativa Cultural da<br />
Periferia, com o espetáculo<br />
Palavras das ruas. “Noll e a<br />
Cooperifa foram extraordinários;<br />
teve gente chorando<br />
no final”, recorda Claudiney<br />
Ferreira, gerente de literatura<br />
do Itaú Cultural. Além<br />
de lágrimas, a Casa também<br />
encheu de gente: a lotação<br />
de cerca de 150 pessoas<br />
esgotou em todos os eventos.<br />
Com o patrocínio da Souza<br />
Cruz, a Casa da Cultura trouxe<br />
de volta à <strong>Flip</strong> três escritores<br />
que, em edições passadas,<br />
foram recebidos na Tenda dos<br />
Autores. João Paulo Cuenca,<br />
Luiz Ruffato (ambos convidados<br />
da <strong>Flip</strong> 2003) e Tatiana<br />
Salem Levy (2009), além de<br />
Alessandra Colasanti, contribuíram<br />
para a antologia de<br />
contos Liberdade até agora,<br />
organizada por Eduardo<br />
Coelho e Marcio Debellian.<br />
Trata-se de uma antologia<br />
peculiar, que embaralha os<br />
contos desses autores com<br />
os de clássicos da literatura<br />
brasileira (como Machado de<br />
Assis e Clarice Lispector) e<br />
só revela a autoria no final.<br />
Excelente razão para o debate<br />
de que os autores – os vivos –<br />
participaram, durante o lançamento<br />
do livro na <strong>Flip</strong> <strong>2011</strong>.<br />
A Casa da Cultura também<br />
aproximou editoras e autores<br />
– e com pompa e circunstância:<br />
a própria ministra<br />
Ana de Hollanda, da Cultura,<br />
esteve lá para lançar o<br />
programa de estímulo à<br />
tradução de obras brasileiras<br />
no exterior, uma iniciativa da<br />
Fundação Biblioteca Nacional<br />
(FBN) que prevê investimentos<br />
escalonados ao longo de dez<br />
anos, culminando com US$<br />
7,6 milhões em 2020. “O<br />
português é um idioma muito<br />
falado, mas pouco conhecido”,<br />
disse Ana de Hollanda, que<br />
espera a internacionalização<br />
de textos produzidos por<br />
literatos e pensadores brasileiros.<br />
Na mesma toada, o<br />
projeto Brazilian Publishers,<br />
da Câmara Brasileira do<br />
Livro, organizou duas mesas,<br />
abertas por Liz Calder, para<br />
discutir a inserção da literatura<br />
em língua portuguesa<br />
no mercado editorial global.<br />
Também na Casa da Cultura,<br />
o Movimento por um Brasil<br />
Literário reuniu educadores<br />
e escritores em busca de<br />
caminhos para aproximar o<br />
brasileiro da literatura – e<br />
não apenas por meio de<br />
projetos de leitura coletiva,<br />
como lembrou Flora França<br />
Pinto, diretora da Escola da<br />
Mangueira, localizada num<br />
bairro carente de Paraty. “É<br />
preciso estimular a leitura<br />
individual, a intimidade com<br />
o livro”, disse ela. Porque<br />
depois da festa é preciso<br />
que todo brasileiro possa ter<br />
um lugar limpo e bem iluminado<br />
para ler – sozinho.<br />
Oficina Literária<br />
Em tempo de <strong>Flip</strong>, as ruas<br />
de Paraty ficam cheias de<br />
críticos literários – quase<br />
tantos quanto os técnicos de<br />
futebol em tempo de Copa.<br />
Gostei. Não gostei. É bom.<br />
É ruim. Do gosto pessoal ao<br />
julgamento de valor, todo<br />
leitor tem uma opinião. Mas<br />
do palpite, mesmo informado,<br />
à crítica literária propriamente<br />
dita há um longo caminho<br />
a ser percorrido. Em quatro<br />
encontros de duas horas<br />
durante a <strong>Flip</strong> <strong>2011</strong>, trinta<br />
selecionados aprenderam na<br />
prática os princípios básicos<br />
da boa crítica literária.<br />
“Gosto se discute, sim”, avisa<br />
Frederico Barbosa, poeta e<br />
crítico literário, diretor da<br />
Casa das Rosas em São Paulo,<br />
que coordenou a oficina<br />
literária durante o evento.<br />
Não foi um curso, avisa, foi<br />
uma oficina mesmo: os trinta<br />
selecionados para participar<br />
tiveram de escrever críticas<br />
todos os dias. O perfil dos<br />
alunos, nenhum deles um<br />
autor publicado, variava<br />
de professores universitários<br />
e do Ensino Médio<br />
a estudantes de Letras.<br />
Leandro Sarmatz, Veronica<br />
Stigger e Carlos de Brito e Mello<br />
José Paulo Cavalcanti<br />
Cocão<br />
Marcelino Freire, Sérgio<br />
Vaz e Rodrigo Ciriaco<br />
Erroll McDonald<br />
Carlos de Brito e Mello<br />
Para familiarizá-los com o<br />
decantado distanciamento<br />
crítico, Barbosa começou com<br />
música, não com literatura:<br />
tocou uma peça de Charlie<br />
Parker em sala de aula, sem<br />
revelar de quem era, e pediu<br />
comentários por escrito. Todos<br />
aprenderam, então, o primeiro<br />
obstáculo a ser superado por<br />
um verdadeiro crítico: ir ao<br />
encontro da própria obra, sem<br />
considerar a autoria. Nos dias<br />
seguintes, foram abordadas<br />
as quatro vertentes da crítica<br />
literária – paráfrase, comentário,<br />
interpretação e análise.<br />
O entusiasmo dos alunos não<br />
esmoreceu com o fim da<br />
oficina – e da <strong>Flip</strong>. Da experiência<br />
surgiu uma página no<br />
Facebook, na qual o grupo<br />
continua trocando ideias, indicações<br />
de bons livros et pour<br />
cause boas críticas literárias.<br />
Lourenço Mutarelli
20<br />
Mesa Zé Kleber:<br />
a escrita e o território*<br />
Cenário: um campo de refugiados<br />
no Quênia. A artista<br />
plástica e articuladora cultural<br />
brasileira Marie Ange Bordas<br />
tem diante de si crianças<br />
e jovens que habitam esse<br />
espaço há quase uma década.<br />
“Como é sua vida?”, ela<br />
pergunta. A resposta repete<br />
o discurso das organizações<br />
humanitárias, que reduz a<br />
vida deles à crise. Marie Ange<br />
começa então a fazer o que<br />
faz melhor: ajudar comunidades<br />
em crise a integrar arte<br />
e literatura no processo de<br />
resgate cultural, percepção do<br />
território e reconhecimento<br />
de suas identidades. No palco,<br />
também estavam a antropóloga<br />
francesa Michèle Petit,<br />
que pesquisa a leitura em<br />
espaços de crise, e a arquiteta<br />
franco-alemã Dominique<br />
Gauzin-Müller, que estuda e<br />
propõe soluções arquitetônicas<br />
sustentáveis. As três descreveram<br />
experiências e apon-<br />
taram soluções que envolvem<br />
a integração da leitura à<br />
arquitetura e à cultura.<br />
Os estudos de Michèle<br />
mostram como o ato de ler,<br />
coletiva ou individualmente,<br />
ajuda os indivíduos em situa-<br />
ções de crise. Ela relatou<br />
uma experiência de leitura<br />
mediada para crianças de<br />
uma comunidade carente na<br />
Argentina, em que a mediadora<br />
relacionou textos a seres,<br />
coisas e lugares, de forma<br />
que esses espaços adquiriram<br />
um novo valor. “Para essas<br />
crianças, os espaços de Bahía<br />
Blanca estão agora atados<br />
a poemas e outros textos,<br />
graças à interposição, entre<br />
eles e o real, de um tecido de<br />
palavras e imagens”, explicou.<br />
A própria Michèle constatou,<br />
em recente visita<br />
ao Brasil, a importância da<br />
interposição desse “tecido”:<br />
em visita a uma fazenda no<br />
interior de Minas Gerais, ela<br />
viu, pela primeira vez, o céu<br />
do Hemisfério Sul. “Minha<br />
reação imediata foi procurar o<br />
Cruzeiro do Sul, de que ouvira<br />
falar. Percebi, então, como<br />
as constelações respondem à<br />
nossa necessidade de contar<br />
histórias. Precisamos do abrigo<br />
de uma cultura – como o céu<br />
sobre nossas cabeças – para<br />
que o mundo seja habitável.”<br />
Dominique, que propõe “uma<br />
abordagem ecorresponsável”,<br />
contou, por sua vez, o caso<br />
da cidade de Tubinga, na<br />
Alemanha, que, depois da<br />
queda do muro de Berlim,<br />
precisou reconstruir-se. Com<br />
apoio da prefeitura, grupos de<br />
habitantes foram auxiliados por<br />
arquitetos a projetar residências.<br />
“No início, há quinze anos,<br />
os bancos estavam reticentes<br />
em emprestar dinheiro a esses<br />
grupos, mas hoje 70% dos<br />
novos edifícios são construídos<br />
por grupos de habitantes de<br />
Tubinga”, relatou Dominique.<br />
Para encerrar o debate, a brasileira<br />
Marie Ange conectou a<br />
primeira mesa da <strong>Flip</strong> à conferência<br />
de abertura da véspera.<br />
Ela lembrou o que dissera, à<br />
noite, o professor José Miguel<br />
Wisnik sobre a importância<br />
de envolver a educação com<br />
a cultura. “Acho que é preciso<br />
também incluir a política, porque<br />
só ela, em sua acepção mais<br />
abrangente, permite articular o<br />
individual e o coletivo, criando<br />
espaços de reconhecimento da<br />
diferença”, disse. São a leitura,<br />
a arquitetura e toda iniciativa<br />
cultural, como um céu sobre<br />
nossas cabeças, que ajudam a<br />
compor essa política transformadora<br />
– a receita de sucesso da<br />
Associação Casa Azul e da <strong>Flip</strong>.<br />
* Este espaço gratuito dentro<br />
da <strong>Flip</strong>, para refletir sobre<br />
políticas públicas com a comunidade<br />
da cidade, homenageia<br />
o músico e poeta paratiense<br />
Zé Kleber (1932-89).
Programação<br />
<strong>Flip</strong><br />
24<br />
6 quarta<br />
19h conferência de<br />
abertura<br />
Oswald de Andrade:<br />
devoração e mobilidade<br />
Antonio Candido<br />
José Miguel Wisnik<br />
21h30 show de abertura<br />
Zé e Celso + Elza<br />
José Miguel Wisnik<br />
Celso Sim<br />
Elza Soares<br />
7 quinta<br />
10h mesa Zé Kleber<br />
A escrita e o território<br />
Michèle Petit<br />
Dominique Gauzin-Müller<br />
Marie Ange Bordas<br />
mediação<br />
Alberto Martins<br />
12h mesa 1<br />
Lírica crítica<br />
Carol Ann Duffy<br />
Paulo Henriques Britto<br />
mediação<br />
Liz Calder<br />
15h mesa 2<br />
Marco zero modernista<br />
Gonzalo Aguilar<br />
Marcia Camargos<br />
mediação<br />
Marcos Augusto Gonçalves<br />
17h15 mesa 3<br />
Ficções da diáspora<br />
Caryl Phillips<br />
Kamila Shamsie<br />
mediação<br />
Ángel Gurría-Quintana<br />
19h30 mesa 4<br />
O humano além do<br />
humano<br />
Miguel Nicolelis<br />
Luiz Felipe Pondé<br />
mediação<br />
Laura Greenhalgh<br />
João Ubaldo Ribeiro<br />
Rodrigo Lacerda<br />
8 sexta<br />
10h mesa 5<br />
Viagens literárias<br />
Andres Neuman<br />
Michael Sledge<br />
mediação<br />
Claudiney Ferreira<br />
12h mesa 6<br />
Pontos de fuga<br />
Pola Oloixarac<br />
valter hugo mãe<br />
mediação<br />
Ángel Gurría-Quintana<br />
15h mesa 7<br />
Laços de família<br />
Péter Esterházy<br />
Emmanuel Carrère<br />
mediação<br />
Paulo Schiller<br />
17h15 mesa 8<br />
Ficções da crônica<br />
Ignácio Loyola Brandão<br />
Contardo Calligaris<br />
19h30 mesa 9<br />
A ética da representação<br />
Claude Lanzmann<br />
mediação<br />
Márcio Seligmann-Silva<br />
22h<br />
Tarsila<br />
Betty Gofman<br />
Eliane Giardini<br />
José Rubens Chachá<br />
Maria Adelaide Amaral<br />
Pascoal da Conceição<br />
9 sábado<br />
10h mesa 10<br />
No calor da hora<br />
Enrique Krauze<br />
John Freeman<br />
mediação<br />
João Cezar de Castro Rocha<br />
12h mesa 11<br />
A história em HQ<br />
Joe Sacco<br />
mediação<br />
Alexandre Agabiti<br />
Fernandez<br />
15h mesa 12<br />
Ficção entre escombros<br />
Marcelo Ferroni<br />
Edney Silvestre<br />
Teixeira Coelho<br />
mediação<br />
Claudiney Ferreira<br />
17h15 mesa 13<br />
Alegorias da ilha Brasil<br />
João Ubaldo Ribeiro<br />
mediação<br />
Rodrigo Lacerda<br />
19h30 mesa 14<br />
Lugares escuros<br />
James Ellroy<br />
mediação<br />
Arthur Dapieve<br />
10 domingo<br />
10h mesa 15<br />
Pensamento canibal<br />
Eduardo Sterzi<br />
João Cezar de Castro Rocha<br />
mediação<br />
Manuel da Costa Pinto<br />
11h45 mesa 16<br />
Tour dos trópicos<br />
David Byrne<br />
Eduardo Vasconcellos<br />
mediação<br />
Alexandre Agabiti<br />
Fernandez<br />
14h30 mesa 17<br />
Em nome do pai<br />
Laura Restrepo<br />
Héctor Abad<br />
mediação<br />
Ángel Gurría-Quintana<br />
16h30 mesa 18*<br />
“Macumba antropófaga”<br />
com leituras de livros de<br />
cabeceira<br />
Teatro Oficina Uzyna Uzona<br />
*Evento excepcionalmente<br />
realizado na tenda do telão<br />
Classificação indicativa:<br />
18 anos<br />
<strong>Flip</strong> - Casa da Cultura 7 quinta-feira<br />
8 sexta-feira<br />
11h45<br />
Manifesto por um Brasil<br />
literário<br />
Ana Maria Machado<br />
Bartolomeu Campos de<br />
Queirós<br />
17h<br />
Roteiros. Roteiros.<br />
Roteiros. Roteiros –<br />
Recital Multimídia<br />
da obra de Oswald de<br />
Andrade<br />
Marcelo Ferreti<br />
Susanna Busato<br />
coletivo MALLARMIDIALab<br />
19h e 20h30<br />
“Escrito em português.<br />
Lido no mundo”<br />
projeto Brazilian Publishers<br />
abertura<br />
Liz Calder<br />
19h painel 1<br />
Literatura em língua<br />
portuguesa: caminhos<br />
abertos<br />
Claudiney Ferreira<br />
Prof. Gustavo Sorá<br />
Lúcia Riff<br />
Nicole Witt<br />
mediação<br />
Ángel Gurría-Quintana<br />
20h30 painel 2<br />
Literatura em tradução<br />
no mundo: oportunidades<br />
e barreiras<br />
Ravi Mirchandani<br />
valter hugo mãe<br />
mediação de<br />
Lúcia Riff<br />
11h<br />
Paraty e o valor dos<br />
patrimônios da humanidade<br />
Dalmo Vieira Filho<br />
Pablo de la Riestra<br />
18h<br />
O Outro<br />
Lourenço Mutarelli<br />
Nilton Bicudo<br />
Tunica Teixeira<br />
19h30<br />
Lançamento do Programa<br />
de Apoio à Tradução e<br />
Publicação de Autores<br />
Brasileiros no Exterior<br />
Galeno Amorim<br />
Edney Silvestre<br />
Sônia Jardim<br />
Marifé Boix<br />
Karine Panza<br />
9 sábado<br />
11h bate-papo<br />
Pessoas de Pessoa<br />
José Paulo Cavalcanti<br />
15h15 bate-papo<br />
Máscaras e fantasmas<br />
Leandro Samartz<br />
Carlos de Brito e Mello<br />
18h<br />
Solidão continental<br />
João Gilberto Noll<br />
Fernanda D’Umbra<br />
Edson Kumasaka<br />
19h30<br />
Literatura e liberdade<br />
João Paulo Cuenca<br />
Luiz Ruffato<br />
Tatiana Salem Levy<br />
Alessandra Colasanti<br />
Joana Coccarelli<br />
10 domingo<br />
11h<br />
Palavras das ruas<br />
Sérgio Vaz<br />
Rodrigo Ciríaco<br />
Marcelino Freire<br />
Cocão
valter hugo mãe na Tenda dos Autógrafos
28<br />
“Estamos transformando<br />
Paraty numa cidade onde<br />
há livros e leitores”: esta é<br />
a avaliação de Cris Maseda,<br />
coordenadora do programa<br />
educativo da Casa Azul,<br />
ao fazer um balanço dos<br />
resultados da <strong>Flip</strong>inha em<br />
<strong>2011</strong>. O evento recebeu 25<br />
mil crianças como espectadoras,<br />
cerca de trezentas por<br />
evento e, no sábado à noite,<br />
o show do artista local Luiz<br />
Perequê, que lançou um CD<br />
de músicas infantis, estava<br />
absolutamente lotado.<br />
O crescimento do público<br />
está diretamente relacionado<br />
à ampliação do espaço<br />
para a criança e o jovem<br />
e ao amadurecimento das<br />
políticas públicas em Paraty,<br />
incorporando iniciativas de<br />
incentivo à leitura. A Tenda da<br />
<strong>Flip</strong>inha, que este ano mudou<br />
de lugar, mas continua na<br />
Praça da Matriz, agora tem<br />
250 assentos em vez de 160.<br />
O ganho veio da criação de<br />
dois novos espaços exclusivos:<br />
um para abrigar a exposição<br />
dos trabalhos realizados pelos<br />
alunos durante o ano, a partir<br />
da leitura do autor homenageado<br />
e de outros autores;<br />
outro para a Biblioteca da<br />
<strong>Flip</strong>inha, que também cresceu,<br />
atendendo um total de 15<br />
mil crianças até sábado.<br />
Na opinião de Gabriela Gibrail,<br />
a Gabi, coordenadora do<br />
projeto <strong>Flip</strong>inha, integração<br />
é a palavra-chave deste<br />
ano. A meta de integrar os<br />
eventos, criando laços entre<br />
eles para além da ponte que<br />
fisicamente atravessa o rio<br />
(do lado de lá fica a Tenda<br />
dos Autores, sobejamente<br />
conhecida), era perseguida<br />
havia tempo. O processo<br />
foi longo, mas era natural<br />
que a integração ocorresse.<br />
Desta vez, o próprio curador<br />
da <strong>Flip</strong>, o jornalista e crítico<br />
literário Manuel Costa Pinto,<br />
“um agente decisivo nessa<br />
integração”, escreveu o perfil<br />
de Oswald de Andrade para o<br />
Manual da <strong>Flip</strong>inha, que foi<br />
distribuído aos professores em<br />
fevereiro, e até foi a Paraty<br />
para conversar com eles.<br />
Gabi trabalha o ano inteiro<br />
no programa educativo da<br />
Associação Casa Azul e passa<br />
os dias da <strong>Flip</strong> nos bastidores<br />
da outra tenda, aquela a que<br />
acorrem os paratienses e não<br />
os turistas, aquela que fica do<br />
lado de cá do rio Perequê-Açu,<br />
no centro histórico, e que<br />
atrai pais, alunos e professores<br />
de mais de quarenta escolas<br />
públicas e particulares da<br />
região. Este ano, pela primeira<br />
vez, todos os eventos estão<br />
de fato integrados como<br />
nunca antes: <strong>Flip</strong>, <strong>Flip</strong>Zona,<br />
Casa da Cultura e <strong>Flip</strong>inha.<br />
A coordenadora do projeto<br />
<strong>Flip</strong>inha também está particularmente<br />
satisfeita com o<br />
recente interesse da mídia<br />
pela versão infantojuvenil da<br />
<strong>Flip</strong> e pelo programa educativo<br />
da Casa Azul. Desde<br />
sempre, a mídia persegue as<br />
celebridades convidadas para<br />
a Tenda dos Autores e praticamente<br />
ignora o trabalho<br />
realizado durante o ano pela<br />
Casa Azul junto às escolas e à<br />
população da região de Paraty,<br />
um trabalho que estimula o<br />
hábito da leitura e abastece<br />
bibliotecas escolares e municipais.<br />
Agora, a Casa Azul é<br />
regularmente procurada para<br />
entrevistas e reportagens, o<br />
que divulga a experiência,<br />
permitindo, assim, sua reprodução<br />
em outros lugares.<br />
A escolha de Oswald de<br />
Andrade como autor homenageado<br />
também contribuiu<br />
para a integração da <strong>Flip</strong><br />
com Paraty e da <strong>Flip</strong>inha<br />
com a <strong>Flip</strong>. O Ciclo Oswald<br />
de Andrade, organizado pela<br />
Casa Azul no começo do ano<br />
para os professores da rede<br />
pública de Paraty, foi essencial<br />
para o sucesso do evento. “A<br />
antropofagia oswaldiana tem<br />
tudo a ver com Paraty, que<br />
é caiçara, indígena, negra,<br />
mas também recebe turistas<br />
e tem muitos habitantes<br />
estrangeiros”, avalia Gabi.<br />
Por isso mesmo, a título de<br />
encerramento da <strong>Flip</strong>inha,<br />
toda a equipe leu, no palco,<br />
o Manifesto antropófago.<br />
www.flipinha.org.br
Tendas da <strong>Flip</strong>inha
Destaques da programação <strong>Flip</strong>inha<br />
32<br />
Ciranda dos Autores<br />
O palco da <strong>Flip</strong>inha promove<br />
o encontro dos jovens leitores<br />
paratienses com os escritores<br />
infantojuvenis e intercala<br />
esses encontros com espetáculos<br />
concebidos durante<br />
o ano nas escolas da região,<br />
de peças de teatro a jograis e<br />
musicais. Numa das Cirandas,<br />
por exemplo, o escritor indígena<br />
Daniel Munduruku<br />
aproveitou a oportunidade<br />
para contar de onde tira as<br />
histórias publicadas em seus<br />
livros: da tradição oral da<br />
tribo. “Alguns acham que o<br />
índio só deve se comunicar<br />
pela fala”, disse Daniel, “mas,<br />
mesmo com os livros, os pais<br />
têm a sua própria maneira de<br />
contar histórias, que assim<br />
não ficam congeladas. O<br />
livro ajuda a oralidade.”<br />
Tanto ajuda que outros dois<br />
escritores para o público<br />
juvenil, Fernando Vilela e<br />
Leonardo Chianca, tiveram de<br />
improvisar diante do público<br />
infantil e inventaram uma<br />
história na hora com base<br />
em suas obras e com ajuda<br />
do mediador Cláudio Aquino,<br />
professor da rede pública de<br />
Paraty. Escritor e ilustrador,<br />
Fernando escreveu Lampião<br />
e Lancelote, totalmente<br />
dentro do espírito oswaldiano<br />
da antropofagia, que<br />
marcou também a <strong>Flip</strong>inha,<br />
e Leonardo adapta clássicos<br />
para jovens leitores.<br />
Outras estrelas da literatura<br />
infantojuvenil também estiveram<br />
na <strong>Flip</strong>inha e interagiram<br />
animadamente com<br />
as crianças, como Mariana<br />
Massarani, Graça Lima e Ciça<br />
Fittipaldi. Mas a mesa que<br />
reuniu Pedro Bandeira e Illan<br />
Brenman foi uma das mais<br />
animadas. “Escritor é assim:<br />
tudo o que ele escreve é<br />
mentira”, brincou Bandeira<br />
para tentar explicar à meninada<br />
o que é a literatura de<br />
ficção. E avisou que escritor<br />
não é professor: “O escritor<br />
põe no livro aquilo que ele<br />
não sabe, para poder dividir<br />
com vocês todas as dúvidas<br />
que ele tem”. Brenman,<br />
o festejado autor de Até<br />
as princesas soltam pum,<br />
começou explicando que<br />
sempre foi leitor de Bandeira<br />
e acabou informando o<br />
respeitável público que, em<br />
média, “todo mundo solta<br />
pelo menos dez puns por dia!”.<br />
Juntos, regeram com maestria<br />
a multidão de crianças à<br />
frente deles, todas com seus<br />
livros na ponta da língua.<br />
No sábado, como todos os<br />
anos, a Rádio Maluca, “o<br />
programa-show que você vê<br />
pelo rádio”, foi transmitida ao<br />
vivo do auditório da <strong>Flip</strong>inha<br />
pela Rádio Nacional e pela<br />
Rádio MEC, sob a batuta do<br />
artista Zé Zuca. E no domingo<br />
houve premiação dos vencedores<br />
da Regata da <strong>Flip</strong>inha<br />
e de instituições de educação<br />
de Paraty. Os prêmios foram<br />
sempre “cheques-livros”. Como<br />
despedida, todo o pessoal<br />
de apoio da <strong>Flip</strong>inha subiu<br />
ao palco e leu, a título de<br />
encerramento, o Manifesto<br />
antropófago. Afinal, como<br />
dizia Oswald, “o que nos<br />
une é a antropofagia”.<br />
Manual da <strong>Flip</strong>inha<br />
No início do ano letivo, os<br />
professores da rede municipal<br />
de Paraty receberam o Manual<br />
da <strong>Flip</strong>inha, um caderno de<br />
referências sobre os autores<br />
convidados para as Cirandas,<br />
que incluiu as biografias de<br />
21 escritores e informações<br />
sobre suas obras. Com uma<br />
tiragem de 1.500 exemplares,<br />
o Manual também foi distribuído<br />
a parceiros e patrocinadores<br />
e está disponível<br />
em PDF no site da <strong>Flip</strong>inha.<br />
Criado em 2009, o site publica<br />
notícias sobre as atividades<br />
educativas da Casa Azul e,<br />
durante a <strong>Flip</strong>inha, registra o<br />
que acontece na Tenda e fora<br />
dela, na Praça da Matriz.<br />
Mediação de Leitura<br />
Em fevereiro, a Casa Azul<br />
participou como parceira da<br />
Semana Pedagógica, organizada<br />
pela Secretaria Municipal<br />
de Educação, que réune os<br />
cerca de quatrocentos professores<br />
das 32 escolas da rede<br />
municipal de Paraty. Durante<br />
o evento, no bojo do Projeto<br />
Mar de Leitores, que começou<br />
em 2009, a Casa Azul montou<br />
quatro oficinas de mediação<br />
de leitura para professores<br />
de Educação Infantil e de<br />
Português, ensinando a<br />
utilizar o Manual da <strong>Flip</strong>inha.<br />
Em abril, a Associação Casa<br />
Azul organizou o Ciclo Oswald<br />
de Andrade com todos os<br />
professores da rede para<br />
introduzir o autor homenageado<br />
e orientar o trabalho<br />
em classe, com dois dias de<br />
palestras, projeção de filmes<br />
e leituras dramáticas.<br />
Pela primeira vez, o homenageado<br />
teve um manual<br />
próprio, redigido pelo curador<br />
da <strong>Flip</strong> <strong>2011</strong>, Manuel Costa<br />
Pinto, que também esteve<br />
presente, ao lado de professores<br />
da Universidade Federal<br />
do Rio de Janeiro (UFRJ). A<br />
programação incluiu uma<br />
palestra especial para os<br />
alunos do Ensino Médio<br />
e apresentações, à noite,<br />
dos jovens participantes<br />
do Ponto de Cultura Casa<br />
Azul. Especialmente para<br />
o encontro, esses jovens<br />
prepararam um vídeo<br />
sobre Oswald de Andrade<br />
e organizaram um sarau.<br />
Arte na Praça<br />
O dia de fazer arte no Largo<br />
da Matriz é um dos acontecimentos<br />
mais esperados<br />
pelas crianças de Paraty e<br />
por aquelas que chegam à<br />
cidade no período da <strong>Flip</strong>.<br />
Este ano, o evento ofereceu<br />
mais de trinta oficinas de<br />
artesanato tradicional da<br />
região de Paraty e outras<br />
artes, ensinando os pequenos<br />
visitantes a fazer pipas,<br />
estrelas, barcos de madeira<br />
pintados à mão, origami e as<br />
piabinhas voadoras, um dos<br />
brinquedos mais populares,<br />
composto de um corpo de<br />
papel, geralmente feito com<br />
tiras de jornal, e uma rabiola<br />
colorida. Centenas de crianças<br />
passaram a tarde de barraca<br />
em barraca, colecionando<br />
brinquedos e envergando os<br />
bonecos gigantes de Jubileu<br />
Silva, artesão e professor de<br />
Matemática na rede municipal.<br />
As batalhas de piabinhas<br />
voadoras ocorrem entre<br />
cirandas, batuques e rodas<br />
de capoeira. Tudo resulta do<br />
trabalho de mais de duzentos<br />
voluntários – professores,<br />
artesãos e estagiários do<br />
Colégio Cembra, a escola<br />
normal da cidade. A festa<br />
movimenta toda Paraty, com<br />
as contribuições das escolas,<br />
da Secretaria de Esportes e de<br />
outras entidades municipais.<br />
Carlota Galvão, que já foi<br />
professora de Artes e agora<br />
é sócia de uma escola de<br />
informática, estava a postos<br />
na sua barraca de origamis,<br />
e Adriana Ramos, diretora de<br />
escola, ensinava a desenhar<br />
com giz de cera, que se revela<br />
no papel quando as crianças<br />
o mergulham em solução de<br />
álcool e anilina. Caíque, sete<br />
anos, esperou pacientemente<br />
por uma pipa na barraca ao<br />
lado, enquanto seus amigos<br />
corriam atrás dos bonecos<br />
gigantes. E a pequena Helena,<br />
de três anos, que já é uma<br />
veterana da <strong>Flip</strong>inha, puxava<br />
a mãe pela mão de barraca<br />
em barraca e saiu de braços<br />
cheios de cata-ventos, flores<br />
de papel, abanadores, estrelas<br />
e uma minúscula pipa colorida<br />
que estava destinada<br />
à parede do seu quarto.
34<br />
Oficina de cenotecnia<br />
Ministrada pelo cenógrafo<br />
Juvenal Irene, a Oficina de<br />
Cenotecnia amadureceu em<br />
<strong>2011</strong>. Começou no final de<br />
março, com a Oficina de<br />
Ilustração da ilustradora<br />
Graça Lima. Os desenhos ali<br />
produzidos passaram para a<br />
equipe de design e arquitetura<br />
da Casa Azul, que se baseou<br />
neles para fazer o projeto da<br />
cenografia da <strong>Flip</strong>inha. A 13<br />
de junho começou a Oficina<br />
de Cenotecnia propriamente<br />
dita, que capacitou, em três<br />
semanas de reuniões diárias,<br />
vinte jovens paratienses, todos<br />
bolsistas da Casa Azul para<br />
frequentar as aulas. No final,<br />
tendo aprendido técnicas de<br />
palco e elementos de cenografia,<br />
foram eles que executaram<br />
o projeto cenográfico<br />
da <strong>Flip</strong>inha. Esses jovens cenotécnicos<br />
foram remunerados,<br />
e alguns deles continuaram<br />
trabalhando durante o evento.<br />
Bibliotecas Casa Azul<br />
Biblioteca da <strong>Flip</strong>inha<br />
A Casa Azul foi responsável<br />
pela primeira biblioteca direcionada<br />
ao público infantil<br />
e aos jovens em Paraty. Nos<br />
últimos quatro anos, 24 mil<br />
livros foram adquiridos,<br />
grande parte doada por<br />
editoras parceiras. Metade<br />
deles compõe a Biblioteca da<br />
<strong>Flip</strong>inha, que fica aberta ao<br />
público na sede da Associação<br />
Casa Azul em Paraty e,<br />
durante a <strong>Flip</strong>, muda para<br />
uma tenda própria na Praça<br />
da Matriz. Em <strong>2011</strong>, essa<br />
tenda era maior do que nos<br />
anos anteriores e ficou mais<br />
próxima da Tenda da <strong>Flip</strong>inha.<br />
Além disso, tinha espaços<br />
apropriados para abrigar<br />
crianças pequenas e bebês,<br />
um mobiliário mais adequado<br />
e até microfones. A Biblioteca<br />
da <strong>Flip</strong>inha também teve uma<br />
programação própria mais<br />
estruturada e substanciosa,<br />
com leitura de obras pelos<br />
autores convidados e palestras<br />
sobre temas instigantes.<br />
Com tudo isso, a relação<br />
livro-autor-leitor tornou-se<br />
mais estreita e mais intensa.<br />
Outros acervos<br />
Os outros 12 mil livros infantis<br />
e juvenis da Casa Azul foram<br />
distribuídos em acervos instalados<br />
em 32 escolas da região.<br />
O conjunto desses acervos<br />
vem crescendo substancialmente.<br />
A Casa Azul também<br />
mantém o Acervo Carlos<br />
Calchi, localizado na Biblioteca<br />
Municipal Fábio Villaboim,<br />
em Paraty. Em <strong>2011</strong>, essa<br />
coleção, composta por livros<br />
de autoria de convidados da<br />
<strong>Flip</strong>, atingiu 1.237 títulos.<br />
Programação <strong>Flip</strong>inha<br />
5 terça<br />
10h<br />
6a. Regata INP <strong>Flip</strong>inha<br />
Largada na Praia do Pontal<br />
6 quarta<br />
8h<br />
Ciranda dos autores<br />
A poesia das imagens<br />
Graça Lima<br />
Mariana Massarani<br />
mediação<br />
Mariana Benchimol<br />
9h<br />
Até as princesas soltam<br />
pum – Illan Brenman<br />
Musical<br />
Profas. Heloísa Bertino,<br />
Mônica Gama e Renata<br />
Conceição<br />
Escola Municipal da Barra<br />
Grande<br />
9h30<br />
Ciranda dos autores<br />
Poetando com imagens<br />
Cláudio Thebas<br />
Suppa<br />
mediação<br />
Marcos Antônio Conceição<br />
10h30<br />
O mistério da fábrica de<br />
livros<br />
Musical<br />
Profas. Luciana Silveira,<br />
Sônia Balbino, Marcelli<br />
Arruda e Alexandra Vieira<br />
Centro de Ensino Integrado<br />
11h<br />
Abapuru<br />
Teatro<br />
Profas. Mariana Savíoli e<br />
Benedita Freire<br />
Escola Municipal Pequenina<br />
Calixto<br />
11h30<br />
Bichos grandes e<br />
pequenos (Arca de Noé)<br />
Musical<br />
Profs. Deizziane Ennes,<br />
Deizzimar Reis, Deizzimere<br />
Azevedo, Valdea Valfrido,<br />
Lúcia Malvão, Jerônimo<br />
Ennes e Fátima Azevedo<br />
Escola de Educação Infantil<br />
Algodão Doce<br />
12h<br />
Hora da estrela<br />
Apresentação artística de<br />
jovens talentos de Paraty<br />
13h<br />
Eu brasileiro – Luís<br />
Perequê<br />
Musical<br />
Profs. Catarina de<br />
Alvarenga, Carlos Oliveira,<br />
Andréa Mara de Oliveira e<br />
Maria Aparecida Dutra<br />
Escola Municipal do<br />
Campinho<br />
13h30<br />
Mundo do livro sobe ao<br />
palco da <strong>Flip</strong>inha<br />
Teatro<br />
Profas. Viviane Vieira e<br />
Maria Aparecida Moreira<br />
Escola municipal Manuel<br />
Brás Cordeiro (São Roque)<br />
14h<br />
Biblioteca da <strong>Flip</strong>inha<br />
Ciça Fittipaldi<br />
Brincadeiras de ontem,<br />
reciclando hoje<br />
Teatro<br />
Profas. Samira Martinho,<br />
Jéssica Paravizo e Gabriele<br />
Mariano<br />
Escola Municipal Parque da<br />
Mangueira<br />
14h30<br />
Joaninha<br />
Musical<br />
Profas. Prissila Lazar e<br />
Fabiana Amorim<br />
Casa da Criança<br />
15h<br />
Ciranda dos autores<br />
Histórias de todos<br />
os tempos<br />
Fernando Vilela<br />
Leonardo Chianca<br />
mediação<br />
Cláudio Aquino<br />
Biblioteca da <strong>Flip</strong>inha<br />
Issunboushi - Kamishibai:<br />
contação de histórias<br />
através de desenhos<br />
George Soul-Za<br />
16h<br />
Quem já foi lá no<br />
Corisco?<br />
Musical<br />
Profs. Flávia Pacheco e<br />
Anderson Alves<br />
Escola Municipal Maria<br />
Jácome de Mello<br />
Biblioteca da <strong>Flip</strong>inha<br />
Mariana Massarani<br />
Graça Lima<br />
16h30<br />
Música regional e infantil<br />
Musical<br />
Profs. Anderson Alves e<br />
Regina Pádua<br />
Educanção na Escola<br />
do Corisco e Escola da<br />
Mangueira<br />
17h<br />
Música regional e infantil<br />
Musical<br />
Profs. Luciane Marques e<br />
Anderson Alves<br />
Educanção na Escola da<br />
Praia Grande
7 quinta<br />
8h<br />
Ciranda dos autores<br />
Entre a palavra<br />
e a imagem<br />
Lúcia Hiratsuka<br />
Maurício Veneza<br />
mediação<br />
Prissila Lazar<br />
9h<br />
O ribeirão<br />
Musical<br />
Profas. Priscila de Deus e<br />
Cilene Seixas<br />
Escola Municipal<br />
Monsenhor Hélio Pires<br />
9h30<br />
Ciranda dos autores<br />
Um mundo de imagens e<br />
palavras<br />
Marcelo Carneiro<br />
Marcelo Cipis<br />
mediação<br />
Flora Salles França Pinto<br />
10h30<br />
Olhares da mata atlântica<br />
– homenagem a Pedro<br />
Bandeira<br />
Musical<br />
Profs. Neuma Ramiro,<br />
Tânia Avelar, Leila Franca,<br />
Marcelita Cruz, Francisco<br />
Sidiclei, Juliana Almeida e<br />
Vânia Alvarenga<br />
Departamento de Educação<br />
Ambiental da Secretaria<br />
Municipal de Educação<br />
Biblioteca da <strong>Flip</strong>inha<br />
Fernando Vilela<br />
11h<br />
Salada de frutas<br />
Leitura dramatizada<br />
Profas. Maria Inês Costa e<br />
Ana Cristina de Assis<br />
Escola Municipal Doutor<br />
Mair Pena<br />
11h30<br />
Amanda no país das<br />
vitaminas<br />
Teatro<br />
Profas. Eliene Souza e<br />
Adriana Belchior<br />
Escola Municipal Marechal<br />
Santos Dias<br />
13h<br />
Palavrinhas mágicas –<br />
Pedro Bandeira<br />
Musical<br />
Profas. Ana Rita Pacheco,<br />
Letícia Viana e Yasmim<br />
Puchalski<br />
Escola Municipal Guiomar<br />
Schimidt<br />
13h30<br />
Paraty: festa e cultura<br />
Musical<br />
Profas. Juliana Maluf,<br />
Márcia Domiciano, Carolina<br />
Nunes, Jucelene dos<br />
Prazeres e Joceli Sampaio<br />
Escola Municipal José<br />
Carlos Porto<br />
36<br />
14h<br />
Lin e o bambuzal – Lúcia<br />
Hiratsuka<br />
Teatro<br />
Profs. Daniele Muniz, Enilze<br />
Lucena, Rosângela Carneiro<br />
e Maria Sebastiana<br />
Escola Municipal Tânia Rita<br />
– Angra dos Reis<br />
Biblioteca da <strong>Flip</strong>inha<br />
Illan Brenman<br />
14h30<br />
Cultura Guarani<br />
Musical<br />
Profs. Kurai Kery Renda,<br />
Lucas Xumu, Rosa Caloiero<br />
e Algemiro Karcú<br />
Escola Indígena Estadual<br />
Guarani Karai Kuary Renda<br />
15h<br />
Ciranda dos autores<br />
Do jeito que a gente é...<br />
Márcia Leite<br />
Índigo<br />
mediação<br />
Renata Emily<br />
Biblioteca da <strong>Flip</strong>inha<br />
O Carpinteiro e o Diabo<br />
- Kamishibai: contação<br />
de histórias através de<br />
desenhos<br />
George Soul-Za<br />
16h<br />
Encantando a natureza<br />
Musical<br />
Profas. Maria Inês Vargas,<br />
Jéssica Paraviza e Geisa de<br />
Oliveira<br />
Escola Municipal Parque da<br />
Mangueira<br />
Biblioteca da <strong>Flip</strong>inha<br />
Leonardo Chianca<br />
Marcia Leite<br />
16h30<br />
O teatro dos autores<br />
Teatro<br />
Profa. Silvina Hurtado<br />
Instituto Trilha da Arte –<br />
Itae<br />
17h<br />
Clarineta, Coro, Choro<br />
Musical<br />
Profs. Anderson Alves,<br />
Guilherme Sá, Regina Pádua<br />
e Rosângela Dutra<br />
Educanção na Escola do<br />
Pantanal e Casa da Música<br />
8 sexta<br />
8h<br />
Ciranda dos autores<br />
Meu lugar no mundo<br />
Ciça Fittipaldi<br />
Bia Hetzel<br />
mediação<br />
Amaury Barbosa<br />
9h<br />
Mar literário<br />
Musical<br />
Escolas da Costeira: Ponta<br />
Negra, Sono e Laranjeiras<br />
9h30<br />
Ciranda dos autores<br />
Senta que lá vem história<br />
Illan Brenman<br />
Pedro Bandeira<br />
mediação<br />
Janete Moreira<br />
10h30<br />
Dança folclórica<br />
Musical<br />
Profas. Eleite Solis, Thalita<br />
Machado e Quelis da Silva<br />
Apae<br />
Biblioteca da <strong>Flip</strong>inha<br />
Heloisa Prieto<br />
11h<br />
Dança circular<br />
Profa. Adriana Thamaturgo<br />
Escola Plante<br />
11h30<br />
Lampejos do pau-brasil –<br />
esquetes Oswald<br />
Teatro<br />
Profas. Renata Emily, Loide<br />
Nascimento e Rosiris Barros<br />
Ciep 999 D. Pedro<br />
12h<br />
Arte na Praça<br />
Oficinas simultâneas com<br />
os saberes e fazeres de<br />
Paraty<br />
Praça da Matriz<br />
Hora da estrela<br />
Apresentação artística de<br />
jovens talentos de Paraty<br />
13h<br />
Histórias cantadas:<br />
criança não trabalha<br />
Musical<br />
Profas. Valéria Monteiro,<br />
Leila Pascoal, Janete<br />
Zorgdrager e Janaína<br />
Ciqueira<br />
Escola Municipal Teophilo<br />
Rameck<br />
13h30<br />
Amigos da Casa Escola<br />
Musical<br />
Profs. Erlandia da Lapa e<br />
Edson Oliveira<br />
Casa Escola<br />
14h<br />
Passeando pelo universo<br />
de Pedro Bandeira<br />
Leitura dramatizada<br />
Profs. Giovanni Codeça e<br />
Alexandre Monteiro<br />
Escola Municipal de Ens.<br />
Fund. Ministro Sérgio Mota<br />
14h30<br />
As borboletas de Vinicius<br />
de Moraes – uma releitura<br />
musical<br />
Musical<br />
Profas. Daniely Magalhães,<br />
Marlene Resende e Mariana<br />
Teixeira<br />
Escola Municipal Frei<br />
Bernardo – Angra dos Reis<br />
15h<br />
Ciranda dos autores<br />
Viajando com as histórias<br />
Flávia Lins e Silva<br />
André Diniz<br />
mediação<br />
Fabíola Guadix<br />
16h<br />
Uma obra de arte<br />
chamada Terra<br />
Teatro<br />
Prof. Leonardo Campos<br />
Escola Municipal de Ens.<br />
Fund. Ministro Sérgio Mota<br />
16h30<br />
A literatura e a dança<br />
Alunas do curso de<br />
formação de professores<br />
Colégio Estadual Mário<br />
Moura Brasil do Amaral<br />
17h<br />
Caçadores de aventura<br />
(Daniel Munduruku),<br />
Tatu-bolinha (Mirna<br />
Pinsky) e Qual é a cor do<br />
amor (Linda Strachar)<br />
Musical<br />
Profas. Eliane Tomé, Yara<br />
Marques, Maria Madalena e<br />
professores<br />
Escola Ethos<br />
9 sábado<br />
11h<br />
Programa Rádio Maluca<br />
Programa ao vivo Rádio<br />
Nacional - Rádio MEC<br />
12h<br />
Hora da estrela<br />
Apresentação artística de<br />
jovens talentos de Paraty<br />
13h<br />
Romeu e Julieta<br />
Teatro<br />
Profa. Emily Uma Broun<br />
Educandário Torres Pádua<br />
13h30<br />
Brincando e aprendendo<br />
com arte<br />
Teatro<br />
Profa. Giane Balceskis<br />
Cantinho do Pantanal<br />
14h<br />
Teatro de mesa e roda<br />
rítmica moedas estrelas<br />
Teatro<br />
Profas. Fernanda Cerqueira,<br />
Fabíola Guadix e Muruá<br />
Veloso<br />
Quintal Mágico<br />
Biblioteca da <strong>Flip</strong>inha<br />
Pedro Bandeira<br />
14h30<br />
Grupo teatral dramatizando<br />
a literatura<br />
Teatro<br />
Profs. Chrisna Bittencourt,<br />
Israel de Paula, Janaína de<br />
Souza e Sirlene Lara<br />
Escola Millenium<br />
15h<br />
Ciranda dos autores<br />
Meu olhar para o mundo<br />
Daniel Munduruku<br />
Heloísa Pietro<br />
mediação<br />
Geanne Ampuero<br />
16h<br />
Aquarela brasileira<br />
Teatro<br />
Profas. Adriana Andrade,<br />
Ana Gonçalves, Ana Lúcia<br />
Gama e Prissila Profeta<br />
Escola Objetivo<br />
16h30<br />
Do medo ao riso<br />
Teatro<br />
Profas. Águida Peixoto,<br />
Sueli Matos e Leila<br />
Hortêncio<br />
Escola Municipalizada<br />
Aureliano Portugal – Rio<br />
Claro<br />
17h<br />
Mesão<br />
Autores conversam sobre<br />
Oswald de Andrade<br />
mediação<br />
Anna Cláudia Ramos e<br />
Gabriela Gibrail<br />
18h<br />
Apresentação musical<br />
Tô brincando<br />
Luís Perequê<br />
10 domingo<br />
10h<br />
Mitologia do diário de<br />
Pilar<br />
Musical<br />
Profa. Tânia Maria dos<br />
Santos<br />
Colégio Estadual Roberto<br />
Montenegro<br />
Marinheiro só<br />
Musical<br />
Profa. Cláudia Agostinho<br />
Colégio Estadual Roberto<br />
Montenegro<br />
10h30<br />
Grupo de Dança Vila<br />
Oratório<br />
11h<br />
Livro Festa do Mar<br />
Teatro<br />
Profa. Glicéia Pereira<br />
Centro Educacional de<br />
Mambucaba<br />
Livro Romeu e Julieta<br />
Teatro<br />
Profa. Glicéia Pereira<br />
Centro Educacional de<br />
Mambucaba<br />
11h30<br />
Homenagem a Pedro<br />
Bandeira – “O medo<br />
e a ternurinha” e “O<br />
fantástico mistério da<br />
Feiurinha”<br />
Leitura dramatizada<br />
Profas. Adriana Freitas, Ana<br />
Lúcia Couto e Maria Cléia<br />
Moutinho<br />
Colégio Estadual Almirante<br />
Álvaro Alberto<br />
3 Linhas e 4 Verdades<br />
Teatro<br />
Profa. Maria Viana Mariana<br />
Colégio Estadual Almirante<br />
Álvaro Alberto<br />
12h<br />
Capoeira<br />
Prof. Astronauta<br />
13h<br />
Paraíso perdido – uma<br />
história insustentável<br />
Teatro<br />
Autor: Themis Corrêa<br />
Grupo de Teatro Celavi<br />
14h<br />
Entrega Prêmio Plante de<br />
Literatura<br />
Dança criativa<br />
Profa. Vanda Mota<br />
Teatro<br />
Profa. Evelin Peres<br />
Escola Plante<br />
15h<br />
Conversa de armazém<br />
Teatro<br />
Fátima Queiroz, Lilia Rosa e<br />
Pâmela Albrecht<br />
Companhia Rosa Carmo<br />
Queiroz<br />
16h<br />
Escola feita de livros<br />
Premiação do concurso de<br />
projetos: Bibliotecas nas<br />
escolas<br />
16h30<br />
Premiação da 6ª regata INP<br />
<strong>Flip</strong>inha<br />
17h<br />
Apresentação final equipe<br />
<strong>Flip</strong>inha
38<br />
Menos de duas horas depois<br />
de deixar a Tenda dos Autores,<br />
o repórter quadrinista Joe<br />
Sacco viu-se na pequena sala<br />
da <strong>Flip</strong>Zona, numa das casas<br />
coloniais de Paraty, absolutamente<br />
lotada de jovens da<br />
cidade. No palco improvisado,<br />
dois grandes grafiteiros<br />
brasileiros faziam as vezes de<br />
entrevistadores e intérpretes:<br />
Fábio Moon e Gabriel Bá,<br />
conhecidos como Os Gêmeos.<br />
Os dois revezaram-se nas<br />
perguntas e na tradução<br />
das respostas, enquanto um<br />
outro intérprete traduzia<br />
para o desenhista maltês o<br />
que se dizia em português.<br />
Insistentemente inquirido<br />
sobre suas opções profissionais<br />
e sua carreira, Sacco falou<br />
de seus dois grandes amores,<br />
os quadrinhos e o jornalismo.<br />
“Quem sabe onde é Malta?”<br />
– perguntou logo um d’Os<br />
Gêmeos à plateia, dando o<br />
tom que a conversa toda<br />
teria por mais de uma hora,<br />
altamente interativa com<br />
o público, que era a todo<br />
momento lembrado dos<br />
pontos importantes no que<br />
Sacco dizia. A resposta a<br />
essa primeira pergunta foi o<br />
silêncio, seguido pelo comentário:<br />
“Tudo bem, eu também<br />
não sabia; tive de olhar no<br />
mapa!”. Risos. Risos. Risos. A<br />
<strong>Flip</strong>Zona é uma alegria só.<br />
E é como uma jam session,<br />
explica Gabriela Gibrail,<br />
responsável pela programação,<br />
que existia antes mesmo de a<br />
<strong>Flip</strong>Zona surgir. Muitos “curadores”<br />
– organizadores da <strong>Flip</strong><br />
e da <strong>Flip</strong>inha, moradores de<br />
Paraty, amigos e conhecidos,<br />
até a empresa de assessoria<br />
de imprensa da <strong>Flip</strong> – começaram<br />
a ajudar e, desde 2009,<br />
quando a <strong>Flip</strong>Zona finalmente<br />
nasceu, participam dela convidados<br />
e visitantes célebres,<br />
que já estarão em Paraty e<br />
têm algo a dizer aos jovens.<br />
Foi assim com Sacco, convidado<br />
para o <strong>Flip</strong>, e com Os<br />
Gêmeos, que estariam mesmo<br />
em Paraty. “É um jeito de<br />
otimizar e integrar todos os<br />
eventos ao redor da <strong>Flip</strong>”,<br />
pondera Gabriela, que também<br />
desenha a programação da<br />
<strong>Flip</strong>inha com um olho na<br />
<strong>Flip</strong>Zona. Foi assim com a<br />
ilustradora Suppa e a escritora<br />
infantojuvenil Índigo,<br />
convidadas da <strong>Flip</strong>inha que<br />
também falaram na <strong>Flip</strong>Zona<br />
sobre Moda, blogs e afins – as<br />
duas são blogueiras, e Suppa<br />
também desenha roupas<br />
que vende on-line. Foi assim<br />
também com o escritor Edney<br />
Silvestre, convidado da <strong>Flip</strong><br />
que, na <strong>Flip</strong>Zona, foi entrevistado<br />
por Verônica Lessa (é<br />
uma das autoras do Manual<br />
da <strong>Flip</strong>inha) sobre jornalismo<br />
e literatura e foi assim<br />
com os escritores Ignácio de<br />
Loyola Brandão e Verônica<br />
Stigger, que conversaram<br />
sobre arte, contos e histórias.<br />
A programação, criada a<br />
muitas mãos, ficou tão boa<br />
que acabou atraindo adultos<br />
também, e o pequeno espaço<br />
onde se realizou a <strong>Flip</strong>Zona<br />
este ano estava permanentemente<br />
lotado, com muita<br />
gente aglomerada do lado<br />
de fora. Para o ano que<br />
vem, a <strong>Flip</strong>Zona precisará<br />
de um espaço maior – outra<br />
casa, não uma tenda –, mas<br />
a Casa da Praça, como é<br />
chamado agora esse casarão<br />
do Largo da Matriz, tornou-<br />
-se a sede definitiva do<br />
Ponto de Cultura Casa Azul.
40<br />
Programação <strong>Flip</strong>Zona<br />
6 quarta<br />
8h30<br />
Conversa com autores<br />
O amor entre iguais<br />
Anna Claudia Ramos<br />
Márcia Leite<br />
10h30<br />
Conversa com autores<br />
Performance de ilustradores<br />
Maurício Veneza<br />
Fernando Vilela<br />
13h30<br />
Curto Curtas<br />
Mostra de curtas-<br />
-metragens<br />
15h30<br />
Cinezona<br />
Marcelo Carneiro apresenta<br />
o filme Antes que<br />
o mundo acabe<br />
7 quinta<br />
8h30<br />
Bate-papo<br />
Histórias em quadrinhos:<br />
o que acontece<br />
hoje (Sociedade dos<br />
Ilustradores do Brasil,<br />
SIB)<br />
André Diniz<br />
Caco Galhardo<br />
Rodrigo Rosa<br />
mediação<br />
Orlando Pedroso<br />
10h30<br />
Conversa com autores<br />
Texto e imagem na<br />
literatura indígena<br />
(SIB)<br />
Daniel Munduruku<br />
Ciça Fittipaldi<br />
Maurício Negro<br />
13h30<br />
Curto Curtas<br />
Mostra de curtas-<br />
-metragens realizados<br />
por jovens de Paraty<br />
15h30<br />
Cinezona<br />
A ideia e produção<br />
Cavi Borges<br />
8 sexta<br />
8h30<br />
Conversa com autores<br />
Viagens, cinema<br />
e literatura<br />
Marcelo Carneiro<br />
Flávia Lins e Silva<br />
mediação<br />
Nena Gama<br />
10h30<br />
Conversa com autores<br />
Moda, blogs e afins<br />
Suppa<br />
Índigo<br />
mediação<br />
Bia Hetzel<br />
13h30<br />
Bate-papo<br />
O jornalismo e a literatura<br />
Edney Silvestre<br />
mediação<br />
Verônica Lessa<br />
15h30<br />
Cinezona<br />
As melhores coisas do<br />
mundo<br />
Heloísa Prieto<br />
18h30<br />
Show de Jairzinho<br />
Tenda da <strong>Flip</strong>inha<br />
9 sábado<br />
10h<br />
Curto Curtas<br />
Mostra de curtas-<br />
-metragens<br />
11h30<br />
Bate-papo<br />
Arte, contos<br />
e histórias<br />
Verônica Stigger<br />
Ignacio Loyola Brandão<br />
mediação<br />
Themilton Tavarez<br />
13h30<br />
Bate-papo<br />
Eco TV de Paraty –<br />
Ecolino<br />
Nena Gama e convidados<br />
16h<br />
Bate-papo<br />
O jornalismo e os<br />
quadrinhos<br />
Joe Sacco<br />
Mediação<br />
Fábio Moon & Gabriel<br />
Bá<br />
10 domingo<br />
10h<br />
Curto Curtas<br />
Mostra de curtas-<br />
-metragens<br />
13h30<br />
Cinezona<br />
Literatura no Cinema<br />
Carolina Benjamin<br />
Leandra Leal<br />
Rita Toledo<br />
Lucas Paraizo<br />
15h30<br />
Sarau de encerramento<br />
da <strong>Flip</strong>zona
Central <strong>Flip</strong>Zona<br />
Cinema da Praça da Matriz<br />
42<br />
O trabalho cotidiano de<br />
trinta jovens paratienses no<br />
Ponto de Cultura Casa Azul<br />
ao longo do ano deu resultado.<br />
Não apenas a Central<br />
<strong>Flip</strong>Zona de <strong>2011</strong> teve o dobro<br />
de inscritos, mas também o<br />
trabalho está atingindo uma<br />
qualidade profissional: dessa<br />
vez, o Canal Futura exibiu sete<br />
vídeos produzidos pela Central<br />
durante a <strong>Flip</strong> <strong>2011</strong>. Os vídeos,<br />
cada um com 2,5 minutos,<br />
foram criados pelos jovens<br />
como parte de sua cobertura<br />
jornalística dos eventos<br />
na cidade e encaminhados à<br />
emissora no Rio. Mas os 65<br />
jovens que se envolveram nos<br />
trabalhos não fizeram apenas<br />
os vídeos para o Canal Futura.<br />
Eles também produziram mais<br />
de sessenta textos para o blog<br />
da Central (ver http://flipzona.<br />
wordpress.com/) e tuitaram<br />
uma infinidade de notícias.<br />
O núcleo do grupo, explica<br />
Daniel Ferenczi, designer<br />
carioca radicado em Paraty há<br />
cinco anos e coordenador da<br />
Central desde sua criação, é<br />
composto pelos trinta jovens<br />
que frequentam diariamente<br />
o Ponto de Cultura Casa Azul,<br />
aprovado há dois anos pelo<br />
Ministério da Cultura. Esses<br />
jovens foram distribuídos<br />
em dois turnos de trabalho<br />
durante a <strong>Flip</strong>, multiplicando<br />
o que aprenderam durante<br />
o ano junto aos outros 35<br />
inscritos para trabalhar na<br />
Central, todos entre catorze e<br />
dezenove anos de idade. A eles<br />
juntaram-se duas pessoas do<br />
Canal Futura, uma especialista<br />
em portais e uma webmaster.<br />
“Com isso, o fluxo de trabalho<br />
tornou-se muito mais<br />
eficiente este ano”, alegra-<br />
-se Ferenczi. A eficiência foi<br />
tanta que a equipe de vídeo<br />
conseguiu uma entrevista<br />
exclusiva com o quadrinista<br />
Joe Sacco “antes da revista<br />
Veja”, orgulha-se o coordenador.<br />
Além desse trabalho<br />
de cobertura, os jovens<br />
também participaram de<br />
bate-papos com profissionais<br />
da imprensa, como no ano<br />
passado. Dessa vez, conversaram<br />
com Inara Chayamiti,<br />
da TV Folha, Simone Magno,<br />
da Rádio CBN, e Zé Zuca, que<br />
dirige e apresenta o programa<br />
semanal Rádio Maluca, que<br />
vai ao ar na Rádio Nacional<br />
aos sábados. Todo ano, o<br />
programa é irradiado diretamente<br />
do palco da <strong>Flip</strong>inha.<br />
Como a <strong>Flip</strong>Zona mudou de<br />
endereço este ano, a casa<br />
alugada para hospedá-<br />
-la, no Largo da Matriz,<br />
ganhou um nome – Casa da<br />
Praça – e passa a ser a sede<br />
do Ponto de Cultura. Nesse<br />
espaço ampliado, Ferenczi<br />
continuará coordenando os<br />
trabalhos cujos frutos virão<br />
à luz na <strong>Flip</strong>Zona de 2012.
Comunicação<br />
44<br />
O Estado de S. Paulo 20-5-11<br />
Valor Econômico 13-5-11<br />
O Globo 9-4-11<br />
O Globo 6-6-11<br />
Mídia espontânea<br />
O Estado de S. Paulo 9-7-11<br />
Brasil Econômico 20-5-11<br />
Valor Econômico 13-5-11<br />
Folha de S.Paulo 2-7-11<br />
O Estado de S. Paulo 20-5-11<br />
Revista Cult 5-11 Revista Bravo! 7-11<br />
Revista Bravo! 7-11<br />
Uma das maneiras mais<br />
eficazes de medir o impacto<br />
de um evento como a <strong>Flip</strong> é<br />
calcular o valor da chamada<br />
“mídia espontânea” – ou seja,<br />
artigos e reportagens publicados<br />
em diferentes veículos,<br />
dos jornais à internet. Até<br />
31 de agosto de <strong>2011</strong>, esse<br />
valor atingiu R$ 126 milhões,<br />
superando os R$ 106 milhões<br />
contabilizados entre janeiro<br />
e novembro de 2010.<br />
A cobertura foi constante e<br />
consistente desde o início do<br />
ano, ou seja, a Festa Literária<br />
pautou a imprensa o ano<br />
todo, apresentando autores e<br />
estimulando o debate sobre<br />
literatura, como demonstram<br />
O Estado de S. Paulo 9-7-11<br />
<strong>2011</strong><br />
2010<br />
2009<br />
2008<br />
2007<br />
páginas inteiras de entrevistas<br />
com a escritora argentina Pola<br />
Oloixarac tanto na Folha de<br />
S.Paulo como em O Globo,<br />
publicadas ainda em março e<br />
abril, meses antes do evento.<br />
No início de maio, o Valor<br />
Econômico deu capa de seu<br />
caderno cultural, Eu & Fim<br />
de Semana, para Oswald de<br />
Andrade e, no final do mês, o<br />
Brasil Econômico entrevistou<br />
Antonio Candido, também<br />
em página inteira, e a revista<br />
Cult publicou uma longa<br />
conversa com o húngaro<br />
Péter Esterházy. Quando os<br />
ingressos começaram a ser<br />
vendidos no início de junho,<br />
O Globo 11-5-11<br />
Valoração mídia espontânea<br />
multiplicaram-se as matérias<br />
especiais, como a página d’O<br />
Globo apresentando autores.<br />
Em julho, várias revistas e<br />
jornais manchetaram a <strong>Flip</strong>,<br />
como fez a Bravo!, que deu<br />
capa para a <strong>Flip</strong> e Oswald<br />
de Andrade, ou o caderno<br />
Sabático, d’O Estado de<br />
S. Paulo, que destacou<br />
João Ubaldo Ribeiro.<br />
Um sinal evidente da reputação<br />
cada vez melhor do<br />
evento é o fato de que, pela<br />
primeira vez, estavam em<br />
Paraty tanto os mais importantes<br />
repórteres especializados<br />
em cultura como os<br />
editores dos principais jornais<br />
impressos, que fecharam ali<br />
seus cadernos de cultura. Os<br />
portais G1, Folha Online e iG,<br />
Folha de S.Paulo 1-3-11<br />
R$ 126.490.502<br />
R$ 106.000.576<br />
R$ 113.049.008<br />
R$ 64.857.175<br />
R$ 23.160.140<br />
também presentes, criaram<br />
uma identidade especial<br />
para a <strong>Flip</strong>, em hotsites que<br />
só são feitos para grandes<br />
acontecimentos. Todas as<br />
redes nacionais de TV aberta<br />
– Globo, Record, SBT, Band e<br />
RedeTV – produziram juntas<br />
quase seis horas de cobertura,<br />
assim como a Globo News e<br />
Record News acompanharam o<br />
evento pela rede de canais por<br />
assinatura. Todos os jornais<br />
de rede da TV Globo participaram<br />
da cobertura: Jornal<br />
Nacional, Bom Dia Brasil,<br />
Jornal da Globo e Jornal Hoje.<br />
Além desses, a <strong>Flip</strong> também<br />
foi mencionada no Programa<br />
do Jô e no Bem-Estar.<br />
O Estado de S. Paulo 28-6-11
Comunicação<br />
Home do site da <strong>Flip</strong><br />
A presença da <strong>Flip</strong> na internet<br />
expande o raio de abrangência<br />
da festa literária,<br />
permitindo que pessoas de<br />
todo o país acompanhassem<br />
os cinco dias de celebração<br />
da literatura em Paraty.<br />
Site e blog<br />
O site da <strong>Flip</strong> serviu de fonte<br />
de informação sobre tudo<br />
que aconteceu em Paraty,<br />
com matérias sobre cada<br />
mesa da programação principal,<br />
além de notícias sobre<br />
as atividades da <strong>Flip</strong>inha e<br />
da Casa da Cultura. Um dos<br />
pontos altos da cobertura<br />
pelo site da <strong>Flip</strong> foi a publicação,<br />
instantes após a mesa,<br />
da versão integral da carta<br />
lida pelo escritor português<br />
valter hugo mãe, que<br />
levou o autor às lágrimas e o<br />
público da Tenda dos Autores<br />
a aplausos efusivos, em um<br />
momento mágico desta <strong>Flip</strong>.<br />
O site teve mais de 55 mil<br />
acessos durante os cinco<br />
46<br />
<strong>Flip</strong> on-line<br />
dias da festa literária e mais<br />
de 120 mil no mês de julho,<br />
configurando um aumento de<br />
16% em relação a 2010. Já o<br />
blog da <strong>Flip</strong> publicava, a cada<br />
momento, novas impressões,<br />
caricaturas, vídeos e fotos da<br />
programação, chegando a 9<br />
mil acessos durante o evento.<br />
Transmissão ao vivo<br />
Todas as mesas da programação<br />
principal da <strong>Flip</strong><br />
foram transmitidas ao vivo<br />
pela internet, da histórica<br />
conferência de abertura de<br />
Antonio Candido, na noite<br />
de quarta-feira, ao encontro<br />
dos escritores colombianos<br />
Laura Restrepo e Héctor<br />
Abad, na tarde de domingo.<br />
Com exibição no G1 e no site<br />
da <strong>Flip</strong>, os vídeos tiveram<br />
uma audiência que superou<br />
os 20 mil visitantes durante<br />
o evento, com um crescimento<br />
de 8% em relação à<br />
<strong>Flip</strong> 2010. Somente na mesa<br />
de sexta à noite, “O humano<br />
além do humano”, com a<br />
presença do neurocientista<br />
Miguel Nicolelis e do filósofo<br />
Luiz Felipe Pondé, houve<br />
quase 3 mil requisições.<br />
“Sobremesa”<br />
Além da parceria com o G1<br />
na transmissão ao vivo das<br />
mesas, em <strong>2011</strong> o portal de<br />
notícias entrou como parceiro<br />
no “Sobremesa”, um projeto<br />
criado em 2010, em que os<br />
autores são entrevistados<br />
logo após a participação nas<br />
mesas da programação principal,<br />
ainda no camarim, no<br />
calor do momento. Foram<br />
produzidas dezoito entrevistas,<br />
publicadas no blog da <strong>Flip</strong><br />
e na página da <strong>Flip</strong> no G1.<br />
Twitter<br />
Além de poder assistir às<br />
mesas pela internet em tempo<br />
real em inglês e português,<br />
quem não conseguiu ir a<br />
Paraty também podia se<br />
manter ligado na <strong>Flip</strong> via<br />
Twitter. A cobertura da<br />
programação principal pelo<br />
microblog oficial da festa<br />
literária (twitter.com/flip_se)<br />
Ilustração do blog da <strong>Flip</strong><br />
IPhone<br />
Blog da <strong>Flip</strong><br />
Twitter<br />
página g1<br />
rendeu cerca de quinhentas<br />
mensagens reportando cada<br />
momento, citações e emoções<br />
dos encontros literários. Além<br />
disso, os flipeiros de todo o<br />
Brasil puderam tuitar suas<br />
perguntas para os debates ao<br />
final das mesas. Várias dessas<br />
questões foram respondidas<br />
pelos autores em Paraty. Para<br />
encerrar a celebração virtual<br />
da literatura, foram realizados<br />
pelo Twitter sorteios de<br />
livros autografados: Diários<br />
de bicicleta, de David Byrne,<br />
e Máquina de fazer espanhóis,<br />
de valter hugo mãe.<br />
Ao final da <strong>Flip</strong>, o Twitter<br />
oficial contava com mais de<br />
12 mil seguidores, 3 mil a mais<br />
do que no ano anterior. Dessa<br />
vez, a <strong>Flip</strong> se tornou trending<br />
topic em dois momentos: ao<br />
meio-dia de quarta-feira, dia 6<br />
de julho, em São Paulo, tanto<br />
a <strong>Flip</strong> quanto Paraty lideraram<br />
as citações no Twitter; e na<br />
tarde da quinta-feira, dia 7<br />
de julho, a <strong>Flip</strong> ficou entre os<br />
assuntos mais mencionados do<br />
microblog no Rio de Janeiro.<br />
Youtube<br />
O canal oficial da <strong>Flip</strong> no<br />
Youtube já acumula quase<br />
400 mil visualizações. Durante<br />
a <strong>Flip</strong> <strong>2011</strong>, os vídeos com<br />
trechos das mesas da programação<br />
principal foram publicados<br />
logo após cada debate<br />
– e atingiram 15.042 visualizações.<br />
Até o final de agosto,<br />
o canal chegou a quase 35<br />
mil visualizações somente<br />
nos vídeos com trechos das<br />
mesas de <strong>2011</strong>. Em relação<br />
à audiência de 2010, houve<br />
um crescimento de 55%. A<br />
leitura da carta de valter hugo<br />
mãe foi exibida na íntegra<br />
e, em uma semana, atingiu<br />
mais de 5 mil visualizações.<br />
Facebook<br />
Youtube<br />
Facebook<br />
A página oficial da <strong>Flip</strong> no<br />
Facebook foi criada em fevereiro<br />
de <strong>2011</strong> e chegou a mais<br />
de 3 mil seguidores no mês<br />
de julho. A plataforma serviu<br />
para divulgar textos, fotos,<br />
caricaturas, entrevistas em<br />
vídeo, trechos das mesas e<br />
informações gerais, chegando<br />
a mais de 210 mil visualizações<br />
de postagens durante<br />
os cinco dias de evento.<br />
Flickr<br />
As imagens produzidas pelos<br />
fotógrafos oficiais foram<br />
publicadas em tempo real<br />
no Flickr da <strong>Flip</strong> que, na<br />
semana do evento, chegou a<br />
30 mil visualizações. Foram<br />
exibidas, em alta resolução e<br />
com permissão de download,<br />
quase seiscentas imagens da<br />
cobertura do evento, incluindo<br />
todas as mesas da programação<br />
principal, as coletivas<br />
de imprensa, a programação<br />
da Casa da Cultura e a<br />
programação da <strong>Flip</strong>inha.<br />
IPhone<br />
Pela primeira vez, até o<br />
iPhone foi usado para difundir<br />
informações. Um aplicativo<br />
específico foi desenvolvido<br />
para o celular da Apple,<br />
permitindo acesso a um guia<br />
completo da <strong>Flip</strong> <strong>2011</strong> e dos<br />
atrativos turísticos de Paraty.<br />
Gratuito, o aplicativo incluía<br />
também a programação da<br />
Casa da Cultura, da <strong>Flip</strong>inha<br />
e da <strong>Flip</strong>Zona, além de trazer<br />
minibiografias dos autores e<br />
sinopses das mesas da grade<br />
principal. O guia turístico<br />
oferecia, ainda, um mapa<br />
com indicação de restaurantes,<br />
praias, cachoeiras,<br />
alambiques e pontos históricos<br />
de Paraty e região.
Comunicação Peças gráficas<br />
48<br />
folder coletiva<br />
programa <strong>Flip</strong><br />
<strong>Flip</strong>tips<br />
mapa<br />
Associação Casa Azul<br />
www.flip.org.br<br />
www.flipinha.org.br<br />
flip@flip.org.br<br />
São Paulo<br />
R Cap Antônio Rosa 376<br />
conjunto 91<br />
01443-900 São Paulo SP<br />
T +55 11 3081-6331<br />
F +55 11 3061-5341<br />
Paraty<br />
Al Princesa Isabel 2<br />
23970-000 Paraty RJ<br />
T +55 24 3371-7082<br />
F +55 24 3371-7084<br />
Guest Coordinator<br />
Sandrine Ghys B. Fernandes<br />
T + 55 11 3081-6331<br />
M + 55 11 7832-3919<br />
sandrine@flip.org.br<br />
Realização<br />
cartaz Jeff Fisher<br />
<strong>Flip</strong> tips<br />
Handy hints Visiting Brasil<br />
for visitors to and Paraty –<br />
Useful informa-<br />
Paraty<br />
tion<br />
Selected reading<br />
Places to visit<br />
and things to do<br />
Where to eat and<br />
going out<br />
Health and<br />
Beauty<br />
9a. Festa<br />
Literária<br />
Internacional<br />
de Paraty<br />
2<br />
cartaz <strong>Flip</strong><br />
Endereços úteis<br />
Bancos Bradesco,<br />
Banco do Brasil,<br />
Caixa Econômica e<br />
Banco 24 horas<br />
Av. Roberto da<br />
Silveira, s/n Centro<br />
Itaú<br />
Rua da Lapa<br />
Centro Histórico<br />
Polícia Militar<br />
Av. Roberto da<br />
Silveira, s/n<br />
T 190<br />
Polícia Civil<br />
Av. Roberto da<br />
Silveira, s/n<br />
T 24 3371 1252<br />
Hospital<br />
Rua São Pedro de<br />
Alcântara, 1 Pontal<br />
T 24 3371 1623<br />
Prefeitura<br />
Al. Princesa Isabel,<br />
s/n Pontal<br />
T 24 3371 9900<br />
Bombeiros<br />
Av. Roberto da<br />
Silveira. s/n Chácara<br />
T 193 ou<br />
24 3371 1193<br />
manual de equipe<br />
convites<br />
<strong>Flip</strong> <strong>2011</strong><br />
manual<br />
da equipe<br />
informações<br />
gerais<br />
e serviços<br />
9a. Festa<br />
Literária<br />
Internacional<br />
de Paraty<br />
cartaz <strong>Flip</strong>inha<br />
A quarta-capa do<br />
folder deve conter o<br />
seguinte conteúdo:<br />
1. logotipo da <strong>Flip</strong><br />
2. imagem do cartaz<br />
da <strong>Flip</strong> <strong>2011</strong><br />
3. logotipo da Associação Casa<br />
Azul sob a epígrafe Realização<br />
A fonte utilizada é rotis<br />
light, corpo 7,795 pt.<br />
Caso a editora não possua<br />
tal fonte, utilizar helvetica<br />
corpo 7,5 pt.<br />
Variação de modelo<br />
sugerido de layout<br />
105x210 mm<br />
Realização<br />
manual da <strong>Flip</strong>inha<br />
Manual<br />
<strong>Flip</strong>inha <strong>2011</strong><br />
Realizacão<br />
Associação Casa Azul<br />
Realização<br />
cartaz <strong>Flip</strong>Zona<br />
manual editoras certificado oficina de cenotecnia adesivo parceiros<br />
2<br />
Apresentação<br />
A Associação Casa Azul acredita em<br />
projetos educacionais que potencializem<br />
a formação de leitores críticos e<br />
reflexivos, capazes de usar a palavra<br />
como meio de transformação social,<br />
intervindo no futuro de suas cidades.<br />
Assim, é com enorme satisfação que<br />
apresentamos o Manual da <strong>Flip</strong>inha<br />
<strong>2011</strong>. Com o objetivo de apoiar os<br />
educadores nas atividades de sala de<br />
aula e aprimorar a formação dos estudantes<br />
por meio da literatura, mais que<br />
uma ferramenta, é um convite para<br />
que professores e alunos naveguem e<br />
se encantem com novos caminhos, por<br />
intermédio da leitura e da imaginação.<br />
A <strong>Flip</strong>inha, como programa permanente,<br />
cresceu e se desdobrou no<br />
projeto Mar de Leitores, que tem<br />
como objetivo promover a capacitação<br />
de professores e mediadores de<br />
leitura, oficinas literárias e atividades<br />
de incentivo à leitura. Neste ano o<br />
Mar de Leitores teve uma importante<br />
conquista ao realizar o 11° Encontro<br />
Proler Costa Verde: Políticas Públicas<br />
Caminho da Cidadania. O evento é<br />
fruto da parceria entre Secretaria<br />
Municipal de Educação de Paraty,<br />
Instituto C&A e Fundação Biblioteca<br />
Nacional, integrando o Programa<br />
Nacional de Incentivo à Leitura. A<br />
experiência paratiense conferiu ao<br />
evento novo significado, pois além dos<br />
cursos destinados aos professores da<br />
rede pública, contou com mediações<br />
de leitura realizadas em diferentes<br />
pontos de Paraty, uma verdadeira<br />
invasão literária tomou a cidade por<br />
meio da palavra, promovendo encontros,<br />
fomentando mudanças e novas<br />
percepções a respeito do território.<br />
A responsabilidade de educar não se<br />
restringe apenas às escolas. Esta é a<br />
impressão que fica quando passamos<br />
o olhar para iniciativas que abrem<br />
portas em direção à experiência do<br />
conhecimento. A Associação Casa<br />
Azul se orgulha de fazer parte dessa<br />
construção inovadora, cujos frutos têm<br />
sido surpreendentes e inspiradores.<br />
Mauro Munhoz<br />
Diretor presidente<br />
Associação Casa Azul<br />
24<br />
certificado oficina literária<br />
Ilan Brenman<br />
Sou pai de duas lindas e sapecas meninas, Lis<br />
e Iris, que são fontes inesgotáveis de inspiração.<br />
Elas nasceram em São Paulo, eu nasci<br />
em Israel, meus pais na Argentina e meus avós<br />
na Rússia e na Polônia. Que confusão! Mas<br />
não acabou. Minha linda esposa, Tali, nasceu<br />
também em Israel e seus pais nasceram na<br />
Bulgária. Acho que é por isso que gosto de<br />
contar histórias de todas as partes do mundo.<br />
Além de contar histórias, fiz mestrado e<br />
doutorado na Universidade de São Paulo e<br />
me dedico a falar e a escrever sobre a importância<br />
da literatura na vida das pessoas.<br />
Tenho mais de trinta livros publicados (alguns<br />
premiados). Para saber mais sobre meus livros<br />
e trabalhos, acesse .<br />
Conhecendo as histórias Navegando pelas histórias<br />
Ilan Brenman escolheu para representá-lo<br />
neste Manual os livros: Até<br />
as princesas soltam pum e Pai, todos<br />
os animais soltam pum?, ilustrados<br />
por Ionit Zilberman e publicados pela<br />
Brinque-Book; A cicatriz, também com<br />
ilustrações de Ionit e publicado pela<br />
Companhia das Letrinhas; O pó do<br />
crescimento e outros contos, ilustrado<br />
por Claudia Scatamacchia e publicado<br />
pela Martins Fontes; e O turbante<br />
da sabedoria e outras histórias de<br />
Nasrudin, ilustrado por Samuel Casal e<br />
publicado pelo selo Comboio de Corda<br />
da SM.<br />
Se você quer se divertir, leia Até as<br />
princesas soltam pum e Pai, todos os<br />
animais soltam pum?. No primeiro<br />
descobrimos o livro secreto das princesas,<br />
que tem um capítulo sobre os<br />
“Problemas gastrointestinais e flatulências<br />
das mais encantadoras princesas<br />
do mundo”. No segundo, a menina<br />
Laura e seu pai estão novamente às<br />
voltas com questões de puns, só que<br />
dessa vez dos animais.<br />
Em A cicatriz vamos conhecer Silvinha,<br />
uma menininha que caiu da cama e<br />
abriu o queixo. Silvinha ficou desesperada:<br />
será que seu queixo iria cai?<br />
Sua mãe explicou que não, mas ainda<br />
assim ela ficou preocupada. A partir<br />
de então, a menina vai se surpreender<br />
ao descobrir que todo mundo tem uma<br />
cicatriz.<br />
O turbante da sabedoria e outras<br />
histórias de Nasrudin faz parte de uma<br />
coleção sobre tradições populares. As<br />
histórias de Nasrudin circularam pelo<br />
Egito, Turquia, Uzbequistão, Síria, Irã<br />
ou Paquistão. Uns dizem que ele foi<br />
um representante de um ramo mítico<br />
do islamismo, o sufismo (vale uma<br />
pesquisa!). Suas histórias correram de<br />
boca em boca até ultrapassarem as<br />
fronteiras do mundo árabe e pararem<br />
nesse livro.<br />
Já em O pó do crescimento e outros<br />
contos, vamos conhecer algumas<br />
tramas, entre elas a da menina Ruth,<br />
que adorava puxar a barba do rabino;<br />
a de uma escola que sumiu em Cariló;<br />
a de um menino que nem comia tanto,<br />
mas que engordava sem parar. Essas e<br />
outras histórias estão te esperando.<br />
Ilan Brenman é um escritor e um O próprio Ilan, em seu livro O turbante<br />
contador de histórias de mão-cheia, da sabedoria e outras histórias de<br />
como diriam nossas avós. Sendo Nasrudin, nos diz que a escolha dos<br />
assim, sugerimos a criação de um textos que ele contou nesse livro foi<br />
grande projeto ligado a contação subjetiva, que ele foi sendo capturado<br />
de histórias. Os caminhos podem ser pelas histórias que imploravam que<br />
muitos para a criação desse projeto. ele as contasse. Sendo assim, podemos<br />
Que tal começar lendo não só esses brincar com as crianças perguntando<br />
livros sugeridos, mas diversas obras que histórias as capturam e por quê?<br />
do autor. As crianças podem inventar Esse pode ser outro ponto de partida<br />
um personagem contador de histórias para a criação de projeto que pode<br />
que irá resgatar os causos paratienses, muito bem se chamar De boca em<br />
por exemplo. Ou histórias de família, boca.<br />
de caiçaras, da escola. Enfim, como<br />
a imaginação não tem limites, vale Agora imagine só, depois de passar<br />
qualquer tipo de história que cada um bom tempo lendo e discutindo as<br />
grupo ou a turma toda irá escolher histórias dos livros, as crianças tendo<br />
para contar. Outra possibilidade é autonomia para contar o que essas<br />
seguir o exemplo do livro secreto das histórias provocaram em seus imagi-<br />
princesas e criar o livro secreto das nários e escolhendo a melhor maneira<br />
fadas, das bruxas, dos príncipes, dos de recontar, ou inventar, ou imaginar,<br />
reis, das rainhas e dos bobos da corte, ou recolher aquelas que desejam<br />
por exemplo, para contar as histórias compartilhar com a turma. Quem sabe<br />
secretas desses personagens que nunca desse projeto não nasce um grupo de<br />
ninguém soube. Imagine uma bruxa contadores? Mas não se esqueça: em<br />
ter uma dor de barriga bem na hora sua turma pode haver alunos tímidos,<br />
de fazer um feitiço terrível? Ou um que não se sentem à vontade para ler<br />
príncipe soltar um pum megafedorento em voz alta ou contar histórias. Tenha<br />
bem na hora da batalha e deixar o sensibilidade para descobrir se basta<br />
inimigo tonto? A criação dos textos dar uma forcinha para que a timidez<br />
pode seguir uma linha mais divertida desse aluno vá embora ou se é preciso<br />
ou mais séria. Tudo vai depender do respeitar, permitindo que ele fique<br />
que cada grupo desejar fazer ou de apenas nos trabalhos dos bastidores<br />
como vai querer se expressar.<br />
do projeto, recolhendo e escrevendo<br />
as histórias que um colega de turma<br />
Depois de resgatar e escrever – ou poderá contar. A sensibilidade de cada<br />
inventar escrevendo – suas histórias, professor nesses projetos com leitura<br />
as crianças podem montar grupos faz toda a diferença na vida de um<br />
de contadores que sairão pela escola aluno. Nunca se esqueça disso!<br />
contando suas histórias para outras<br />
turmas, como, por exemplo, dos alunos Agora é com você e sua turma!<br />
menores. O legal será treinar bastante Leiam os livros, conversem e façam<br />
a leitura em voz alta com impostação do projeto De boca em boca um<br />
de voz para que a contação seja um sucesso na escola. E para terminar<br />
sucesso.<br />
atiçando a imaginação, quem sabe<br />
(se o projeto der certo) uma boa<br />
ideia não seria as crianças contarem<br />
histórias pelas ruas de Paraty durante<br />
a <strong>Flip</strong>inha? Fica a sugestão!<br />
* Ilan tem livros em diversas editoras.<br />
Visite o site dele e descubra que outros<br />
livros você pode escolher para fazer<br />
parte do seu projeto de leitura.<br />
d’après Ionit Zilberman<br />
Convite Ciclo autor<br />
homenageado,<br />
manual e folder de<br />
programação da<br />
<strong>Flip</strong>inha<br />
folder Ciclo Autor Homenageado folder Ciclo Autor Homenageado<br />
Manual da <strong>Flip</strong>inha<br />
Manual da <strong>Flip</strong>inha<br />
folder <strong>Flip</strong>inha folder <strong>Flip</strong>inha<br />
folder Ciclo Autor Homenageado
Comunicação Anúncios<br />
Folha de S.Paulo 5-6-11<br />
50<br />
Revista Veja Rio 6-7-11<br />
A Casa que hospeda a <strong>Flip</strong><br />
Revista piauí 4-7-11<br />
Folha de S.Paulo 24-07-10<br />
Folha de S.Paulo 3-7-11<br />
Folha de S.Paulo 04-07-10<br />
Folha de S.Paulo 26-6-11<br />
É do esquecimento que vem o<br />
tempo lento de Paraty.<br />
A vida vagarosa — quase<br />
sempre caminhando pela água<br />
—, o saber antigo, os barcos<br />
feitos ainda hoje pelas mãos<br />
de antepassados, os caminhos<br />
de pedra que repelem e<br />
desequilibram a pressa: tudo<br />
isso vem do esquecimento.<br />
Vem do dia em que Paraty foi<br />
deixada quieta no século XIX,<br />
sem razão de existir.<br />
Até ali, a cidade fervia de<br />
agitação. Estava na rota do<br />
café, e escoava o ouro negro no<br />
lombo de burro e nas costas do<br />
escravo. Um caminho de pedra<br />
cortava a floresta para conectar<br />
Paraty à sua época e ao centro<br />
do mundo. A cidade vivia passo<br />
a passo com o relógio.<br />
Folha de S.Paulo 11-7-11<br />
Mas em 1855, a cidade inteira<br />
se aposentou. Com a estrada<br />
de ferro criada por D. Pedro II,<br />
Paraty foi lançada para fora<br />
das rotas econômicas. Ficou<br />
sossegada em seu canto, ao<br />
sabor de sua gente e das<br />
marés. Seu modo de vida<br />
seguiu sozinho, avançando no<br />
próprio ritmo. E pelos próximos<br />
119 anos, Paraty iria formar<br />
lentamente, sem se dar conta,<br />
seu maior patrimônio. Uma<br />
cidade preservada pelas mãos<br />
da própria sorte.<br />
Até que chegasse um outro<br />
ciclo econômico, ávido por<br />
lugares onde todos os outros<br />
não houvessem tocado: o<br />
turismo. E assim, em 1974, o<br />
asfalto da BR 101 fez as pedras<br />
e a cal de Paraty virarem ouro<br />
novamente. A cidade volta a<br />
conviver com o presente, com<br />
um outro Brasil, com outros<br />
países, com outra atividade,<br />
com um outro tempo — mais<br />
voraz e impaciente, capaz de<br />
devorar a própria matéria que o<br />
mantém vivo.<br />
É então que a preservação de<br />
Paraty, seu principal patrimônio<br />
e meio de vida, escapa à ação<br />
do destino. Não podemos<br />
contar com a sorte, como no<br />
passado. Agora, manter o que<br />
dá vida a Paraty é razão de<br />
muito trabalho. Daqui para<br />
frente, preservar é suor.<br />
Para isso construímos mais<br />
uma casa entre os sobrados<br />
de Paraty. Para isso existe a<br />
Associação Casa Azul, uma<br />
organização da sociedade civil<br />
de interesse público. Aqui,<br />
criamos projetos e atividades<br />
que mantenham o tecido<br />
urbano e social de Paraty<br />
em harmonia. Nesta casa, o<br />
tempo avança com cuidado,<br />
sem apagar as pegadas. E traz<br />
conforto e beleza para quem<br />
vive aqui, ou está apenas de<br />
passagem pelo século XIX. A<br />
Casa Azul iniciou suas ações<br />
em 1994 e desde 2003 realiza a<br />
Festa Literária Internacional de<br />
Paraty, de portas abertas para<br />
o mundo. Sejam bem-vindos.<br />
Ontem, hoje e sempre.
Comunicação Sinalização<br />
Tenda dos Autógrafos<br />
Tenda dos Autores<br />
Tenda dos Autógrafos<br />
52<br />
Totens de sinalização<br />
Casa da Cultura<br />
Totens de sinalização<br />
Tenda do Telão<br />
Bandeiras na ponte<br />
Bandeira da Tenda
A <strong>Flip</strong> em números<br />
eventos (mesas, show e conferência de abertura)<br />
convidados<br />
brasileiros<br />
estrangeiros<br />
mediadores<br />
países<br />
eventos<br />
mesas Ciranda dos Autores<br />
apresentações de escolas<br />
oficinas arte-educação Arte na praça<br />
outras apresentações / eventos<br />
convidados<br />
mediadores<br />
escolas participantes<br />
estudantes envolvidos com as oficinas Arte na praça<br />
estudantes envolvidos com mediação de leitura nos Pés-de-livros<br />
educadores participantes<br />
estudantes participantes<br />
visitas à tenda da Biblioteca da <strong>Flip</strong>inha<br />
acervo Biblioteca da <strong>Flip</strong>inha<br />
acervo disponibilizado em escolas<br />
acervo Carlos Calchi<br />
editoras parceiras<br />
eventos<br />
mesas<br />
exibições audiovisuais<br />
show<br />
sarau<br />
convidados<br />
mediadores<br />
oficinas<br />
participantes das oficinas<br />
eventos<br />
convidados*<br />
brasileiros<br />
estrangeiros<br />
mediadores<br />
países<br />
* autores que participaram de mais de uma programação<br />
foram contabilizados apenas uma vez<br />
54<br />
Eventos<br />
<strong>Flip</strong> - Programação principal<br />
22<br />
38<br />
18<br />
20<br />
13<br />
13<br />
Brasil, França, Colômbia, Espanha,<br />
EUA, Portugal, Argentina,<br />
Inglaterra, Hungria, México,<br />
Paquistão, Malta e Escócia<br />
<strong>Flip</strong>inha<br />
115<br />
11<br />
49<br />
35<br />
20<br />
21<br />
11<br />
42<br />
125<br />
94<br />
Programa educativo permanente<br />
600<br />
6.000<br />
Bibliotecas<br />
15.000<br />
4.834<br />
4.777<br />
37<br />
16<br />
<strong>Flip</strong>Zona<br />
20<br />
10<br />
8<br />
1<br />
1<br />
27<br />
5<br />
4<br />
65<br />
Total<br />
169<br />
72<br />
43<br />
29<br />
32<br />
14<br />
<strong>Flip</strong> - Casa da Cultura<br />
12<br />
44<br />
38<br />
6<br />
3<br />
7<br />
Brasil, EUA, França,<br />
Inglaterra, Argentina,<br />
Alemanha e Portugal<br />
Mesas literárias - Tenda dos Autores<br />
Mesas literárias - Tenda do Telão<br />
Total de acessos<br />
Acessos<br />
Total de acessos<br />
Inscritos<br />
Público geral estimado<br />
Acessos<br />
<strong>Flip</strong> - Programação principal<br />
13.583<br />
12.006<br />
25.589<br />
<strong>Flip</strong> - Casa da Cultura<br />
1.876<br />
<strong>Flip</strong>inha<br />
24.000<br />
<strong>Flip</strong>Zona<br />
3.000<br />
Total<br />
54.465<br />
Oficina Literária<br />
32<br />
entre 20 e 25 mil pessoas
A <strong>Flip</strong> em números<br />
período<br />
durante mês da <strong>Flip</strong><br />
durante o evento<br />
média por dia durante o evento<br />
mídia<br />
impressos<br />
on-line<br />
TV<br />
rádio<br />
veículo<br />
O Globo<br />
Folha de S. Paulo<br />
O Estado de S. Paulo<br />
Revista Época<br />
Correio Braziliense<br />
Jornal do Commercio (PE)<br />
Zero Hora<br />
Jornal da Tarde<br />
Revista Veja<br />
Outros<br />
cm/col<br />
68615<br />
33141,5<br />
-<br />
-<br />
inserções<br />
122<br />
99<br />
109<br />
6<br />
9<br />
34<br />
16<br />
10<br />
5<br />
466<br />
Equipe total (prestadores de serviço terceirizados)<br />
Equipe não remunerada (voluntários)<br />
Fonte: Associação Casa Azul<br />
56<br />
acessos<br />
121.024<br />
55.343<br />
11.069<br />
tempo (s)<br />
-<br />
-<br />
22820<br />
13229<br />
centimetragem<br />
13.055<br />
8.940,5<br />
7.400<br />
715<br />
1.402<br />
2.133,5<br />
1.369,5<br />
599<br />
54<br />
32.946,5<br />
Comunicação<br />
Acessos ao site da <strong>Flip</strong><br />
crescimento em relação à <strong>Flip</strong> 2010<br />
16,97%<br />
8,78%<br />
8,78%<br />
Valoração mídia espontânea <strong>2011</strong><br />
inserções<br />
876<br />
1354<br />
104<br />
94<br />
Principais inserções na mídia impressa<br />
centimetragem em R$<br />
R$ 23.570.802,51<br />
R$ 17.889.940,50<br />
R$ 14.674.000,00<br />
R$ 2.773.589,63<br />
R$ 896.438,80<br />
R$ 706.615,20<br />
R$ 696.116,85<br />
R$ 416.065,40<br />
R$ 136.045,12<br />
R$ 18.178.232,01<br />
valor em R$<br />
79.937.846,02<br />
3.805.933,34<br />
39.157.440,74<br />
3.589.282,56<br />
total<br />
126.490.502,65<br />
centimetragem em %<br />
19,03<br />
13,03<br />
10,78<br />
1,04<br />
2,04<br />
3,11<br />
2,00<br />
0,87<br />
0,08<br />
48,02<br />
Impacto na cidade<br />
Equipe<br />
428<br />
106<br />
Geração de renda para a cidade<br />
13 milhões<br />
Estimativa Associação Casa Azul/Datafolha<br />
% em R$<br />
29,49<br />
22,38<br />
18,36<br />
3,47<br />
1,12<br />
0,88<br />
0,87<br />
0,52<br />
0,17<br />
22,74<br />
Catálogo de programação <strong>Flip</strong><br />
Catálogo de programação <strong>Flip</strong>inha<br />
Mapa<br />
Cartaz Jeff Fisher<br />
Cartaz da <strong>Flip</strong><br />
Cartaz da <strong>Flip</strong>inha<br />
Cartaz da <strong>Flip</strong>Zona<br />
Cartaz Ciclo autor homenageado<br />
Manual da <strong>Flip</strong>inha<br />
Adesivos da <strong>Flip</strong><br />
Adesivos de parceiros<br />
Folder manual de equipe<br />
<strong>Flip</strong> tips (guia para estrangeiros sobre Paraty)<br />
Folder coletiva de imprensa<br />
Convite para o almoço de abertura<br />
Convite para o coquetel de encerramento<br />
Convite Ciclo autor homenageado<br />
Certificado da Oficina Literária<br />
totem<br />
totem<br />
totem<br />
totem<br />
painel<br />
painel<br />
painel<br />
painel<br />
painel<br />
painel<br />
painel<br />
bandeiras<br />
painel<br />
painel<br />
bandeiras<br />
Folha de S.Paulo<br />
Veja Rio<br />
Revista Piauí<br />
entrada da Tenda dos Autores<br />
entrada da Tenda dos Autógrafos<br />
entrada da Tenda do Telão<br />
entrada da Tenda da <strong>Flip</strong>inha<br />
entrada da Casa da Cultura<br />
entrada da <strong>Flip</strong>zona<br />
foyer da Tenda dos Autores<br />
lateral do palco da Tenda dos Autores<br />
lateral do palco da Tenda do Telão<br />
palco da Casa da Cultura<br />
biblioteca da <strong>Flip</strong>inha<br />
ponte do pontal<br />
interior da Tenda dos Autógrafos<br />
coletiva de lançamento<br />
tendas<br />
programação<br />
ingressos<br />
transmissão ao vivo<br />
agradecimento<br />
<strong>Flip</strong> geral+transmissão<br />
agradecimento<br />
Casa Azul+<strong>Flip</strong><br />
Casa Azul+<strong>Flip</strong><br />
05/jun<br />
26/jun<br />
03/jul<br />
11/jul<br />
06/jul<br />
13/jul<br />
04/jul<br />
06/jul<br />
Peças gráficas<br />
Tiragem<br />
16.000<br />
9.000<br />
20.000<br />
400<br />
1.500<br />
300<br />
200<br />
120<br />
1500<br />
5.000<br />
120<br />
400<br />
100<br />
70<br />
270<br />
270<br />
500<br />
55<br />
Sinalização<br />
Quantidade<br />
1<br />
1<br />
1<br />
1<br />
1<br />
1<br />
1<br />
2<br />
2<br />
1<br />
1<br />
8<br />
1<br />
1<br />
5<br />
Anúncios<br />
Mídia impressa<br />
página inteira<br />
meia página<br />
meia página<br />
página inteira<br />
página inteira<br />
página inteira<br />
página dupla<br />
página dupla
Pesquisa DataFolha<br />
14 a 24 anos<br />
25 a 34 anos<br />
35 a 44 anos<br />
45 a 59 anos<br />
60 anos ou mais<br />
masculino<br />
feminino<br />
Paraty<br />
Rio de Janeiro<br />
outras cidades<br />
total<br />
São Paulo<br />
outras cidades<br />
total<br />
Origem dos frequentadores<br />
RJ<br />
SP<br />
outros estados<br />
outros países<br />
Pesquisa/metodologia<br />
realização Instituto DataFolha<br />
672 entrevistas realizadas com abordagem pessoal nos locais de realização da <strong>Flip</strong> de 7 a 10 de julho<br />
406 entrevistas realizadas pelo telefone entre 12 e 18 de julho com pessoas cadastradas durante o evento<br />
margem de erro de 4%<br />
idade<br />
sexo<br />
escolaridade<br />
perfil socioeconômico<br />
origem geográfica<br />
profissão<br />
58<br />
Perfil do público e avaliação do evento<br />
Perfil do público<br />
idade média é de 38,9 anos<br />
63% do público é feminino<br />
71% têm ensino superior<br />
81% pertencem às classes A/B<br />
27% são de Paraty<br />
33% são do estado de São Paulo (cidade de São Paulo: 19%)<br />
29% são do estado do Rio de Janeiro (cidade do Rio de Janeiro: 17%)<br />
11% são de outros estados<br />
1% é de outros países<br />
27% não têm profissão (desempregado, menor de 18 anos ou aposentado)<br />
26% são profissionais liberais<br />
19% são professores e educadores<br />
Idade<br />
Sexo<br />
24%<br />
20%<br />
18%<br />
25%<br />
13%<br />
38%<br />
63%<br />
27%<br />
17%<br />
12%<br />
56%<br />
19%<br />
14%<br />
33%<br />
10%<br />
1%<br />
frequência<br />
motivação a ir à <strong>Flip</strong><br />
qualidades da <strong>Flip</strong><br />
resposta espontânea e múltipla<br />
principais problemas da <strong>Flip</strong><br />
resposta espontânea e múltipla<br />
avaliação geral<br />
classes A/B<br />
classe A<br />
classes B<br />
classes C<br />
funamental<br />
médio<br />
superior<br />
Classificação econômica<br />
Escolaridade<br />
Avaliação da <strong>Flip</strong><br />
38% do público estava participando da <strong>Flip</strong> pela primeira vez<br />
em média o público já foi a três edições<br />
49% do público visitante permanece os cinco dias no evento<br />
1. interesse cultural (32%)<br />
2. Conteúdo (32%)<br />
3. Tendas (15%)<br />
4. Incentivo à literatura (15%)<br />
5. Cidade (11%)<br />
1. Organização (34%)<br />
2. Conteúdo (32%)<br />
3. Tendas (15%)<br />
4. Incentivo à literatura (15%)<br />
5. Cidade (11%)<br />
38% não apontaram nenhum problema na <strong>Flip</strong><br />
22% apontaram como problema a infraestrutura<br />
(banheiros, sinalização e estacionamento)<br />
de 0 a 5, a nota média dada à <strong>Flip</strong> é 4,4<br />
54% do público deu a nota máxima (5)<br />
95% voltariam à <strong>Flip</strong><br />
todas as instalações possuem em sua maioria avaliação entre ótimo e bom<br />
todas as programações receberam nota média de 4.5 (de 0 a 5)<br />
81%<br />
22%<br />
59%<br />
19%<br />
6%<br />
23%<br />
71%
Parceiros<br />
60<br />
Secretaria Municipal<br />
de Turismo de Paraty<br />
Secretaria Municipal<br />
de Cultura de Paraty<br />
Biblioteca Municipal<br />
Fábio Villboim<br />
Regua Regua horizontal horizontal Regua horizontal<br />
para aplicação para aplicação para aplicação<br />
de parceiros de parceiros em de inglês parceiros em inglês em inglês<br />
Regua Regua horizontal horizontal Regua horizontal<br />
para aplicação para aplicação de para aplicação de de<br />
parceiros parceiros em português parceiros em português em português<br />
Regua Regua horizontal horizontal Regua horizontal<br />
para aplicação para aplicação de para aplicação de de<br />
parceiros parceiros em português parceiros em português em português<br />
Secretaria Municipal<br />
de Educação de<br />
Paraty
Ficha técnica<br />
62<br />
curadoria <strong>Flip</strong> <strong>2011</strong><br />
curadoria projetos especiais<br />
assistente de curadoria<br />
direção geral de criação<br />
coordenação<br />
ilustração<br />
design gráfico<br />
coordenação de arquitetura<br />
arquiteta<br />
arquiteto<br />
oficina de cenotecnia<br />
assistente<br />
estagiária<br />
estagiário<br />
detalhamento da sinalização<br />
digitalização e tratamento de imagens<br />
<strong>Flip</strong> <strong>2011</strong><br />
Conselho Diretor<br />
Liz Calder (presidente)<br />
Esther Hamburguer<br />
Izabel Costa Cermelli (Belita)<br />
Louis Baum<br />
Mauro Munhoz<br />
Direção Geral<br />
Mauro Munhoz<br />
Direção Executiva<br />
Izabel Costa Cermelli (Belita)<br />
Coordenação Geral<br />
Josephine Bourgois<br />
Curadoria<br />
Manuel da Costa Pinto<br />
Flávio Moura<br />
Simone Chahde<br />
Gal Buitoni<br />
Coordenação <strong>Flip</strong>inha e <strong>Flip</strong>Zona<br />
Cristina Maseda<br />
Gabriela Gibrail<br />
Arquitetura e Design<br />
Mauro Munhoz<br />
Cristiana Rodrigues<br />
Tama Savaget<br />
Alexandre Benoit<br />
Jeff Fisher<br />
Dárkon V Roque<br />
Clara Laurentiis<br />
Patrícia Rabbat<br />
Penelope Casal de Rey<br />
André Garcia<br />
Juvenal Irene<br />
Damaris Martins<br />
Ilana Tschiptschin<br />
Giovanna Saquietti<br />
Bruno Araújo<br />
nu<br />
Motivo<br />
produção executiva<br />
produção local e de logística<br />
produção<br />
produção <strong>Flip</strong>inha e <strong>Flip</strong>Zona<br />
loja <strong>Flip</strong><br />
assistente <strong>Flip</strong>inha e <strong>Flip</strong>Zona<br />
assistente<br />
equipe de campo<br />
serviços gerais<br />
estagiária<br />
direção técnica<br />
direção de palco<br />
assistente de direção técnica<br />
assistente de direção<br />
coordenação pedagógica<br />
coordenador Central <strong>Flip</strong>Zona<br />
assistente<br />
auditório <strong>Flip</strong>Zona<br />
produtor artístico <strong>Flip</strong>Zona<br />
assistente <strong>Flip</strong>Zona<br />
webmaster <strong>Flip</strong>Zona<br />
VJ <strong>Flip</strong>Zona<br />
assistente <strong>Flip</strong>Zona<br />
oficinas Arte na Praça<br />
produção artística Arte na Praça<br />
estagiário<br />
monitor <strong>Flip</strong>Zona<br />
Produção<br />
Sueleni de Freitas<br />
Mariza Cermelli<br />
Roberta Val<br />
Sonia Monteiro<br />
José Sérgio Barros<br />
Daniel Santucci<br />
Sonia Monteiro<br />
José Sergio Barros<br />
Ana Paula Fonseca<br />
Tânia Soncksen<br />
Andrea Maseda<br />
Juliana Pinheiro<br />
Marina Carpinelli<br />
Micaela Coelho Silva Oliveira<br />
Paulo Kastrup<br />
Tania Souza Soncksen<br />
Wagner de Almeida Malvão (Wagão)<br />
Ronaldo da Conceição<br />
Jose Roberto de Oliveira<br />
Og Moreira Torres<br />
Marli Prado<br />
Jane Anjo<br />
Thamires Lourenço<br />
Equipe técnica<br />
Andreas Schmidt<br />
Lucas Lemes Gondim<br />
Victor Re de Souza<br />
Richard Oliver Kiss<br />
Leonard Kiss<br />
Marcos Limone<br />
Cesar Augusto Maluf<br />
Alex Sandro Batista de Pina<br />
Paula Alves<br />
<strong>Flip</strong>inha e <strong>Flip</strong>Zona<br />
Einara Fernandes<br />
Daniel Ferenczi<br />
Patrícia Conceição<br />
Élcio Gonçalves<br />
Felipe Pádua Souza<br />
Marina Carpinelli<br />
Graça Barreiros<br />
Pedro Scotti<br />
Daniel Calado<br />
Kachuca Torres<br />
Pedro Alcântara<br />
Janiele de Laeite Vieira<br />
Alessander Moreira dos Remédios<br />
Hélio dos Remédios de Oliveira<br />
Elison Fernandes<br />
Glícia Reis<br />
Cauã Cruz<br />
bibliotecária<br />
coordenação dos mediadores<br />
mediação de leitura<br />
voluntária biblioteca<br />
estagiária<br />
coordenação<br />
assistente<br />
estagiária<br />
coordenação<br />
edição e redação<br />
redação<br />
revisão<br />
tradução<br />
estagiária<br />
Bibliotecas<br />
Ana Beatriz Hernamperez<br />
José Roberto Silva<br />
Fernanda Lima<br />
Zulmira Gibrail<br />
Camilla Pricisval Oliveira<br />
Gabriela Pereira Roza<br />
Relações Públicas - Autores<br />
Sandrine Ghys<br />
Marina Uheara<br />
Beatriz Cyrineo<br />
Comunicação<br />
Ana Catarina Pinheiro<br />
Renata Megale<br />
Leda Beck<br />
Ana Maria Barbosa<br />
John Norman<br />
Anthony Doyle<br />
Lívia Furtado<br />
Fotógrafos<br />
Walter Craveiro<br />
Nelson Toledo<br />
André Conti<br />
Julieta Benoit<br />
Nelson Kon<br />
Conselho Consultivo da <strong>Flip</strong><br />
Giorgio della Seta (presidente)<br />
Carlos Augusto Calil<br />
Eduardo Giannetti da Fonseca<br />
Jorge Caldeira<br />
Jorge da Cunha Lima<br />
José Kalil Filho<br />
Margarida Cintra Gordinho<br />
Paulo Bilyk<br />
Roberto Teixeira da Costa<br />
Rubens Barbosa<br />
parcerias privadas<br />
relacionamento institucional<br />
atendimento a parceiros<br />
assistente<br />
estagiário<br />
analista<br />
assistente<br />
auxiliar<br />
estagiária<br />
coordenação<br />
analista<br />
estagiária<br />
Associação Casa Azul<br />
Diretor Presidente<br />
Mauro Munhoz<br />
Direção Executiva<br />
Izabel Costa Cermelli (Belita)<br />
Direção de Projetos<br />
Josephine Bourgois<br />
Parcerias<br />
Lucia Rodrigues<br />
Bernadete Passos<br />
Joanna Savaglia<br />
Antonia Moura<br />
Christopher Mathi<br />
Administrativo-Financeiro<br />
Andrea Marcondes dos Santos<br />
Andresa Prado<br />
Luciene Silva<br />
Laina dos Santos<br />
Caroline Vasconcellos<br />
Wellington Leal Assessoria<br />
Wellington Leal<br />
Cláudio Garavatti<br />
Roberta Monsalles<br />
Consultoria organizacional<br />
VO2 Desenvolvimento Empresarial<br />
Assessoria de imprensa<br />
A4 Comunicação<br />
Assessoria jurídica<br />
Cesnik, Quintino & Salinas Advogados
Convidados <strong>Flip</strong> <strong>2011</strong><br />
64<br />
<strong>Flip</strong> - Programação Principal<br />
Andres Neuman<br />
Antonio Candido<br />
Carol Ann Duffy<br />
Caryl Phillips<br />
Claude Lanzmann<br />
Contardo Calligaris<br />
David Byrne<br />
Dominique Gauzin-Müller<br />
Edney Silvestre<br />
Eduardo Sterzi<br />
Eduardo A. Vasconcellos<br />
Emmanuel Carrère<br />
Enrique Krauze<br />
Gonzalo Aguilar<br />
Héctor Abad<br />
Ignácio de Loyola Brandão<br />
James Ellroy<br />
João Cezar de Castro Rocha<br />
João Ubaldo Ribeiro<br />
Joe Sacco<br />
John Freeman<br />
José Celso Martinez Corrêa<br />
José Miguel Wisnik<br />
Kamila Shamsie<br />
Laura Restrepo<br />
Luiz Felipe Pondé<br />
Marcelo Ferroni<br />
Marcia Camargos<br />
Maria Adelaide Amaral<br />
Marie Ange Bordas<br />
Michael Sledge<br />
Michèle Petit<br />
Miguel Nicolelis<br />
Paulo Henriques Britto<br />
Péter Esterházy<br />
Pola Oloixarac<br />
Teixeira Coelho<br />
valter hugo mãe<br />
<strong>Flip</strong> - Casa da Cultura<br />
Alessandra Colasanti<br />
Ana de Hollanda<br />
Ana Maria Machado<br />
Angel Gurria<br />
Antonio Panda Gianfrati<br />
(MallarMídia Lab)<br />
Bartholomeu Campos<br />
de Queiroz<br />
Beth Serra<br />
Carlos de Brito e Melo<br />
Claudiney Ferreira<br />
Cocão (Ed. Mauro<br />
Teixeira de Almeida)<br />
Dalmo Vieira Filho<br />
Diuner Mello<br />
Duto Sperry<br />
Edson Kumasaka<br />
Fabio Vietinica (MallarMídia<br />
Lab) (Fábio Renato Alves)<br />
Fernanda d’Umbra (Fernanda<br />
Ribeiro de Lima)<br />
Frederico Barbosa<br />
Gustavo Sorá<br />
Ilo Codognotto<br />
(Mallar Mídia Lab)<br />
Joana Coccarelli<br />
João Gilberto Noll<br />
João Paulo Cuenca<br />
Jonah Straus<br />
José Paulo Pedro Cavalcanti<br />
Leandro Sarmatz<br />
Liz Calder<br />
Lourenço Mutarelli Jr.<br />
Lucia Riff<br />
Luiz Ruffato<br />
Marcelino Juvêncio Freire<br />
Marcelo Ferroni<br />
Marcelo Galleto Ferreti<br />
Marcio Vassalo<br />
Maria José de Lancastre<br />
Nicole Witt<br />
Nilton Bicudo Cury<br />
Pablo de la Riestra<br />
Ravi Mirchandani<br />
Rodrigo Ciriaco<br />
Sergio Vaz<br />
Susanna Busato<br />
Tatiana Salem Levy<br />
Tunica Teixeira (Maria<br />
Antonia Ferreira Teixeira)<br />
valter hugo mãe<br />
<strong>Flip</strong>inha<br />
André Diniz<br />
Bia Hetzel<br />
Ciça Fittipaldi<br />
Cláudio Thebas<br />
Daniel Munduruku<br />
Fernando Vilela<br />
Flávia Lins e Silva<br />
Graça Lima<br />
Heloisa Prieto<br />
Ilan Brenman<br />
Indigo<br />
Leonardo Chianca<br />
Lúcia Hiratsuka<br />
Marcelo Carneiro<br />
Marcelo Cipis<br />
Márcia Leite<br />
Mariana Massarani<br />
Mauricio Veneza<br />
Pedro Bandeira<br />
Suppa<br />
Ze Zuca<br />
<strong>Flip</strong>Zona<br />
Anna Claudia Ramos<br />
Antonio Hermino<br />
do Nascimento<br />
Camila Fillinger Cavallari<br />
Cristina Pereira<br />
Edison Leite Jr<br />
Filippo Croso<br />
Gabriela Mancini<br />
Grupo Sacode a Poeira<br />
Guy Marcovaldi<br />
Isabelle Cury<br />
Kriss Zullo<br />
Lala Deheinzelin<br />
Laura Klink<br />
Leo Slezynger<br />
Lucia Maria Teixeira Furlani<br />
Luiz Zerbini<br />
Marcelo Cassaro<br />
Marcos Maffei<br />
Marina Klink<br />
Nanda Costa<br />
Patricia Trudes da Veiga<br />
Sérgio Martinelli<br />
Tamara Klink<br />
Claude Lanzmann
2<br />
Associação Casa Azul<br />
www.flip.org.br<br />
www.flipinha.org.br<br />
flip@flip.org.br<br />
São Paulo<br />
R Cap Antônio Rosa 376<br />
conjunto 91<br />
01443-900 São Paulo SP<br />
T +55 11 3081-6331<br />
F +55 11 3081-6331<br />
Paraty<br />
Al Princesa Isabel 2<br />
23970-000 Paraty RJ<br />
T +55 24 3371-7082<br />
F +55 24 3371-7084<br />
Realização