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Daniel Goleman - Inteligencia Emocional

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Enquanto isso, ensinam-se a meninos e meninas lições bem diferentes sobre como lidar com as<br />

emoções. Os pais, em geral, discutem emoções - com exceção da ira mais com as filhas que com os<br />

filhos. As meninas recebem mais informação sobre emoções que os meninos: quando os pais<br />

inventam histórias para contar aos filhos pré-escolares, empregam mais palavras emocionais ao<br />

falarem com as filhas do que com os filhos; quando as mães brincam com seus bebês, demonstram<br />

uma maior gama de emoções às meninas que aos meninos; quando as mães falam com as filhas<br />

sobre sentimentos, discutem com mais detalhes o próprio estado emocional do que fazem com os<br />

filhos - embora com os filhos entrem em mais detalhes sobre as causas e conseqüências de emoções<br />

como a ira (provavelmente como uma história admonitória).<br />

Leslie Brody e Judith Hall, que resumiram a pesquisa sobre diferenças de emoções entre os sexos,<br />

sugerem que como as meninas desenvolvem facilidade com a linguagem mais rapidamente que os<br />

meninos, isso as leva a ser mais experientes para explicar seus sentimentos e mais habilidosas que<br />

os meninos no uso de palavras para examinar e substituir reações emocionais como brigas físicas;<br />

em contraste, elas observam:<br />

- Os meninos, para os quais se desenfatiza a verbalização de afetos, podem tomar-se em grande<br />

parte inconscientes dos estados emocionais, tanto em si mesmos como nos outros.<br />

Aos dez anos, mais ou menos a mesma porcentagem de meninas e meninos é francamente agressiva,<br />

dada ao confronto aberto quando zangados. Aos treze anos, surge uma reveladora diferença entre os<br />

sexos: as meninas se tornam mais capazes que os meninos de ardilosas táticas agressivas como o<br />

ostracismo, a fofoca maldosa e as vinganças indiretas. Os meninos, em geral, simplesmente<br />

continuam briguentos quando zangados, ignorando outras estratégias mais disfarçadas Essa é<br />

apenas uma das muitas formas como os meninos - e, depois, homens - são menos sofisticados que o<br />

sexo oposto nos atalhos da vida emocional.<br />

Quando as meninas brincam juntas, fazem isso em grupos pequenos, íntimos, com ênfase na<br />

minimização da hostilidade e maximização da cooperação, enquanto as brincadeiras dos meninos<br />

são em grupos maiores. com ênfase na competição. Pode-se ver uma diferença-chave no que ocorre<br />

quando as brincadeiras de meninos e meninas são interrompidas porque alguém se machucou Se um<br />

menino que se machucou fica irritado, espera-se que saia e pare de chorar para que a brincadeira<br />

recomece. Se o mesmo acontece num grupo de meninas brincando, a brincadeira pára e todas se<br />

reúnem em volta para ajudar a menirla que chora. Essa diferença entre meninos e meninas<br />

brincando epitoma o que Carol Gilligan, de Harvard, aponta como uma desigualdade-chave entre os<br />

sexos:<br />

os meninos se orgulham de uma independência e autonomia solitárias, durona, enquanto as meninas<br />

se vêem como parte de uma teia de ligações. Assim, os meninos são ameaçados por qualquer coisa<br />

que desafie sua independência, enquanto as meninas são mais ameaçadas por um rompimento em<br />

seus relacionamentos. E, como observou Deborah Tannen em seu livro YouJustDon 't Understand<br />

[Você simplesmente não entende], essas perspectivas diferentes significam que homens e mulheres<br />

querem e esperam coisas bastante diferentes de uma conversa, com os homens satisfeitos em falar<br />

de "coisas" e as mulheres buscando ligação emocional.<br />

Em suma, esses contrastes no aprendizado das emoções promovem aptidões bastante diferentes,<br />

com as meninas tomando-se "capazes de ler sinais emocionais verbais e não-verbais, de expressar e<br />

comunicar seus sentimentos", e os meninos tornando se capazes de "minimizar emoções que<br />

tenham a ver com vulnerabilidade, culpa, medo e dor". As provas dessas diferentes atitudes são<br />

muito fortes na literatura científica. Centenas de estudos constataram, por exemplo, que em média<br />

as mulheres são mais empáticas que os homens, pelo menos quando se mede pela capacidade de ler<br />

os sentimentos não expressos de alguém na expressão facial, tom de voz e outros indícios nãoverbais.<br />

Do mesmo modo, é geralmente mais fácil ler os sentimentos no rosto de uma mulher que

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