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Daniel Goleman - Inteligencia Emocional

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Na seguinte, 100 metros borboleta, perdeu o ouro por centímetros para outro nadador, que fez um<br />

maior esforço no metro final.<br />

Os locutores esportivos especularam que as derrotas iam desencorajar Biondi nas disputas seguintes.<br />

Mas ele se refez da derrota e ganhou medalhas de ouro nas cinco disputas seguintes. Um espectador<br />

que não ficou surpreso com a reviravolta de Biondi foi Martin Seligman, psicólogo da Universidade<br />

da Pensilvania que havia testado o otimismo dele naquele ano. Numa experiência feita com<br />

Seligman o treinador disse a Biondi, durante uma disputa especial destinada a exibir o seu melhor<br />

desempenho, que ele fizera um tempo pior do que fizera de fato. Apesar do retomo negativo,<br />

quando sugeriram a Biondi que descansasse e voltasse a tentar, seu desempenho - já na verdade<br />

muito bom - foi ainda melhor. Mas quando outros membros da equipe que receberam falsos tempos<br />

e cujas contagens nos testes mostraram que eram pessimistas - tentaram de novo, saíram-se pior<br />

ainda na segunda vez.<br />

O Otimismo, como a esperança, significa uma forte expectativa de que, em geral, tudo vai dar certo<br />

na vida, apesar dos reveses e frustrações. Do ponto de vista da inteligência emocional, o otimismo é<br />

uma atitude que protege as pessoas soas da apatia, desesperança ou depressão diante das<br />

dificuldades. E como acon tece com a esperança, sua prima camal, o otimismo paga dividendos na<br />

vida (contanto, claro, que seja um otimismo realista; o otimismo demasiado ingênuo pode ser<br />

desastroso)<br />

Seligman define o otimismo em termos de como as pessoas explicam a si mesmas seus sucessos e<br />

fracassos. Os otimistas vêem um fracasso como devido a alguma coisa que pode ser mudada, para<br />

que possam vencer na próxima vez, enquanto os pessimistas assumem a culpa pelo fracasso,<br />

atribuindo-o a alguma duradoura característica que não podem mudar. Essas explicações diferentes<br />

têm profundas implicações sobre como as pessoas reagem à vida. Por exemplo, em resposta a uma<br />

decepção como a rejeição num emprego, os otimistas tendem a reagir ativa e esperançosamente,<br />

formulando um plano de ação, digamos, ou buscando ajuda e conselho; vêem o revés como uma<br />

coisa que pode ser remediada Os pessimistas, em contraste, reagem a esses reveses supondo que<br />

nada podem fazer para que as coisas saiam melhor na próxima vez, e portanto nada fazem em<br />

relação ao problema; vêem os reveses como devidos a alguma falha pessoal que sempre os<br />

perseguirá.<br />

Como acontece com a esperança, o otimismo é um fator de previsão do êxito acadêmico Num<br />

estudo com quinhentos membros da entrante classe de calouros de 1984, na Universidade da<br />

Pensilvania, as contagens dos estudantes nos testes de otimismo foram um melhor previsor de suas<br />

notas no primeiro ano do que as do SAT ou suas notas no secundário. Diz Seligman, que os estudou:<br />

Os exames de admissão à universidade medem o talento, enquanto o estilo explanatório nos diz<br />

quem desiste. É a combinação de razoável talento e capacidade de continuar em frente diante da<br />

derrota que conduz ao sucesso. O que falta nos testes de capacidade é motivação. O que precisamos<br />

saber de alguém é se ele vai continuar quando as coisas se tornarem frustrantes. Meu palpite é que,<br />

para um determinado nível de inteligência, nossa realização de fato é em função não só do talento,<br />

mas também da capacidade de agüentar a derrota.<br />

Uma das mais reveladoras demonstrações do poder do otLmismo para motivar as pessoas é um<br />

estudo feito por Seligman com vendedores de seguro da empresa MetLife. Saber aceitar uma<br />

rejeição com graça é essencial a todos os tipos de vendas, sobretudo de um produto como o seguro<br />

de vida, onde a proporção de nãos para sins é desencorajadoramente alta. Por esse motivo, cerca de<br />

três quartos dos vendedores de seguros desistem nos primeiros três anos. Seligman descobriu que os<br />

novos vendedores que eram otimistas venderam 37 por cento mais seguros nos primeiros dois anos<br />

que os pessimistas. E no primeiro ano os pessimistas desistiram duas vezes mais que os otimistas.

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