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Daniel Goleman - Inteligencia Emocional

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mais alta proporção de mulheres com Aids nos Estados Unidos; várias das mães que mandam os<br />

filhos para a Troup têm a doença e também alguns dos alunos. Apesar do currículo enriquecido, os<br />

alunos da Troup lutam com todos os problemas de um centro urbano; muitas crianças têm situações<br />

domésticas tão caóticas, senão horroríficas, que simplesmente não conseguem chegar à escola<br />

alguns dias.<br />

Como em todas as escolas de New Haven, o mais destacado sinal que recebe o visitante está na<br />

figura conhecida de um sinal de trânsito em forma de diamante, te mas que diz "Zona Livre de<br />

Drogas". Na porta está Mary Ellen Collins, a facilitadora da escola uma ombudsman para toda obra<br />

que cuida dos problemas especiais quando aparecem, e cujo papel inclui ajudar os professores com<br />

as exigências do currículo de competência social. Se um professor não sabe como ensinar uma lição,<br />

Mary Ellen vai à classe mostrar.<br />

Eu ensinei nesta escola durante vinte anos ela diz, ao me receber.<br />

Veja este bairro. Não posso ver mais apenas ensinarem matérias acadêmicas, com os problemas que<br />

esses garotos enfrentam simplesmente vivendo. Veja os garotos daqui que lutam porque têm Aids<br />

eles próprios ou em suas casas; não sei se eles diriam isso durante a discussão da Aids, mas assim<br />

que um garoto sabe que um professor vai ouvir um problema emocional, não só os escolares, está<br />

aberto o caminho para essa conversa.<br />

No terceiro andar da velha escola de tijolos,Joyce Andrews conduz seus alunos da quinta série na<br />

aula de aptidão social que eles têm três vezes por semana.<br />

Joyce, como todos os outros professores da quinta série, fez um curso especial de verão sobre como<br />

ensiná-la, mas sua exuberância sugere que os tópicos de competência social Ihe vêm naturalmente.<br />

A aula de hoje é sobre identificação de sentimentos; poder dar nome aos sentimentos, e com isso<br />

distinguir melhor entre eles, é uma aptidão emocional chave. A tarefa da noite passada foi trazer a<br />

foto do rosto de uma pessoa tirada de uma revista, nomear que emoção o rosto exibe e explicar<br />

como saber que a pessoa tem esses sentimentos. Após recolher as tarefas, Joyce relaciona os<br />

sentimentos no quadro negro tristeza, preocupação, excitação, felicidade, e assim por diante e lançase<br />

a uma acelerada sabatina com os dezoito alunos que conseguiram chegar a escola nesse dia.<br />

Sentados em quatro conjuntos de carteiras os estudantes erguem as mãos excitados, esforçando-se<br />

para chamar a atenção dela para dar suas respostas.<br />

Quando acrescenta frustrado à lista no quadro, Joyce pergunta:<br />

_ Quantos algum dia se sentem frustrados?<br />

Todas as mãos se erguem Como vocês se sentem quando estão frustrados?<br />

As respostas vêm em cascata: "Cansado." "Confuso." "A gente não pensa direito. " "Ansioso.”<br />

Quando ofendido é acrescentado à lista, Joyce diz:<br />

_ Esse eu conheço Quando um professor se sente ofendido?<br />

Quando todo mundo está conversando - sugere uma menina, sorrindo.<br />

Sem perder um segundo, Joyce distribui uma folha de trabalho mimeografada.

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