27.04.2013 Views

Daniel Goleman - Inteligencia Emocional

Daniel Goleman - Inteligencia Emocional

Daniel Goleman - Inteligencia Emocional

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

- Você pode oferecer uma peça: isso não é fazer um gesto diz Tucker a Rahman, num tom enfático,<br />

de discussão.<br />

- É, sim insiste Rahman, veemente.<br />

Joan nota o volume alterado e o crescente staccato do diálogo, e aproxima-se da mesa deles. Tratase<br />

de um incidente crítico, uma troca espontânea de Sentimentos acalorados; é em tais momentos<br />

que as lições já aprendidas dão dividendos, e outras novas podem ser ensinadas com mais proveito.<br />

E, como sabe todo bom professor, as lições aplicadas nesses momentos elétricos perdurarão na<br />

memória dos alunos<br />

- Isso não é uma crítica... você cooperou muito bem... mas, Tucker, tente dizer o que quer num tom<br />

de voz que não pareça tão crítico ensina Joan.<br />

Tucker, agora com voz mais calma, diz a Rahman:<br />

- Você só pode botar uma peça onde acha que se encaixa, dar a outro o que acha que ele precisa,<br />

sem fazer gesto. Só dar.<br />

Rahman responde num tom irado:<br />

- É só a gente fazer assim e ele coça a cabeça para ilustrar o movimento inocente e lá vem ele com<br />

"Nada de gestos".<br />

Evidentemente, há mais coisa na ira de Rahman do que essa discussão sobre o que constitui ou não<br />

um gesto. Seus olhos se dirigem constantemente para a ficha de avaliação que Tucker preencheu, e<br />

que embora ainda não tenha sido mencionada na verdade provocou a tensão entre os dois. Nela,<br />

Tucker pôs o nome de Rahman no espaço em branco à frente de "Quem perturba?”<br />

Joan, vendo que Rahman olha a ficha revoltante, arrisca um palpite, dizendo a Tucker:<br />

- Ele acha que você usou uma palavra negativa... perturbador... sobre ele.<br />

Que foi que você quis dizer?<br />

- Eu não quis dizer que fosse um tipo ruim de perturbação diz Tucker, agora conciliador.<br />

Rahman não aceita, mas também acalmou a voz.<br />

- Isso é um pouco demais, se quer saber.<br />

Joan acentua uma maneira positiva de ver o assunto.<br />

- Tucker está tentando dizer que o que se pode considerar perturbador também pode suavizar um<br />

pouco as coisas num momento de frustração.<br />

- Mas protesta Rahman, mais objetivamente perturbador é quando a gente está muito concentrado<br />

numa coisa, e se eu fizesse assim faz uma expressão ridícula, apalhaçada, os olhos esbugalhados, as<br />

bochechas inchadas isso ia ser perturbador.<br />

Joan tenta dar mais ensino emocional, dizendo a Tucker:<br />

Ao tentar ajudar, você não quis dizer que ele era perturbador num mal sentido. Mas enviou uma<br />

mensagem diferente sobre o que quer dizer. Rahtnan precisa que você ouça e aceite o que ele sente.

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!