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Daniel Goleman - Inteligencia Emocional

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John Lochman, psicólogo da Universidade Duke que foi um dos idealizadoreS do programa, me<br />

disse:<br />

Eles discutem situações em que estiveram recentemente, como receber no corredor um encontrão<br />

que julgam proposital. Os garotos dizem como poderiam ter agido. Um deles disse, por exemplo,<br />

que simplesmente encarava o garoto que esbarrara nele e Ihe dizia que não tornasse a fazer aquilo, e<br />

se afastaria. Isso O punha em posição de exercer algum controle e manter a auto-estima, sem iciar<br />

uma briga.<br />

Isso tem seu apelo; muitos desses garotos agressivos são infelizes por perderem tão facilmente a<br />

calma e, portanto, se mostram receptivos a aprender a controlá-la No calor do momento, claro,<br />

respostas sóbrias como afastar-se ou contar até dez, até passar o impulso de agredir, antes de reagir,<br />

não são automáticas; os meninos praticam tais altemativas em cenas onde desempenham papéis<br />

como entrar num ônibus onde outros garotos o provocam. Assim, podem experimentar respostas<br />

amistosas que preservem sua dignidade e Ihes dêem, ao<br />

mesmo tempo, uma alternativa para bater, chorar ou fugir envergonhado.<br />

Três anos depois de os garotos passarem pelo treinamento, Lochman comparou-os com outros<br />

igualmente agressivos, mas que não contaram com a vantagem das lições de controle da ira.<br />

Descobriu que, na adolescência, os garotos que concluíram o programa eram muito menos<br />

perturbadores nas salas de aula, tinham sentimentos mais positivos sobre si mesmos, e menos<br />

probabilidade de beber ou tomar drogas. E quanto mais tinham estado no programa, menos<br />

agressivos eram como adolescentes.<br />

PREVENDO A DEPRESSÃO<br />

Dana, de dezesseis anos, sempre parecera se dar bem. Mas agora, de repente, simplesmente não<br />

conseguia se relacionar com outras garotas, e, o que mais a pcrturbava, não encontrava um meio de<br />

segurar os namorados, mesmo dormindo com eles. Mal-humorada e constantemente cansada,<br />

perdeu o interesse pela comida e qualquer tipo de diversão; dizia que perdera a esperança e sentia-se<br />

incapaz de fazer alguma coisa para fugir a esse estado de espírito, e pensava em suicídio.<br />

A queda na depressão fora provocada pelo seu mais recente rompimento. Ela dizia que não sabia<br />

sair com um garoto sem se envolver logo sexualmente mesmo que se sentisse constrangida a<br />

respeito - nem encerrar um relacionamento, mesmo insatisfatório ia para a cama com os garotos,<br />

dizia, quando só queria conhecê-los melhor<br />

Acabara de transferir-se para uma nova escola e sentia-se tímida quanto a fazer novas amizades<br />

com as garotas dali. Por exemplo, abstinha-se de puxar conversas, so falandO depois que alguém<br />

Ihe falava. Sentia-se incapaz de dizer-lhes como era, e achava que não sabia nem o que dizer depois<br />

do Oi. como vai?”<br />

Dana foi fazer terapia num programa experimental para adolescentes depri midos na Universidade<br />

de Colúmbia. O tratamento concentrou-se em ajudá-la a aprender a lidar melhor com suas relações:<br />

a desenvolver uma amizade, sentir se mais confiante com outros adolescentes, impor limites de<br />

proximidade sexual ter intimidade, manifestar seus sentimentos. Em essência, uma orientação reme<br />

remediadora em algumas das mais básicas aptidões emocionais. E deu certo, a depressão dela<br />

passou.<br />

Sobretudo nos jovens, os problemas de relacionamento são um gatilho da depressão. A dificuldade<br />

muitas vezes está tanto nas relações das crianças com os pais quanto com os colegas. As crianças e<br />

adolescentes deprimidos muitas vezes não podem ou não querem falar de sua tristeza. Parecem<br />

incapazes de rotular com precisão seus sentimentos, mostrando em vez disso uma mal-humorada

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