27.04.2013 Views

Daniel Goleman - Inteligencia Emocional

Daniel Goleman - Inteligencia Emocional

Daniel Goleman - Inteligencia Emocional

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

com o maior impulso entre a sétima e a oitava séries. No secundário, junta-se a eles outro tipo de<br />

"atrasados", atraídos por seu estilo contestador; esses atrasados muitas vezes são meninos<br />

completamente sem supervisão em casa, e começaram a vagar pelas ruas por conta própria ainda na<br />

escola primária. Nos anos de ginásio, esse grupo marginalizado, tipicamente, abandona a escola,<br />

numa deriva para a delinqüência, dedicando-se a pequenos delitos como furtos em lojas, roubos e<br />

tráfico de drogas.<br />

Uma diferença reveladora surge nessa trajetória entre meninos e meninas.<br />

Um estudo de meninas "más" na quarta série - criando casos com os professores e violando as<br />

regras, mas não impopulares com as colegas-constatou que 40 por cento delas tiveram um filho na<br />

altura do fim dos anos de ginásio.Isso era três vezes a taxa de gravidez para as garotas de suas<br />

escolas. Em outras palavras, as adolescentes anti-sociais não se tornam violentas ficam grávidas.<br />

Não há, claro, um caminho único para a violência e a criminalidade, e muitos outros fatores põem a<br />

criança em risco: nascer num bairro de alta Criminalidade onde estão expostas a mais tentações ao<br />

crime e à violência, vir de uma família sujeita a altos níveis de tensão, ou viver na pobreza. Mas<br />

nenhum desses fatores torna inevitável uma vida de crime. Tudo mais sendo igual, as forças<br />

psicológicas que atuam em crianças agressivas intensificam muitO a probabilidade de acabarem<br />

como criminosos violentos. Como diz Gerald Patterson, um psicólogo que seguiu de perto as<br />

carreiras de centenas de meninos até a idade adulta:<br />

Os atos anti-sociais um menino de cinco anos podem ser protótipos dos atos do adolescente<br />

delinqüente.<br />

ESCOLA DE ARRUACEIROS<br />

A distorção mental que as crianças agressivas levam consigo pela vida afora quase se sempre<br />

determina que elas vão terminar complicadas. Um estudo de criminosos juvenis condenados por<br />

crimes violentos e de ginasianos agressivos constatou uma disposição mental comum: quando eles<br />

têm problemas com alguém, vêem imediatamente a outra pessoa de um modo antagônico, saltando<br />

a conclusões sobre a hostilidade do outro para com eles,sem buscar qualquer outra informação nem<br />

tentar pensar numa maneira pacífica de acertar suas diferenças. Ao mesmo tempo,jamais passa pela<br />

mente deles a conseqüência negativa de uma solução violenta uma briga, tipicamente. Sua<br />

tendência agressiva se justifica em suas mentes por crenças tipo: "Está certo bater em alguém<br />

quando a gente fica fulo "Se você fugir de uma briga, todo mundo vai Ihe chamar de covarde"; e<br />

"As pessoas que apanham muito na verdade não sofrem tanto assim''.<br />

Mas uma ajuda oportuna pode mudar essas atitudes e deter a trajetória da criança para a<br />

delinqüência: vários programas experimentais têm tido algum sucesso na ajuda a esses garotos<br />

agressivos para aprenderem a controlar sua tendência anti-social antes que os leve a problemas mais<br />

sérios. Um, na Universidade Duke, trabalhou com irados garotos criadores de caso na escola<br />

primária, em sessões de treinamento de quarenta minutos, duas vezes por semana, durante períodos<br />

que foram de um mês e meio a três meses. Ensinou-se aos garotos, por exemplo, a ver que alguns<br />

dos sinais sociais que eles interpretavam como hostis eram na verdade neutros ou amistosos.<br />

Aprenderam a adotar a perspectiva de outras crianças, a ter um senso de como estavam sendo vistos,<br />

e do que outras crianças poderiam estar pensando e sentindo nos choques que os deixavam tão<br />

irados. Também receberam treinamento direto de controle da ira através da representacão de cenas,<br />

como provocacões, que podiam levá-los a perder a calma. Uma das aptidões-chave para o controle<br />

da ira era monitorar os próprios sentimentos tomar consciência das sensações do corpo, como o<br />

enrubescimento e a tensão nos músculos, quando estavam se zangando, e a encarar esses<br />

sentimentos como um sinal para parar e pensar no que fazer em seguida, em vez de atacar<br />

impulsivamente.

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!