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Daniel Goleman - Inteligencia Emocional

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Um trabalho do Centro Nacional de Programas Clínicos Infantis afirma que o sucesso na escola não<br />

é previsto tanto pelo capital de fatos da criança ou sua capacidade precoce de ler quanto por<br />

medidas emocionais e sociais:<br />

ser seguro de si e interessado; saber que tipo de comportamento se espera e como frear o impulso<br />

para se comportar mal; ser capaz de esperar, seguir orientações e procurar ajuda junto ao,<br />

professores; e expressar suas necessidades quando em companhia de outras crianças.<br />

Quase todos os alunos que se saem mal na escola, diz o trabalho, não têm um ou mais desses<br />

elementos de inteligência emocional (independente de também terem problemas cognitivos como<br />

incapacidade de aprender). A magnitude do problema não é pequena;<br />

em alguns estados quase uma em cada cinco crianças repete a primeira série, e depois, com o passar<br />

dos anos, vai ficando ainda mais para trás dos colegas, tomando-se cada vez mais desencorajada<br />

ressentida e incômoda.<br />

A disposição da criança para a escola depende do mais básico de todos os conhecimentos: como<br />

aprender. O trabalho relaciona os sete ingredientes-chave dessa aptidão fundamental - todos<br />

relacionados com a inteligência emocional 1. Confiança. O senso de controle e domínio do próprio<br />

corpo, comportamento e mundo; o senso da criança de que tem mais probabilidade de vencer do<br />

que fracassar naquilo que empreender e de que os adultos serão úteis.<br />

2. Curiosidade. O senso de que descobrir coisas é positivo e dá prazer.<br />

3. Intencionalidade. O desejo e capacidade de causar impacto e explorar isso com persistência. Está<br />

relacionado com o senso de competência, de ser eficiente.<br />

4. Autocontrole. A capacidade de modular e controlar as próprias ações de formas apropriadas à<br />

idade; o senso de controle interno.<br />

5. Relacionamento. A capacidade de entrosar-se com outros, baseada no 6. Capacidade de<br />

comunicar-se. O desejo e capacidade de trocar verbalmente idéias, sentimentos e conceitos com<br />

outros. Está relacionado ao senso de confiança nos outros e de prazer no entrosamento com eles,<br />

incluindo adultos.<br />

7. Cooperatividade. A capacidade de equilibrar as próprias necessidades com as dos outros nas<br />

atividades de grupo.<br />

Se a criança chega ou não, no primeiro dia de jardim-de-infância, com essas aptidões, depende<br />

muito de quanto seus pais e professores no pré-escolar lhe deram a atenção tipo um "Coração de<br />

Vantagem", o equivalente dos programas "Vantagem Inicial".<br />

OBTENDO O BÁSICO EMOCIONAL<br />

Digamos que um bebê de dois meses acorda às três da manhã e se põe a chorar.<br />

A mãe entra e, na meia hora seguinte, o bebê mama saasfeito nos braços dela, que o olha com<br />

afeição, dizendo-lhe que está feliz por vê-lo, mesmo no meio da noite. O bebê, contente com o amor<br />

da mãe, volta a dormir.<br />

Agora digamos que outro bebê de dois meses, que acordou chorando de madrugada é atendido ao<br />

contrário por uma mãe tensa e irritável, que acabou de adormecer uma hora atrás, após uma briga<br />

com o marido. O bebê começa a ficar tenso assim que a mãe o pega dizendo-lhe: "Cale a boca! Eu<br />

não agüento mais nada! Vamos, vamos acabar logo com isso." Enquanto o bebê mama, a mãe mira

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