27.04.2013 Views

Daniel Goleman - Inteligencia Emocional

Daniel Goleman - Inteligencia Emocional

Daniel Goleman - Inteligencia Emocional

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

generalizada suposição em toda a cadeia Dennys sobretudo no nível de gerente distrital e de filial -<br />

de que os clientes negros não eram bons para os negócios. Hoje, grande parte em conseqüência do<br />

processo e da publicidade que o cercou, a cadeia Denny's está compensando a comunidade negra. E<br />

todos os empregados, sobretudo os gerentes, têm de assistir a sessões sobre as vantagens de uma<br />

dientela multirracial.<br />

Esses seminários tornaram-se parte dos treinamentos intemos de empresas por todos os Estados<br />

Unidos, com a crescente compreensão pelos administradores de que mesmo que as pessoas tragam<br />

consigo preconceitos para o emprego, devem aprender a agir como se não tivessem nenhum. Os<br />

motivos além e acima da decência humana, são pragmáticos. Um deles é a face em mudança da<br />

força de trabalho, à medida que os homens brancos, antes o grupo dominante, se tomam minoria.<br />

Uma pesquisa em várias centenas de empresas americanas constatou que mais de três quartos dos<br />

novos empregados eram não brancos uma mudança demográfica que também se reflete em larga<br />

medida na mutante formação dos clientes.8 Outro motivo é a maior necessidade das empresas<br />

intemacionais de ter funcionários que não apenas afastem qualquer tendenciosidade na apreciação<br />

de pessoas de várias culturas (e mercados), mas também transformem essa apreciação em vantagem<br />

competitiva. Uma terceira motivação é o fruto potencial da diversidade, em temmos de maior<br />

criatividade coletiva e energia empresarial.<br />

Tudo isso significa que a cultura de uma organização tem de mudar para promover a tolerância,<br />

mesmo que os preconceitos individuais permaneçam. Mas como pode uma empresa fazer isso? A<br />

triste verdade é que a panóplia de "cursos de treinamento" de um dia, um vídeo ou um fim de<br />

semana não parece deslocar o fanatismo dos empregados que os fazem com profundo preconceito<br />

contra um ou outro grupo, sejam brancos contra pretos, pretos contra asiáticos, ou asiáticos contra<br />

hispanicos. Na verdade, o efeito final dos diversos cursos de diversidade ineficientes - os que<br />

suscitam falsas expectativas prometendo demais, ou simplesmente criam uma atmosfera de<br />

confronto, em vez de entendimento talvez seja aumentar as tensões que dividem grupos no local de<br />

trabalho, chamando ainda mais atenção para essas diferenças. Para compreender o que se pode fazer,<br />

é útil primeiro entender a natureza do próprio preconceito.<br />

As Raízes do Preconceito<br />

Hoje, o Dr. Vamik Volkan é psiquiatra na Universidade da Virgínia, mas ele lembra o que foi ser<br />

criado numa família turca na ilha de Chipre, então seri amente contestada entre turcos e gregos. Em<br />

criança, Volkan ouvia rumores de que o cordão da cintura do pope grego tinha um nó para cada<br />

criança turca que os estrangulara, e lembra-se do tom de constemação com que Ihe disseram que os<br />

vizinhos gregos comiam porco, cuja came era considerada imunda demais em sua cultura turca.<br />

Agora, como estudioso do conflito étnico ele cita essas memórias de infância para mostrar como os<br />

ódios entre grupos são mantidos vivos pelos anos afora, à medida que cada geração é mergulhada<br />

em preconceito hostis como esses. O preço psicológico da lealdade ao próprio grupo pode ser a<br />

antipatia por outro, sobretudo quando há uma longa história de inimizade entre os grupos.<br />

Os preconceitos são uma espécie de aprendizado emocional que ocorre cedo na vida, tornando essas<br />

reações especialmente difíceis de erradicar, mesmo em pessoas que, adultas, acham errado tê-las.<br />

As emoções do preconceito se fomlam na infancia, enquanto as crenças usadas para justificá-los<br />

vêm depois explicou Thomas Pettigrew, psicólogo social da Universidade da Califómia, em Santa<br />

Cruz, que estuda o assunto há décadas. - Mais tarde, na vida, você pode querer mudar seu<br />

preconceito, mas é muito mais fácil mudar crenças intelectuais que sentimentos profundos. Muitos<br />

sulistas me confessaram, por exemplo, que, embora em suas mentes não mais tenham preconceitos<br />

sentem nojo quando apertam a mão de um negro. Os sentimentos são resíduos do que aprenderam<br />

com as famílias quando era crianças

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!