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Daniel Goleman - Inteligencia Emocional

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crítica tivesse sido feita antes, o empregado poderia ter corrigido o problema. Demasiadas vezes as<br />

pessoas criticam apenas quando a coisa transborda, quando ficam iradas demais para conter-se. E é<br />

aí que fazem a crítica da pior forma, num tom de mordente sarcasmo, trazendo de volta uma longa<br />

lista de queixas que guardaram para si mesmas, ou fazendo ameaças. Esses ataques saem pela<br />

culatra. São recebidas como uma afronta, e quem a recebe fica irado por sua vez. E pior maneira de<br />

motivar alguém<br />

A Crítica Habilidosa Pensem na alternativa.<br />

Uma crítica habilidosa pode ser uma das mais proveitosas mensagens que um administrador envia<br />

Por exemplo, o que o vice-presidente desdenhoso poderia ter dito mas não o fez ao engenheiro de<br />

programas de computador era:<br />

"O principal problema nesta etapa é que seu plano vai demorar muito e com isso elevar os custos.<br />

Eu gostaria que você pensasse mais em sua proposta, para ver se descobre uma maneira de fazer<br />

mais rápido o mesmo serviço." Essa mensagem tem o impacto oposto ao da crítica destrutiva: em<br />

vez de cria impotência, ira e rebelião, oferece a esperança de sair-se melhor e sugere o início de um<br />

plano para isso.<br />

A crítica habilidosa concentra-se no que a pessoa fez e pode fazer, em vez de ver um sinal de<br />

caráter num trabalho malfeito. Como observa Larson:<br />

Um ataque ao caráter... chamar alguém de idiota ou incompetente... erra o alvo. A gente põe logo o<br />

sujeito na defensiva, de modo que ele não é mais receptivo ao que a gente tem a dizer-lhe sobre<br />

como fazer melhor as coisas.<br />

Este conselho, claro, é precisamente o mesmo que para os casais casados que discutem suas queixas.<br />

E, em termos de motivação, quando as pessoas acreditam que seus fracassos se devem a algum<br />

déficit imutável em si mesmas, perdem a esperança e deixa de de tentar. A crença básica que leva<br />

ao otimismo, lembrem, é de que os reveses ou fracassos se devem a circunstâncias sobre as quais<br />

podemos fazer alguma coisa a fim de mudar para melhor.<br />

Harry Levinson, psicanalista que se tomou consultor de empresas, dá o seguinte conselho sobre a<br />

arte da crítica, intricadamente interligada à arte do elogio:<br />

Seja específico. Pegue um incidente importante, um fato que ilustre um problema-chave a exigir<br />

mudança, ou um padrão de deficiência, como a incapacidade de fazer bem certas partes de um<br />

serviço. Desmoraliza as pessoas simplesmente ouvir que estão fazendo "alguma coisa errada", sem<br />

saber quais são os detalhes para que possam mudar. Concentre-se nos detalhes, dizendo o que a<br />

pessoa fez bem, o que fez mal, e como isso pode mudar. Não faça rodeios, nem seja indireto nem<br />

evasivo; isso confundirá a verdadeira mensagem. Este, evidentemente, é semelhante ao conselho<br />

aos casais sobre a declaração "XYZ”<br />

de uma queixa; diga exatamente qual é o problema, o que está errado ou como o faz sentir, e o que<br />

pode mudar.<br />

A especificidade diz Levinson é tão importante para o elogio quanto para a crítica. Não vou dizer<br />

que o elogio vago não tenha nenhum efeito, mas não tem muito, e não se pode aprender com ele.<br />

Ofereça uma solução. A crítica, como todo feedback útil, deve indicar uma maneira de resolver o<br />

problema. De outro modo, deixa quem a recebe frustrado, desmoralizado ou desmotivado. A crítica<br />

pode abrir a porta para possibilidades e alternativas que a pessoa não percebia que existiam, ou

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