Daniel Goleman - Inteligencia Emocional
Daniel Goleman - Inteligencia Emocional Daniel Goleman - Inteligencia Emocional
amor e afeto que sentem um pelo outro em suma, o que é que protege um casamento? Com base na observação da interação nos casais cujos casamentos continuaram a prosperar pelos anos afora, os pesquisadores conjugais oferecem conselhos específicos para homens e mulheres e algumas palavras gerais para os dois sexos. Homens e mulheres, em geral, precisam de diferentes sintonias emocionais Para os homens, o conselho é não contornar o conflito, mas compreender que quando a esposa traz alguma queixa ou discordância, pode estar fazendo isso como um ato de amor, tentando ajudar a manter o relacionamento saudável e no rumo certo (embora bem possa haver outros motivos para a hostilidade dela). Quando as queixas fervilham, vão crescendo em intensidade até vir a explosão; quando são ventiladas e resolvidas, retira a pressão. Mas os maridos precisam entender que ira ou insatisfação não são sinônimos de ataque pessoal as emoções das esposas muitas vezes são apenas sublinhadores, enfatizando a força dos sentimentos delas em relação ao assunto. Os homens também precisam ter o cuidado de não abreviar a discussão oferecendo uma solução prática cedo demais tipicamente, é mais importante para a esposa sentir que o marido ouve sua queixa e empatiza com seus sentimentos no assunto (embora não precise concordar). Ela pode ouvir no conselho dele uma fomma de descartar seus sentimentos, como inconseqüentes. Maridos capazes de atravessar com as esposas o calor da raiva, em vez de descartar as queixas delas como mesquinhas, ajudam-nas a sentir-se ouvidas e respeitadas. Mais especialmente, as esposas querem que se reconheçam e respeitem seus sentimentos como válidos, mesmo que os maridos discordem. Na maioria das vezes, quando uma esposa sente que sua opinião é ouvida e seus sentimentos registrados, acalma-se. Quanto às mulheres, o conselho é bastante paralelo. Como um grande problema para os homens é que as esposas são demasiado intensas ao expressarem suas queixas, elas precisam fazer um esforço deliberado e ter o cuidado de não atacar os maridos, queixar-se do que eles fizeram, mas não criticálos como pessoas nem manifestar desprezo. Queixas não são ataques ao caráter, mas antes uma clara afirmação de que uma determinada ação é incômoda. Um raivoso ataque pessoal quase certamente leva a pôr o marido na defensiva ou fechado em copas, o que será tanto mais frustrante e apenas aumentará a briga. Também ajuda se as queixas da esposa são postas no contexto maior de reafirmar ao marido o amor dela por ele. A BOA BRIGA O jornal da manhã oferece uma lição objetiva sobre como não resolver divergências num casamento. Marlene Lenick teve uma briga com o marido, Michael: ele queria ver o jogo Dallas Cowboys- Philadelphia Eagles, ela queria ver o noticiário da TV. Quando ele se instalou para assistir ao jogo, a Sra. Lenick Ihe disse que estava "cheia daquele rúgbi". Foi ao quarto, pegou um revólver calibre .38 e desfechou-lhe dois tiros, quando ele, sentado, via o jogo. A Sra. Lenick foi acusada de tentativa de homicídio com agravante e solta sob uma fiança de 50 mil dólares; o Sr. Lenick foi dado como em boa condição, recuperando-se das balas que lhe rasparam o abdome e perfuraram a omoplata esquerda e o pescoço. Embora poucas brigas conjugais sejam tão violentas - ou tão dispendiosas ainda assim, oferecem uma oportunidade de primeira para levar inteligência emocional ao casamento. Por exemplo, os casais em casamentos que duram tendem a ficar num só assunto e dar a cada cônjuge a oportunidade de declarar sua opinião no início. Mas esses casais dão um importante passo adiante:
mostram um ao outro que estão sendo ouvidos. Como sentir-se ouvido é muitas vezes exatamente o que o cônjuge queixoso de fato quer, em termos emocionais um ato de empatia é um grande redutor de tensão. O que mais notadamente falta nos casais que acabam se divorciando são tentativas dos cônjuges, numa discussão, de reduzir a tensão. A presença ou ausência de meios de sanar uma cisão é uma diferença crucial entre as brigas de casais que têm um casamento saudável e as dos que acabam em divórcio. Os mecanismos de reparo que impedem uma discussão de escalar para uma terrível explosão são medidas simples como manter a discussão nos trilhos, mostrar empatia e reduzir a tensão. As medidas básicas são como um termostato emocional, impedindo os sentimentos expressos de transbordarem e esmagarem a capacidade dos cônjuges de concentrar-se no problema em questão. Uma estratégia geral para fazer um casamento dar certo é não se concentrar nas questões específicas educação dos filhos, sexo, dinheiro, tarefas domésticas pelas quais os casais brigam, mas antes cultivar a inteligência emocional do casal, com isso melhorando as possibilidades de resolver as coisas. Um punhado de aptidões emocionais sobretudo ser capaz de acalmar-se (e acalmar o cônjuge), de criar empatia, de saber ouvir pode tornar mais provável que um casal resolva efetivamente suas divergências. Isso forma possíveis desacordos saudáveis~ as ~boas brigas~, que permitem a um casamento florescer e superar as coisas negativas que, se se deixar que cresçam, podem destruí-lo. Claro, nenhum desses hábitos emocionais muda da noite para o dia; é preciso persistência e vigilância, no mínimo. Os casais podem fazer as mudanças-chave na proporção direta da motivação que têm para tentar. Muitas ou a maioria dão respostas emocionais tão facilmente provocadas no casamento foram esculpidas desde a infância, aprendidas primeiro em nossos relacionamentos mais íntimos ou modeladas para nós por nossos pais, e levada~s para o casamento inteiramente formadas. E assim somos preparados para certos hábitos emocionais - reagindo com exagero ao que vemos como ofensas, digamos, ou nos fechando em copas ao primeiro sinal de confronto - embora possamos ter jurado que não iríamos agir como nossos pais. Acalmando-se Toda emoção forte tem sua raiz no impulso para agir: o controle desses impulsos é básico para a inteligência emocional. Mas isso pode ser particulammente difí cil nos relacionamentos amorosos, onde temos tanta coisa em causa. As reações provocadas aqui tocam em algumas de nossas mais profundas necessidades-de ser amados e sentir-nos respeitados, medos de abandono ou de ser emocionalmente privados. Não admira que possamos agir numa briga conjugal como se estivesse em causa a nossa própria existência. Mesmo assim, nada se resolve positivamente quando marido ou esposa está em pleno sequestro emocional. Uma aptidão-chave é os cônjuges aliviarem seus próprios sentimentos angustiados. Em essência, isso significa dominar a capacidade de recuperar-se rápido da inundação causada por um seqüestro emocional. Como a capacidade de ouvir, pensar e falar com clareza se dissolve durante um desses picos emocionais, acalmar-se é um passo imensamente construtivo, sem o qual não pode haver maior progresso na solução do que está em causa. Casais ambiciosos podem aprender a monitorar o pulso a cada cinco minutos, mais ou menos, durante um encontro perturbador, apalpando a carótida, alguns centímetros abaixo do lobo da orelha e do queixo (pessoas que fazem aeróbica aprendem isso facilmente). Contando-se o pulso por
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mostram um ao outro que estão sendo ouvidos. Como sentir-se ouvido é muitas vezes exatamente o<br />
que o cônjuge queixoso de fato quer, em termos emocionais um ato de empatia é um grande redutor<br />
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O que mais notadamente falta nos casais que acabam se divorciando são tentativas dos cônjuges,<br />
numa discussão, de reduzir a tensão. A presença ou ausência de meios de sanar uma cisão é uma<br />
diferença crucial entre as brigas de casais que têm um casamento saudável e as dos que acabam em<br />
divórcio. Os mecanismos de reparo que impedem uma discussão de escalar para uma terrível<br />
explosão são medidas simples como manter a discussão nos trilhos, mostrar empatia e reduzir a<br />
tensão. As medidas básicas são como um termostato emocional, impedindo os sentimentos<br />
expressos de transbordarem e esmagarem a capacidade dos cônjuges de concentrar-se no problema<br />
em questão.<br />
Uma estratégia geral para fazer um casamento dar certo é não se concentrar nas questões específicas<br />
educação dos filhos, sexo, dinheiro, tarefas domésticas pelas quais os casais brigam, mas antes<br />
cultivar a inteligência emocional do casal, com isso melhorando as possibilidades de resolver as<br />
coisas. Um punhado de aptidões emocionais sobretudo ser capaz de acalmar-se (e acalmar o<br />
cônjuge), de criar empatia, de saber ouvir pode tornar mais provável que um casal resolva<br />
efetivamente suas divergências. Isso forma possíveis desacordos saudáveis~ as ~boas brigas~, que<br />
permitem a um casamento florescer e superar as coisas negativas que, se se deixar que cresçam,<br />
podem destruí-lo.<br />
Claro, nenhum desses hábitos emocionais muda da noite para o dia; é preciso persistência e<br />
vigilância, no mínimo. Os casais podem fazer as mudanças-chave na proporção direta da motivação<br />
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casamento foram esculpidas desde a infância, aprendidas primeiro em nossos relacionamentos mais<br />
íntimos ou modeladas para nós por nossos pais, e levada~s para o casamento inteiramente formadas.<br />
E assim somos preparados para certos hábitos emocionais - reagindo com exagero ao que vemos<br />
como ofensas, digamos, ou nos fechando em copas ao primeiro sinal de confronto - embora<br />
possamos ter jurado que não iríamos agir como nossos pais.<br />
Acalmando-se<br />
Toda emoção forte tem sua raiz no impulso para agir: o controle desses impulsos é básico para a<br />
inteligência emocional. Mas isso pode ser particulammente difí cil nos relacionamentos amorosos,<br />
onde temos tanta coisa em causa. As reações provocadas aqui tocam em algumas de nossas mais<br />
profundas necessidades-de ser amados e sentir-nos respeitados, medos de abandono ou de ser<br />
emocionalmente privados. Não admira que possamos agir numa briga conjugal como se estivesse<br />
em causa a nossa própria existência.<br />
Mesmo assim, nada se resolve positivamente quando marido ou esposa está em pleno sequestro<br />
emocional. Uma aptidão-chave é os cônjuges aliviarem seus próprios sentimentos angustiados. Em<br />
essência, isso significa dominar a capacidade de recuperar-se rápido da inundação causada por um<br />
seqüestro emocional.<br />
Como a capacidade de ouvir, pensar e falar com clareza se dissolve durante um desses picos<br />
emocionais, acalmar-se é um passo imensamente construtivo, sem<br />
o qual não pode haver maior progresso na solução do que está em causa.<br />
Casais ambiciosos podem aprender a monitorar o pulso a cada cinco minutos, mais ou menos,<br />
durante um encontro perturbador, apalpando a carótida, alguns centímetros abaixo do lobo da orelha<br />
e do queixo (pessoas que fazem aeróbica aprendem isso facilmente). Contando-se o pulso por