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de. Mas este é um objetivo secundário,
ofuscado pela determinação do sucesso na
carreira artística.
Mudanças de perfil
A matrícula escolar, entre as vítimas da
exploração infantil, é mais comum do que
se pensa. Uma pesquisa feita junto a crianças
e adolescentes de rua de Diadema, entre
julho e agosto de 2003, revelou que, de
397 entrevistados, 348 (quase 88%) estavam
matriculados na rede pública de ensino,
o que não significa comparecimento
regular às aulas — 126 deles, por exemplo,
declararam estudar no mesmo período
em que trabalhavam.
O levantamento foi comandado pela
ONG Meninos e Meninas de Rua, com sede
na cidade vizinha de São Bernardo, no
PARA QUEM NÃO ACREDITA EM SINA
Lucinei (acima) e Michele (abaixo ao lado
da artesã Rosa) deixaram de fazer parte
das estatísticas de “crianças em situação
de risco”, mas seus filhos são sérios
candidatos a ocupar essa vaga
ABC paulista. Os dados relativos à educação
não surpreenderam os pesquisadores.
“De uns anos para cá, vem aumentando
muito o número de crianças matriculadas.
Isso se deve à ação dos conselhos tutelares
e aos programas sociais de distribuição de
renda, que condicionam a liberação do benefício
à freqüência escolar dos filhos”, explica
a educadora Néia Bueno, há nove
anos na entidade.
A pesquisa mostrou ainda um aumento
de meninas nas ruas, o que, de acordo com
a educadora, é uma tendência que se generalizou
a partir do final dos anos 90. Até
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