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Casario<br />

colonial<br />

ção que variam entre R$ 5 e R$ 15. Outras<br />

são públicas, de acesso livre. Como o<br />

cardápio é amplo, o mais sensato é descobrir<br />

as que mais agra<strong>da</strong>m numa conversa<br />

com moradores ou visita ao serviço de<br />

atendimento ao turista. O risco de errar é<br />

pequeno, pois praticamente to<strong>da</strong>s as cachoeiras<br />

têm águas cristalinas, são seguras<br />

e estão rodea<strong>da</strong>s pela delica<strong>da</strong> beleza do<br />

cerrado.<br />

As cascatas e rios de Pirenópolis são velhos<br />

conhecidos <strong>da</strong>s centenas de visitantes<br />

que a ci<strong>da</strong>de recebe todos os finais de semana<br />

e feriados, oriundos principalmente<br />

de Brasília e Goiânia. Mas, para quem acha-<br />

va que conhecia tudo, a região guardou um<br />

tesouro que surpreendeu até mesmo os velhos<br />

moradores, que não esperavam tamanha<br />

relíquia a apenas 51 quilômetros de<br />

distância: a Ci<strong>da</strong>de de Pedra, descoberta há<br />

poucos anos.<br />

O local reúne um conjunto rochoso imponente,<br />

que abriga gigantescas colunas,<br />

capitéis, arcos, paredões, grutas e cânions<br />

a 1.200 metros de altitude. O curioso é que<br />

o lugar sempre foi menosprezado pelos fazendeiros,<br />

pois o terreno é acidentado e a<br />

terra, cheia de rochas e sem vegetação rasteira,<br />

considera<strong>da</strong> fraca. A região ficou esqueci<strong>da</strong><br />

por anos a fio, e o que antes era<br />

uma pedraria sem fim, hoje é considerado<br />

uma <strong>da</strong>s maiores descobertas geológicas<br />

<strong>da</strong> atuali<strong>da</strong>de. Isto sem contar o imensurável<br />

valor ecológico e botânico do lugar,<br />

que abriga inúmeras espécies de plantas<br />

nativas do cerrado e animais silvestres.<br />

Outro passeio imperdível, mais light e<br />

gastronômico, é ao santuário ecológico Vagafogo<br />

– lugar ideal para passar uma ma-<br />

Cachoeira do<br />

Bom Sucesso<br />

nhã inteira degustando o delicioso brunch<br />

servido no salão principal, com uma enorme<br />

varie<strong>da</strong>de de sucos, geléias e chutneys<br />

de fabricação própria e orgânica, com frutas<br />

<strong>da</strong> estação. Ao final, uma caminha<strong>da</strong><br />

leve entre as árvores aju<strong>da</strong> a fazer a digestão.<br />

E, por falar em boa comi<strong>da</strong>, outra ótima<br />

época para visitar Pirenópolis é durante<br />

o Festival Gastronômico, que neste<br />

ano acontece entre 16 e 19 de junho. Na<br />

ocasião, praticamente todos os restaurantes<br />

<strong>da</strong> ci<strong>da</strong>de se desdobram para criar receitas<br />

deliciosas e originais, utilizando ingredientes<br />

típicos do cerrado, como o pequi<br />

e o baru.<br />

O belo artesanato é outro atrativo para<br />

quem visita Pirenópolis. Prepare o bolso e<br />

separe pelo menos uma tarde para bater<br />

pernas entre as lojas do centro histórico e<br />

conhecer o trabalho <strong>da</strong>s fiandeiras, <strong>da</strong>s doceiras<br />

e dos artesãos <strong>da</strong> região. Se estiver<br />

à procura de algo realmente diferente, não<br />

deixe de fazer uma visita à Tissume, lugar<br />

onde retalhos e sobras de tecidos viram<br />

bolsas, tapetes, xales, almofa<strong>da</strong>s e luminárias<br />

pelas mãos <strong>da</strong> carioca Mercedes Montero,<br />

que mora em Pirenópolis há 17 anos.<br />

A técnica utiliza<strong>da</strong>, a tecelagem, é milenar.<br />

Mas as texturas e cores <strong>da</strong>s peças<br />

que saem de seus teares são únicas. O interessante<br />

é que, além de reciclar as sobras<br />

de panos, Mercedes emprega mulheres<br />

fiandeiras <strong>da</strong> região. As belas peças estão<br />

à ven<strong>da</strong> em várias ci<strong>da</strong>des, inclusive<br />

em São Paulo.<br />

Os forasteiros, aliás, fazem parte do cenário<br />

social de Pirenópolis. A partir do início<br />

dos anos 80, sobretudo depois do asfaltamento<br />

<strong>da</strong> rodovia de acesso à ci<strong>da</strong>de,<br />

muitos estrangeiros e brasileiros de outros<br />

estados se mu<strong>da</strong>ram para lá. Foi nesta época<br />

também que comuni<strong>da</strong>des alternativas<br />

foram monta<strong>da</strong>s na ci<strong>da</strong>de, conheci<strong>da</strong> por<br />

seus tratamentos e hospe<strong>da</strong>gens não convencionais.<br />

Assim, quem se interessa por<br />

massagens, acupuntura, terapias com florais<br />

e plantas medicinais do cerrado, iridologia,<br />

yoga, tai chi e alimentação natural,<br />

deve incluir Pirenópolis em seu próximo<br />

roteiro de viagem.<br />

Pensando bem, esta pequena pérola, escondi<strong>da</strong><br />

em uma <strong>da</strong>s raras cadeias montanhosas<br />

do Planalto Central, é mesmo um<br />

achado, principalmente para quem prefere<br />

destinos menos óbvios e mais originais.<br />

Um lugar onde cultura popular e turismo<br />

parecem (ain<strong>da</strong>) conseguir caminhar em<br />

deliciosa harmonia. ❚<br />

SERVIÇO<br />

Cavalha<strong>da</strong>s<br />

Guias turísticos: Mauro Cruz, (62) 331-1097/ 8119-<br />

0291 e Lucio Filho, (62) 9107-0812. Pacotes e passeios:<br />

Drena Ecoturismo e Aventura, (62) 331-3336,<br />

www.drena.tur.br. Tissume Tecelagem Ambiental –<br />

São Paulo: (11) 3038-7360. Pirenópolis: (62) 331-1721<br />

REVISTA DOS BANCÁRIOS | 33

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