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públicas e particulares de Florianópolis para<br />

saber como eles se relacionam com a<br />

internet. De acordo com a professora Maria<br />

Luiza Belloni, coordenadora do estudo,<br />

73% dos adolescentes ouvidos dizem já ter<br />

usado a rede várias vezes. O índice é maior<br />

que a média de 71% dos países europeus.<br />

Entre os que acessam diariamente estão os<br />

que freqüentam a escola priva<strong>da</strong>. Parte <strong>da</strong><br />

pesquisa mostrou também que crianças e<br />

adolescentes em situação de risco, ou seja,<br />

muito carentes, têm como maior desejo<br />

operar um computador, mesmo sem internet.<br />

Para 58% dos entrevistados, é mais fácil<br />

aprender utilizando esse recurso do que<br />

com livros, e 81% disseram que é fácil<br />

aprender a utilizar a rede. “No geral, 46%,<br />

a maioria, disseram usá-la para se comu-<br />

INCLUSÃO VIRTUAL<br />

Viviane não tem computador<br />

em casa. Gasta parte de seu<br />

salário numa lan house<br />

nicar com os amigos”, afirma a coordenadora<br />

do estudo.<br />

Os resultados <strong>da</strong> pesquisa <strong>da</strong> universi<strong>da</strong>de<br />

catarinense refletem parte de um universo<br />

formado por adolescentes e jovens<br />

de praticamente todo o mundo, que dedicam<br />

as principais horas de seu tempo à<br />

conversa com a turma por meio <strong>da</strong> internet,<br />

à leitura e re<strong>da</strong>ção de blogs e também<br />

a conhecer ou localizar na rede pessoas<br />

com as mesmas afini<strong>da</strong>des. Para terror <strong>da</strong><br />

maioria dos pais, muitos deixam de fazer<br />

as refeições na hora certa, adiam o banho,<br />

vão dormir só de madruga<strong>da</strong> e, pior, ‘esquecem´<br />

de estu<strong>da</strong>r para ficar diante do<br />

computador. O técnico de informática André<br />

Campos Lorente, 19 anos, estu<strong>da</strong>nte<br />

do curso de Rádio e TV, foi um desses ado-<br />

lescentes. Hoje, mesmo trabalhando o dia<br />

todo e estu<strong>da</strong>ndo à noite, mantém seu<br />

computador pessoal ligado sempre que está<br />

em casa. “Quando chego <strong>da</strong> rua ou logo<br />

quando acordo a primeira coisa que faço<br />

é ligá-lo”, explica. Ele conta que há anos<br />

utiliza a internet para estu<strong>da</strong>r, jogar, ler revistas<br />

e jornais e, principalmente, para papear.<br />

Essa tecnologia, aliás, substituiu o uso<br />

do telefone, que agora só é necessário quando<br />

André está em trânsito: se tem que falar<br />

com a namora<strong>da</strong>, amigos ou com os<br />

integrantes de sua ban<strong>da</strong>, só utiliza o messenger.<br />

Família online<br />

Há casos em que essa espécie de dependência<br />

<strong>da</strong> internet não se limita aos jovens<br />

e adolescentes, mas envolve to<strong>da</strong>s as pessoas<br />

<strong>da</strong> casa. Foi o que aconteceu com a<br />

analista de sistemas Adriana Manetti. Mãe<br />

de dois adolescentes, ela mantém quatro<br />

computadores em casa, todos ligados em<br />

rede à internet, apesar de a família ser reduzi<strong>da</strong>.<br />

“Dois computadores ficam no meu<br />

quarto, ligados ao mesmo tempo. Em um,<br />

jogo RPG e, no outro, converso com meus<br />

amigos. Só desligo os dois quando vou à<br />

escola ou saio para passear”, afirma Alexandre<br />

Manetti, 13 anos. No quarto ao lado,<br />

a irmã Mariana, 15 anos, lê e-mails e<br />

blogs e conversa com sua turma, tudo ao<br />

mesmo tempo. Como o irmão e a mãe,<br />

mantém o computador ligado todo o tempo<br />

em que está em casa. “Como ficamos<br />

plugados, o jeito é avisar que o jantar já<br />

está pronto usando o messenger”, revela<br />

Adriana. O uso dessa tecnologia está tão<br />

arraigado em sua casa que, em janeiro passado,<br />

quando esteve nos Estados Unidos a<br />

trabalho, sua emprega<strong>da</strong> usou o mesmo<br />

artifício para conversar com ela sobre problemas<br />

que surgiram no encanamento <strong>da</strong><br />

cozinha. Além disso, os filhos só concor<strong>da</strong>m<br />

em ir para a chácara <strong>da</strong> família aos<br />

fins de semana se puderem levar junto um<br />

notebook.<br />

Ler e escrever blogs, outra mania mundial<br />

– principalmente entre os adolescentes,<br />

mas que a ca<strong>da</strong> dia conquista celebri<strong>da</strong>des,<br />

intelectuais e políticos – é hábito<br />

que não pára de crescer. Nos Estados Unidos,<br />

o número desses leitores subiu 58%<br />

só no ano passado, somando 32 milhões<br />

de pessoas. Desse total, 8 milhões criaram<br />

seus diários online e 14 milhões contribuem<br />

com avaliações e comentários. “O<br />

buraco <strong>da</strong> fechadura sempre atrai, mesmo<br />

quando é uma coisa consenti<strong>da</strong>. Há quem<br />

acompanhe weblogs como se fossem telenovelas,<br />

querendo saber ansiosamente se<br />

a autora vai reatar aquele velho namoro<br />

ou não”, avalia Nemo Nox, pseudônimo<br />

REVISTA DOS BANCÁRIOS | 29

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